Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 26/11/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

A REDAÇÃO

Comurg fiscaliza resíduos hospitalares em unidades de saúde

Goiânia – Com o objetivo de garantir o acondicionamento correto de lixo hospitalar, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) realiza a partir das 8 horas desta terça-feira (26/11), uma fiscalização em 300 unidades de saúde particulares e públicas da capital. Além do acondicionamento correto, a preocupação da pasta gira em torno do termo assinado com a Superintendência Regional de Trabalho e com o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), que define as regras para o descarte dos resíduos de saúde e orgânicos nestes estabelecimentos.

Outro objetivo da Comurg é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores da pasta que fazem a coleta nos hospitais e também da própria comunidade em geral, já que o lixo hospitalar pode ser infectante.  
                                                                                                   
Durante a fiscalização será averiguado se os hospitais estão cumprindo o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRS) que estabelece as condições adequadas nos pontos de coleta dos resíduos, dos containers, do acondicionamento nos sacos plásticos e a separação de cada tipo de lixo.

Uma equipe multidisciplinar, formada por médico, engenheiro e técnico de segurança do trabalho do Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho, vai acompanhar os coletores de lixo durante a fiscalização.

A Comurg seguirá as determinações do MPF e caso alguma unidade de saúde esteja fora do protocolo estipulado será feito e encaminhado um relatório descrevendo a situação e o estabelecimento será notificado. O coletor pode inclusive deixar de recolher o lixo, voltando a fazê-lo apenas quando  o hospital se adequar .
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TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)

Médicos selecionados na 2ª etapa do Mais Médicos começam a trabalhar no leste de Goiás (Bom Dia Goiás 26/11/13)
http://g1.globo.com/videos/goias/bom-dia-go/t/edicoes/v/medicos-selecionados-na-2a-etapa-do-mais-medicos-comecam-a-trabalhar-no-leste-de-goias/2978692/
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Reunião discute superlotação do Hospital de Urgências de Goiânia (Jornal Anhanguera 2 – 25/11/13)
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/reuniao-discute-superlotacao-do-hospital-de-urgecias-de-goiania/2978091/
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O POPULAR

Saúde
Huapa sofre com estrutura
Pacientes reclamam de demora no atendimento em casos de cirurgia e funcionário denuncia precariedades
Galtiery Rodrigues

Funcionários contratados sem carteira assinada, equipes médicas incompletas, falta de material reagente para identificar tipo sanguíneo, demora nos procedimentos cirúrgicos e aparelho de endoscopia que ficou sem funcionar entre o início de setembro e 19 de novembro. A realidade do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) é descrita por funcionários e pacientes como “terrível”.
Ontem, a reportagem do POPULAR tentou visitar o local para conversar com as pessoas que estavam aguardando por atendimento na recepção, mas foi impedida de entrar, não podendo passar sequer da guarita. A alegação da direção da unidade, sob responsabilidade da organização social Instituto de Gestão e Humanização (IGH) desde julho deste ano, foi a de que a visita só seria possível desde que acompanhada do diretor geral.
Do lado de fora, as pessoas que saíam do hospital expressaram alguns descontentamentos. Já era fim de tarde e o filho de 19 anos do eletricista Lindomar Patrício da Sílva tinha dado entrada no Huapa às 13 horas. O jovem passou o fim de semana sofrendo de apendicite e, ontem pela manhã, ele foi encaminhado do Cais do Setor Garavelo para o Hospital, onde deveria passar por uma cirurgia imediata. O procedimento foi feito, mas só aconteceu depois de longa espera. A família foi informada, ao chegar, de que o médico estava operando outro paciente e que restava ao rapaz aguardar na enfermaria.
Uma pessoa que trabalha na unidade conta que, assim que o IGH assumiu a administração do Huapa, os servidores da prefeitura de Aparecida que estavam à disposição do hospital foram devolvidos e parte dos que possuíam vínculo com o Estado por meio de aprovação em concurso pediram transferência para outro local. Hoje, segundo a denúncia, mesmo com os funcionários da organização social, ainda existem equipes incompletas, o que estaria prejudicando o atendimento.
Em resposta á reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o IGH defenderam que não existe equipe médica incompleta. Ao todo, seriam 121 médicos, número considerado suficiente para atender toda a demanda do hospital. Dentre eles, 30 são clínicos, 22 cirurgiões, 10 intensivistas, 25 ortopedistas, 15 bucomaxilos e oito pareceristas. Apesar dessa quantidade, no entanto, é corriqueiro encontrar exemplos de pacientes com problemas ortopédicos que não conseguem atendimento imediato.
Ontem à tarde, a separadora de indústria alimentícia Carina Januário, 27, levou o filho Levi Gabriel, de 6 anos, para trocar o gesso do braço porque estava apertado e ele reclamando de dor. Curiosamente, o gesso foi colocado pelos médicos do Huapa na quinta-feira (21), mas ontem ela teve que voltar para casa sem ter o problema solucionado. Enquanto a reportagem estava do lado de fora do hospital conversando com os pacientes, um servidor saiu e relatou, sem se identificar, que casos assim são comuns.
Em setembro, o aparelho de endoscopia estragou e só voltou a funcionar na semana passada. Outro obstáculo enfrentado está sendo a falta de substância reagente para identificar tipos sanguíneos. Conforme a denúncia, como as bolsas de sangue não estão tipadas, algumas cirurgias acabam sendo prejudicadas. Na resposta, o IGH explica que o contrato com o Hemocentro foi cancelado e que a empresa fabricante não está conseguindo fornecer a quantidade de reagente solicitada.
Na semana passada, o POPULAR mostrou a situação do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), cuja superlotação estaria sendo ocasionada pelo encaminhamento indevido de pacientes. Ontem, o diretor de Regulação, Avaliação e Controle da Prefeitura de Goiânia, Cláudio Tavares, acrescentou que outro agravante ao Hugo é o fato de o Huapa não realizar cirurgias ortopédicas. Parte da demanda da unidade de Aparecida estaria sendo encaminhada para a capital e contribuindo para a lotação.

Huana e Hurso: opções para desafogar Hugo
Representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde e do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) se reuniram, ontem à tarde, no Ministério Público de Goiás (MP-GO) para discutirem uma solução para o hospital. Dentre as medidas sugeridas, consta a de maior comunicação entre a direção da unidade e a Diretoria de Regulação do município para evitar o encaminhamento indevido de pacientes. A ideia é que o Hugo passe a enviar relatórios frequentes sobre quais casos devem e não ser direcionados.
Além disso, a promotoria do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde sugeriu também que os hospitais de Urgências de Anápolis (Huana) e de Urgências da Região Sudoeste (Hurso) sejam as primeiras opções para os pacientes de municípios que ficam próximo, afim de evitar que eles sejam trazidos para Goiânia.
O Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) também foi citado, mas ele está em processo de transição, com a abertura da seleção da organização social (OS) que vai administrá-lo. O Estado abriu o procedimento na quarta-feira (20) e a intenção é que o contrato siga as mesmas regras do Hugo e do Huapa.
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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

Profissional integrante do Mais Médicos faz críticas ao programa em audiência no STF

Um médico integrante do Mais Médicos fez duras críticas ao programa federal, nesta segunda-feira (25), em audiência pública sobre o tema no STF (Supremo Tribunal Federal).

William José Bicalho Hastenreiter Paulo, inscrito para falar como participante do programa, classificou o Mais Médicos de eleitoreiro, disse que a tutoria recebida do governo é precária, criticou a ausência de direitos trabalhistas e afirmou que, ao trazer médicos de fora, o governo pretende evitar críticas sobre a precariedade da saúde pública.
O Supremo convocou audiência pública para ouvir governo, entidades e interessados sobre o Mais Médicos, objeto de duas ações diretas de inconstitucionalidade a serem analisadas pelo tribunal.
Paulo foi o último a falar nesta segunda – a audiência será retomada na terça-feira (26). Antes dele falaram os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Luís Inácio Adams (AGU), representantes do Ministério público, de entidades médicas e de outras esferas de governo, além de parlamentares.
O Ministério da Saúde confirmou que Paulo é médico brasileiro, com inscrição ativa no programa e atuação na cidade de Itaboraí (RJ), desde a primeira rodada do Mais Médicos.
"O objetivo real do Mais Médicos é eleitoreiro. Um marqueteiro, João Santana, já fez o mesmo na Venezuela. Na época, Hugo Chavez estava perdendo as eleições, e ele trouxe 35 mil médicos cubanos e sanitaristas", relatou Paulo. Pouco depois, Paulo lembrou o potencial candidatura do ministro Padilha, pelo PT, ao governo de São Paulo.
O médico fez críticas ao fato de não ter todos os direitos trabalhistas previstos em lei. E questionou o modelo de supervisão oferecido pelo programa. "Tive a visita de um tutor até agora, para saber quantos pacientes eu atendo por dia. Se isso for um tutor…", criticou.
Paulo afirmou que colegas médicos brasileiros têm tido dificuldade de se inscrever no programa. E que têm sido informados, pelo próprio Ministério da Saúde, que a prioridade será dada aos estrangeiros – diferentemente do que prevê a lei que rege o Mais Médicos.
Apesar das críticas, o médico disse acreditar no programa. "Com determinadas alterações, ele pode se mostrar muito mais atrativo."
Ao encerrar, Paulo afirmou que espera não sofrer perseguições após sua fala no STF. Em seguida, o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, relator das duas ações contra o Mais Médicos, repetiu o desejo de que não haja retaliações contra o integrante do programa.
Especialização – A argumentação de Paulo segue a mesma linha das falas de representantes das entidades médicas, que também se posicionaram nesta segunda.
O presidente do CFM, Roberto d’Avila, também classificou de eleitoreiro o programa Mais Médicos. "Todo programa voltado à saúde pública tem relevância. A urgência é que questionamos. Por que um governo que está no poder há 10 anos resolve, nos 44 minutos do segundo tempo, criar um programa de urgência? Antes não precisava?"
O presidente do CFM também contrapôs o fato de o governo pagar uma bolsa aos médicos – e não um salário – sob o argumento de que os profissionais participarão de um curso de especialização em atenção básica.
"Se [os médicos que vêm de Cuba] já são especialistas em saúde da família, por que vêm para o Brasil fazer um curso de especialização em médico da família? Vêm fazer a mesma especialidade?", questionou o presidente do CFM.
A ausência da oferta de todos os direitos trabalhistas também foi alvo de críticas por parte de Sebastião Caixeta, procurador do Trabalho, que atua num inquérito civil que apura as condições ofertadas pelo programa.
Defesa – Coube aos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Luís Inácio Adams (AGU), a secretários dos ministérios da Saúde e Educação, e a representantes de gestores locais fazer a defesa do programa Mais Médicos.
De maneira geral, eles defenderam o caráter de capacitação no programa e o pagamento de bolsa, a dispensa da revalidação do diploma do médico e a necessidade de aumentar o número de profissionais no país.

Fonte: Folha de S. Paulo, edição CFM
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação