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O POPULAR
Dengue
Goiás é 3º em registros de morte
Estado teve 31 óbitos em 2012, sendo 23 apenas em Goiânia. Mais 8 casos estão sob análise
Vandré Abreu
Até o dia 22 de dezembro do ano passado, 31 goianos já haviam morrido em decorrência da dengue em 2012. A estatística, em números absolutos, faz de Goiás o terceiro Estado brasileiro em que a doença mais mata, atrás apenas do Rio de Janeiro (40 mortos) e Ceará (34 óbitos). Os dados fazem parte de levantamento do Ministério da Saúde, divulgado ontem, que ainda coloca o Estado como o segundo em número de casos graves, com 654 registros. O primeiro colocado, também neste quesito, é o Rio de Janeiro, com 885.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) ainda aguarda a análise da amostra de oito pacientes, todos de Goiânia, o que pode elevar o número de mortes na capital para 31 – até agora já estão confirmadas 23 pessoas mortes na cidade em 2012 por causa da dengue. Ou seja, com a confirmação das amostras, o Estado pode assumir a segunda posição no País também com relação ao número de óbitos registrados por dengue. Em 2011, Goiás registrou 27 mortes em decorrência da dengue e foi o quarto Estado do País com maior número de registros.
Conforme mostrou O POPULAR na edição do dia 14 de dezembro, Goiânia registrou, no ano passado, o maior número proporcional de mortos (21 casos) por dengue em relação às notificações na série histórica desde 2001. Em números absolutos, o ano de 2008 ainda foi o que mais matou na capital, com 24 óbitos por dengue, mas os oito casos a confirmar podem elevar a este patamar o ano de 2012. Na edição de ontem, o secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, afirmou ao POPULAR que o principal foco de seu secretariado, em relação à dengue, será a diminuição do número de óbitos.
A intenção da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é treinar profissionais de saúde para que se realize um diagnóstico mais rápido e eficaz. A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, conta que 76 médicos e enfermeiros receberam treinamento do Ministério da Saúde em dezembro e agora estão com a responsabilidade de repassar o conhecimento aos colegas já nas unidades de saúde municipais. A principal mudança é que o tratamento contra a dengue se inicia antes do diagnóstico.
O procedimento é permitido porque o tratamento é simples e requer repouso e ingestão de líquidos, além de antitérmicos que não sejam à base de ácido de acetilsalicílico. Coordenador do Controle de Dengue e Febre Amarela da SES, Murilo do Carmo explica que o número de óbitos em Goiás, sobretudo em Goiânia, é elevado em decorrência do diagnóstico errado ou tardio e do tratamento. “Os últimos óbitos são de jovens adultos, em que os sintomas demoram se manifestar. Em uma hora eles estão bem e em 30 minutos estão mal. Os pacientes acabam não indo à unidade de saúde.”
Flúvia Amorim salienta que nos primeiros quatro dias da doença é mais difícil distinguir se trata-se de dengue. “O que ajuda é a situação epidemiológica atual, ou seja, se há outros casos confirmados, há a possibilidade deste também ser dengue.” Outro problema, explica Murilo do Carmo, é que grande parte dos pacientes não está em sua primeira infecção, ou seja, já tiveram dengue em outra ocasião, o que aumenta a gravidade da doença.
O aumento da possibilidade de casos de dengue nesta época do ano, em decorrência das chuvas, fez com que o Ministério da Saúde repassasse R$ 173,2 milhões aos municípios brasileiros. São R$ 143,6 para as secretarias municipais de saúde e R$ 29,7 milhões às secretarias estaduais da área. Ao todo, R$ 6,1 milhões deste montante serão cedidos a Goiás que deverão ser usados em ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da dengue.
Secretaria admite possibilidade de epidemia da doença no Estado
Os números de óbitos e casos graves preocupam a Secretaria Estadual de Saúde (SES) especialmente porque a pasta admite o risco de uma epidemia da doença neste ano em todo o Estado. A possibilidade de surto em Goiânia já havia sido admitida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em dezembro. Em ambos os casos, a incidência de um novo sorotipo de dengue, o tipo 4, é apontado como a justificativa.
Coordenador do Controle de Dengue e Febre Amarela da SES, Murilo do Carmo afirma que o tipo 4 do vírus da dengue já foi introduzido em diversos pontos do Estado, até mesmo nas fronteiras com o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por ser um novo sorotipo, toda a população está vulnerável a ele e, por isso, justifica-se o risco de epidemia. O caso é pior em cidades com alta densidade populacional, como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Jataí e Luziânia.
No entanto, cidades menores, como Cachoeira Dourada, Itajá, Edéia e Edealina também são citadas por Murilo do Carmo como possíveis registros de epidemia de dengue, por elas terem alto índice de infestação. Murilo, no entanto, cita que as 246 cidades do Estado já foram alertadas pela SES a respeito do risco de surto. “Ainda não sabemos como o tipo 4 vai atuar na população, se será maior em crianças ou em idosos, se vai agir mais no fígado como o tipo 1, só o que sabemos é que é um sorotipo novo.”
Contudo, o sorotipo não é mais virulento e nem concede maior gravidade ao paciente, explica Murilo do Carmo. O risco é por se tratar de um tipo do qual ninguém está imune e pode ser mais grave caso o paciente contaminado já tenha tido a doença.
SMS realiza apenas 70% das visitas que deveria fazer a imóveis
A falta de funcionários no departamento de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) faz com que o combate ao mosquito Aedes aegypti não seja feito de forma adequada. Segundo preconiza o Ministério da Saúde, a Vigilância deveria visitar 100 residências diariamente, mas atualmente apenas 70 são visitadas. Diretor da Vigilância Ambiental, Luiz Elias Camargo, estima que o departamento deveria ter mais de 700 pessoas que trabalhariam no combate à dengue, mas hoje em dia tem 470.
Além disso, no final do ano passado e início deste ano, o número de fiscais da Vigilância Ambiental caiu para cerca de 420, já que aproximadamente 50 pessoas estariam de férias, justamente no período de chuvas, em que o número de focos do mosquito se eleva. O déficit de pessoal, no entanto, tem sido diminuído com o chamamento de profissionais a partir do último concurso público, de 2010, atesta Luiz Elias Camargo.
Em contrapartida, Luiz Elias explica que o fato de o combate não ser 100% não interfere na possibilidade de surto de dengue em Goiânia. “O que vai dar epidemia é o novo sorotipo mesmo, o que a gente faz é combater o criadouro e nem com 50 mil visitas diárias resolveríamos isso”, afirma. Segundo ele, o ciclo do mosquito é rápido e em dez dias já há um espécime adulto e, logo, as ações de combate devem ser cotidianas, sobretudo dos cidadãos.
Flúvia Amorim, do departamento de Vigilância em Saúde da SMS, conta que, em novembro do ano passado, 65% dos criadouros de mosquito estavam dentro das residências. “O combate ajuda, mas não é o determinante”, diz ela.
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SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE
HDT comemora 36 anos e governo anuncia ampliação
Referência no tratamento de doenças infecciosas e dermatológicas em Goiás desde 1977, o Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) completa 36 anos de fundação no dia 10 de janeiro de 2013. Para marcar a data, o governador em exercício, José Eliton, anuncia a licitação das obras de ampliação do HDT durante visita ao hospital nesta quinta-feira (10), às 9h, juntamente com o Secretário de Estado da Saúde, Antonio Faleiros, autoridades e convidados.
Com estrutura antiga e demanda crescente na rede de saúde pelas especialidades oferecidas, o HDT, que atualmente dispõe de uma área construída de 9.138,93 m², será reformado e ganhará um anexo com 6.433,66 m², totalizando 14.965,18 m². O projeto, aprovado pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), será licitado ainda em janeiro e as obras devem ter início em março deste ano. Após a ampliação, um marco para o início de um salto de qualidade no atendimento oferecido pelo hospital, o HDT irá dispor de 13 novos leitos de UTI, sendo seis de isolamento, além de 30 novas enfermarias de isolamento.
“Prevemos ainda outras intervenções que são necessárias ao hospital, mas esta é fundamental para que possamos operar dentro de condições exigidas atualmente pelos órgãos fiscalizadores e dentro do padrão que o HDT merece no seu atendimento”, avalia o superintendente do Instituto Sócrates Guanaes e diretor geral interino do hospital, André Guanaes. “Necessitamos ainda de uma estrutura adequada para instalar o tomógrafo, outro importante avanço no atendimento de nossos pacientes”, destaca.
Com a ampliação, o HDT poderá ainda ofertar mais leitos de emergência e retomar o serviço de lavanderia e de esterilização de materiais – atualmente, tais serviços são realizados fora do hospital de forma terceirizada, devido a problemas estruturais que impedem o funcionamento nos moldes exigidos. O HDT faz parte do projeto de gestão inteligente da Saúde adotado pelo governo de Goiás e, desde o dia 6 de julho de 2012, é administrado pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG).
Em mais de três décadas de funcionamento, o HDT vem prestando relevantes serviços de Saúde Pública em Goiás, tendo suportado vários surtos epidêmicos de doenças graves, dentre as quais se destacam a difteria, sarampo, poliomielite, doenças meningocócicas, febre amarela, tétano, hepatite, leishmaniose tegumentar e visceral, malária, silicose, H1N1, além de doenças endêmicas como meningites de várias etiologias, varicela (catapora), dengue e Aids.
Programação do Aniversário
O diretor geral interino, André Guanaes, recepcionará o governador José Eliton, autoridades e convidados na estrutura montada no estacionamento do hospital. A programação inclui homenagens à memória dos fundadores da unidade e a servidores de longa data do hospital. Dentre os homenageados estão servidores que chegaram a trabalhar nos antigos hospitais Oswaldo Cruz e do Pênfigo, unidades que deram origem ao HDT. José Eliton fará o anúncio da ampliação do hospital, que custará cerca de R$ 7 milhões.
Em seguida, será realizada uma visita às instalações do hospital, onde serão apresentadas algumas das melhorias realizadas na unidade. O trajeto terá início na portaria principal, onde o secretário Antonio Faleiros irá estrear o novo e automatizado sistema de identificação dos visitantes. Outro destaque será o laboratório do HDT, que foi reformado para receber os equipamentos do Laboratório DASA. Quarto maior laboratório do mundo e maior da América Latina, o DASA foi contratado pelo ISG para assumir os trabalhos laboratoriais do HDT. Com isso, será possível atingir um alto nível de excelência técnica e pela modernização na realização de exames, o que é fundamental para a rapidez dos diagnósticos e o sucesso dos tratamentos.
Também está no roteiro de visitas o Ambulatório, onde são atendidos mensalmente cerca de 2.500 pacientes. Nesse setor, o governador José Eliton e o secretário Antonio Faleiros irão conhecer o novo e informatizado sistema de emissão de senhas, que vai proporcionar mais organização no atendimento e mais segurança ao paciente para suas consultas de rotina. O tempo médio de espera para atendimento no Ambulatório já diminuiu de 3 horas para 1 hora e meia, mas o objetivo é reduzi-lo ainda mais.
Destaques HDT
Goiás tem sido referência no controle da Aids no país com a eliminação de casos de transmissão vertical de HIV (entre mãe e filho), trabalho que tem participação estratégica do HDT por meio do Setor de Adesão. A unidade desenvolve um programa sistemático de adesão ao tratamento com apoio clínico, psicológico, nutricional e social aos pacientes. Com o programa Prevenir para a Vida, que tem como ação principal o acompanhamento de gestantes vivendo com Aids e das crianças filhas de mães soropositivas até os 18 meses de vida, o Setor de Adesão tem recebido vários prêmios nacionais pelo incentivo ao tratamento integral e assistência humanizada ao pacientes.
Desde 2001, o HDT é referência no tratamento de Dengue. Em 2002, o hospital obteve o 1º lugar no Prêmio de Qualidade Goiás, como reconhecimento pelos serviços prestados à população. Em 2009, foi unidade referência no Estado para o surto de H1N1. Em 2012, cinco trabalhos científicos que envolveram o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HDT foram selecionados para o XVIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, realizado de 7 a 10 de novembro em Santos (SP).
NÚMEROS
• O HDT dispõe atualmente de 117 leitos, sendo:
– 97 leitos de enfermaria
– 10 leitos de UTI Adulto
– 4 leitos de UTI pediátrica
– 6 leitos de observação
• 44.601 consultas foram realizadas em 2012, sendo:
– 7.784 de Emergência
– 4.524 de Acolhimento
– 32.293 de Ambulatório
• Cerca de 800 funcionários compõem o quadro de pessoal;
• O HDT oferece atendimento em 16 especialidades médicas;
SERVIÇO:
Pauta: Comemoração do 36º Aniversário do HDT
Dia: 10 de janeiro de 2013 (quinta-feira)
Horário: a partir das 9h
Local: Av. Contorno s/nº, Jardim Bela Vista, Goiânia (GO), CEP: 74.853-120
Programação:
9h – Abertura com apresentação da Banda da Polícia Militar
9h05min – Homenagens
9h15min – Anúncio da ampliação pelo governador
9h25min – Discursos
9h40min – Visita ao hospital
10h – Encerramento e Coletiva de Imprensa
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Ruído no trabalho pode causar sérios problemas à saúde
Ar condicionado que mais parece uma turbina de avião, telefone que não para de tocar e muitas conversas paralelas. Um ambiente de trabalho assim pode gerar complicações à saúde do trabalhador, principalmente na audição. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ruído foi considerado a terceira maior causa de poluição ambiental, perdendo apenas para poluição da água e do ar e em função disso 10% da população mundial têm alguma deficiência auditiva.
Calcula-se que no Brasil, 15 milhões de homens e mulheres tenham algum tipo de deficiência auditiva e que 350 mil pessoas não ouvem nada. A audição está ligada diretamente à qualidade de vida das pessoas e os problemas auditivos podem ocorrer em qualquer faixa etária. Segundo especialistas a maior ocorrência é após os 60 anos de vida.
Em 1980, a Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial da Saúde reconheceram que o ruído pode perturbar o trabalho, o descanso, o sono e a comunicação dos seres humanos, além de prejudicar a audição e causar reações psicológicas, fisiológicas e até patológicas.
CERESTs
O Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), promove ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção e vigilância. Treze profissionais especializados em saúde do trabalhador integram a equipe do CEREST. São fonoaudiólogos, psicólogos, técnicos em segurança do trabalho, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, pedagogos, educadores físicos e químicos. O trabalhador que se sentir prejudicado pode registrar denúncia pelo telefone 150, via e-mail: cerest.goias@hotmail.com e ainda através de ofício encaminhado ao CEREST que funciona na Av. Anhanguera nº 5195-Setor Coimbra-Goiânia-GO.
Até o ano de 2011, o CEREST notificou 50 casos de PAIR em Goiás que estão registrados no SINAN-Sistema Informação de Agravos de Notificação, número que certamente é bem maior devido a subnotificação dos casos, pois muitos trabalhadores por falta de informação não conhecem a dimensão do problema e as formas de evitá-lo. “Não existe tratamento clínico ou cirúrgico para recuperação dos limiares auditivos. São fundamentais a informação e ações preventivas”, alerta a gerente Daniela Fabíola dos Santos. As campanhas educativas junto aos trabalhadores também são fundamentais para a prevenção.
O CEREST da SES-GO tem planejada para este mês de janeiro uma ação educativa começando pelas indústrias metalúrgicas em função do elevado índice de ruídos a que os trabalhadores estão expostos. Durante a visita é checado se a empresa disponibiliza Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e se os trabalhadores estão usando a proteção. Se as normas da segurança e saúde do trabalhador não estiverem sendo cumprida a empresa é orientada a proceder adequação do ambiente de trabalho.
PAIR
Entre as doenças mais frequentes do aparelho auditivo a PAIR-Perda Auditiva Induzida por Ruído, ocupa lugar de destaque e entre as doenças ocupacionais a PAIR é uma das mais frequentes. Os sintomas mais comuns da PAIR são perda auditiva, zumbido, dificuldade de entender a fala, sensação de voz abafada, irritabilidade, alterações do sono, transtornos da comunicação entre outros.
Todo trabalhador exposto a ruído deve passar por um rastreamento da PAIR e ser submetido, a uma audiometria, um exame realizado por fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista, que avalia a audição e o grau de alteração. Detectada a anormalidade auditiva o paciente deve seguir as orientações médicas preventivas ou curativas para evitar que o problema se agrave.
A PAIR não provoca incapacidade para o trabalho, mas pode ocasionar limitações no cumprimento de tarefas. A Perda Auditiva Induzida por Ruído está presente em diversos ramos de atividades como siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, vidraçaria, nos ônibus e também pode estar em uma sala de escritório onde o barulho dificulta o desempenho das atividades diárias.
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AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Terapias Celulares: Câmara Técnica já tem regimento próprio
A Câmara Técnica de Terapias Celulares (CAT), formada por especialistas independentes que têm a responsabilidade de assessorar as decisões da Anvisa, já dispõe de um regimento interno. O documento foi definido pela Portaria 1701, publicada em meados de dezembro.
Avançam de forma acelerada as pesquisas sobre o uso de células humanas em tratamentos de saúde. Com a expectativa de que os produtos e técnicas resultantes dessas investigações comecem a chegar ao mercado, a Anvisa se prepara para estabelecer regras que levem em consideração as questões de segurança e eficácia.
De acordo com o Regimento, a CAT proporá a elaboração de regulamentos que definam os critérios técnico-sanitários para a avaliação de eficácia e de segurança da terapia celular. Esse grupo também apresentará pareceres sobre a eficácia e segurança dos produtos baseados em células e sobre os métodos produtivos para a obtenção desses produtos. Além disso, poderá assessorar a Anvisa na avaliação dos procedimentos científicos utilizados tanto nas pesquisas pré-clínicas, com interesse futuro no uso clínico, como para as pesquisas envolvendo seres humanos, as chamadas pesquisas clínicas.
A composição da CAT deverá ser definida ainda em janeiro. O grupo será composto por sete membros titulares e suplentes de reconhecido saber e competência profissional, o que assegurará cobertura adequada das áreas científicas relevantes para as terapias celulares.
A Câmara terá completa independência para emitir seus pareceres e seus membros terão mandatos com duração de um ano, podendo ser conduzidos por mais dois mandatos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação