Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21 A 23/12/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Coluna Arthur Rezende  – Sucesso
O presidente José Abel Ximenes, o diretor administrativo-financeiro Danúbio Antonio de Oliveira e o diretor de mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio Fregonesi, comemoraram em festa o sucesso do quarto simpósio da entidade, evento que foi entre os dias 12 e 14, debatendo temas relacionados à saúde e ao cooperativismo médico. (22/12/13)

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Saúde
Consulta relâmpago nos Cais
Atendimento a pacientes em sete de oito postos em Aparecida e Goiânia duram bem menos do que indicado
Galtiery Rodrigues

Ainda estava escuro na madrugada de quinta-feira, dia 19, quando a empregada doméstica Maria de Nazaré Sousa de Oliveira, de 29 anos, acordou para ir ao Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) do Jardim Nova Era, em Aparecida de Goiânia. Mais uma vez, os sintomas de tontura, desmaios repentinos e dores no corpo, sentidos há oito meses, lhe atormentavam. Ela ficou 40 minutos dentro de um ônibus, chegou às 6h40 no local, preencheu a ficha, passou pela triagem, foi chamada três horas depois por um dos médicos do pronto-socorro da unidade e a consulta durou exatos 37 segundos e 69 milésimos.
O POPULAR presenciou tudo. A reportagem passou a semana percorrendo anonimamente os corredores de unidades básicas de saúde de Goiânia e Aparecida. Foram oito Cais, 24 consultas cronometradas e uma constatação: mais de dois anos e meio depois do POPULAR repercutir os 33 segundos da consulta da dona de casa Vanusa Souza Cunha, na edição de 6 de fevereiro de 2011, a situação no Sistema Único de Saúde (SUS) se repete, continua a mesma. O que mudou foi só a unidade, mas o cenário de corredor lotado, consultas de portas abertas, ligeiras e feitas por médicos sem a vestimenta usual (jalecos ou roupas brancas) é bastante comum.
Apesar da indignação, Maria de Nazaré deixou a sala do médico com semblante de normalidade, como se aquele tempo de consulta fosse algo natural. Na verdade, a mulher que há oito meses busca respostas nos Cais de Aparecida e tenta saber a origem dos desmaios misteriosos já não se espanta mais com esse tipo de tratamento. “Uma vez, o médico falou que eu tinha suspeita de câncer, depois outro disse que eu tinha problema na cabeça e teve até uma médica que falou que alguém tinha feito macumba para mim, porque a Medicina não conseguia diagnosticar a doença. Não sei mais em quem acreditar”, relata a doméstica que já perdeu 15 quilos, nesse período.
No último capítulo da peregrinação de Maria de Nazaré, vivido na quinta-feira, ela não ouviu nenhuma hipótese do médico, mas também saiu da unidade sem resolver o problema. Sentada de frente para o consultório em meio ao grupo de pacientes ao qual pertencia, ela foi a última a ser chamada. Assim que Maria entrou, a reportagem disparou o cronômetro. Ela nem chegou a se sentar. O médico, trajando camiseta, calça jeans e tênis, não pediu para que ela se acomodasse, tampouco lhe olhou diretamente. Apenas perguntou o que ela sentia e, já com caneta e receita na mão, preencheu rapidamente o espaço em branco indicando que ela fizesse um exame de sangue.
Trinta e sete segundos depois, Maria deixou a sala com a prescrição e entrou na fila do exame. O resultado saiu já eram quase 13 horas e ela voltou ao consultório para entregá-lo. O mesmo médico avaliou, disse que o exame não apresentava alterações e que ela poderia voltar para casa. Nesse momento, a indignação guardada nos últimos oito meses aflorou e Maria questionou, dizendo que estava, sim, doente, sentindo-se mal e que precisava de tratamento. Ameaçou, inclusive, que só sairia do Cais, depois que fosse encaminhada ou tivesse o problema resolvido. O caso precisou ser passado para outro médico e este pediu para que ela voltasse no dia seguinte. “Acontece que eu não tenho condições para ficar pagando ônibus nesse vai e vem que não termina”, diz.
BRIGA
O mesmo médico que atendeu Maria de Nazaré protagonizou outra situação nos corredores do Cais Nova Era. Assim que terminou de consultá-la pela primeira vez, ele saiu da sala. No mesmo instante, as funcionárias da unidade levaram um novo grupo de pacientes para aguardar em frente ao consultório, porque eles seriam os próximos a serem atendidos. Passaram-se 15, 20 minutos e nada do médico retornar. Mais de meia hora depois, uma das mulheres, já impaciente e após questionar vários funcionários sobre o paradeiro dele, descobriu que o médico era o homem de camiseta azul e calça jeans que estava conversando no corredor e mexendo no celular. Deu-se início à discussão.
A mulher perguntou ao médico porque ele não estava atendendo, se tinha vários pacientes o esperando. Ele pediu que ela se sentasse e o aguardasse como os demais. O clima esquentou e ela retrucou falando para ele criar vergonha e que lá não era lugar nem momento para “namorar” pelo celular. De repente, no pronto-socorro, só se ouvia a voz dos dois. Alterada e nervosa, a mulher voltou a se sentar e o médico só retornou ao consultório 15 minutos depois. Ele chamou um por um dos pacientes e, na vez dela, ao fim da consulta, ela parou na porta e disse para que ele colocasse pelo menos um jaleco para atender as pessoas.

Saúde
Menos de 2 minutos de consulta
Até o sindicato reconhece que atendimento deve durar 15 minutos. Melhor tempo verificado foi de 6 minutos e 25 segundos
Galtiery Rodrigues

O Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) informa que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma consulta eletiva deve durar em torno de 15 minutos. Na cronometragem feita pelo POPULAR, o tempo máximo atingido na primeira consulta foi de 6 minutos 25 segundos e 7 milésimos no Cais Deputado João Natal, no Setor Vila Nova. A maioria dos casos ficou abaixo dos 2 minutos. Em Goiânia, o menor tempo foi registrado no Cais do Finsocial – 1 minuto, 20 segundos e 7 milésimos.
No fim da tarde de terça-feira, O POPULAR esteve no Finsocial. Na recepção, mais de 10 pessoas aguardavam para serem atendidas havia mais de 1 hora e meia. Todas já tinham preenchido as fichas e estavam aguardando a triagem para serem encaminhadas para o médico. Uma delas, já não aguentando mais a espera, perguntou a uma das atendentes o que estava acontecendo. A resposta foi a de que o médico tinha ido ao banheiro. De repente, todos foram chamados para entrar na Emergência, sem passar pela triagem e, em meia hora, já tinham sido liberados, um a um, alguns com receitas em mãos, outros com pedidos de injeção e exames rápidos.
Na quarta-feira de manhã, a informação era de falta de médico no Finsocial. O atendimento só começou às 11 horas. Eram 9 horas, e O POPULAR estava no Cais do Jardim Curitiba, região noroeste de Goiânia. Lá, uma senhora estava à espera para ser atendida com uma forte dor no braço e no peito. Ela tinha ido ao Finsocial antes e teve de recorrer a outro local, por causa da falta de atendimento. Em 2 minutos 8 segundos e 85 milésimos ela foi avaliada pelo médico, que rechaçou a suspeita de enfarte e disse que era uma dor muscular. Ele a tocou uma única vez e permaneceu sentado.
A coordenadora de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Patrícia Antunes de Moraes, entranhou a falta de médicos no Cais do Finsocial, porque, segundo ela, a unidade está sem nenhum problema. Conforme a escala, o profissional deve entrar ás 7 horas e sair às 19 horas, com direito a duas horas de intervalo e, lá, possui médicos para isso. Patrícia esclarece, ainda, que é comum pacientes com problemas corriqueiros e que podem ser resolvidos facilmente sem recorrer à urgência.
Basicamente, o objetivo do setor de emergência é evitar as chamadas mortes evitáveis. Em Goiânia e Aparecida, as prefeituras garantem que o trabalho não é feito em cima de números e maior quantidade de atendimentos. “A nossa avaliação está ligada à prontidão obrigatória para atender pacientes graves”, afirma Francisco Porto, responsável pela Coordenação Médica na Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia. No município, ele cita ainda a dificuldade para se conseguir médicos para trabalhar em prontos-socorros.
É frequente encontrar anúncios de vagas para médicos na prefeitura de Aparecida. Francisco lembra que o programa Mais Médicos, do governo federal, não prevê o envio de profissionais para a urgência e emergência, apenas para ambulatório e saúde da família. Quanto ao recorde das consultas de menos de um minuto no Cais do Nova Era, Francisco garantiu que o fato será investigado. “É inadmissível esse tipo de situação”, afirma. O POPULAR tentou falar com os secretários de Saúde de Goiânia e Aparecida, mas não foi possível. Fernando Machado, titular da pasta na capital, está em viagem e Paulo Rassi não foi localizado.

“Não dá nem para falar bom dia”
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Erso Guimarães, explica que não existe norma sobre tempo de consulta, mas afirma que 30 segundos são insuficientes para um atendimento completo.
Existe alguma norma sobre tempo de consulta?
Não. Não tem uma normatização do Conselho sobre tempo mínimo. Defendemos apenas que o médico utilize o tempo necessário para fazer o atendimento completo. E isso depende do que o paciente está precisando.
Trinta segundos é tempo suficiente?
Analisando aqui, 30 segundos não dão nem para falar bom dia, boa tarde. Para uma consulta integral, claro que não é suficiente. Na Medicina, 30 segundos dá no máximo para repetir uma receita. Preste atenção, não é nem elaborar. É repetir para casos de pacientes em tratamento que precisam de uma nova guia para comprar o remédio, porque a que ele tem já venceu.
Em média, quanto tempo dura uma consulta?
Olha, o tempo médio de uma consulta é de 20 a 30 minutos, mas, repito, não existe norma.
Na sua avaliação, existe algo que justifique consultas de 30 segundos?
O Código de Ética é claro: o médico deverá atender no tempo necessário para fazer um atendimento completo, e em qualquer unidade ou setor. Não é porque é urgência e emergência que pode atender em tempo recorde. Às vezes, a falta de estrutura, sobrecarga de trabalho e ansiedade de pacientes, que já estão esperando por horas, faz com que o médico apresse o atendimento, mas o paciente, se sentir mal atendido, pode formular denúncia e protocolar no Cremego.

Sindicato não isenta médico, mas faz crítica
O Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), por meio de seu secretário de comunicação, o médico ortopedista Robson Azevedo, não isenta a culpa do médico que realiza consultas de menos de um minuto, mas contextualiza a situação, por meio das condições de trabalho nas unidades básicas de saúde. Apesar de reforçar, constantemente, que o papel do médico é realizar o melhor atendimento possível, a pressão de conviver com filas enormes, horas de espera e a ansiedade de pacientes pode, sim, influenciar na maneira como o médico atende. Além disso, frisa Robson, a demanda só aumenta, enquanto a estrutura não acompanha. “Isso que acontece hoje é o reflexo da situação em que o médico está sendo colocado. O gestor quer números, aumentar quantidade de consultas realizadas e, muitas vezes, a qualidade é deixada de lado”, afirma.
“Não considero isso uma consulta. É falta de respeito”
O serralheiro Willian Ferreira dos Santos, de 31 anos, passou pela mesma situação e em tempo ainda menor do que a doméstica Maria de Nazaré. Com crise de rinite alérgica, ele acordou bem cedo na quinta-feira, dia 19 e foi ao Cais do Nova Era. Lá, foi consultado em 32 segundos e 35 milésimos. Assim que começou a relatar as dores no corpo e a gripe, o médico indicou que pudesse ser dengue e receitou para que ele fizesse um exame de sangue. “Não considero isso uma consulta. Acho uma falta de respeito com o cidadão”, indignou-se.
Willian fez o exame, não foi confirmada a suspeita de dengue e ele retornou para casa, após tomar uma injeção no Cais. À tarde, O POPULAR foi até a casa dele no Setor Tocantins, em Aparecida de Goiânia, e os sintomas ainda persistiam. Tanto, que ele não conseguiu ir trabalhar. “A enfermeira que fez a minha triagem, depois de eu preencher a ficha, foi muito mais médico do que o senhor que me consultou”, considera. E essa situação, segundo ele, é corriqueira.
A rinite crônica lhe atormenta de tempos em tempos. Certa vez, mesmo depois de procurar atendimento nos Cais do Nova Era e da Chácara do Governador, as crises alérgicas persistiram por mais de um mês. Restou a Willian procurar e arcar com os custos da rede particular. Ele conta que passou por uma bateria de exames, foi medicado e, em três dias, os sintomas amenizaram e ele pôde trabalhar tranquilamente. “Senti muita diferença”, conta. . (22/12/13)

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Menina com pelos
Tratamento começa com êxito
Primeiras sessões de laserterapia, feitas no Hospital Materno-Infantil, eliminam pelos no rosto da garota
Malu Longo
Dois anos e nove meses depois do nascimento da pequena Kemilly Vitória Pereira de Souza, os pais dela, Antônio de Souza, de 34 anos, e Patrícia Batista Pereira, de 22, conseguem enxergar uma luz no fim do túnel. A menina, que nasceu com o corpo tomado por pelos, está voltando hoje para casa, em Augustinópolis (TO), com o rosto descoberto após duas sessões de laserterapia no Hospital Materno-Infantil (HMI), unidade da Secretaria de Saúde de Goiás. A menina pode ser o primeiro caso brasileiro de Hipertricose Lanuginosa Congênita, uma rara doença genética que contribui para o surgimento exagerado de pelos. Em todo o mundo há registros de cerca de 50 casos.
O eletricista Antônio pode ser um portador do gene da doença. Ele respira aliviado ao ver o resultado das duas primeiras das cerca de 40 sessões de laserterapia previstas para a filha. “Desde a gestação da minha mulher tinha medo de que ela nascesse como eu”, contou ele ao POPULAR. No pequeno lugarejo, no município de Augustinópolis, onde nasceu em 1979, ele também foi uma criança que chamou a atenção por ter pelos por todo o corpo. “Minha mãe conta que tentaram me roubar quando eu tinha 1 ano. Não sei se para fazer pesquisas ou para outra coisa.” Depois veio o que nos dias atuais passou a ser conhecido como bulling. “Sofri muito na infância”, lembra. Na tentativa de evitar as brincadeiras maldosas dos colegas do filho, a mãe de Antônio o barbeava desde muito pequeno. Na adolescência, ele mesmo raspou a testa. Quando foi apresentado à filha recém-nascida, o eletricista se reencontrou com o passado. “Queria sair do hospital com um remédio que fizesse todos os pelos dela cair.”
Não foi o que aconteceu. Vinte dias após o nascimento de Kemilly, o casal buscou ajuda médica em Imperatriz (MA), a cidade com recursos mais próxima de Augustinópolis, a cerca de 60 quilômetros. Lá ela foi diagnosticada com hirsutismo, uma disfunção hormonal que provoca o aumento de pelos no corpo, independentemente do sexo. Os remédios não foram eficazes nos mais de 2 anos de tratamento. Enquanto a filha crescia, os pais preferiam mantê-la em casa. “Em festinhas de aniversário as crianças evitavam brincar com ela. Ficavam comparando com animal”, conta Patrícia, que chegou em Goiânia em setembro deste ano em busca de socorro médico. “Eu não tinha nenhuma esperança de vê-la boa. Foram muitas consultas, exames e remédios.”
EXPOSIÇÃO
Em Imperatriz e em Augustinópolis a menina passou por demartologista, endocrinologista e nutricionista. Os pais fizeram tratamento com psicólogo. “Ele já sofreu demais”, conta Patrícia sobre o medo do marido de expor a filha. Antônio lembra que sua mãe, que quase o perdeu para desconhecidos, sempre pediu para que Kemilly não fosse deixada sozinha. Patricia, que fazia pequenas vendas para ajudar no orçamento doméstico, passou a viver por conta da menina.
“Ela foi muito bem diagnosticada pela equipe do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás”, disse o cirurgião pediátrico Zacharias Calil Hamu, que ofereceu o tratamento de laserterapia para Kemilly. O laudo com a suspeita da doença foi assinado pela médica generalista Sofia Ferro no dia 18 de novembro deste ano. .
Hipertricose Lanuginosa Congênita é também conhecida como Síndrome do Homem Lobo ou Síndrome de Lobisomen. A estimativa é de que exista um caso entre 1 a 10 bilhões de habitantes e de que a causa seja genética. As pessoas acometidas ficam com o corpo todo coberto de pelos, como é o caso de Kemilly e seu pai, Antônio, exceto nas palmas das mãos e dos pés. Os pelos podem atingir 25 centímetros. Antônio tem seis irmãos. Ele foi o único na família a nascer cheio de pelos. Hoje ele convive com outra herança genética, a calvície, mas o corpo continua coberto de cabelos.
Com a divulgação do caso de Kemilly, um médico de São Paulo, especialista em genética, já entrou em contato com a família se colocando à disposição para uma investigação maior. “Ele quer saber se tivermos outro filho ele também vai nascer com a doença. Ou se Kemilly pode ter filhos assim”, explica o eletricista.

Presentes no parque de diversões
No sábado, Kemilly foi pela primeira vez a um parque de diversões. Na companhia dos pais ela passou a manhã no Parque Mutirama e foi reconhecida a todo momento. Muita gente parou a família, deu presentes e alimentos, pediu para fotografar e trocou idéias.
“Eu cheguei a pedir ajuda da Defensoria Pública no meu Estado para conseguir tratamento para minha filha. Agora, com a grande repercussão estão querendo nos oferecer passagens aéreas. Vamos ver se dá certo.” Como o tratamento não tem data para finalizar, de 15 em 15 dias a família precisa fazer o percurso de Augustinópolis a Goiânia.
O pai de Kemelly está impressionado com a generosidade dos goianos. Como é contratado por uma empresa de sua cidade como eletricista por um salário de R$ 1 mil, ele decidiu fazer bicos em Goiânia para ganhar um dinheiro extra. “Fui entregar panfleto na Avenida Anhanguera com a Avenida Paranaíba e muita gente me reconheceu. Acho que passei a maior parte do tempo falando da minha filha do que entregando papel”, fala, rindo.
Patrícia e Antônio estão cheios de expectativa para o Natal. “Muita gente está nos esperando. O caso da Kemilly saiu em vários programas de televisão e todo mundo lá viu”, afirma a mãe. A família já sabe que terá de levar uma mala extra.
O tratamento com laser foi uma tentativa para evitar que os pelos continuassem crescendo. O equipamento, existente no Hospital Materno-Infantil, é destinado ao tratamento do hemangioma – manchas escuras na pele provocadas por acúmulos de vasos sanguíneos. “Como eu já tinha feito alguns casos de nevus pilosos – área pigmentada com pelos – achei que poderia dar certo porque o equipamento penetra bem na pele”, explica o médico . A expectativa dele é que os pelos não voltem a crescer após as sessões de laserterapia. (23/12/13)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Terapia à base de bicarbonato de sódio
NAYARA REIS
Uma pesquisa desenvolvida pelo médico oncologista italiano Tullio Simoncini pode ser uma possibilidade de esperança para portadores de câncer. Ele diz que é possível haver a cura da doença a partir do uso manipulado corretamente do bicarbonato de sódio. De acordo com o portal de notícias Cure Naturali Cancro, com o estrondo da pesquisa, de início ele foi banido da comunidade médica italiana, mas posteriormente aplaudido na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia e demonstrou com provas concretas e laudos médicos a eficácia do tratamento.

O câncer é uma doença não contagiosa, pode ser definido como um grupo de mais de 100 doenças que se caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais, chamadas de malignas. Segundo o portal Cure, o médico observou que todo paciente com câncer também tem aftas, o que não era novidade para a medicina, no entanto tal questão era tratada como uma infecção oportunista por fungos (Candida albicans). Tullio considerou a coincidência de todos os tipos de câncer ter a afta como uma característica, e que esta era tratada com algo bem simples: o bicarbonato de sódio. Tal constatação levou o médico a cogitar a hipótese de a causa do câncer ser o fungo, e que, portanto, poderia ser tratado da mesma forma que as aftas. Partindo desse pressuposto, o médico italiano começou a tratar seus pacientes com bicarbonato de sódio, não apenas ingerindo, mas usado metodicamente controlado sobre os tumores.

A pesquisa de Simoncini

Tal terapia ainda não é reconhecida como tratamento para doença, por tanto deve se procurar um médico antes de tomar qualquer tipo de medicamento ou substância. O artigo escrito pelo médico na íntegra está disponível em inglês no site: www.curenaturalicancro.com. Abaixo segue uma parte das considerações de Tullio e uma breve explicação de como é feita a terapia. Para ele, o câncer é sim um fungo. No artigo ele cita que há cerca de cem anos, a teoria fundamental por trás do câncer tem sido baseada na hipótese de que ele é um mau funcionamento dos genes. Este ponto de vista implica que o câncer é intracelular. No entanto para Tullio, o câncer é uma infecção fúngica e, portanto, um fenômeno extracelular. “No mundo das plantas, os cânceres são causados por uma invasão de fungos, e é possível argumentar que a mesma coisa acontece em seres humanos. No entanto, os cientistas acreditam que elas se desenvolvem após o início da doença. Minha opinião é que eles vêm antes: eles produzem o câncer, diminuem o sistema imunológico, e em seguida, invadir todo o organismo.”

Tullio Simoncini diz: “Cada tipo de cancro é causado por fungos das espécies de cândida, também referenciada por outra pesquisa, e a configuração histológica é um resultado da reação de defesa de um tecido contra a invasão. Um câncer poderia ser chamado de um “abscesso sólido”, onde as colônias se formam no centro, e hospedam a reação celular ao seu redor.”

O bicarbonato de sódio é um tradicional medicamento anti-fúngico e é ineficaz no tratamento de tumores sólidos, porque as colônias podem ser atacadas apenas sobre a superfície do seu volume e, após as primeiras administrações eles tornam-se resistentes.

A infecção sólida é muito mais resistente que uma bactéria. É por isso que infecções fúngicas simples podem durar para sempre. Eu identifiquei substâncias capazes de penetrar essas infecções: para cânceres dos órgãos internos, bicarbonato de sódio é a melhor substância, para eliminar o câncer de pele é tintura de iodo, especialmente quando é espalhada onde a doença está se desenvolvendo. Há muitas publicações que tratam sobre a eficácia do bicarbonato de sódio sobre o câncer, mas as conclusões neles são invariavelmente erradas porque eles o usam intracelularmente, ao invés de usá-lo contra a ação antifúngica.

O tratamento

Simoncini  explica que seus métodos têm curado pessoas há 20 anos. “Muitos dos meus pacientes se recuperaram completamente do câncer, mesmo nos casos em oncologia oficial, no qual o paciente já havia desistido. A melhor maneira de tentar eliminar um tumor consiste em colocá-lo em contacto com o bicarbonato de sódio, o mais próximo possível, ou seja, utilizando a administração oral para o trato digestivo, de enemas para o reto, por via intravenosa, para o pulmão e o cérebro, e por inalação das vias aéreas superiores. Seios e nódulos subcutâneos podem ser tratados com perfusões locais.”

Oncologia pediátrica

Ele revela que esta terapia também é aplicável em oncologia pediátrica, desde que a dosagem seja ajustada e revista de acordo com o peso e idade do paciente, bem como o tipo de formação neoplásica.

Os casos clínicos

Vários casos clínicos bem documentados, examinados antes e após os tratamentos de bicarbonato de sódio, segundo Simoncini, foram relatados. “Eu escrevi um livro intitulado O câncer é um fungo, publicado em italiano, holandês, francês e inglês, graças à ajuda de familiares e amigos. Meu profundo desejo é fazer com que esta terapia esteja disponível para toda a humanidade. Para fazê-lo, devo continuar minha pesquisa o que já estou fazendo. Já que eu não recebi nenhuma resposta por parte das instituições oficiais – apesar de ter publicado os resultados dos casos clínicos bem documentados e bem-sucedidos já tratados. É minha firme esperança de que em breve, o papel fundamental de fungos no desenvolvimento de doença neoplásica seja reconhecido, de modo que é possível encontrar, com a ajuda de todas as forças existentes dos órgãos de saúde, as drogas antimicóticas e esses sistemas de terapia que pode rapidamente derrotar, sem sofrimento o câncer, uma doença que traz tanta devastação à humanidade.”

Estudos sobre o câncer

Hoje, os pacientes da rede pública, conseguem ter acesso mais rápido a medicação contra o câncer, segundo o médico oncologista do Hospital Araújo Jorge, Ruffo de Freitas Junior. Tanto no Araújo Jorge quanto no Hospital das Clínicas em Goiânia, o número de dias entre o diagnóstico e o início do tratamento foi reduzido, o que melhora as chances de cura dos pacientes. “Outro dado relevante é de que número de mulheres com mortalidade por câncer de colo de útero reduziu significativamente. A descoberta foi feita a partir de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Goiás, divulgada recentemente”, diz o oncologista.

De acordo com o médico, outra pesquisa realizada por ele, em parceria com a também médica Maria Paula Curado, o número de mulheres com câncer de mama cresceu cerca de 300% nos últimos 20 anos. “É realmente um percentual muito grande de casos, pesquisamos mulheres com câncer do ano de 1988 até 2003. Como já citado, a grande quantidade de hormônios usada para tratamentos, fez com que esse número de casos aumentasse. No entanto a notícia boa é que as mulheres procuram mais os médicos, e fazem mais exames periódicos, foi um auxiliou para o diagnóstico precoce, o que dá a elas mais chances de sobreviverem a doença”, ressalta. (22/12/13)

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação