Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/08/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Ter plano de saúde é 3º maior desejo de brasileiro

São Paulo – Contar com um plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros que não possuem esse benefício, ficando atrás somente da casa própria e da educação. A constatação faz parte de uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
De acordo com a pesquisa, 96% dos entrevistados “concordam totalmente ou em parte” que “quem conta com plano de saúde tem mais segurança, no caso de doença ou acidente”, o mesmo índice de concordância para as frases de que o plano “é essencial” e “é essencial para quem tem filhos pequenos”.
O levantamento, divulgado ontem constata que entre os principais motivos para se ter (ou desejar) um plano, entre aqueles que não contam com o benefício, estão: a qualidade do atendimento dos planos de saúde (47%); a saúde pública é precária e o cidadão não quer depender do SUS (39%); e por segurança, para sentir-se tranquilo em caso de doença (18%). As respostas eram múltiplas e o entrevistado podia indicar mais de uma razão.
CRESCIMENTO
O superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, avalia que os resultados mostram um forte indicativo para o crescimento da saúde suplementar no Brasil nos próximos anos. “Menos de 25% da população brasileira contava com esse benefício no fim do ano passado. Os resultados comprovam que os planos são essenciais e o brasileiro valoriza esse benefício”, reitera. A pesquisa revela também que 85% dos beneficiários de planos de saúde pretendem continuar com seus planos atuais.
3 MIL ENTREVISTADOS
A pesquisa Datafolha ouviu, em fevereiro, 3,32 mil pessoas, entre beneficiários e não beneficiários, em oito regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Brasília e Manaus). A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
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Mais Médicos
Goiânia lidera escolha no País

37 profissionais optaram por trabalhar na capital. No Estado, apenas 16 municípios foram contemplados
Alfredo Mergulhão

A primeira chamada do Programa Mais Médicos selecionou 70 profissionais brasileiros para trabalhar em 16 municípios goianos. O número corresponde a 12,4% da demanda solicitada pelas prefeituras na fase de inscrições. A maioria dos médicos vem para a capital. Goiânia é a localidade com maior número de selecionados no Brasil, num total de 37 profissionais. A listagem foi divulgada ontem pelo Ministério da Saúde, mas ainda pode mudar, pois houve prorrogação do prazo até amanhã para os médicos homologarem suas inscrições.
Goiás é o terceiro Estado com maior número de médicos brasileiros que confirmaram a participação no primeiro mês de seleção do programa. Só fica atrás do Ceará (91) e Bahia (85). A região metropolitana receberá ao todo 50 profissionais. Além de Goiânia, serão contemplados os municípios de Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Nerópolis, Nova Veneza e Trindade (veja quadro).
Apesar da terceira posição no ranking, somente 14,9% dos municípios goianos que se inscreveram para receber profissionais vão receber médicos. Na primeira etapa das inscrições, 154 municípios goianos aderiram ao programa do governo federal. As prefeituras levantaram uma demanda de 564 médicos. O resultado divulgado ontem pelo ministério revela que 12,4% das vagas solicitadas pelos municípios serão atendidas nesse primeiro momento.
O Ministério da Saúde fez a primeira listagem com médicos formados no Brasil ou que já têm autorização para atuar no País. Os profissionais brasileiros ainda têm até quinta-feira para entrar para o programa. Caso as vagas não sejam preenchidas, o governo federal chamará médicos que atuam no exterior.
Em Goiás, sete municípios que estavam na lista de localidades consideradas prioritárias ficarão sem médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, a razão é a falta de interesse dos profissionais em trabalhar nesses lugares. Abadia de Goiás, Abadiânia, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara, Pirenópolis e Santo Antônio do Descoberto estavam entre as urgências do ministério e ficaram de fora porque não houve procura por parte dos médicos.
Prefeito de Guarani de Goiás, Volnei José Momoli (PSDB) fez inscrição no programa mas não vai levar nada, pelo menos por enquanto. “Tenho dois postos de saúde para inaugurar, mas não posso abri-los porque não temos profissionais”, relata. Diariamente, são atendidos cerca de 80 pacientes no município, segundo o gestor. “A gente ainda absorve gente que vive em povoados de Iaciara e São Domingos, mas que ficam mais próximos de Guarani”, conta.
Volnei alega que gasta muito com o transporte de passageiros para Goiânia, onde ficam numa casa de apoio bancada pela prefeitura. O automóvel parte e volta da capital duas vezes por semana, sempre lotado, conduzindo pacientes para realização de consultas e cirurgias eletivas. Enquanto isso, a capital também sofre com a carência de profissionais. O secretário Municipal de Saúde, Fernando Machado, afirma que há déficit de 45 médicos na urgência e por volta de dez para atuarem em saúde da família.
“Esses médicos vão aliviar a situação nas regiões de periferia e nos plantões de urgência e emergência”, diz Fernando Machado. O secretário ainda precisa analisar a lista de profissionais selecionados. De acordo com ele, alguns médicos que já estão na rede pública municipal se inscreveram no programa e, se houver coincidência, a secretaria ganhará um profissional do governo federal mas perderá outro que era vinculado ao município.
SETEMBRO
A chegada dos médicos aos municípios está prevista para ocorrer no começo de setembro, tanto brasileiros como estrangeiros. O prazo para os médicos com registro profissional fora do Brasil fazerem a escolha dos locais onde pretendem trabalhar acaba amanhã. Os contratados por meio do Programa Mais Médicos devem começar a atuar no fim de outubro, após curso de especialização em atenção básica.
Vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Maguito Vilela (PMDB), gestor de Aparecida de Goiânia, esteve reunido na segunda-feira com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na ocasião, segundo o prefeito, foi repassada a informação de que médicos de 61 países foram inscritos no programa. A maioria deles é de Portugal, Espanha e Argentina.

Simego aponta fracasso de iniciativa

A baixa adesão de médicos ao programa federal foi considerada como fracasso da iniciativa governamental por entidades da categoria. O secretário comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo, ressalta que nem mesmo os estímulos dados pelo Ministério da Saúde foram capazes de atrair profissionais aos locais mais afastados. “Fica uma questão: essas vagas não foram preenchidas porque faltam médicos ou porque eles não têm condições de trabalhar nesses lugares?”, questiona.
Robson Azevedo sustenta que ficou claro que os médicos não se estabelecem no interior por causa de dinheiro. Ele argumenta que o programa federal apresenta fragilidades, sobretudo ao “colocar os médicos no centro dos programas”. O médico aponta outro motivo para a pequena procura por vagas abertas no programa: uma suposta falha no sistema de comunicação do Ministério da Saúde na validação dos registros profissionais.
“O governo insiste na tese de boicote dos médicos, mas não sabemos se eles afirmam isso de forma calculada. Há vários relatos de profissionais que tentaram se inscrever e não conseguiram”, afirma Robson Azevedo. Ontem, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou uma nota na qual afirma que os brasileiros foram prejudicados e que encaminhou denúncia ao Ministério Público e à Polícia Federal.
De acordo com o CFM, alguns médicos que estavam dispostos a trabalhar em cidades do interior, consideradas de difícil acesso, não tiveram suas inscrições homologadas para essas cidades. Na nota, o conselho afirma que esses profissionais acabaram lotados em capitais ou regiões metropolitanas.
Dos 938 médicos que homologaram a inscrição para atuar em todo País, 51,8% vão trabalhar em periferias de capitais e regiões metropolitanas. Segundo o balanço do ministério, 7,3 mil registros profissionais foram considerados inconsistentes: 6.341 porque os médicos teriam deixado o campo em branco e 171 por terem preenchido com caracteres inválidos, como “xxx”, “000” ou “—”.

No País, apenas 6% da demanda

Brasília – O Ministério da Saúde informou que 938 profissionais – apenas 6% da demanda – concordaram com os municípios em que vão trabalhar e serão fixados em 404 cidades. Para contemplar os quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País, ainda são necessários 14.522 médicos.
A quantidade de participantes do programa é 53% menor que o número de profissionais inscritos – 1.753 médicos afirmaram interesse em participar do Mais Médicos, mas 815 não concordaram com o local para o qual foram direcionados. Inicialmente, 626 municípios seriam atendidos.
Embora admita que o País não tem médicos suficientes para atender a demanda, o ministro Alexandre Padilha disse ter ficado surpreso com a quantidade de participantes no Mais Médicos nessa fase inicial. “Ficou claro que tem uma demanda crescente de médicos nos municípios mais carentes.” (AE)

Quase metade se formou após 2010
Dos 938 profissionais confirmados nessa primeira etapa, 51,8% atuarão nas periferias de capitais e regiões metropolitanas e 48,1%, em cidades do interior de alta vulnerabilidade social. Quase metade deles se formou entre 2011 e 2013.
Entre os 404 municípios que vão receber médicos pelo programa – 11,4% das 3.511 cidades que aderiram ao Mais Médicos , 213 estão em regiões com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, 111 em regiões metropolitanas, 24 são capitais. Foram atendidos, ainda, 16 distritos sanitários indígenas.
A região Nordeste foi a contemplada com maior número de profissionais – foram 372, direcionados a 203 cidades. Em seguida, é a região Sudeste, com 216 médicos para 77 municípios. A região Norte vai receber 144 profissionais distribuídos em 49 áreas. 107 deles vão para 53 cidades da região Sul e 99, para 22 municípios do Centro-Oeste.
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Cartas dos Leitores – Mortalidade infantil
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que houve um equívoco na reportagem publicada no sábado, com o títuloMortalidade Infantil – Taxa em Goiás ainda é alta, pois o superintendente-executivo da SES, Halim Antonio Girade, informou que a queda da mortalidade infantil de 1980 a 2010 era consequência do aumento da escolaridade dos pais, especialmente da mãe; das melhorias em saneamento; do aumento do pré-natal, mesmo ainda estando longe do ideal; das boas coberturas dos programas de imunização e do Saúde da Família.
A mortalidade infantil, como um indicador que é muito sensível, indica o desenvolvimento social de um povo. O superintendente não informou, conforme afirma a matéria, que a mortalidade infantil acima do que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) seja pela falta de assistência especializada em algumas regiões do Estado.
Patrícia Almeida – Comunicação Setorial da SES – GO

Médicos
Os médicos que atuam no serviço público, neste nosso imenso País, e especificamente na nossa querida Goiânia, não devem ter feito o juramento de Hipócrates, o pai da Medicina, pois não são capazes de cumpri-lo, não no serviço público, infelizmente.
Senhores doutores, vocês não aplicam como deveriam na rede pública de saúde o conhecimento adquirido para o bem do doente, às vezes chegam mesmo a causar dano e mal. Vocês, com suas vestimentas brancas, se maculam e maculam a arte, com o sangue dos inocentes, quando deixam de atender aqueles que os buscam, normalmente em situações extremas, estes pobres mortais, jogados à própria sorte, ou à falta dela.
Vocês jamais vêm ao nosso encontro. Não entram em nossas casas. Se levassem a sério o juramento, talvez o fizessem. Mas não o fazem. Nós é que devemos ir até vocês. Afinal somos nós que estamos doentes. Mas infelizmente não os encontramos. Vocês nunca estão presentes onde deveriam estar.
Vocês nos tratam como clientes. Jamais como doentes, que precisam de cuidados médicos. Aliás, o que nós somos mesmo é pacientes. E haja paciência. Esperamos por um simples atendimento pacientemente. Esperamos, esperamos até a morte. Então, só assim, descansamos em paz!
Não culpem as instituições, as políticas públicas. Não sejam como elas, pois elas não cumprem o papel imposto pelo Estado Democrático de Direito. Apenas cumpram o juramento proferido. É simples assim. As bençãos resultantes do juramento proferido estão ao alcance de todos vocês. Basta cumprí-lo. Mas lembrem-se, há maldições também, quando este juramento deixa de ser realizado.
Mas como disse o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: Who cares, quem se importa!

Nelsimar Gonçalves – Setor Marista – Goiânia
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DIÁRIO DA MANHÃ

Doenças do tempo seco
Queda na umidade do ar favorece multiplicação de problemas respiratórios
JOAQUIM MUNDURUCA

Durante o período de estiagem em Goiás, que teve início em maio e deverá perdurar até meados de setembro, o tempo deve ficar cada vez mais seco, ou seja, a umidade do ar, que é a presença de água na atmosfera, deve cair drasticamente. O fenômeno estimula a proliferação de bactérias, vírus, fungos e alérgenos que provocam diversos problemas de saúde, tais como infecções e alergias nas vias respiratórias e mucosas, agravados pela poluição urbana e pelas queimadas. Dores de cabeça, corizas, febres, dificuldades para respirar são sintomas de doenças comuns no período. A rinite alérgica, a sinusite, a bronquite asmática, o resfriado, a gripe, a pneumonia e a conjuntivite são algumas das doenças que mais afligem os goianos nesta época do ano.
Quando o clima é seco e a umidade do ar é baixa, e há uma combinação de fatores como aglomeração de pessoas em espaços fechados e com precária circulação de ar, ou poluição do ar por automóveis e máquinas, além de queimadas, surgem muitos problemas para o organismo humano.
Entre os mais recorrentes  estão infecções, alergias, tosses secas e tipos variados de gripes, principalmente, em pessoas com sistema imunológico debilitado. A proliferação de bactérias e vírus são responsáveis pela multiplicação das enfermidades.
Isso porque há mais partículas em suspensão no ar, a exemplo de ácaros, enxofre liberado dos escapamentos dos veículos, e partículas de poeira e de material queimado que são inalados e provocam alergias, irritabilidades nos olhos e nas vias respiratórias. O resultado disso são dores de cabeça, irritação nos olhos, nariz, garganta e pele. A garganta pode ficar seca, a voz rouca, inclusive com possibilidade de inflamação na faringe. No período seco, a bronquite alérgica é um dos principais vilões. Ela é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente as crianças e os idosos, em razão do seu sistema respiratório ainda estar incompleto ou fragilizado por outras doenças, respectivamente.
O período seco também é responsável por um aumento do número de casos de conjuntivite de todos os tipos, contudo o mais comum é o tipo bacteriano e virótico, além da conjuntivite alérgica.
Os olhos ficam mais secos, pouco lubrificados e mais irritados, e apresentam ardência e coceira. As pessoas costumam levar as mãos aos olhos com mais frequência, mas sem o devido cuidado com a higiene. Como há mais microrganismos circulando, a contaminação acontece, muitas vezes, quando a mão infectada toca os olhos.
A utilização de agasalhos e cobertores há muito guardados nos armários sem ventilação propiciam as culturas de fungos e ácaros. Os últimos são responsáveis por alergias que podem ocasionar, entre outras doenças, a conjuntivite alérgica. Indivíduos, cujo pai ou mãe tem alergia, são quatro vezes mais propensos a desenvolvê-la em algum momento de suas vidas. Se os pais são alérgicos, os filhos se tornam dez vezes mais propensos. Para diminuir os riscos de contágio da conjuntivite alérgica, deve-se evitar contato com os alérgenos.
A ausência de chuva e a inversão térmica são outros fatores que contribuem para o acúmulo de poluentes no ar, o que consequentemente agrava os problemas de saúde das pessoas. Os médicos calculam que cerca de 30% da população brasileira tenha prejuízos à saúde causados pela poluição vinda da queima de combustíveis, principalmente os portadores de doenças pulmonares e cardíacas, os idosos e as crianças. Por ano, chegam a ser registradas duas mil mortes, no País, em decorrência do problema.
Outra doença comum é a asma, na qual há uma constrição permanente das vias respiratórias, fazendo com que o ar circule com muita dificuldade pelas vias nasais. A estimativa de prevalência de asma no País gira em torno de 12% da população adulta e uma a cada seis crianças é asmática. A doença faz duas mil vítimas fatais a cada ano, (veja box sobre os cuidados com a saúde no período de estiagem).
Tempo
De acordo com o Sistema de Meteorologia e Hidrologia do Estado de Goiás (Simeh-GO) da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectec), predomina em Goiás o clima tropical semi-úmido com duas estações bem definidas – a chuvosa, que vai de outubro até abril, e a seca, de maio a setembro. Nessa última, as temperaturas máximas médias podem variar de 28°C a 32°C, e as mínimas, de 11°C a 15°C, com precipitação pluviométrica baixa, de 6 mm a 45 mm, ou mesmo não ocorrer precipitação. Por estar localizado em uma região de alta altitude e ar relativamente seco na maior parte do ano, o Estado tem níveis de umidade do ar baixos no período que vai de maio a setembro, atingindo seu ponto mais crítico em agosto, quando a umidade varia entre 15% e 10%, as noites costumam ser frias e os dias quentes e ensolarados. A umidade é literalmente a presença de partículas de água na atmosfera. Ontem, a Simeh-GO registrou, na Capital, em torno de 15% de umidade e afirmou que ela tende a baixar no decorrer do período. O sistema meteorológico goiano classifica isso como “estado de emergência” e alerta para os cuidados com a saúde. O nível de umidade ideal deve estar acima de 50%.
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O HOJE
Jardim América tem maior número de casos de dengue
Somente na última semana, equipes de combate registraram 18 casos no bairro, contra 102 na capital. Número recorde

O Jardim América, localizado na região sul de Goiânia, segue como o bairro com maior número de casos da dengue, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No balanço do órgão, somente na última semana, foram 18 notificações da doença no bairro, de um total de 102 casos registrados na capital (dados referentes à semana 31, entre 31 de julho e 5 de agosto). O bairro segue recordista de casos pelo menos nas últimas três semanas epidemiológicas. Até o dia 5 de agosto, foram notificados em Goiânia 56.788 casos suspeitos de dengue e dez mortes confirmadas. Em todo o ano de 2012, foram registradas 13.046 notificações.
Ontem, o Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses da SMS reforçou operações para eliminar focos do mosquito transmissor e orientar a população nos cuidados do combate à dengue. A operação, em um primeiro momento, acontece apenas no Jardim América e termina na sexta-feira (9). A previsão é de que 18,6 mil imóveis sejam visitados por cem agentes.
Somente no primeiro dia de trabalho, realizado na segunda-feira (5), 2 mil casas foram visitadas. Conforme relatado pelas equipes, o número de focos encontrados até o momento está dentro da média. Embora o número de notificações tenha diminuído desde o início do ano, os dados ainda são considerados preocupantes, por se tratar de um período de seca.
Em um dos imóveis visitados, localizado na Rua C-190, foram encontrados cinco focos do mosquito transmissor da doença. O imóvel está abandonado, mas um técnico em telecomunicações que trabalhava no local permitiu a entrada dos agentes, que eliminaram e trataram os focos do mosquito.
De acordo com o supervisor distrital da região sul, Benedito Rodrigues, a maior parte dos focos encontrados pelos agentes está em vasos sanitários, ralos de banheiro, piscinas e canos. “Muitas casas grandes, que têm mais de um banheiro, apresentam vários focos.” Às vezes, completa o supervisor, a família utiliza apenas um ou dois banheiros e a água do vaso fica parada. “É ilusão pensar que no período seco não existem focos da doença. Os cuidados precisam continuar”, explica.
A orientação dos agentes é que todos os vasos da casa sejam lavados pelo menos uma vez por semana e que, assim como os ralos, fiquem fechados. A água de bebedouro dos animais, além de ser trocada, deve ter o recipiente lavado. Até mesmo as bacias com água, muito utilizadas nessa época do ano para climatizar ambientes, devem ser lavadas, já que também são foco da doença.
População está mais consciente
Uma das casas visitadas pelas equipes foi a da feirante Maria de Fátima Coelho, de 56 anos, mas nada foi encontrado. Segundo ela, o combate é diário. “Todos os dias, olho tudo, não deixo água parada. O trabalho dos agentes é muito importante e deve continuar porque precisamos, a dengue é muito perigosa.” A feirante afirma que os vizinhos também são cuidadosos. “A gente olha e se preocupa até com a casa do vizinho porque não adianta nada só um na vizinhança cuidar. É preciso que todo mundo fique atento.”, relata.
Segundo as equipes, assim como Maria de Fátima, os moradores do bairro têm sido receptivos ao trabalho dos agentes. O diretor do Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses da SMS, Luiz Elias Camargo, diz que os imóveis abandonados ainda não estão sendo visitados. Isso, apenas quando há permissão de alguém. Ele informa que esses locais devem ser visitados no fim do mês, com a presença de viaturas da Polícia Militar e com o auxílio de um chaveiro.
Além do Jardim América, os setores Central, Parque A¬theneu, Parque Amazônia e Pedro Ludovico também registraram altos índices de casos. Estes devem ser os próximos bairros a receber as operações do departamento, mas ainda não há data definida.
“O que verificamos agora é uma readaptação do mosquito nesse período de seca, que cria seus focos em vasos e ralos, por exemplo.” O trabalho nesse período visa coibir o aumento do número de casos para o período chuvoso, principalmente porque 2013 foi um ano de epidemia. Para o período de chuvas, a população pode começar se preparando, mantendo limpas as calhas.
O balanço oficial da operação no Jardim América deve ser divulgado até segunda-feira (12). Para solicitar visita de equipes, fazer denúncias ou tirar dúvidas, a população pode ligar para o número 156.
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TV ANHANGUERA (Clique no link para acessar a matéria)
Dezesseis municípios de Goiás serão contemplados pelo programa "Mais Médicos"
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/dezesseis-municipios-de-goias-serao-contemplados-pelo-programa-mais-medicos/2740191/

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação