ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
O POPULAR
Saúde
Briga por verba atrasa programas
Dívidas antigas e atuais entre as duas secretarias impedem investimentos e melhorias no setor
Bárbara Daher
As Secretarias de Saúde do Estado (SES) e do município (SMS) protagonizam uma disputa por verbas. De acordo com o secretário estadual Antônio Faleiros, a SMS deve R$ 3,7 milhões à pasta que coordena. Este valor diz respeito a duas dívidas. A primeira, relacionada aos s recursos referentes à produtividade dos hospitais estaduais localizados em Goiânia, com repasse mensal do Ministério da Saúde (MS) ao Fundo Municipal de Saúde e que a SMS deve enviar à SES. Já a segunda dívida diz respeito aos recursos referentes ao programa SOS Emergência, em funcionamento no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e custeado pelo MS.
Faleiros explica que, apesar de o Hugo e os Hospitais Geral de Goiânia (HGG), Materno-Infantil (HMI) e de Doenças Tropicais (HDT) serem unidades estaduais, os recursos de produtividade de cada um deles é enviado para o Fundo Municipal, por estarem localizados em Goiânia. “Isso ocorre porque a capital tem o direito à gestão plena de suas unidades hospitalares. Da mesma forma acontece com os hospitais particulares. A SMS recebe todos os recursos e tem a obrigação de repassar o que é de direito de cada um”, afirmou o secretário estadual.
DEZ ANOS
De acordo com Antônio Faleiros, a dívida é muito maior. Ele contou que os repasses não ocorrem há dez anos e a quantia devida soma aproximadamente R$ 270 milhões. “Este valor é referente a gestões passadas, então vamos cobrar na Justiça”, declarou Faleiros. Na tentativa de regularizar a situação, as duas secretarias, com o intermédio do MS, realizaram um acordo em fevereiro deste ano, estabelecendo valores fixos para o repasse (veja quadro).
Do total de seis parcelas, a SES afirma que só recebeu cinco. “Mesmo assim, algumas foram atrasadas, porque eram para ter terminado em julho e recebemos uma ainda em outubro”, acrescentou Faleiros. O secretário estadual enviou ofício ao ministro Alexandre Padilha pedindo que ele realize os repasses diretamente para o Fundo Estadual de Saúde, já que, de acordo com a SES, a Prefeitura não estava cumprindo o acordo. Ele explicou que há uma cláusula no contrato que garante esta prerrogativa.
Rassi diz que Estado descumpriu acordo
O secretário municipal de Saúde, Elias Rassi, afirma que quem descumpriu o acordo foi o Estado. “No contrato há uma cláusula que obriga a SES a coordenar a implantação da Programação Pactuada e Integrada (PPI) até julho, o que traria R$ 3 milhões em verbas a mais, por mês, para Goiânia”, declarou. A PPI visa criar convênios entre os municípios goianos para garantir o atendimento médico a todos os cidadãos, independente do município de origem (veja quadro).
“O Faleiros está falando de uma dívida nossa de quase R$ 4 milhões, mas deixamos de receber quase R$ 15 milhões do Ministério da Saúde porque a PPI não foi concluída”, completou Rassi. Apesar de o secretário estadual afirmar que a PPI está em fase de conclusão, o secretário municipal declarou não ter conhecimento de nenhum projeto. Segundo Elias Rassi, por conta da suspensão deste repasse, o município ainda não terminou de pagar as parcelas do acordo.
Elias Rassi afirma que, dos R$ 3 milhões mensais, eles contavam com a ajuda de 1,5 milhão do MS, destinados à PPI. Como a programação não foi concluída houve a suspensão da verba e a Prefeitura ficou sem condições de fazer os repasses, já que seus próprios recursos não eram suficientes. O acordo entre as secretarias data de fevereiro deste ano, mas o orçamento da SMS foi definido e aprovado em 2011. “O valor das parcelas do acordo excedeu o previsto no orçamento do município. Mas já entramos com um pedido de suplementação de orçamento, para pagar a última parcela”, declarou Rassi.
Enquanto Faleiros afirma que a SMS está “cometendo o crime de apropriação indébita” dos recursos do Estado, Elias Rassi critica a SES e diz que o governo está reivindicando uma verba que possui em caixa. Rassi apresentou documentos do portal da transparência do Governo Estadual que mostram os recursos do Fundo Estadual de Saúde. Em 2012 o MS repassou mais de R$ 1,5 bilhão para Goiás, sendo que apenas R$ 670 milhões foram aplicados na saúde.
Como funciona a PPI
A Programação Pactuada e Integrada (PPI) é um processo que existe nas unidades de saúde que atendem pelo SUS. Através dela, os municípios de um estado definem as ações voltadas para a população residente em cada território, além de definir e quantificar o número de atendimentos que cada município precisa ceder ou receber de outro, caso não haja como realizar estes serviços na cidade de residência do paciente. São firmados pactos intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de saúde em qualquer município. Para isso, o programa conta com o auxílio do governo estadual e do Ministério da Saúde.
Entenda o caso
Acordo tenta pôr fim à cisão
Um, no valor de R$ 3 milhões para investimentos em melhorias para programas, dos quais, de acordo com o MS, foram pagos R$ 2,6 milhões;
Outro, no valor de R$ 3,6 milhões para custeio de equipamentos, insumos e pessoal, a ser pago em 12 parcelas de R$ 300 mil (de novembro de 2011 a outubro de 2012). A Secretaria Municipal da Saúde e o Ministério da Saúde informam que já foram pagas 11 parcelas, totalizando R$ 3,3 milhões.
Acordo firmado em fevereiro entre as duas secretarias fixa valor dos repasses até julho. A SMS deveria repassar por mês R$ 4,5 milhões para a SES pela produtividade nos hospitais em Goiânia.
A SES deveria passar, por mês, R$ 1,5 milhão para a SMS para programas que tem ajuda financeira estadual.
O MS deveria repassar para o Fundo Municipal da Saúde de Goiânia, mensalmente, R$ 1,5 milhão de reais, para custear a Programação Pactuada e Integrada entre Estado e Município;
Após o acordo, o repasse deveria ocorrer da seguinte maneira:
– MS envia R$1,5 milhão para a SMS, mensalmente;
– SMS repassa R$ 3 milhões, mensalmente, para a SES, totalizando, nos seis meses, R$ 18 milhões. (26/11/12)
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Coluna Arthur Rezende – Amanhã – Carlos Alberto Ximenes, presidente do Sindimagem, lançará amanhã o livro Estudo da História da Radiologia – Sua Presença em Goiás, do escritor Ubirajara Galli. O evento será no Cremego. (25/11/12)
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Câncer
Lei que pode não ser cumprida
Oncologistas apontam necessidade de investir no SUS para tratamento começar 60 dias após diagnóstico
Vandré Abreu
A lei federal 12.732, que determina o prazo de 60 dias entre o diagnóstico do paciente com câncer e o início de seu tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) pode não funcionar na prática, conforme avalia médicos oncologistas. O problema é que, nas condições atuais dos hospitais públicos, seria impossível iniciar quimioterapia, radioterapia ou realizar uma cirurgia a todos os pacientes neste tempo. Para os profissionais, a lei deveria ser acompanhada de investimento na saúde pública, o que efetivaria sua aplicabilidade.
O oncologista Carlos Inácio de Paula, um dos pioneiros da cancerologia em Goiás e com diversos trabalhos reconhecidos internacionalmente sobre o câncer de mama, avalia que a legislação sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 22 é útil. Segundo ele, o prazo de 60 dias para início do tratamento é um tempo que necessita ser atingido no Brasil para que depois possa ser reduzido. Ele afirma que no serviço privado o tempo contado desde o diagnóstico é de no máximo 30 dias.
Carlos Inácio comenta que o SUS não conseguiria cumprir a lei. O médico elege três motivos para que isso ocorra: necessidade de mais leitos, mais aparelhos e menos burocracia. “Não adianta querer que o tratamento comece em 60 dias após o diagnóstico se não tem lugar no hospital para os pacientes nem máquinas para realizar a quimioterapia ou a radioterapia, sem contar o tempo de espera para a documentação e liberação nos hospitais”, conta.
De acordo com o documento sancionado pela presidente e também assinado pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, a lei 12.732 tem 180 dias para entrar em vigor a partir da data de publicação. Ou seja, a partir de maio de 2013 os hospitais são obrigados a cumprir o prazo estipulado pela legislação. No entanto, para o radiologista Gilberto Ferraz, sem o planejamento e gerenciamento de investimentos nestes seis meses o SUS vai se adequar ao que o governo federal exige.
O médico avalia que a lei 12.732 deveria vir acompanhada de outros prazos aos quais os hospitais deveriam se adequar, como a reposição e manutenção de aparelhos, aumento do número de leitos e a quantidade de dias para o prosseguimento do tratamento, como as demais sessões de quimio ou radioterapia e acompanhamento das cirurgias. “Cada dia mais a gente vê a migração do paciente para o serviço privado, em que se consegue o tratamento em pouco tempo. Eles sempre dizem que se tratassem pelo SUS poderiam esperar por até um ano para o início de um procedimento”, relata.
O tratamento no serviço privado ocorre até mesmo em uma semana, contada a partir do diagnóstico do câncer no paciente, segundo a oncologista Maria Márcia Queiroz. Por isso, ela contesta a lei 12.732 até mesmo sobre a quantidade de 60 dias para o início dos procedimentos. “O período ainda é alto. Deveríamos exigir que fosse no máximo 30 dias, mas se a lei for aplicada corretamente é melhor do que o que temos atualmente no serviço público”, assinala.
O questionamento de Maria Márcia Queiroz, como o de seus colegas, também é relacionado à capacidade dos hospitais públicos, pois, para ela, falta muito investimento no SUS. “É muito comum que os aparelhos não funcionem, que faltem leitos, que faltem remédios e até mesmo médicos. Ou seja, falta muito investimento no serviço público e que ele seja feito de forma planejada e organizada”, adverte.
Crianças
Oncologista pediatra, Leandra Queiroz afirma que a lei 12.732 deveria conter um artigo que diferenciasse o prazo para o tratamento de crianças com câncer. Ela explica que o tipo mais comum em pessoas com até 10 anos é a leucemia, que não possui prevenção, mas que pode ser diagnosticada ainda no início. Em contrapartida, já que as crianças são mais frágeis, o início de um tratamento, após o diagnóstico, deve ser imediato, com prazo de no máximo uma semana.
Leandra Queiroz salienta que se uma criança com leucemia tiver que esperar 60 dias para o tratamento ela não vai sobreviver ou terá de ser tratada no serviço privado de saúde. A médica conta que os hospitais públicos também pecam na capacidade de diagnosticar a leucemia, já que ocorre falta da agulha para a realização do exame. Além disso, relata que em Goiânia existem apenas dois leitos públicos para tratamento de câncer infantil.
Condutas simples podem prevenir doença
Condutas simples adotadas cotidianamente podem prevenir os casos de câncer. Conforme os médicos oncologistas, o uso do filtro solar e a realização de exames com frequência previnem o aparecimento de cânceres de pele, mama, colo uterino, reto e próstata ou permitem maior eficiência no tratamento, pela descoberta do diagnóstico ainda no início.
O radiologista Gilberto Ferraz, responsável pelos exames relacionados ao câncer, confirma que os pacientes têm se dedicado mais à prevenção. “Cada vez mais vemos pessoas preocupadas com a doença e com a tentativa de evitá-la ou descobrí-la logo no início.” Maria Márcia Queiroz, oncologista, tem notado a maior prevenção ao câncer nos últimos anos e cita como fato importante o uso do filtro solar pelos trabalhadores da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia.
Ontem o Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom) promoveu a 3ª Caminhada do Dia Nacional de Combate ao Câncer, no Parque Vaca Brava. Dezenas de pessoas estiveram presentes e vestiam camisetas na cor rosa, que caracteriza o combate à doença. (25/11/12)
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Saúde
Mobilização quer incentivar exames para detecção de hepatites virais
Redação
A Coordenação de Controle da Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) promove até o dia 1º de dezembro, uma mobilização para incentivar a população a realizar exames de diagnóstico de hepatites B e C, também conhecidas como hepatites virais. O exame, que exige apenas algumas gotas de sangue e cujo resultado sai em apenas 5 minutos, pode ser realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Itumbiara, Rio verde, Caldas Novas, Planaltina, Campos Belos e Formosa. Nestas unidades, também poderão ser feitos exames para detectar AIDS e sífilis.
Diagnóstico
Os demais CTAs, incluindo as unidades de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia, também poderão realizar o teste rápido de triagem para hepatites mas, nestas unidades, a prioridade é a realização do teste de HIV. “Se surgir a demanda, esses Centros atenderão”, assegura a Coordenadora de Controle das Hepatites Virais, Mary Alexandra da Costa. Ao todo, 16 Centros de Testagem e Aconselhamento, distribuídos em todo o Estado, participam da mobilização, que foi batizada de Fique Sabendo.
Os CTAs estão preparados para realizar entre 100 e 300 exames, cada unidade, durante a mobilização. Dependendo da demanda, o suprimento de kits de testagem pode ser reforçado ou remanejado e o objetivo é oferecer exames a todos que desejarem. O acesso ao CTA é livre, gratuito e pode ser anônimo. Se optar pelo anonimato, a pessoa será identificada por um número.
Tratamento
As hepatites virais são doenças silenciosas e o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura. O tratamento é medicamentoso e pode ser demorado. “Ficar sabendo, o quanto antes, é importante porque a hepatite ataca o fígado e pode agir por décadas, sem apresentar sintomas. Descobrir tarde demais pode significar um câncer, exigir um transplante ou mesmo levar à morte”, explica Mary Alexandra Costa.
Pessoas que foram submetidas a transfusão de sangue antes de 1993 ou que praticaram sexo sem proteção, devem fazer o teste. Os pacientes que tiverem resultado positivo serão encaminhados para o Hospital de Doenças Tropicais para início do tratamento.
Endereços:
CTA de Itumbiara: Rua Wilson Barbosa n. 325, Jardim América. Fone: (64) 3433-0320
CTA de Rio Verde: Rua Goiânia n. 1032, Centro. Fone: (64) 3620-2182
CTA de Caldas Novas: Rua Dr. Ciro Palmerston n. 600, Centro. Fone: (64) 3454-6813
CTA de Planaltina: QC 1 MC Lt. 01, Setor Oeste. Fone: (61) 3637-6600 / 3888
CTA de Campos Belos: Av. Des. Rivadávia Licínio de Miranda, s/n, Setor Cruzeiro. Fone: (62) 3451-2739
CTA de Formosa: Av. Valeriano de Castro n. 205, Centro. Fone: (61) 3981-1125
CTA de Goiânia: Av. Contorno n. 215 Setor Norte Ferroviário. Fone (620 3524-8719
CTA de Anápolis: Av. São Francisco n. 810 Bairro Jundiaí. Fone: (62) 3902-2681
CTA de Aparecida de Goiânia: Av. São João Qd. 02 Lt. 03 Jardim Nova Era. Fone: (62) 3545-5941 (25/11/12)
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Câncer
Tratamento em até 60 dias
Lei publicada hoje estabelece prazo máximo para que pacientes comecem a ser atendidos pelo SUS
Pablo Santos(com Agência Brasil)
A publicação de uma lei na edição de ontem do Diário Oficial da União pretende facilitar a vida de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que precisam de tratamento contra o câncer. A lei, de número 12.732, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, estabelece que tratamento deva se iniciar em um prazo máximo de 60 dias após o diagnóstico da doença.
De acordo com a publicação, o prazo será considerado cumprido quando o tratamento for efetivamente iniciado, seja por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais graves, o prazo poderá ser inferior ao estabelecido.
Pacientes acometidos por manifestações dolorosas consequentes de tumores malignos terão, ainda segundo a lei, tratamento privilegiado no que diz respeito ao acesso a prescrições e a analgésicos opiáceos e medicamentos afins.
O texto prevê ainda que a padronização de terapias contra o câncer, cirúrgicas e clínicas, deverá ser revista, republicada e atualizada sempre que se fizer necessário, para que se adeque ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos.
A nova lei estabelece ainda que estados brasileiros que apresentarem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para a instalação desse tipo de unidade. O descumprimento acarretará penalidades administrativas a gestores direta e indiretamente responsáveis. A lei tem prazo de prazo de seis meses para entrar em vigor.
Ideal seria prazo de 30 dias
A promulgação da lei agradou o diretor-técnico do Hospital Araújo Jorge, Geraldo Silva Queiroz, que ressalta, no entanto, que o ideal seria um prazo com metade do tempo estipulado pela lei. “Desde 2010 o Instituto Nacional do Câncer (INCA) fez a proposta de prazo máximo de 90 dias. Foi dado um passo a mais, abaixando para 60. Na Europa, o prazo máximo é de 30 dias. Esse deve ser o objetivo”, comenta Geraldo.
Ele ressalta que em alguns tipos de tratamento este prazo de 60 dias já é cumprido, enquanto em outros o prazo é maior, como os tratamentos de câncer de pulmão e o cutâneo, que demoram 90 dias para se iniciar o tratamento.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que só comentaria a lei após a publicação da portaria sobre a lei. Sobre a necessidade de um plano estadual para os serviços abrangerem todo o Estado, Secretaria Estadual de Saúde ressaltou que está reformulando um plano criado em 2006, que deve ficar pronto dentro do prazo de 180 dias estabelecido pela lei . O plano deve propor a instalação de dois novos hospitais, um no sul do Estado e outro no Entorno do Distrito Federal, provavelmente em Formosa, que deve ter prioridade de construção. (24/11/12)
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Investigação
Mão é cortada de cadáver no IML e encontrada em casa
Rosana Melo
O desaparecimento da mão esquerda de um cadáver no Instituto Médico-Legal (IML) na manhã de ontem e o posterior encontro do membro em um quintal de uma casa no Residencial Buena Vista são investigados pela Delegacia de Homicídios, em um inquérito que apura o crime de vilipêndio de cadáver. O objetivo do inquérito instaurado ontem é saber quem cortou a mão do cadáver e o motivo. “Tudo indica que a mão foi seccionada dentro do IML”, afirmou ontem a gerente do instituto, Silvânia de Fátima Coelho.
O corpo do pedreiro Fernando Aparecido Lobo, de 38 anos, chegou ao IML às 23 horas de quinta-feira, vindo do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde estava internado havia dez dias, vítima de uma queda em um buraco no Centro de Orizona. Ele sofreu traumatismo crânio-encefálico. Foi o médico legista que ia fazer a necropsia na manhã de ontem que notou que a mão esquerda havia sido cortada. “Comunicamos a autoridade policial, a Corregedoria e foi feita perícia no local onde estava o cadáver”.
Os pais de Fernando, Maria Isabel e Ersi Lobo, aguardaram a liberação do corpo por mais tempo que imaginavam. Por volta das 10 horas, a dona de casa Divina Francisca da Silva encontrou a mão do cadáver dentro de dois sacos plásticos no quintal da casa dela, no Residencial Buena Vista. Ela contou que na madrugada, os cães latiram muito, mas ela ficou com medo de ver o que estava acontecendo. O corpo de Fernando foi liberado após a mão ser reimplantada pelo legista. (24/11/12)
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Artigo – A excelência dos hospitais públicos
A parceria com as organizações sociais, alternativa adotada pelo governo do Estado para resolver o problema de gestão dos hospitais estaduais, trouxe para dentro da estrutura destas unidades de saúde os Conselhos de Excelência, organismos inéditos em seus organogramas. São órgãos consultivos que têm como finalidade acompanhar as ações previstas nos contratos de gestão entre a Secretaria de Estado da Saúde e as OSs. Os conselhos são integrados por representantes de diversos segmentos da sociedade civil, personalidades de referência em suas áreas de atuação.
O Conselho de Excelência pioneiro foi o do Hospital Alberto Rassi (HGG), primeiro a ser transferido para a gestão de uma organização social no governo atual. Recebi a incumbência de presidir este conselho e de contribuir na organização dos demais. Confesso que, diante de tantos problemas vivenciados na área da saúde estadual, me constrangeu um pouco no início o nome escolhido para tais organismos.
Mas com 56 anos de vida pública e experiência adquirida em três mandatos como prefeito de Goiânia, conheço um pouco a burocracia da administração pública. Ela é realmente um dos maiores entraves ao funcionamento dos hospitais. Por falta de agilidade na contratação de fornecedores e prestadores de serviços de manutenção, encontramos o HGG com apenas 20% dos medicamentos e insumos necessários ao seu funcionamento em estoque. O abastecimento funcionava a conta-gotas. Eram inúmeros e graves os problemas estruturais e de manutenção, sem contar as paralisações dos prestadores de serviço, por falta de pagamento.
Em seis meses, a evolução foi significativa. Uma plataforma eletrônica de compras garante o abastecimento de 100% dos itens do almoxarifado e da farmácia, com transparência e economia. As compras são planejadas e caminha-se para a padronização dos medicamentos usados no hospital. O resultado será a melhoria da qualidade dos tratamentos. As cirurgias realizadas aumentaram e caiu o número de cancelamentos destes procedimentos que costumavam ocorrer por falta de condições do centro-cirúrgico e desabastecimento de remédios, materiais e até campos cirúrgicos.
Aumentaram também e foram diversificados os exames realizados no hospital. Alguns destes novos exames não eram ofertados pela rede pública. Os equipamentos foram consertados e o HGG conta hoje com um serviço de engenharia clínica, que é responsável pela manutenção corretiva, preventiva e pelo gerenciamento de toda a aparelhagem. Esse serviço calcula até se vale a pena consertar determinado equipamento, considerando sua vida útil e os intervalos em que ele apresentou defeitos.
Uma nova caldeira movida a gás, mais ecológica, foi adquirida. Além disso, a pintura do prédio, o projeto da calçada sustentável, para facilitar o acesso de pacientes e familiares ao hospital, e a obra de reforma e ampliação do Centro de Terapia Intensiva (CTI), que dobra o número de leitos. Nosso objetivo é conduzir o hospital ao estado de excelência preconizado pela Organização Pan Americana de Saúde (Opas). Acreditamos que esse grau de excelência precisa ser buscado na parte física concomitante à parte humana.
Para nós, conselheiros, que nos reunimos a cada mês com os gestores do hospital, estão muito claros os desafios que temos de vencer. E o maior obstáculo tem sido a resistência a este modelo de gestão. É preciso deixar de lado o preconceito e avaliar qual é a saúde que queremos: uma saúde pública que, emperrada, não consegue atender às necessidades de nossa população? Ou uma saúde pública, aliada a gestores privados, com expertise e condições legais de realizar uma administração ágil como pedem os nossos hospitais, a nossa população?
Importante frisar que o aparato legal e fiscal para auditar o trabalho das organizações sociais existe e deve ser utilizado também pela sociedade.O cidadão deve exercer o seu direito ao controle social, constitucionalmente garantido. Não devemos por preguiça, pudor ou convicções ideológicas, abrir mão de soluções viáveis e que estão garantindo resultados. Ainda mais quando o assunto é saúde. Saúde é vida.
Nion Albernaz é presidente do Conselho de Excelência do Hospital Alberto Rassi – HGG, ex-prefeito de Goiânia (24/11/12)
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Cartas dos Leitores – Plano de saúde
Sou funcionária pública federal aposentada e meu salário-base é R$ 2 mil. Até o mês de setembro , eu pagava R$ 106 para a Fundação de Seguridade Social, que é o plano de saúde do servidor (Geap). O valor é descontado no contracheque. De surpresa, o valor do meu plano, descontado em outubro, subiu de R$ 106 para R$ 326. Um aumento de 200%!
Só agora, recebi uma carta da Geap dizendo que o reajuste é fruto de novo convênio assinado entre a Fundação e o Ministério da Saúde. Sou cardíaca, uso marcapasso, tenho hipertensão, diabetes, a dieta é balanceada e utilizo medicamentos caros. Metade do meu salário vai para compra de remédios.
Nenhum salário no País tem reajuste de 100%. Muito menos de 200%. Por que um plano de saúde pode reajustar desta maneira? Como faço para cuidar da minha saúde se o salário não comporta? Preciso de médico não por opção mas por necessidade. Peço ajuda aos órgãos de defesa do consumidor e para o próprio Ministério da Saúde: que seja revista esta cobrança.
JANDIRA DA CRUZ FERREIRA
Setor Gentil Meireles – Goiânia (25/11/12)
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Cartas dos Leitores – Dia da Homeopatia
No dia 21 de novembro comemorou-se o Dia da Homeopatia. Cada vez mais popular, a terapêutica é indicada para tratar diversas patologias de forma menos agressiva, desde uma leve alergia ou até mesmo um caso mais complexo, como uma insuficiência renal. Utilizada tanto em humanos como em animais, o método compreende o equilíbrio emocional e orgânico, fortalecendo a imunidade do paciente.
A homeopatia tem também o objetivo de prevenir possíveis problemas de saúde. Foi criada no século 18 pelo médico alemão Samuel Hahnemann, que após ler o que um autor falava na China sobre o quinino, medicamento utilizado para o tratamento da malária, resolveu tomar o medicamento em doses ponderais. Ele estava saudável, e após ingerir o medicamento teve febre semelhante à produzida pela doença.
Com isso, foi constatada a Lei dos Semelhantes, lei natural de cura que já havia sido descrita por Hipócrates há cerca de 400 a.C. No Brasil, este método terapêutico chegou em 1840, inserido pelo homeopata francês Benoit Mure.
Na veterinária, os benefícios também são inúmeros, pois os medicamentos não debilitam o animal e contribuem com o aumento da produtividade, sem deixar resíduos no organismo.
A homeopatia veterinária vai muito além dos pastos e rebanhos, ela também pode ser utilizada nos pets. É possível realizar o tratamento de patologias como otites, intolerância alimentar, alergias, cálculos na bexiga e rins, distúrbios comportamentais, entre outros.
Além disso, os medicamentos são facilmente administrados, pois podem ser colocados na água dos animais ou alimento, evitando assim que o animal fique irritado.
Com o objetivo de restabelecer a saúde de seus pacientes, sem causar intoxicação e efeitos colaterais, os médicos veterinários utilizam a homeopatia. Com esta terapêutica é possível proporcionar melhor qualidade de vida para os animais.
PATRÍCIA REZENDE
São Paulo – SP (24/11/12)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pêndulo dentro da cabeça
http://dmdigital.com.br/novo/#!/view?e=20121125&p=2
Transtorno bipolar atrapalha sociabilidade e pode levar ao suicídio. Especialista e pacientes explicam sintomas da doença
Joaquim Munduruca
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), cerca de 340 milhões de pessoas sofrem, hoje, de algum tipo de transtorno mental no mundo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que o transtorno afetivo bipolar (TAB) é a quinta maior questão de saúde pública; até 2020, ocupará o segundo lugar. 60% dos portadores de TAB são mal diagnosticados e tratados no início da doença, comprometendo seu aprendizado escolar, vida profissional e relações interpessoais, além de serem mais vulneráveis a certos problemas de saúde, tais como: abuso de drogas entorpecentes, alcoolismo, tabagismo e doenças sexualmente transmissíveis; além de maior número de internações, mais suicídios, acidentes e mortes violentas.
tipos
Rodolfo Nunes Campos, doutor em Psiquiatria e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), explica ao Diário da Manhã: “O transtorno bipolar é uma condição médica caracterizada por oscilações de humor, estado depressivo e estado maníaco (euforia), e leva a variações de sintomas emocionais e comportamentais.”
O professor de Psiquiatria da UFG classificou o transtorno bipolar, também chamado de transtorno do humor bipolar, transtorno afetivo bipolar ou doença maníaco-depressiva, em três tipos básicos reconhecidos pela OMS, pela Associação Psiquiátrica Americana e pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10), tipo I e tipo II, e ciclotimia. “O primeiro tipo é caracterizado pela presença de episódios de mania (euforia), alternados por depressão. É a gravidade da mania que define a intensidade do tipo. O tipo II é caracterizado por um estado de hipomania (estado de euforia e agitação mais leve) e depressão. E a ciclotimia, quadro mais leve e crônico, é caracterizada pela alternância de hipomania e depressão com menos intensidade.”
Segundo Rodolfo Nunes Campos, há ainda outros subtipos do TAB. “O transtorno bipolar sem nenhuma especificação seria um tipo residual, no qual nenhum dos três tipos principais estariam convenientemente representados, e o espectro bipolar, que é o mais leve e atípico.” Sobre as manifestações da doença, comenta: “Os primeiros sintomas surgem na adolescência e primeiros anos da idade adulta. O quadro começa com alterações leves e gradativas, seguidas por mais episódios de depressão, hipomania e alternância de humor. Episódios mais graves são raros nesse período. 5% da população geral tem transtorno bipolar e 1% sofre de transtorno bipolar de tipo I. A depressão unipolar, não acompanhada de euforia, é a mais recorrente entre todas as doenças psicoemocionais.”
Para o professor da UFG, ainda há muita dificuldade em se fazer um diagnóstico precoce da doença, o que retarda em pelo menos dez anos seu adequado tratamento. “Porque há um predomínio do quadro depressivo sobre o quadro de euforia, em muitos casos fica difícil diagnosticar o transtorno bipolar, que se caracteriza pela frequência e intensidade do quadro de mania (euforia, agitação).
O tipo I é mais grave, todavia mais fácil de ser diagnosticado. Os outros tipos são menos nítidos e portanto podem oferecer dificuldades para um diagnóstico precoce e correto.” Para o professor, não existe um tipo de indivíduo que pode ser mais propenso a desenvolver a doença, todavia as questões genéticas são preponderantes. “O transtorno bipolar pode acometer qualquer pessoa, independente de região de origem, raça ou classe social. Ter histórico na família com transtorno bipolar ou depressão pode aumentar em muito as chances do indivíduo vir a desenvolver um dos quadros maníaco-depressivos.”
Quanto à influência de fatores externos, diz o psiquiatra da UFG: “Não existem estudos conclusivos que comprovem uma relação causal direta entre alcoolismo, abuso de drogas, experiências traumáticas e o transtorno bipolar, mas estes fatores podem estar algumas vezes associados e servirem de gatilho para a eclosão de uma crise numa pessoa com alguma predisposição à doença. Porém a causa é sempre biológica.”
Estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) encontrou 7,2% de adolescentes com TAB em população investigada. O mesmo estudo informou ainda que a doença dá seus primeiros sinais de alerta, mais comumente, na faixa de 15 a 19 anos de idade e que a genética é determinante: filhos de portadores de TAB têm quatro vezes mais chance de desenvolver a doença que aqueles de pais normais.
Foram sintomas encontrados nos adolescentes com TAB: pensamentos abundantes, diminuição da objetividade, fuga de ideias, pensamentos fantasiosos, de grandeza, extravagantes e bizarros, insônia, euforia, exaltação, paranoia, agressividade e hipersexualidade.
Segundo a Abrata, o TAB atinge mais de 20% da população mundial e é duas vezes mais comum em mulheres que homens. Tem seu pico entre os 20 e 40 anos de idade e vitima 16% a 18% dos seus portadores. 1% a 2% sofrem do tipo I e 5%, do tipo II.
De acordo com dados estatísticos do Ministério da Saúde (MS) publicados em 2006, Saúde Mental em Dados, a cobertura hospitalar para internamentos com problemas de saúde mental é considerada insuficiente em Goiás, 0,26, numa escala de 0,20 a 0,50, mas acima do Distrito Federal, 0,11, por exemplo; o Brasil tem média regular de 0,39.
Goiás é a sexta unidade federativa com mais leitos psiquiátricos em números absolutos. Segundo o MS, em Goiás, 2.065 homens e 1.525 mulheres são afetados pelo transtorno de humor (afetivo). As mais recentes incidências da enfermidade se dão para os goianos na faixa dos 25 a 45 anos de idade, desconfirmando a média nacional entre 35 e 45 anos de idade. As internações na região Centro-Oeste por transtorno de humor ocupam o 3º lugar, atrás apenas da esquisofrenia e dos transtornos mentais e comportamentais por alcoolismo.
Preocupação
O comportamento suicida entre pessoas com TAB é algo que preocupa os especialistas. O estudo desenvolvido pelo pesquisador húngaro Zoltán Rihmer, do Instituto Nacional de Psiquiatria e Neurologia de Budapeste, em 2005, sugeriu que 3% a 5% de pessoas normais tentam suicídio, contra 9% a 30% de unipolares (depressivos apenas), 10% a 50% de portadores de TAB tipo I e 18% a 61% de portadores de TAB tipo II. 15% a 19% dos portadores de um dos três tipos de transtornos chegam às vias de fato.
De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), a OMS afirmou que na década de 1990 o TAB foi a 6ª maior causa de incapacitação no mundo para indivíduos entre 15 e 44 anos de idade. O mesmo estudo disse ainda que a mortalidade é elevada entre os portadores de TAB e o suicídio, a causa mais frequente, sobretudo, entre os jovens (50% tentaram-no e 15% o cometeram de fato); 25% dos adolescentes portadores do TAB desenvolvem comportamento suicida. O risco de suicídio é o mais alto entre todas as doenças mentais, 19%.
Doenças como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares são mais recorrentes em portadores de TAB, 41% tem problemas com alcoolismo e 12% são dependentes de drogas ilícitas.
A novidade da super-exposição do TAB como "doença do século" é errônea, segundo os especialistas, uma vez que muitas são as alusões feitas sobre quadros depressivos e eufóricos de personagens fictícios ou reais na literatura universal. Hipócrates, na Grécia antiga, por exemplo, já falava que o cérebro era o centro das emoções e que o seu bom funcionamento dependia do equilíbrio de quatro elementos: flegma, sangue, bílis amarela e bílis negra, o que definia os tipos de personalidade, seus humores e desvios.
Segundo o "Diagnóstico, Tratamento e Prevenção da Mania e Hipomania no Transtorno Bipolar"do Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, mais de 10 mil autorizações de internação hospitalar por ano são devidas ao TAB, todavia, a população masculina édiagnosticada como portadora de esquizofrenia e transtornos mentais associados ao alcoolismo, o que mascara o número real de acometidos daquela enfermidade.
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Dermatologistas alertam para câncer de pele
Grupo de risco inclui pessoas de pele branca, olhos claros e inúmeras pintas no corpo. Possibilidades de cura aumentam com diagnóstico precoce
No Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, lembrado ontem, cerca de 1.500 dermatologistas voluntários participam de um mutirão nacional de exames preventivos gratuitos para detecção da doença.
Ao todo, 145 pontos em todo o País oferecem atendimento simultâneo para análise, diagnóstico e tratamento. O atendimento prosseguiu até as 15h de ontem, em hospitais públicos, postos de saúde e tendas montadas em locais de grande circulação.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que 140 mil novos casos de câncer de pele são registrados todos os anos no Brasil. O número representa 25% de todos os tumores malignos identificados no País.
O presidente do órgão, Marcus Maia, ressaltou que o principal foco do mutirão são os chamados pacientes de risco, que apresentam características como pele muito clara, que sempre fica vermelha e nunca bronzeia; cabelos claros; olhos claros; muitas pintas pelo corpo; e sardas na face ou nos ombros.
Pessoas com pintas que mudam de cor ou com feridas que não cicatrizam e que têm casos de câncer de pele na família também devem fazer o exame preventivo. A estimativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia é que cerca de 10% dos que procuram o mutirão, realizado desde 1999, apresentam algum grau da doença.
“Em todo o mundo, apesar das campanhas, o câncer de pele continua aumentando. Uma das explicações é que as pessoas não estão recebendo a mensagem adequadamente. Outra possibilidade, que trata de um fenômeno mundial, é a longevidade. Temos cada vez mais idosos e a gente sabe que a velhice leva à queda das defesas do corpo”, explicou Maia.
O dermatologista lembrou que o diagnóstico precoce da doença é importante porque, na maioria dos casos, uma cirurgia de pequeno porte é capaz de resolver o problema. Caso a detecção só aconteça mais tarde e a lesão aumente de tamanho, os riscos de mutilação da área afetada são maiores.
“É importante lembrar que proteção solar não é só o filtro solar. Ele, sozinho, não resolve. Proteção solar é um conjunto de atitudes: respeitar o horário de maior ensolação; procurar ficar na sombra; e utilizar chapéus e camisetas, principalmente de material sintético como poliéster e poliamida, nas cores vermelha e azul.”
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O HOJE
Prevenção mobiliza portadores de câncer
Caminhada no Vaca Brava ontem ainda defendeu aprovação de lei municipal que isenta portadores da doença e de HIV de pagar IPTU
Angélica Queiroz
O Parque Vaca Brava amanheceu colorido de rosa na manhã de ontem. Era a 3ª Caminhada do Dia Nacional de Combate ao Câncer, organizada pelo Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom). Dezenas de pessoas de todas as idades, vestidas com uma camiseta rosa, participaram do movimento que incentiva os exames preventivos. Essa edição da caminhada teve ainda uma causa especial: a reivindicação da aprovação de um projeto de lei, proposto pelo vereador Virmondes Cruvinel, que estabelece isenção do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, o IPTU, para os portadores de câncer e HIV em Goiânia.
A intenção é diminuir os custos dos portadores de HIV e câncer já que os tratamentos dessas doenças têm custos altos. A isenção seria válida somente para a residência do doente durante o tratamento. O projeto foi aprovado no dia 14 de novembro e agora vai para a segunda votação, na qual precisa ser sancionado pela prefeitura. Assessor do vereador Virmondes Cruvinel, Álvaro Alves acredita que, para que o projeto seja aprovado, é necessária uma mobilização popular. Por isso, já está circulando um abaixo assinado e também uma petição pública on-line. Quem participou da caminhada ontem apoiou a causa e já assinou o abaixoassinado que deve estar disponível em vários locais da cidade nos próximos dias. (25/11/12)
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Medicina é curso mais procurado em processo seletivo da UFG
O Centro de Seleção da UFG divulgou na manhã de ontem a lista com a concorrência para o Processo Seletivo 2013-1. Entre os mais concorridos estão o curso de Medicina, que alcançou concorrência de 64,47 por vaga, Engenharia Civil (41,8) e Direito, no turno Matutino (29,25). Arquitetura também teve alta concorrência, com 24,60 candidatos por vaga.
Em Jataí o curso mais concorrido foi o de Direito (10,31); em Catalão, o curso de Engenharia Civil (11,92); e em Goiás, o curso de Direito (12,12).
No Processo Seletivo 2013-1 estarão disponíveis 5.001 vagas, assim distribuídas: 2.985 para os cursos em Goiânia; 1.032 para os cursos em Catalão (sendo 240 vagas para a Educação a Distância – EaD); 816 para os cursos em Jataí; e 168 para os cursos na Cidade de Goiás.
É importante ressaltar que os estudantes também têm outra chance de concorrer às vagas na UFG, por meio do Sistema de Seleção Unificada/SISU-2013 que disponibiliza vagas em todos os cursos da UFG. Serão oferecidas 1.139 vagas sendo: 695 para Goiânia; 198 para Catalão; 204 para Jataí; e 42 para a Cidade de Goiás.
As provas da primeira etapa do Processo Seletivo 2013/1 serão realizadas no dia 13 de janeiro de 2013, e a segunda etapa nos dias 3 e 4 de fevereiro do mesmo ano.
Avaliação
O processo seletivo 2013-1 da UFG será nos meses de janeiro e fevereiro, mesmo assim a Pró-Reitora de Graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, avalia positivamente o número de inscritos. “Mesmo com a realização do concurso vestibular em data atípica, uma vez que, a UFG realiza o processo seletivo nos meses de novembro e dezembro, considero excelente o número de inscritos. Tivemos que mudar a data devido à greve dos servidores que ocorreu este ano.”
A baixa procura pelos cursos de Licenciatura preocupa Pró-Reitora de Graduação da UFG. “Um fator preocupante. A gente percebe que a falta de reconhecimento do trabalho do professor cada vez mais diminui o número de candidatos dos cursos de Licenciatura.”
Ainda de acordo com a Pró-Reitora, cerca de 23 mil candidatos são oriundos de escolas particulares e 9 mil de escolas públicas. A UFG ainda não tem o levantamento de candidatos de outros Estados da federação. (24/11/12)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação