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O POPULAR
Hospital das Clínicas
Quimioterapia volta após protestos
Maria José Silva
Deu resultado a campanha nas redes sociais da representante comercial Rubinéia Silva de Sá nas redes sociais para que o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) retomasse o tratamento contra o câncer descoberto por sua mãe, a dona de casa Maria de Lourdes Silva de Sá, interrompido no dia 25 de novembro. Depois de ter o protesto deixado no Facebook compartilhado por quase 17 mil pessoas em 5 dias e de uma manifestação em frente ao HC, no Setor Leste Universitário, com outros pacientes no último domingo, Rubi soube pela mãe que a direção do hospital ligou para ela confirmando a próxima sessão de quimioterapia para sábado, dia 21.
Ao todo, junto com Maria de Lourdes, cerca de 40 pacientes que se tratam no HC tiveram o cronograma de quimioterapia interrompido devido à falta do medicamento Paclitaxel (Taxol), essencial ao procedimento. O problema afetou principalmente as mulheres que lutam contra o câncer de mama, como Maria de Lourdes e Nilzane Gonçalves Santos.
O diretor do HC, médico e professor José Garcia Neto, informou ao POPULAR que deve receber, hoje, cerca de 300 ampolas do medicamento. Com isso, as sessões de quimioterapia, paralisadas desde o fim de novembro, estão sendo reagendadas para esta semana. Garcia Neto destacou que a empresa que havia vencido a licitação para o repasse do medicamento – Accord Farmacêutica – Laboratório e Importação – enfrentou um problema na alfândega e, em função disso, ficou impossibilitada de fazer a entrega do produto. Tão logo foi notificada da questão, conforme disse, a diretoria fez a aquisição de 300 ampolas em outra empresa. Garcia Neto diz que a empresa que está fazendo a distribuição atualmente está cobrando o dobro do preço pelo remédio e que uma nova licitação será feita no prazo de 60 dias.
Decisão comemorada nas redes sociais
A falta do medicamento ao longo das últimas três semanas levou apreensão á família de Maria de Lourdes Sá. A filha dela, Rubinéia Silva de Sá, recorreu ao Ministério Público e à Defensoria Pública da União na tentativa de garantir, pelos meios legais, a compra do remédio. “Quem faz tratamento contra câncer não pode esperar nem um dia”, assinalou. Ela organizou, pela internet, a manifestação no Hospital das Clínicas e ontem comemorava, pelo Facebook, o resultado com a iniciativa.
Maria de Lourdes descobriu que o câncer de mama em janeiro. O diagnostico foi confirmado em maio e o tratamento começou em julho. Ela já passou por três sessões de quimioterapia, a última em 29 de outubro.
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Cartas dos Leitores – OSs
O nobre líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, o deputado Karlos Cabral, fala em seu artigo publicado ontem no POPULAR sobre questões de legalidade nos contratos que envolvem as organizações sociais (OSs) no Estado, mas em nenhum momento vi o parlamentar discorrer sobre os resultados alcançados e o bem-estar dos pacientes.
Discordo do líder petista, quando disse que o poder decisório sobre as OSs recairá somente no governo estadual. É preciso lembrá-lo de que outras instâncias são também fiscalizadoras das mesmas, como o Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), Conselho Estadual de Saúde de Goiás, Tribunal de Contas do Estado e a própria Assembleia Legislativa.
O que traz o sucesso de uma OS não é o tempo de sua existência, mas a credibilidade da equipe técnica que a compõe e os resultados alcançados em seu contrato de gestão. Se o foco maior de sua atuação é fugir da burocracia, nada melhor do que os termos aditivos para a sua adequação. Imagine se eles não existissem na atual situação da saúde pública do município de Goiânia?
A conclusão recente do MP-GO foi clara quanto à falta de infraestrutura da rede de saúde pública do município. Nos relatórios das OSs, não houve decréscimo em nenhum tipo de atendimento, mas aumento, diante da demanda.
Quando o parlamentar fala de manipulação em processo licitatório, afronta não só o governo do Estado, mas o Ministério Público, Conselho Estadual de Saúde, Tribunal de Contas do Estado e a própria Assembleia, em que ele atua, que pode a qualquer tempo acompanhar e denunciar irregularidades, que vão além do campo de subjetividades apresentadas pelo parlamentar.
Vejo nas palavras do deputado um ranço político, em contraposição a algo que está dando certo. Existem ilações que não condizem com a realidade que estamos vivenciando nas OSs do Estado, situação esta, bem diferente do Sistema Único de Saúde (SUS) e do índice aplicado pelo governo federal, em que nem 5% são destinados à saúde pública.
Se existe uma terceirização da saúde no Estado com resultados positivos, que ela continue e se perpetue. É preciso desestadualizar a saúde, pois somente assim a tornaremos mais ágil, eficiente e capaz de oferecer um atendimento digno que todos nós esperamos.
Cleverlan Antônio do Vale – Setor Bueno – Goiânia
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SECRETARIA ESTADUA DE SAÚDE
HGG abre mais leitos de UTI e lança mutirão de férias
Nesta segunda-feira, dia 16 de dezembro, às 14h30, o Hospital Alberto Rassi – HGG começa a ocupar a sua nova ala do Centro de Terapia Intensiva, com 11 leitos. Ao todo, a unidade hospitalar contará com 40 novos leitos de UTI. Com o aumento da oferta será promovido no mês de dezembro o mutirão de férias, que atenderá mais de 20 crianças, que farão cirurgias nas especialidades de ortopedia, urologia e otorrinolaringologia.
Na oportunidade será inaugurada também a Sala de Acolhimento, onde os familiares dos pacientes internados no CTI poderão receber informações sobre as regras do setor e, mais importante, saber como lidar com o familiar que está em situação grave. “É preciso passar tranquilidade, não levar problemas externos, falar palavras de apoio e incentivo, além de evitar chorar na frente do paciente”, explica a psicóloga Andréa Thomé Netto. No espaço, onde atuarão psicólogos e assistentes sociais, também haverá local reservado para comunicação da equipe com os familiares.
O HGG, desde quando foi reaberto em 1998, contava com apenas 10 leitos de terapia intensiva, o que prejudicava muito a sua produção cirúrgica, já que muitos procedimentos só podem ser realizados caso um leito esteja reservado para o paciente. A nova ala será destinada especialmente para os pacientes pós-cirúrgicos. De acordo com o responsável técnico do Centro de Terapia Intensiva, Marcelo Rabahi, aumentar em quatro vezes o número de leitos é uma vitória para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A nova ala de terapia intensiva é uma conquista do novo modelo de gestão. Com a economia dos recursos repassados pelo Estado, foi possível ampliar a oferta de um serviço de muita demanda em Goiás e ainda contribuir para a produtividade cirúrgica do HGG”, revela Rabahi. Uma equipe de 42 colaboradores, entre médicos e profissionais de enfermagem, foi contratada para atender a ampliação.
Mutirão
O mutirão de férias foi idealizado para atender as crianças, sem prejudicar sua vida escolar. Entre as cirurgias previstas estão correções de pés tortos, retirada de amígdalas (amigdalectomia), encurtamento de ossos longos, hidrocele (acúmulo de fluido no testículo) e postectomia (retirada da fimose). A criança mais nova que será atendida tem três anos e fará um procedimento urológico.
De acordo com o diretor técnico do HGG, Rafael Nakamura, o ano de 2013 foi marcado por diversos mutirões de cirurgias. “Tivemos o envolvimento das equipes médicas, que propuseram ações especiais ao longo do ano. Em destaque estão os mutirões de cirurgias plásticas e os de cirurgias do homem, que juntos operaram centenas de pessoas neste ano”, informa. Para 2014, as ações terão continuidade e serão complementadas para reduzir o tempo de espera por cirurgia eletiva.
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SAÚDE BUSINESS WEB
Senadores avaliam projetos para gestão de UTIs
PLS 332 torna obrigatória a avaliação da qualidade e do desempenho das UTIs, enquanto PLS 233 determina competência do gestor estadual do SUS
Os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) devem lidar com uma extensa pauta de projetos na área de saúde na próxima quarta-feira (18). Dois deles podem mudar a administração das unidades de terapia intensiva (UTI) caso virem lei.
O primeiro torna obrigatória a avaliação da qualidade e do desempenho das UTIs, públicas e privadas, e a divulgação dos resultados aos órgãos de vigilância sanitária (PLS 332/2013). Pelo texto, a comunicação dos dados consolidados do ano anterior deve ser feita obrigatoriamente até o último dia do mês de fevereiro do ano corrente.
A avaliação é feita com base em 30 indicadores que especificam estrutura, processos e resultados das UTIs avaliadas, como número de leitos, o tempo médio de permanência dos pacientes e o número de mortes. Além disso, cada unidade deverá ser avaliada individualmente. O projeto também determina a distinção dos tipos de UTI (adulto, especializada, neonatal, pediátrica ou pediátrica mista).
O relator do projeto na CAS, senador Paulo Bauer (PSDB-SC), é favorável à proposta e afirma que o monitoramento e a avaliação da atividade das unidades de terapia intensiva são relevantes pelo fato de elas oferecerem assistência à saúde de pessoas em estado grave ou crítico.
Estaduais
O outro projeto sobre UTI altera a Lei Orgânica de Saúde para determinar a competência do gestor estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) na participação das diversas etapas relacionadas à prestação dos serviços (PLS 233/2012). Pelo projeto, os gestores estaduais do SUS devem atuar ativamente no planejamento, na programação e na organização desse serviço para que os atendimentos sejam racionalizados e aprimorados.
Para o autor, senador Vital do Rêgo, (PMDB-PB), esta é uma forma de minimizar a dificuldade de acesso a leitos de UTI: a articulação dos entes municipais por meio da atuação dos gestores estaduais. O relator da proposta, senador Humberto Costa (PT-PE), que é favorável ao projeto, afirma que atualmente, diante da carência de vagas em serviços próprios, os gestores são obrigados a contratar leitos em hospitais particulares, o que acarreta enormes gastos.
Humberto frisou que os recursos atualmente despendidos nas internações compulsórias poderiam ser aplicados na instalação de leitos em hospitais públicos, caso os gestores do SUS se dedicassem ao planejamento da instalação das unidades e na identificação de aspectos que influenciam as decisões.
Esses dois projetos são terminativos na CAS, ou seja, se forem aprovados sem recurso para votação em plenário, seguirão direto para análise da Câmara dos Deputados.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação