Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04/10/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Mais Médicos
Sete médicos ficam sem vagas
Falha na comunicação entre prefeitura de Trindade e Ministério da Saúde provoca mau entendido
Galtiery Rodrigues e Malu Longo

Sete médicos selecionados pelo Programa Mais Médicos para trabalhar em Trindade se apresentaram no município na segunda-feira, mas foram surpreendidos com a notícia de que não havia mais vagas. Fato inédito, até então, no programa em todo o País, a prefeitura não comunicou a tempo o Ministério da Saúde de que os profissionais escalados na primeira etapa haviam chegado e o sistema, automaticamente, selecionou novos inscritos. “Chegamos à Secretaria de Saúde, na segunda-feira, e não tinha ninguém para nos recepcionar. Nenhum representante. Ninguém estava sabendo da nossa chegada”, conta o médico Felipe Henrique, de 28 anos.
O município, ao se inscrever, comunicou um déficit de 12 profissionais na área de atenção básica. No primeiro ciclo do programa, 4 médicos formados no Brasil e outros 6 no exterior foram selecionados e se apresentaram para trabalhar. As outras 2 vagas foram preenchidas por meio de contratação. O Ministério da Saúde (MS), em resposta ao POPULAR, explicou que Trindade não fez o comunicado da chegada dos médicos dentro do prazo estipulado. Esse é um mecanismo necessário para controle do programa, por causa da possibilidade de desistência dos profissionais. Sem isso ser feito, a cidade apareceu no sistema com vagas em aberto.
A chegada dos médicos foi uma surpresa tanto para o secretário de Saúde de Trindade, Paulo César Borges, como para o seu assessor e que está coordenando o programa no município, José Carvalho da Silva. Pressionado pelos profissionais, que reivindicaram uma solução rápida, já que deixaram outros postos de trabalho para assumir as vagas do Mais Médicos, Paulo pediu um prazo de 48 horas para buscar uma resposta no Ministério da Saúde.
Ontem à noite, o MS informou ao POPULAR que vai tentar remanejar os sete médicos para outros municípios que ainda possuem vagas e que sejam de interesse deles. Ainda segundo a informação, eles não terão de passar pela seleção do sistema. Basta que escolham uma nova cidade, e o Ministério vai comunicá-los disso por telefone ainda hoje.
Todos os sete são brasileiros, formados no Brasil – seis são goianos, inclusive com famílias em Goiânia, e um é de Rondônia. Este último, segundo Felipe Henrique, chegou a alugar uma casa em Trindade e trazer toda a família para morar, na esperança de que a cidade seria o seu novo lar. Já Felipe é recém-formado pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), estava em fase de análise de propostas em Palmas (TO), onde morava até então, e agora está hospedado na casa da mãe, na capital. Diferentemente dele, os demais já estavam com vagas em plantões e trabalhos fixos, mas abdicaram delas por causa do Mais Médicos.
Dos dez profissionais que já estão trabalhando em Trindade, seis são os chamados intercambistas, formados no exterior. Trindade foi a cidade goiana que mais recebeu médicos dessa categoria. Quatro deles iniciaram as atividades na terça-feira, depois que o registro provisório foi emitido pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). As médicas Welma Gomes de Andrade e Anna Flávia Raiter ainda não puderam começar. A primeira não teve o registro concedido e está aguardando o Ministério da Saúde resolver a questão, enquanto a segunda deve chegar de Portugal no fim deste mês.

Versões demonstram falha de comunicação

O POPULAR conversou ontem com os coordenadores municipais do Programa Mais Médicos de Goiânia, Trindade e Aparecida de Goiânia. As versões de um e outro sobre determinadas regras destoam, o que demonstra falhas de orientação e até na comunicação entre eles e o Ministério da Saúde (MS).
Enquanto o coordenador de Trindade, José Carvalho da Silva, afirmou que não seria preciso comunicar o MS entre um ciclo e outro do programa sobre o fim do déficit de médicos, a coordenadora da Estratégia da Saúde da Família em Aparecida, Érika Lopes Rocha, já enfatizou essa necessidade e inclusive alertou que o município deverá fazer isso, assim que o edital da terceira etapa for publicado.
Da mesma forma, a representante de Goiânia, Mirlene Lima, afirma que o MS orientou os municípios de que as vagas ofertadas devem ser reservadas e a prefeitura deve aguardar o anúncio da seleção dos médicos e não ocupá-las por meio de contratação. Em Trindade, duas das vagas anunciadas foram preenchidas assim. José Carvalho e Érika ressaltaram que é impossível esperar, por causa da constante entrada e saída de médicos na Atenção Básica.
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Araújo Jorge
214 se inscrevem para trabalho voluntário
Grupo leva alegria e esperança a portadores de câncer em tratamento no hospital
Maria José Silva

Maurício do Nascimento fala aos candidatos inscritos no programa voluntário
Duzentos e quatorze pessoas inscreveram-se para participar de uma seleção concorrida e rigorosa, que tem como principal critério de avaliação a disponibilidade e o interesse do candidato em realizar um trabalho humanizado, que leva alegria e esperança aos portadores de câncer. São homens e mulheres, a maioria com mais de 30 anos, de diferentes profissões e religiões, que almejam passar as tardes de domingo ao lado dos pacientes do Hospital Araújo Jorge.
Essas 214 pessoas candidataram-se às 15 vagas oferecidas neste ano pela Associação Saúde & Alegria Animação Hospitalar, entidade sem fins lucrativos. Fundada há 15 anos, a organização é composta exclusivamente por voluntários. Os aprovados não vão receber salários. Pelo contrário, terão de pagar uma taxa mensal de R$ 30,00, destinada à manutenção da entidade.
O presidente da Associação Saúde e Alegria Animação Hospitalar, Maurício Antônio do Nascimento, que usa o pseudônimo Doutor Leozinho Castello, informa que o processo seletivo é composto por três etapas, todas relativas a entrevistas individuais feitas em grupo. A última fase, conforme diz, vai acontecer amanhã, das 19 às 23 horas, no Centro Médico da Associação de Combate ao Câncer.
Dos 214 inscritos, ficaram 30 pessoas concorrendo às 15 vagas. “Em cada entrevista aprofundamos os questionamentos para selecionar as pessoas comprometidas e que têm desenvoltura para desenvolver a ação”, sublinha. Ele adianta que os aprovados farão o curso que os habilita a ser recreador hospitalar entre os meses de outubro e dezembro. Composto por 12 tópicos, este curso aborda desde questões artísticas até temas eminentemente técnicos como biossegurança e reconhecimento de material hospitalar.
“As pessoas aprovadas para compor a Associação Saúde & Alegria são preparadas para atuar em todo tipo de situação, inclusive em casos de morte”, destaca. Fundada há 15 anos, a entidade teve, durante este período, mais de 250 voluntários. Todos os anos há nova seleção para preencher as vagas das pessoas que deixam a organização. O grupo, conforme Maurício Nascimento, é composto por 36 integrantes.
Para cada novo componente, há um nome diferente, sempre relacionado a denominações de medicamentos. “Nós já tivemos a Dipirona, a Cibalena, o Doril e o Colírio”, acentua o coordenador. Ele diz que no início, a maior parte dos voluntários era jovem. Hoje, além de ter 30 anos ou mais, a maioria dos membros da entidade já fez tratamento para o câncer, tem algum parente com a doença e é extremamente ligado a uma religião.

Vida de assessora de vendas ganhou nova motivação
A vida da assessora de vendas Marta Helena Cascão, de 54 anos, tomou um rumo novo há cerca de um ano. Depois que as duas filhas cresceram, ela decidiu envolver-se na realização de um trabalho voluntário, no qual poderia ser mais feliz ao dar o melhor de si.
Decidida, Marta Helena Cascão fez a seleção para a Associação Saúde & Alegria Animação Hospitalar. Hoje, a cada duas semanas, ela dedica as tardes de domingo para levar descontração às pessoas internadas no Hospital Araújo Jorge.
Nestes dias, a assessora de venda deixa de ser Marta Helena e transforma-se na alegre e risonha personagem Normapril. “Já completei um ano na entidade e, se depender de mim, fico por mais uns 15 anos”, pontua. A mesma determinação move o empresário Edmar Paniago, o palhaço Decadron, que há três anos enche de alegria os olhos das crianças enfermas com a distribuição de balões coloridos. “Mais que voluntário, a gente é aprendiz.”
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SAÚDE BUSINESS WEB

Após denúncias, Elano Figueiredo pede demissão da ANS

Decisão foi tomada após diretor ser informado da recomendação de sua destituição pela Comissão de Ética da Presidência da República

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta quinta-feira (3) uma nota na qual informa que o diretor Elano Rodrigues Figueiredo pediu demissão do cargo. A decisão foi tomada após ele ser informado da recomendação de sua destituição pela Comissão de Ética da Presidência da República, após denúncias de que ele foi advogado de operadoras de planos de saúde – informação omitida durante a sabatina no Senado, em julho. A petição já foi encaminhada à Presidência.
Figueiredo ocupava o cargo desde o dia 2 de agosto de 2013. “[A comissão] entendeu, equivocadamente, que deveria recomendar minha destituição do cargo, ainda que reconhecendo não haver conflito de interesses na minha situação”, disse na carta assinada na quarta-feira (2). “Mesmo convicto de que não pratiquei nenhuma irregularidade, seja ética, moral ou legal, penso que o referido pronunciamento torna insustentável a continuidade do cumprimento do meu mandato”, acrescenta.
A petição contra Figueiredo foi apresentada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que solicitou a análise das denúncias. No mês passado, o Idec apresentou novos indícios de conflito de interesses na nomeação de Figueiredo.
O instituto pediu que a comissão sugerisse a exoneração dele, sob o argumento de que a omissão da informação sobre seu trabalho em defesa de operadoras de planos de saúde constitui falha ética, além do que as ocupações atual e anterior caracterizarem conflito de interesses. De acordo com o órgão, o diretor advogou, entre 2010 e maio de 2012, para a operadora de planos de saúde Hapvida e para o grupo Unimed. * com informações da Agência Brasil
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ANS trabalha na análise dos dados do Programa Qualiss

Expectativa da agência é que adesão de hospitais ao programa aumente em 2014; objetivo é aumentar disponibilidade de informações sobre qualificação dos profissionais

O Programa de Qualificação de Prestadores de Serviços de Saúde (Qualiss) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) segue avançando. A expectativa é que no próximo ano os hospitais passem a aderir ainda mais ao programa, que tem como objetivo aumentar a disponibilidade de informações sobre a qualificação dos profissionais.
“O intuito é ampliar o poder de avaliação e escolha de prestadores de serviços por parte dos beneficiários de planos de saúde”, diz Raquel Lisbôa, coordenadora de qualidade da agência reguladora.
Segundo a especialista, neste ano concluiu-se a segunda etapa do programa, que tinha como objetivo avaliar o desempenho de 66 hospitais. “Os dados estão sendo processados e alguns poucos indicadores precisaram de ajustes. A maioria dos hospitais respondeu adequadamente aos formulários bem detalhados que criamos”, diz a executiva. Segundo ela, foram criados um total de 26 indicadores de qualidade. “Com a divulgação dos resultados, vamos trazer mais transparência ao setor”.
Contudo, Lisbôa garante que a divulgação dos dados só será feita quando os indicadores estiverem totalmente validados e os dados forem confiáveis. “Como o programa é composto por dados autodeclarados, é necessário um processo de auditoria”, conclui.
A médica, que participou do Congresso Nacional de Hospitais Privados, que está sendo realizado em São Paulo de 2 a 4 de outubro, afirma que a implementação inicial do Qualiss está sendo feita com bastante cuidado. “Quem sabe até 2030 a gente possa evoluir para atender também as novas demandas da população idosa e que sejam avaliadas as unidades de longa permanência e os programas de atendimento domiciliares”, projetou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação