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O POPULAR
Coluna Giro
Encontro –A Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG) recebe hoje em almoço o Presidente da Sociedade Latino-Americana de Hotelaria Hospitalar, Marcelo Boeger, e o consultor Christiano Quinan.
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Mais Médicos
Profissionais aguardam liberação para trabalhar
Todos já estão nas cidades onde vão atuar, receberam parte do pagamento e permanecem hospedados em hotéis e esperam o Conselho Regional de Medicina emitir os registros
Galtiery Rodrigues
Sem trabalhar, mas com parte do dinheiro na conta. É assim que os 16 médicos com formação no exterior e selecionados para trabalhar em Goiás pelo programa Mais Médicos estão esperando pela liberação dos registros provisórios pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). Todos os profissionais já estão nas cidades onde vão atuar, mas, por enquanto, permanecem hospedados em hotéis pagos pelas prefeituras e à espera da liberação. Eles já receberam 70% da ajuda de custo de deslocamento, equivalente a R$ 14 mil – o total é R$ 20 mil – e, agora, o valor da hospedagem faz parte do auxílio moradia, que assim como a alimentação, será fornecido mensalmente pela administração local.
Ainda não há previsão de quando eles começam a atender. A expectativa inicial do Ministério da Saúde (MS) era de que isso ocorresse ontem, mas ainda depende da emissão dos registros. Em nota, o Cremego informou que já recebeu a documentação de todos os médicos e que está analisando cada caso. A Medida Provisória 621/2013, que institui o Mais Médicos, estipula 15 dias de prazo, a partir da data do protocolo, para que o Conselho Regional emita o registro. Até ontem, nenhum havia sido liberado, mas o prazo ainda não venceu. Dez dos 16 pedidos foram registrados entre o fim da semana passada e ontem.
Em Trindade, município que mais vai receber médicos com formação no exterior, tanto os profissionais como o secretário de Saúde, Paulo César Borges, acreditam que o registro só será emitido no fim desta semana e que, portanto, o trabalho só começará na segunda-feira. Enquanto isso, os médicos continuarão hospedados no Trindade Plaza Hotel, o maior da cidade. Um deles, o gaúcho Luís Adriano Raiter Domanski, de 39 anos, disse ao POPULAR que esse tempo livre, antes de começar a trabalhar, é até bom para que eles possam procurar moradias fixas e organizar melhor a vida na nova cidade.
Os médicos que vão trabalhar em Aparecida de Goiânia também estão na mesma situação, mas não chegaram a ser levados para um hotel. A prefeitura da cidade optou, dentre as formas de pagamento sugeridas pelo Ministério da Saúde, por depositar todo o dinheiro do auxílio moradia e deixar que eles se organizem livremente em se tratando de hospedagem. Três profissionais foram selecionados para trabalhar na cidade – um grego e dois brasileiros. A coordenadora da Estratégia da Saúde da Família do município, Érika Rocha, esperava que eles começassem a trabalhar conforme o previsto e que, portanto, foi pega de surpresa, não dando tempo de organizar um cronograma especial para esse período de espera.
O secretário de Saúde de Trindade, já sabendo da ausência de registros provisórios, promoveu uma fase de acolhida local e levou os médicos para conhecer as unidades do município. Ele já selecionou onde os cinco vão trabalhar. Cada um será encaminhado para um Posto de Saúde de Família (PSF) específico, dos Bairros Jardim Primavera, Setor Cristina e Santuário, Setor Ponta Caiana, Setor Maísa 2 e Setor Laguna. Em passagem pelos PSFs, o médico Luís Adriano disse que se sentiu bem recepcionado e percebeu a urgência de auxílio profissional. “Muitos pacientes, ao nos ver, pediu para que começássemos logo, mas o jeito é esperar”, contou.
FLORES DE GOIÁS
Mais ávidos ainda, devem estar os moradores do Assentamento São Vicente, em Flores de Goiás, a 437 quilômetros de Goiânia, cujo PSF está sem médico desde novembro. O secretário de Saúde Diego Fegger Ferreira comemora a iniciativa do Mais Médicos, porque, finalmente, poderá solucionar o problema. Segundo ele, são 584 famílias que moram no assentamento, a mais de 50 quilômetros da cidade e cujo acesso é uma estrada de chão. “Os médicos sempre cobravam muito caro para irem para lá. Chegaram a pedir R$ 36 mil, mas a prefeitura não consegue arcar”, relatou Diego.
O município vai receber dois profissionais com formação no exterior. O selecionado para trabalhar no assentamento é Daniel Sabino dos Santos, um brasileiro, natural de Brasília e que se formou na Venezuela. Já a médica portuguesa Sonimar Braz da Silva vai atuar no PSF que fica na cidade. Ambos também estão hospedados em hotel, bancados pela prefeitura e aguardando a liberação dos registros. A prefeitura de Flores optou por repassar a quantia do auxílio.
CFM diz que está dentro do prazo
Brasília – O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou ontem que os conselhos regionais já emitiram pelo menos 86 registros para os profissionais do programa Mais Médicos. A entidade indicou o que vê como motivo para o atraso nas emissões: a apresentação tardia das solicitações de registro pelo governo federal.
Segundo levantamento do CFM, estão no prazo previsto em lei para a entrega dos registros 509 dos 628 pedidos encaminhados pelo governo aos conselhos locais – cerca de 80% do total.
A medida provisória que estabeleceu o Mais Médicos prevê o prazo de 15 dias entre o pedido do registro pelo governo e sua emissão pelos conselhos regionais. De acordo com o CFM, os últimos dois pedidos expiram somente em 8 de outubro.
Sem o registro no CRM, médicos intercambistas do programa ficam impedidos de atuar no País. A previsão original era que todos os 670 intercambistas começassem a trabalhar hoje.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação