Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/01/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

O HOJE
MPF abre investigação sobre descarte de lixo hospitalar

 

Medida atinge todos os hospitais públicos e privados de Goiânia. Iniciativa foi motivada por denúncias de descaso e problemas
Catherine Moraes

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) abriu inquérito civil público para apurar a situação do descarte de lixo hospitalar nos hospitais de Goiânia. A investigação teve início nesta semana e foi motivada pelas denúncias de descaso no lixo hospitalar do Hospital de Doenças Tropicais (HDT). Apesar disso, irá englobar todos os hospitais da capital, sejam públicos ou particulares e, segundo o procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Ailton Benedito, a investigação pode ser estendida para o interior do Estado.
O procurador explicou que existem inclusive programas federais para que municípios façam o tratamento adequado de resíduos sólidos incluindo os hospitalares. Ainda assim, uma auditoria realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/GO) apontou graves irregularidades nos serviços de coleta (interna e externa), transporte (interno e externo), armazenamento (depósito externo) e disposição final dos resíduos hospitalares produzidos pelo Hospital de Doenças Tropicais (HDT) em Goiânia.
Diante desses fatos e da situação que, segundo o MPF, se repete em outras unidades hospitalares na capital e no interior do Estado, o procurador decidiu abrir o inquérito. Secretarias de Saúde (estadual e municipal), a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e a Associação dos Hospitais de Goiás deverão prestar informações sobre a coleta, o transporte, o armazenamento e a disposição final de resíduos hospitalares na rede pública e privada de saúde goianiense. O prazo é de 10 dias.
Existe, no Brasil, uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, que consiste em estratégias que reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações a serem adotados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios e particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos, inclusive resíduos hospitalares de acordo com a Lei federal nº 12.305/2012.
“O que estamos apurando é se as normas técnicas necessárias estão sendo executadas. Queremos saber como o descarte está sendo feito e se todas as informações que nos foram repassadas procedem. O objetivo maior é proteger os funcionários, pacientes, e a população de uma forma geral. Desatender as normas pertinentes ao tratamento de resídios hospitalares expõe todos a riscos, além de causar danos ao meio ambiente”, completa Ailton.
Além disso, haverá atuação conjunta entre o MPF e o Ministério Público do Estado de Goiás. Para que isso seja possível, uma cópia do inquérito civil público foi encaminhada ao procurador-geral de Justiça, solicitando-lhe repasse dos documentos às Promotorias de Justiça no interior de Goiás, para que sejam tomadas as providências a seu cargo.
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MPF-GO recorre para assegurar tratamento de câncer

 

Valor pago pelo SUS não é suficiente para cobrir o tratamento contra o linfoma não-hodgkin

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para assegurar o tratamento integral contra o linfoma não-hodgkin. A decisão foi proferida pela 9ª Vara da Seção Judiciária da Justiça Federal de Goiás e indeferiu liminar da ação civil pública movida pelo procurador da República Ailton Benedito, em maio do ano passado.
É pedido que seja  estabelecido, para o procedimento quimioterápico realizado pelo SUS, valor compatível com a utilização e medicamento específico, conhecido como “Mabthera”. “A eficiência terapêutica desse medicamente, por exemplo, pode ser comprovada pela escolha dele para o tratamento de linfoma da atual presidente da República, Dilma Rousseff, com reconhecido sucesso. O que reforça, portanto, a justiça de ser oferecido aos brasileiros pacientes do SUS”, exemplifica Ailton Benedito.
Valores

Quase R$ 650 a menos. Essa foi a redução do valor repassado pelo SUS para o tratamento de um dos linfomas mais agressivos e que atinge, principalmente, as crianças. Em agosto de 2010, o Ministério da Saúde repassava, aos hospitais, R$ 6.804,69 para o tratamento do linfoma não-hodgkin. Quatro meses depois, em dezembro, na nova tabela do SUS, o valor foi reduzido, injustificadamente, para R$ 6.164,69.
Informações colhidas pelo MPF/GO apontaram que os valores atualmente previstos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do SUS são insuficientes para cobrir os custos de tratamento oncológico de linfomas não-hodgkin com o “Mabthera”.
De acordo com informações prestadas pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), o valor de R$ 6.164,84 pago atualmente pelo SUS não seria bastante para cobrir o tratamento com o medicamento. Além disso, há necessidade de se utilizarem, em duas dosagens, outros remédios, tornando o tratamento para 50% dos pacientes do HC bem mais caro do que o valor repassado pelo Ministério da Saúde.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Ipasgo – Contas pagas em dia

Conforme presidente, finanças do instituto estão controladas e médicos recebem em até 35 dias: meta é diminuir prazo

Mariana Magre
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) agora paga os médicos em dia. Pelo menos é o que garante o presidente, Francisco Taveira Neto, em entrevista ao Diário da Manhã. Taveira diz que o Ipasgo conta com 3.600 prestadores de serviço em pessoa física. Além disso, são aproximadamente mil prestadores de forma jurídica, entre clínicas e hospitais. Cerca de R$ 70 milhões são gastos com despesas mensais nas áreas médica, odontológica e terapias complementares.
O pagamento é possível após o desconto da folha de salário dos contribuintes, que são servidores públicos. “Com isso, hoje é possível quitar todas as despesas”, afirma. A dívida antiga do Ipasgo foi quitada e isso foi administrado pelo antigo presidente da unidade. São atendidos aproximadamente 600 mil pacientes. “Ipasgo tem a maior estrutura de assistência à saúde no Centro-Oeste”, ressalta. Ele esclarece que o Ipasgo não é um plano de saúde porque não é de direito privado. "Estamos próximos de uma autogestão em saúde."
Francisco é advogado e gestor do Ipasgo desde a saída de José Taveira Rocha, atual presidente do Detran. Ele relembra que em janeiro de 2011, quando o Ipasgo devia aproximadamente R$ 350 milhões, com atraso de pagamento que superava os 6 meses, houve uma crise no instituto. “Para contornar o problema, houve muito empenho da diretoria que me precedeu. o dr. José Taveira teve uma postura de muita rigidez fiscal, não permitindo que o Ipasgo assumisse despesas além de suas receitas”, recorda.
PAGAMENTOS
O presidente afirma que hoje o Ipasgo consegue pagar a rede prestadora em 35 dias. Acrescentou, durante sua gestão, uma revolução nos procedimentos burocráticos, contando com a Tecnologia da Informação (TI) como aliado para diminuir os problemas antigos. “O usuário não precisa mais ir até o Ipasgo. Basta dirigir-se à rede prestadora e passar o cartão do usuário. Em seguida ele vai receber o atendimento.” Com esta medida, a presidência acredita que houve uma melhoria na rotina do usuário.
Taveira ressalta que existe um programa de assistência domiciliar, Homecare. “Fala-se muito em UTI móvel, atendimento de UTI, mas a instituição está mais preocupada em antecipar o problema. O que fazemos é orientar o cuidador do paciente crônico, afinal este cuidador, treinado, é capaz de antecipar o problema.”
Com a medida de prevenir que a pessoa possa adoecer, Taveira pretende evitar que o paciente tenha algo mais grave, permitindo que o paciente seja atendido em casa com os padrões exigidos, ficando em uma situação de maior conforto perante seus familiares. “Teremos assim, um paciente bem assistido e com melhor qualidade de vida.” O Internamento na Unidade Intensiva custa muito caro para o instituto. Acredita que, em alguns casos, é possível antecipar e gerenciar este paciente crônico. Permitindo assim, uma economia e conforto para o usuário.
PRESIDENTE
O presidente é advogado e chegou ao Ipasgo dia 3 de setembro de 2012. Foi nomeado por escolha do governador entre nomes que compunham uma lista entregue pelo Fórum de Defesa dos Servidores. “Eu represento no Ipasgo os servidores públicos estaduais”. Taveira também é vice-presidente do Instituto de Direito Administrativo de Goiás (Idag).
Taveira finaliza dizendo que sua meta é “a excelência na assistência à saúde do servidor público e os seus dependentes e essa excelência só será alcançada com muito empenho e garra dos nossos colaboradores”.
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SAÚDE BUSINESS WEB
PEC autoriza contrato de serviços complementares de assistência à saúde

Uma das principais reclamações contra os planos de saúde é o descredenciamento de serviços, médicos e outros profissionais do setor sem que os consumidores sejam avisados com antecedência – correndo o risco de ter de pagar por procedimentos que acreditavam estar cobertos pela empresa. Para evitar esse tipo de problema, inclusive quando o descredenciamento ocorre durante uma internação ou um tratamento, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou em dezembro um projeto de lei que obriga os planos de saúde a reembolsar os custos quando isso acontece.
De acordo com a proposta (PLS 456/2012), o descredenciamento – não apenas dos profissionais, mas também de serviços de saúde – tem de ser comunicado aos consumidores com pelo menos 30 dias de antecedência. Do contrário, o plano de saúde terá de fazer o reembolso do valor pago pelo serviço. O texto também prevê o reembolso quando o consumidor receber informações incorretas sobre a cobertura de sua rede.
Valadares ressalta que já há casos de descredenciamento em que o Judiciário determinou que os planos de saúde garantissem o atendimento por não terem avisado com antecedência os consumidores.
Prazos e cobertura
Além disso, o projeto exige o reembolso quando os planos de saúde descumprirem os prazos fixados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para atendimento médico, realização de exames e outros procedimentos. As empresas também teriam de fazer o reembolso quando negarem cobertura a procedimento ou “evento em saúde” que constar da lista elaborada pela ANS.
Ao justificar sua iniciativa, o senador argumenta que pretende criar um desestímulo às operadoras de planos de saúde que não cumprem seus compromissos contratuais e sociais.
Valadares cita diversos levantamentos que comprovam esses problemas. Um deles, o Cadastro de Reclamações Fundamentadas do Procon de São Paulo, referente a 2011, aponta entre as principais reclamações o “descredenciamento de diversos estabelecimentos e profissionais de saúde sem a substituição por outros equivalentes e sem a comunicação prévia aos consumidores conforme determina o artigo 17, parágrafo 1º da Lei nº 9.656/1998 [que trata dos planos de saúde]”.
Ele também cita uma pesquisa do Datafolha divulgada em agosto passado, na qual mais de 60% dos usuários de planos de saúde no estado de São Paulo relatam dificuldades para marcar consultas, enquanto 40% relatam problemas para marcar e realizar exames diagnósticos.
O projeto, que altera o artigo 12 da Lei 9.656/1998, será avaliado em duas comissões do Senado: primeiramente, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde tramita atualmente, e, em seguida, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Se passar pelo Senado, o texto será então analisado na Câmara dos Deputados.
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O POPULAR
Dengue
Entre as capitais, Goiânia é a 2ª pior em número de casos

Situação crítica fez Ministério da Saúde pedir à Prefeitura que redimensione plano de combate à doença
Deire Assis

Dois mil trezentos e cinquenta casos de dengue por semana – duzentos e noventa e três casos por dia, doze casos por hora. Este foi o saldo deixado pela alta infestação pelo mosquito Aedes aegypti em Goiânia na terceira semana de janeiro. O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia mostra que a capital chegou a 5.844 casos notificados da doença em 2013, o que a coloca em segundo lugar no ranking das capitais com o maior número de casos no País, atrás apenas de Campo Grande (MS), que registrou no mesmo período 11,4 mil casos.
O avanço da epidemia trouxe a Goiânia, ontem, o coordenador do Programa Nacional de Controle da dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, e o representante da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério, Rodrigo Said.
Após passar o dia de ontem reunida com os técnicos do órgão, a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim informou ao POPULAR que a secretaria, sob a orientação do Ministério, terá de redimensionar o Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento de Epidemias de Dengue, elaborado pelo município no fim do ano passado para o controle da doença neste ano.
O referido plano é composto de ações voltadas para assistência ao paciente, vigilância epidemiológica dos casos e controle do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com a diretora, os representantes do Ministério da Saúde voltam a se reunir hoje com os secretários Municipal e Estadual de Saúde para discutir qual apoio o órgão dispensará ao Estado e à capital para o enfrentamento da epidemia – que, segundo estimativas, ainda não alcançou o pico do número de casos por semana.
Os coordenadores do Ministério da Saúde que estão em Goiânia já solicitaram aos gestores locais a revisão do contingente de agentes de combate ao mosquito previsto no plano de contingência. Ainda não está definido, mas não se descarta o envio de recursos humanos e insumos para Goiânia para colaborar no controle da epidemia.
Reportagem publicada pelo POPULAR na semana passada, quando os órgãos de saúde desencadearam uma série de ações para conter o avanço da epidemia, mostrava que a campanha iniciava-se em desvantagem. Os números informavam que cada agente de endemias é responsável, em média, pelo combate ao mosquito em 1.366 domicílios. A proporção recomendada pelo Ministério da Saúde é de um agente para cada 1 mil domicílios, no máximo.
Avanço
O avanço do número de notificações de novos casos de dengue nas três primeiras semanas de janeiro é assustador. Os levantamentos epidemiológicos mostram que a capital já tem notificada quase a metade dos casos registrados durante todo o ano de 2012 – quando ocorreram na capital aproximadamente 11,5 mil casos de dengue.
Para se ter uma ideia do volume de casos de dengue registrado em Goiânia neste ano, em todo o Estado do Rio, onde historicamente ocorre sempre graves epidemias de dengue, foram registrados em 2013 cerca de 3 mil casos da doença. O Estado do Rio tem cerca de 16 milhões de habitantes.
Segundo a diretora Flúvia Amorim, um dos grandes desafios da secretaria, hoje, é reduzir o número de óbitos. Em 2013 não foi notificada nenhuma morte pela doença. Em 2012, elas chegaram a 22. “Estamos no caminho certo do ponto de vista da assistência, porque não temos tido complicações dos quadros de dengue, o que é positivo”, frisa a diretora.
As unidades de saúde responsáveis pelo atendimento primário a pacientes com dengue já tem sofrido, segundo Flúvia Amorim, com o aumento da demanda por atendimento. “Mas a rede está reagindo bem a esse crescimento do número de pacientes”, reforça a diretora.
Conforme explica, a secretaria está intensificando o combate ao mosquito nas áreas prioritárias de Goiânia, onde há maior infestação do mosquito e notificação de casos. Nesses locais, o controle é feito com o carro de fumacê.
O veículo percorrerá a cidade em dois turnos: no período da manhã, das 6 horas às 8 horas; e à tarde entre as 17h30 e as 20 horas. Os locais e horários em que o fumacê irá percorrer será divulgado a cada dois dias no site da SMS (www.saude.goiania.go.gov.br). A população precisa fazer a sua parte, abrindo portas e janelas.
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Cirurgia plástica
Lipo é a mais realizada no Brasil

Procedimento supera implante de silicone nos seios e volta a liderar ranking. Em Goiás, sempre foi líder
Vandré Abreu

A cirurgia plástica de lipoaspiração voltou a ser, em 2011, a mais realizada no Brasil, posto que ocupava em 2004. Em Goiás, esse tipo de cirurgia é líder desde o início da década. Em 2007, quando a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) realizou o último levantamento, a mamoplastia de aumento – implante de silicone nos seios – era apontada como a cirurgia plástica mais realizada no País, com a lipoaspiração ficando em segundo lugar. A explicação é que a lipo tem sido feita junto com outras cirurgias e demonstra um resultado mais satisfatório em todo o corpo, se comparada ao implante de silicone.
Neste mesmo período, também, as pacientes começaram a se preocupar com a possibilidade de rompimento das próteses de silicone das marcas PIP e Rofil, o que pode ter diminuído o número de mamoplastias. Segundo o cirurgião plástico Sérgio Aidar, este problema não chegou a Goiás e o número de implantes de silicone no período não sofreu redução. “Em Goiás sempre tivemos a lipoaspiração como a mais realizada, porque acaba sendo realizada com outras cirurgias plásticas”, estima.
Presidente da SBCP regional Goiás, o cirurgião plástico Nelson Fernandes acredita que a preferência pela lipoaspiração em Goiás se dá pelo aumento de indicações e, principalmente, pelo culto à exposição do corpo. “Existe uma cobrança grande, especialmente das mulheres, sobre ter um corpo magro e definido, muito mais do que pelo tamanho dos seios”, diz. O médico avalia ainda que os novos procedimentos também ajudam a aumentar o número de pacientes e acha que, dificilmente, a lipoaspiração deixará de ser a cirurgia mais realizada no Estado.
Sérgio Aidar vai ainda mais longe e afirma que a lipoaspiração deve ser a cirurgia mais realizada em todo o mundo. “Os resultados são bem mais satisfatórios e o procedimento pode ser feito em várias partes do corpo”, afirma o médico. Nelson Fernandes diz que o paciente prefere a lipoaspiração antes de se submeter a outras cirurgias, até para saber como ficará o corpo para um próximo procedimento. “Os seios ainda podem ser escondidos com a roupa, mas as gordurinhas a mais são mais complicadas, por isso os pacientes preferem a lipo, já que a transformação no corpo é maior.”
Riscos
A empresária Viviane Araújo, de 33 anos, se submeteu à lipoaspiração há 13 anos. Na época, ela conta que utilizou a cirurgia para modelar o corpo. “Não tinha qualquer medo, foi bem tranquilo e eu gostei bastante do resultado”, conta. Assim mesmo, após uma mudança para os Estados Unidos, ela voltou a ganhar peso e, então, passou por uma cirurgia de redução de estômago. “Mas aí eu não foi feita outra lipo porque queria engravidar.”
Hoje, mãe de um garoto de 2 anos, Viviane pretende engravidar novamente e, depois, se submeter a mais uma lipoaspiração. “Hoje eu tenho mais medo de fazer, porque tenho meu filho e qualquer cirurgia é um risco. Mas depois que eu tiver o segundo filho quero realizar outra lipo ou mesmo outra cirurgia plástica”, afirma. A empresária salienta que os procedimentos atuais devem ser menos dolorosos e oferecer menos riscos aos pacientes.
Mortes
No ano passado, pelo menos duas mulheres morreram em decorrência de cirurgias plásticas. A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, em inglês) estima que no Brasil pelo menos oito pessoas morram durante o procedimento cirúrgico por ano.
A modelo goiana Louanna Adrielle Castro Silva, de 24, morreu no dia 1º de dezembro do ano passado após uma mamoplastia de aumento em um hospital de Goiânia. Ela teve uma parada cardiorrespiratória depois de ter implantado silicone na mama direita e enquanto o procedimento era realizado na mama esquerda. O hospital não tinha unidade de terapia intensiva (UTI) e a culpabilidade do médico ainda é investigada pela Polícia Civil.
O mesmo profissional também é investigado pela morte da funcionária pública Raila Silva Leal Carvalho, de 32. Raila morreu em julho após a lipoaspiração realizada em um hospital particular de Jataí. Presidente da regional Goiás da SBCP, Nelson Fernandes alega que os problemas ocorrem pontualmente e que os médicos devem avaliar bem se as pacientes possuem condições de serem submetidas aos procedimentos.

 

Mulheres adultas ainda são maioria nos consultórios
Mesmo que o número de cirurgias plásticas tenha aumentado em 43,9% no Brasil em três anos, passando de 629.287, em 2008, para 905.124, em 2011, o perfil dos pacientes, segundo os médicos Sérgio Aidar e Nelson Fernandes, se mantém o mesmo em Goiás. A maioria é de mulheres adultas, embora a busca de adolescentes e crianças, com os pais, tem sido cada vez maior. Os homens, segundo os médicos, não somam 10% dos pacientes.
O cirurgião plástico Nelson Fernandes acredita que a preocupação com a forma física e a estética é maior entre as mulheres, já que a cobrança também é maior em relação a elas. “Os homens acreditam que podem ser mais gordos ou ter imperfeições, enquanto a mulher tem de buscar o corpo perfeito na nossa sociedade”, afirma. Dentre os homens, a principal procura é por implantes de cabelos e blefaroplastia (procedimento nas pálpebras).
Sérgio Aidar afirma que a maior preocupação dos cirurgiões tem sido em relação a crianças e adolescentes, pois muitas vezes meninas de 13 ou 14 anos chegam ao consultório acompanhadas pelos pais interessadas em lipoaspiração. “A gente tem de explicar que não pode ser feita cirurgia nesta idade, que a jovem deve realizar reeducação alimentar e fazer exercícios físicos.”
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Cartas dos Leitores – Residência Médica
A respeito da reportagem sobre a falta de médicos especialistas e o baixo número de vagas para residência médica em Goiás, necessário se faz corrigir a informação sobre o número de vagas oferecidas pela Residência Médica do Hospital Alberto Rassi – HGG. Não são 26 vagas, mas 32, em 15 especialidades e uma subespecialidade. O HGG tem procurado aperfeiçoar seus métodos de seleção. Neste concurso, que teve inscrição de 277 candidatos, para uma filtragem mais rigorosa, a organização social gestora do hospital, Idtech, realizou prova prática com atores.
A instituição também tem se preocupado em seguir a legislação e normatização vigentes e assegurar as condições para uma formação de qualidade dos residentes. A discussão lançada pela reportagem é pertinente, especialmente quando tratamos de algumas especialidades, como infectologia, geriatria e outras.
Mas é preciso também investir na formação de bons generalistas e médicos de saúde da família. Afinal, mais de 80% dos problemas de saúde tem solução na atenção básica.
Marcelo Rabahi – Diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Alberto Rassi – HGG

 

Vítimas da dengue
Dengue mata, por irresponsabilidade, descuido ou falta de solidariedade. Em minha residência, no Setor Leste Vila Nova, onde estou desde 1964, nunca nos descuidamos do tratamento devido aos vasos de plantas, calhas e demais locais onde se acumula a água.
No entanto, uma filha maior, consciente do problema por princípio e formação – é farmacêutica/bioquímica – foi vítima do mosquito Aedes aegypti por três vezes, com certeza vindo de outras localidades, provavelmente vizinhos, ou mesmo do hospital em que trabalhava, o que nos levou a um trabalho solidário junto à vizinhança.
Inclusive em locais públicos e particulares abandonados é preciso combater os focos ou vestígios encontrados nos entulhos que podem servir de acomodação e proliferação para os mosquitos. Neste período de chuvas, o perigo é maior e requer maior cuidado no sentido de verificar diariamente nossos próprios espaços e não descuidar da solidariedade que devemos manter na região onde moramos.
Ariston Álvares Cardoso – Vila Nova – Goiânia
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação