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O POPULAR
Atropelamentos
Hugo atende 91 vítimas por dia
Unidade de saúde recebe pessoas atropeladas na capital e de cidades localizadas nas imediações
Alfredo Mergulhão
No início da manhã de ontem uma mulher de 65 anos tentava chegar ao Terminal Recanto do Bosque, na Região Noroeste de Goiânia, quando foi atropelada por um ônibus do transporte coletivo. Por volta das 7h15, um homem foi atingido por um carro na Alameda das Rosas, em frente ao Hospital do Rim. Próximo ao Hospital Santa Bárbara, no Jardim Europa, uma mulher de 33 anos foi colhida por uma moto às 8h35. Na Rua 11, Setor Central, um automóvel de passeio acertou um rapaz às 12h30. A tarde mal começava e o Corpo de Bombeiros havia atendido quadro ocorrências de atropelamento somente na capital.
O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) atendeu 916 pessoas atropeladas até outubro desse ano dentro dos limites do município ou encaminhadas de localidades próximas à capital. A média mensal é superior a 91 entradas de vítimas de atropelamento, 3 por dia. Caso o ritmo se mantenha, o total de pacientes atropelados deve aumentar em relação ao ano passado, quando o Hugo recebeu 1.077 vítimas. Mas na comparação com 2011, a quantidade de pessoas atropeladas tende a reduzir 11% na hipótese dos acidentes continuarem acontecendo na mesma frequência.
Os dados mais precisos sobre atropelamentos são fornecidos pela unidade de saúde. As estatísticas da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade de Goiânia (SMT) estão fechadas somente até março de 2013. E o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) tem apenas os cálculos do ano passado, com a justificativa de que precisa checar as informações recebidas de diferentes órgãos para verificar se não houve registro em duplicidade.
Os números disponibilizados pela SMT revelam que houve 18 atropelamentos na faixa de pedestres em Goiânia no ano passado. E outras 1,3 mil pessoas foram atingidas por veículos automotores quando atravessavam vias públicas fora da faixa de pedestre. Até março deste ano, aconteceram 279 atropelamentos na capital, apenas um na faixa de pedestre.
SÉRIE DE ACIDENTES
Os números dessa modalidade de acidente de trânsito chamam a atenção nos últimos dias. Desde 11 de novembro, a reportagem contou 18 atropelamentos na região metropolitana de Goiânia, Anápolis e na cidade de Luziânia, com base em relatórios diários da Polícia Rodoviária Federal, do Batalhão Rodoviário Estadual, do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Deste total, pelo menos nove vítimas morreram. Acidentes envolvendo veículos automotores e pessoas ocorreram tanto em ruas como em rodovias.
Na noite de terça-feira, por exemplo, um homem de 30 anos foi atropelado em Luziânia no momento em que atravessava a BR-040 de bicicleta. Ele foi atingido por um carro. Os bombeiros foram acionados, mas a vítima estava morta quando a equipe chegou ao local. Na mesma data, uma mulher morreu atropelada no Bairro Vera Cruz, em Aparecida de Goiânia. Ela foi colhida quando atravessava a Avenida Brasil.
Um idoso de 72 anos não resistiu aos ferimentos e morreu atropelado na GO-020, sentido Goiânia-Bela Vista, na segunda-feira. O acidente ocorreu em frente à entrada do Alphaville e gerou reclamações dos trabalhadores dos condomínios da região.
Detran e SMT dizem investir em educação
Apesar de os números não mostrarem uma redução substancial nos atropelamentos, os órgãos de trânsito afirmam que investem em educação para reverter esse quadro. A Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade de Goiânia (SMT) diz que realiza campanhas constantes com presença de agentes as proximidades de cruzamentos e faixas de pedestres.
O coordenador de projetos de educação para o trânsito da SMT, Horácio Ferreira, ressalta que as atividades educativas também estão presentes em escolas, com palestras direcionadas à crianças e jovens. “Claro que devemos fazer mais, só que a responsabilidade não é A, B ou C. Ela é do órgão gestor, da iniciativa privada e dos meios de comunicação. É um problema de educação e valores”, analisa.
O diretor-técnico do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), Horácio Melo, ressalta que a atribuição de fazer campanhas sobre atropelamentos é dos municípios. Mas sustenta que o órgão tem investido por meio do programa Goiás Sinalizado. “Como a frota e a população têm aumentado e o número de pessoas atropeladas ficou estável, significa que estatisticamente houve redução”, argumenta.
Horácio Melo lembra que o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que os veículos devem proteger o pedestre. Mas o pedestre ser prudente, atravessando as vias de maneira segura.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Dengue ameaça saúde pública
Incidência da doença em Goiânia este anos é a maior da última década, superando a epidemia de 2010
ELPIDES CARVALHO
Desde o início do ano até o dia 21 de setembro foram registrados 1,4 milhão de casos de dengue no Brasil. O número, que é do Ministério da Saúde (MS), é quase três vezes maior que o do mesmo período de 2012, quando foram confirmados 537 mil casos. Conforme o MS, 530 pessoas morreram por causa da doença. No ano passado foram contabilizadas 283 mortes.
Dados do levantamento da Pasta da Saúde apontam que a incidência da doença atualmente é de 759 casos por 100 mil habitantes. O ministério lembra que os números podem ser alterados, já que depende das confirmações de casos, isso porque as informações são constantemente revisadas.
A região Sudeste concentra o maior número de notificações (63,6% do total). Em seguida vêm as regiões Centro-Oeste (18,4%), Nordeste (9,9%), Sul (4,8%) e Norte (3,3%). Já no ano passado o MS chegou a falar sobre o possível aumento de casos decorrentes da proliferação recente de mais um sorotipo da doença no País, a dengue tipo 4.
Goiás
Apesar de programas de controle lançados no ano 2000, os registros de dengue estão aumentando em Goiás. O Estado ocupa o terceiro lugar do ranking de unidades federativas do Brasil com maior número de óbitos ocasionados pela doença em 2013. Os dados são do Ministério da Saúde divulgados na última terça-feira (12), em Brasília.
Atualmente, já foram confirmadas 58 mortes decorrentes da dengue só este ano, em diversas cidades goianas. Entre os principais municípios em situação de risco, dois são turísticos e engrossam as estatísticas: Rio Quente e Alto Paraíso de Goiás. Outros que ajudam a confirmar o posicionamento do Estado são: Davinópolis e Alto Horizonte.
De acordo com o MS, outros 60 municípios goianos também estão em situação de alerta. Entre eles a Capital, com cerca de 60 mil registros até a primeira semana deste mês. A incidência de 2013 é a maior dos últimos 10 anos, superando a epidemia de 2010, quando foram contabilizados 44,1 mil casos em Goiânia, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
No entanto, 13 mortes foram registradas na Capital até o momento, porém este dado diminuiu tanto em comparação a 2010 (com 21 casos) quanto em comparação a 2012 (com 32 casos), ano com maior mortalidade por dengue em Goiânia.
* Dengue tipo 5*
Após surgimento da dengue tipo quatro, que apresenta os mesmos sintomas do tipo um, dois e três, pesquisadores descobriram um novo tipo do vírus da doença na Ásia, conforme levantamento divulgado na revista científica Science. Os dados do estudo sobre o suposto micro-organismo tipo 5 foram apresentados em uma conferência realizada em Bancoc, na Tailândia, no mês passado. A descoberta pode tornar ainda mais difícil o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.
Os estudiosos encontraram o vírus por acaso em amostras coletadas durante um surto em uma região da Malásia, em 2007. O micro-organismo era diferente dos quatro sorotipos conhecidos da dengue, o que foi confirmado por sequenciamento genético. O anúncio foi feito pelo virologista Nikos Vasilakis, da Universidade Texas Medical Branch, nos EUA.
Em relação às doenças já existentes, ainda não há vacina nem medicamento contra a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, os sintomas mais comuns, entre os tipos um e quatro, são febre e dores musculares e nas articulações. Eventualmente, a doença progride para a forma hemorrágica, o que acontece com mais frequência quando a pessoa é infectada pela segunda vez, mas com um tipo diferente de vírus. A descoberta de um novo sorotipo só aumenta esse risco.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação