Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/01/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Bandeiras deverão ser hasteadas
Brasília – Uma bandeira branca com marca, logotipo e a palavra SUS escritos em azul deve ser hasteada, todos os dias, nos prédios de órgãos e entidades que compõem a estrutura do Ministério da Saúde, em todo o País.
É o que estabelece uma portaria assinada pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde) e publicada no Diário Oficial da União de ontem. A norma institui a bandeira considerando “a necessidade de consolidação e divulgação da marca” do sistema público de saúde.
Além de instituir a bandeira e a tarefa de hasteá-la diariamente, a portaria define o padrão da bandeira e libera seu uso à administração regional e local. Desde o início de sua gestão, em 2011, Padilha promove a marca do SUS.
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Fomento
Dinheiro do FCO fica mais caro
Juro dos empréstimos estão bem mais altos do que em 2013 e o valor máximo também foi reduzido
Ricardo César

Os empresários goianos que estudam tomar empréstimo no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) neste ano devem ficar atentos a uma série de mudanças nas regras do crédito: as taxas de juros estão bem maiores do que as cobradas em 2013 e o valor máximo do empréstimo por empresa foi reduzido de R$ 200 milhões para R$ 100 milhões. Ainda assim, a linha se mantém competitiva no mercado.
A Resolução 4.297 do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada no dia 2 de janeiro no Diário Oficial da União, prevê alterações da taxa dis juros de 3,5%, praticados no segundo semestre do ano passado, para até 12,36%, no caso das empresas com faturamento acima de R$ 90 milhões, que pleiteiem recursos para capital de giro.
CAPTAÇÃO
O consultor especializado em captação de recursos financeiros, Leandro Reis, da Prátika Assessoria Corporativa e Captação de Recursos, diz que a alteração da taxa de juros do FCO faz parte de uma adequação à nova política monetária do País. “Voltamos para uma realidade mais adequada às condições econômicas e de políticas de concessão de crédito de nosso País.”
Os encargos financeiros serão neste ano segmentados por porte de empresa e conforme a destinação do crédito. Até 2013, a taxa era única, de3,5%, para todas as operações. “Agora, quanto menor o faturamento, menor a taxa de juros; quanto mais determinante for a aplicação para o crescimento do negócio, menor a taxa. Isso é positivo”, diz o secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento do FCO, Orcino Gonçalves.
Mas estas mudanças deixarão o custo final do crédito mais caro. Conforme cálculos da Prátika Captação de Recursos, o empresário de médio porte que financiava R$ 100 mil para comprar equipamentos, com prazo de 12 anos, sendo dois anos de carência (período em que são pagas apenas as taxas de juros), no segundo semestre de 2013, pagava R$ 24.259,09 de juros. Em 2014, nas mesmas condições, pagará R$ 31.052,14.
Se um supermercadistas de pequeno porte tomar empréstimo pelo FCO para reformar a sede, num prazo de 12 anos, com dois anos de carência, antes pagava os mesmos R$ 24.259,09, já que a alíquota de 3,5% valia para todos. Neste ano, pagará ao longo R$ 37.785,86 de juros. Nestes exemplos estão inclusos os rebates (bônus) de até 15% sobre a alíquota de juros para quem paga em dias.
A diferença, porém, será sentido para quem tomar empréstimo para formar capital de giro para aquisição de insumo, cujas taxas tiveram os maiores saltos. Uma empresa de pequeno porte que desejar pleitear R$ 30 mil para a aquisição de insumos, matéria-prima ou formação de estoque em 2 anos, com 6 meses de carência, pagava R$ 1.334,97 de juro antes. Agora, será de R$ $ 3.351,76.
TETO
A redução do teto por operação ou grupo econômico dos empréstimos do FCO de R$ 200 milhões para até R$ 100 milhões foi definida pelo Conselho Deliberativo do (Condel) do FCO, em consonância com as diretrizes do Ministério da Integração e do Banco Brasil, ainda no ano passado. “A intenção é gerar mais acessibilidade ao crédito, com maior número de contemplados no Estado”, diz o secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento do FCO, Orcino Gonçalves.
Ele diz que os projetos de maior impacto, que carecem de financiamento acima dos R$ 100 milhões, não ficarão desamparados do crédito subsidiado. “A ideia é fazer mix com outras linhas, inclusive com o FDCO. Isso já ocorreu no ano passado e vai continuar sendo realizado, com as mesmas taxas de juros.”
Apesar das mudanças na política de juros e do teto de financiamento do FCO, o programa de crédito continua sendo o mais competitivo do mercado. “Os novos encargos são os mais vantajosos diante dos juros de mercado e em relação a outras linhas subsidiadas”, diz Josiel de Souza Oliveira, da CEO da Omega Projetos Financeiros.
Segundo ele, o BNDES e bancos privados e públicos cobram taxa de entre 12% e 13% ao ano para investimento. “Se for empresa grande, tem poder de negociação e, conforme o volume da operação, pode ser reduzir para até 9,5%. Mas no FCO, neste ano, a taxa é bem menor. Neste, ficará entre 5,3% e 7,06%.”
Previsão para este ano é de R$ 1,4 bilhão
As liberações de recursos do FCO neste ano, cuja previsão é de R$ 1,4 bilhão em Goiás, ainda não tiveram início. Mas o Banco do Brasil (BB), principal repassador do fundo, analisa as propostas encaminhadas neste ano. A assessoria jurídica do banco estuda os pontos do Conselho Monetário Nacional (CMN), para esclarecer eventuais dúvidas.
Em nota, o BB diz apenas que “na condição de agente financeiro que efetua o repasse dos recursos oriundos dos Fundos Constitucionais de Financiamento, deve acatar as orientações e deliberações do Conselho Monetário Nacional”. Na prática, deve acatar a resolução, sem questionamentos maiores.
Os dados das operações e beneficiados em 2013 pelo FCO ainda não foram fechados. Conforme informações do Conselho de Desenvolvimento do FCO, de 2011 a novembro de 2013 foram 79.770 linhas concedidas, totalizando R$ 5,6 bilhões e gerando 209.921 empregos, segundo informações repassadas pelo Banco do Brasil. Além do BB, a GoiásFomento também se apresenta como mais uma opção para se pleitear o FCO.
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SAÚDE BUSINESS WEB
Artigo – Os Sete Erros da Gestão da Saúde
A edição de janeiro de 2014 da revista VOCE S/A RH da Editora Abril traz um matéria escrita pela jornalista Nataly Pugliese intitulada “Os Sete Erros da Gestão da Saúde”.  Foram ouvidos vários especialistas e o ponto de partida foi  a projeção de 13% de reajuste nos contratos corporativos feitas pela Mercer Marsch.  Na opinião da jornalista as empresas continuam “derrapando em práticas ingênuas que pouco ajudam numa verdadeira gestão de saúde e os programas são criados de forma isolada que beiram o populismo corporativo, mas pouco resolvem o problema de fato”.
Um aspecto importante a ser abordado inicialmente é a distinção do foco escolhido para o programa. Os programas voltados para a saúde dos empregados na empresa, isto é, no ambiente de trabalho devem seguir uma modelagem que envolve aspectos da saúde ocupacional e obrigatoriamente tem que incluir indicadores e métricas relacionadas a produtividade, como o absenteísmo e usar modelos consagrados como o de ambiente de trabalho saudável da OMS. Os programas voltados principalmente para os aspectos assistenciais e que envolvem as operadoras de saúde, consultorias e corretoras têm como principal foco o controle dos gastos com assistência médica. Deste modo, a análise dos “sete erros” elencados pela matéria deve tornar esta distinção de maneira bastante clara.
Rapidamente, vou elencar os “sete erros” e alguns comentários sobre estes aspectos:
1. A terceirização da saúde – ressalta a importância da empresa se apropriar da gestão da saúde e não repassar esta atividade para terceiros, como corretoras e consultorias. Sem dúvida, trata-se de aspecto bastante importante. Cada vez mais as empresas têm constatado que é estratégico ter trabalhadores saudáveis, engajados, com equilíbrio e isso se constitui num fator de competitividade e não meramente um aspecto de custo a ser gerenciado pela área de benefícios.
2. Academias, grupos de corrida, etc – fala sobre o investimento em atividades isoladas, de caráter motivacional e sem integração com um programa realmente estruturado. No ano passado, uma pesquisa da RAND Corporation nos Estados Unidos apontou um retorno do investimento insignificante destas ações. No entanto, mesmo neste país, menos de 10% das empresas possuem programas realmente amplos, que incluem indicadores claros de saúde e estilo de vida e buscam resultados integrados com a assistência médica e a área ocupacional. Da mesma maneira, a gestão destes programas deve ser apropriada pelas empresas, alinhados com as estratégias corporativas e não ser delegado a terceiros.
3. Falta de metodologia – de acordo com a matéria, há carência de indicadores e metodologia na construção de uma boa gestão de saúde. Realmente, poucas empresas no Brasil realizam análise sistemática das informações já disponíveis (como o perfil de utilização da assistência médica, dados dos exames periódicos de saúde, informações dos afastamentos médicos, turnover) e fazem o planejamento com metas claras de curto, médio e longo prazo.
4. Muita informação, pouca comunicação – o artigo ressalta que “não basta apenas criar um espaço de saúde na intranet e esperar que seus funcionários acessem e se informem dos programas”.  A maioria dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças  oferecidos pelas operadoras de saúde no Brasil não conseguem adesão suficiente dos grupos-alvo. Neste contexto, realmente o ambiente de trabalho é um espaço privilegiado. No entanto, é importante utilizar todos os canais disponíveis, elaborar atividades de alta qualidade e focar no público a ser atingido. Um resultado somente começa a ser efetivo a partir da participação de 50% da população-alvo.
5. Coparticipação como salvação – de fato, a utilização unicamente de instrumentos financeiros (coparticipação, penalidades, incentivos, consumerismo, etc.) tem se mostrado insuficiente para a correta gestão dos programas, particularmente quando falamos de aspectos comportamentais, como mudança de estilo de vida, adesão a tratamentos, autocuidado em saúde. As pessoas precisam sentir que a adesão ao programa melhora o seu bem-estar, a sua qualidade de vida e isso torna a atividade sustentável.
6. Troca-troca de operadora – a matéria ressalta que algumas vezes se “acredita que a nova empresa vai ser o melhor caminho para uma conta saudável”.  A mudança de operadora de saúde, muitas vezes traz dificuldades operacionais e de gestão e somente retarda um novo reajuste pelo aumento da sinistralidade.
7. Atenção só aos crônicos – de acordo com a jornalista, há quem acredite que uma boa gestão de saúde significa cuidar somente do grupo de risco. Sem dúvida, um erro muito comum. Tudo começa com a dificuldade de se identificar este grupo, pois as estratégias geralmente utilizadas, como avaliar o perfil de utilização da carteira, são muito falhas. Além disso, muitas vezes se propõe o acompanhamento de um participante após um grande evento, como uma cirurgia de revascularização do miocárdio, ou seja, após “o leite derramado” onde, em geral, não se seguirá um novo evento de alto custo no médio prazo. Deste modo, é fundamental acompanhar toda a população, buscando a prevenção das doenças, o controle dos fatores de risco, a melhoria dos indicadores de estilo de vida, o acesso a tratamentos eficazes e utilizar de ferramentas modernas de acompanhamento dos participantes que não se restrinja ao telemonitoramento de doentes crônicos.

# Alberto Ogata é presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida. Médico, Mestre em Medicina e em Economia da Saúde (UNIFESP). Diretor de Responsabilidade Social da FIESP. Diretor de Saúde e Benefícios do TRF 3.a Região. Coordenador do MBA Gestão em Programas de Promoção de Saúde (São Camilo, SP). Membro do Comitê Internacional do International Association of Worksite Health Promotion (IAWHP). Autor dos livros “Wellness\\\" e \\\"Guia Prático de Qualidade de Vida”, publicados pela Editora Campus Elsevier.
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Logística interna é aposta da Intero para hospitais brasileiros
Aprimorar a gestão e a mobilidade da logística interna e externa de hospitais e outras unidades assistenciais e de apoio à saúde, como farmácias e almoxarifados, de modo a reduzir custos e ganhar eficiência. Parece o desejo de toda administração hospitalar, mas é como a Intero, empresa que lançou oficialmente suas atividades no Brasil no ano passado, define seu core business.
Os sócios da Intero possuem experiência acumulada em empresas como a UniHealth e a peruana Salog. As soluções oferecidas pela empresa incluem rastreabilidade, armazenagem e distribuição de medicamentos e materiais médico hospitalares. A empresa também atua como integradora de serviços, presta consultoria e faz entrega direta de medicamentos aos pacientes – como no caso do Hospital das Clínicas de São Paulo, em que assumiu a separação e distribuição do programa “Medicamento em Casa”.
“Fazemos essencialmente a operação logística, a última milha, da porta do hospital para dentro. A especialização é essa”, explica Marcos Silva, diretor executivo da Intero. “São serviços primordiais para o segmento, que precisa cada vez mais profissionalizar os processos de gestão e adotar tecnologias que permitam reduzir custos e melhorar o atendimento aos pacientes.”
Segundo os executivos da empresa, o faturamento estimado da Intero para 2013 era de R$ 20 milhões, e R$ 35 milhões em 2014, valor expressivo para uma empresa em seu primeiro ano de vida, em um mercado potencial estimado em R$ 3 bilhões até 2018. E o foco está no mercado privado, embora haja uma demanda natural vinda do setor público – incluindo projetos como o do próprio Hospital das Clínicas e em parcerias público-privadas (PPPs) como a lançada pelo estado de São Paulo. “É um projeto [PPP paulista] no qual a gente vai se consorciar com algum grupo estratégico. Estamos sendo procurados por grupos interessados, como fornecedores de infraestrutura e empreiteiras”, explica Silva.
Toda essa demanda tem motivos já largamente conhecidos: hospitais com falta de leitos e base instalada insuficiente, mas população com renda maior e maior capacidade de consumo. Só resta aos hospitais diminuírem espaços considerados não-produtivos e aumentarem leitos e estruturas assistenciais.
Estrutura
A Intero possui escritório sede na capital paulista, com estrutura operacional em Guarulhos e Rio de Janeiro. O número de funcionários diretos chega a 190, e indiretos 250. A empresa caminha para obter certificação de qualidade (ONA) e desenvolver um software próprio de gestão logística integrado com o centro de distribuição de Guaruhos.
“Vamos ter basicamente um software para gerenciar três assuntos: entrega direta, interna e centro de distribuição. Isto traz ganhos de toda ordem: o hospital gasta menos recursos financeiros com estoque, espaço, perdas por data de validade. É um serviço extremamente crítico porque consegue prever o que vai ser usado naquele determinado dia”, explica Silva.
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Mater Dei supera má formação com centro de treinamento
Tempo de contratação de um técnico de enfermagem passou de 19 dias para dois. Índice de absenteísmo registrou 1,77. Dos 14 setores com funcionários do projeto, 12 apresentaram melhora
No Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte (MG), a escassez e má qualidade da formação do profissional técnico de enfermagem fez a equipe de gestão pensar que estava na hora de buscar soluções internas, em vez de se submeter às oscilações e instabilidades do mercado de trabalho.
A partir daí, se idealizou um centro de formação. Foram contratados três enfermeiros e os  15 primeiros estagiários da entidade para o aprendizado extracurricular.  “Além disso, reestruturamos o centro de simulação, onde acontecem as capacitações práticas, com simulação de atividades, além da compra de computadores e recursos audiovisuais”, explica o presidente do Mater Dei, Henrique Salvador.
A primeira turma do projeto, implementado em agosto de 2012, terminou a capacitação em dezembro do mesmo ano. Foram escolhidos aqueles que se destacavam e que eram considerados referências, através de entrevistas com técnicos e gestores. De acordo com Salvador, o centro contribuiu, inclusive, para a formação de um novo perfil de profissionais do hospital.  “Cada hospital tem algumas características específicas e, no nosso caso, temos como filosofia o atendimento diferenciado, personalizado e humanizado. Portanto, é importante termos, em nosso quadro funcional, pessoas que comungam desses princípios e valores”, afirma.
Formação
Na primeira fase do projeto, os estagiários recrutados são acompanhados durante três meses. Depois é realizada mais uma avaliação para a continuidade ou não do processo de capacitação, que proporciona a ele a simulação de práticas no centro. O treinamento tem duração de 30 dias, em meio período, de segunda à sexta-feira. A ideia é aproximar da realidade o futuro profissional. “Utilizamos o processo da problematização: a equipe assiste, depois discute a atuação, o que foi feito e os possíveis pontos de melhoria”, conta Salvador.
No vigésimo dia (dos 30 de treinamento), com a percepção e escolha dos profissionais responsáveis pelo centro, são identificadas possíveis vagas e setores para direcioná-los. No último dia útil do mês, o estagiário termina o processo e, no mês seguinte, é contratado.
O centro conta com um índice para monitorar o desempenho e desenvolvimento dos profissionais capacitados e reuniões junto à diretoria são realizadas com frequência para análises de metas e indicadores de resultados.
“Observamos uma maior aceitação destes profissionais por parte da equipe ao mesmo tempo em que os novos colaboradores se sentem mais seguros e integrados”, acrescenta o presidente do Mater Dei.
Futuro
O programa ainda é recente, mas os resultados já apareceram. A satisfação do paciente/cliente externo relativo à enfermagem do hospital aumentou de 77% para 81%. O desempenho do indicador de turnover do hospital está melhorando e alcançou a meta em setembro. Antes do projeto, o tempo de contratação de um técnico de enfermagem era de 19 dias, em média. Agora é de dois dias.
O índice de absenteísmo atingiu a meta e, até junho, havia ficado em 1,77. Dos 14 setores que tiveram funcionários provenientes do projeto, 12 apresentaram melhora.
Se os resultados foram favoráveis com tão pouco tempo de implementação do centro, a meta agora é incrementar a gestão ainda mais. “O foco é não só melhorar os índices como prepará-los para atuarem na ampliação do hospital”, planeja Salvador.  Cerca de quinze pessoas estão sendo formadas por mês e a meta é alcançar 40.
Além da formação, o centro também realoca profissionais a partir do perfil e das características de trabalho de cada um e conta também com uma reciclagem do curso técnico de enfermagem, direcionado aos protocolos do próprio Mater Dei.
“Com o centro, percebemos que estamos no caminho certo: investir em gestão de pessoas dando aos profissionais as ferramentas necessárias para se aperfeiçoarem”, finaliza o presidente da instituição.
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Três mil médicos cubanos fogem da Venezuela
Segundo o jornal El Universal, o fato em si não é novo, mas o número é impressionante: 60% a mais em relação a 2012
No último ano, por volta de três mil cubanos, em sua maioria médicos, fugiram para os Estados Unidos abandonando suas funções em planos sociais da Venezuela, informou “El Universal”, o maior diário de Caracas.
Segundo o jornal, o fato em si não é novo, mas o número é impressionante: 60% a mais em relação a 2012.
No território americano já havia por volta de cinco mil médicos e enfermeiras cubanos que fugiram do mundo todo. Porém, no dia 1º de dezembro a cifra atingiu o patamar de oito mil; 98% deles chegou proveniente da Venezuela.
Os dados foram revelados presidente da Solidariedade Sem Fronteiras (SSF), Júlio César Alfonso – uma ONG com sede em Miami que auxilia os médicos cubanos que fogem de Havana.
“A maioria dos cubanos saiu por causa dos baixos ordenados que recebem, do pagamento que não é feito em dia e do aumento da carga de serviço nos módulos do plano chavista ‘Barrio Adentro’ por todo o país, e muitos denunciam um sistema de escravidão moderno”, disse Alfonso ao jornal.
Ainda de acordo com a reportagem, os médicos recebem por volta de 300 dólares diretamente, porém a Venezuela entrega ao Estado cubano, em média, 6 mil dólares por cada um deles.
Esses profissionais da medicina, assim como qualquer cubano que executa uma missão no exterior, podem pedir um visto aos EUA pelo programa ‘Liberdade para Professionais Médicos Cubanos’ (CMPP, na sigla em inglês).
Obtido o visto, a maior parte dos médicos vão para a Colômbia e não regressam mais. O Brasil também está se tornando uma alternativa rota.
*Com informações do El Universal, da Venezuela
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DIÁRIO DA MANHÃ
Trotes colocam vidas em risco
Mais de 20% das chamadas ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) são situações falsas. Ocorrências causam prejuízos à população
Os trotes têm atrapalhado um serviço da mais alta relevância para a sociedade, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Capital. Em média, 20% de todas ligações para a central do Samu – 192 são trote. Em dezembro o serviço atendeu 34.853 chamadas e 7.648 eram trote. A prática é realizada principalmente por crianças, mas adultos também ‘brincam’ com a questão. O problema acontece a qualquer hora do dia ou da noite, inclusive durante a madrugada.
Quem liga no Samu sem necessidade não tem noção do mal que pode estar causando. O deslocamento de uma unidade do serviço para uma falsa chamada pode deixar alguém sem atendimento. Pode acontecer que a pessoa que realmente precise fique sem o atendimento no tempo adequado, provocando agravamento do quadro de saúde ou até mesmo a morte.
A diretora do Departamento de Urgência da Secretaria Municipal de Saúde alerta que a situação gera ainda um grande desconforto para motoristas, médicos e enfermeiros. “A equipe vai, se prepara emocionalmente para atender à ocorrência, isso gera um estado de nervos muito grande e quando você descobre que aquilo ali é um trote é frustrante”, relata.
Além do risco de perder uma vida, os prejuízos financeiros são imensos, existem os custos do veículo, tempo dos profissionais e materiais de atendimento, já que muitos deles são preparados antes da chegada ao local.
Nem todos os trotes chegam a dispensar a saída de uma unidade, mas de qualquer forma prejudicam a eficiência do Samu. Nesta transcrição de uma ligação, a atendente descobre com facilidade que não se trata de uma chamada verdadeira. A atendente do Samu pergunta: “Samu Goiânia, Adriana qual a sua urgência?” e do outro lado, aparentemente uma criança menor de dez anos responde: “Emergência! É que você é tão feia, aí não dá para brincar”, diante da situação, a atendente encerra dizendo: “Por falta de comunicação estou desligando!”.
Quando uma pessoa liga, ela fala primeiro com um atendente, ele levanta as informações iniciais sobre o estado de saúde da vítima e procura saber se não existem mais chamadas para aquele caso – situação muito comum em acidentes de trânsito – e encaminha, em seguida, ao médico regulador. Este vai identificar a real necessidade de deslocar uma unidade até o local da chamada. Mas como alguns trotes são mais elaborados, nem mesmo o médico regulador consegue diferenciar a fraude de um caso real, então há o envio da equipe.
O médico regulador também tem o papel de orientar, quando for possível, a pessoa que liga em relação aos primeiros socorros, situação que acontece em casos de trabalho de parto, suspeita de infarto, acidentes vascular cerebral e outras ocorrências.
Quem aplica trote a qualquer serviço público está sujeito a uma pena de reclusão de um a cinco anos e multa conforme o artigo 265 do Código Penal;
Art. 265 – Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública. Pena: reclusão, de um a cinco anos, e multa.
DESINFORMAÇÃO
“Existe muita falta de informação, a população às vezes liga e pede a ambulância em casos que não há necessidade, aí o médico regulador orienta os procedimentos, às vezes é uma consulta médica e não uma urgência”, esclarece Patrícia Antunes. Ela explica também que mesmo quando não se trata de uma emergência, o Samu presta todo atendimento necessário, orientando a pessoa sobre o que fazer diante da situação. “É o nosso papel também orientar o cidadão”, reforça. São muitas as ligações deste tipo de atendimento, em dezembro elas somaram 19.717 chamadas. (saiba quando acionar o Samu no quadro nesta página)
Os horários em que há maior número de chamadas são no início da manhã e final da tarde. Isto acontece por causa dos acidentes de trânsito, e na tarde, de sexta-feira, há um acréscimo ainda maior. Na madrugada há bastante serviço, mas como os horários de deslocamento das pessoas é mais diluído as ocorrências também não se concentram num mesmo horário, no entanto neste período elas são mais graves.
Saiba mais
Ocorrências que devem ser encaminhadas ao Samu
• Problemas cardiorrespiratórios
• Intoxicação
• Queimaduras graves
• Trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do feto
• Tentativas de suicídio
• Crises hipertensivas
• Acidentes/traumas com vítimas*
• Afogamentos*
• Choque elétrico
• Acidentes com produtos perigosos
• Transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte
• Acidentes de trânsito*
• Acidentes domésticos
Fonte: Site Sec. Municipal de Saúde
Tipos de ambulâncias disponíveis em Goiânia
13 Unidades de Suporte Básico (USB) – composta por um técnico de Enfermagem e um condutor socorrista com equipamentos básicos de suporte à vida.
4 Unidades de Suporte Avançado (USA) – composta por um médico (o mesmo que atendeu o telefonema), um enfermeiro e um condutor socorrista. São UTI's móveis, preparadas para atendimentos de média a alta complexidades, equipadas com o Sistema Tele-Eletrocardiografia Digital que ajuda no atendimento de vítimas de doenças cardiovasculares graves.
4 Motolâncias – são utilizadas em casos graves para chegar mais rápido ao local do acidente e fazer um pré-atendimento até que a Unidade de Suporte Avançado (USA) chegue. Além de dar suporte à USA, elas são úteis, também, quando o caso é simples, mas precisa de algum profissional junto ao paciente.
Fonte: Site da Secretaria Mun. de Saúde
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31,5% dos brasileiros terão a doença
Cerca de 70% da população ignora conselhos de especialistas e declara que sai ao sol sem usar filtro solar
MARIA PLANALTO
Pequenas manchas avermelhadas ou escuras de crescimento lento. Pintas que mudam de cor ou de formato. Feridas que não cicatrizam. Esses sintomas, que a primeira vista parecem ter pouca gravidade, na verdade são os principais sinais do câncer de pele. Apesar das campanhas de alertas e do aviso da Meteorologia do nível extremo de radiação ultravioleta no verão deste ano, esse ainda é o tipo de câncer mais frequente no Brasil. A estimativa é de que 31,5% da população terá o tumor em 2014. São 182 mil pessoas, segundo os dados da publicação Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Proteção é ideal
Férias e dias ensolarados. Como o lazer neste período está ligado ao sol, o ideal é se proteger. Especialistas alertam que ações que, a princípio, podem parecer simples, como passar protetor solar todos os dias pela manhã, e evitar a exposição ao sol nos horários de maior incidência de raios UVB e UVA, são fundamentais para evitar a doença. Mas, cerca de 70% dos brasileiros declaram que sai ao sol sem usar o filtro solar.
Migração
Segundo a dermatologista Daniela Landim, o câncer de pele é um aumento incontrolável de células cutâneas anormais. Se não forem verificadas, essas células cancerosas poderão migrar da pele para outros tecidos e órgãos. Entre as pessoas que correm mais risco de ter a doença, estão as de pele clara, olhos azuis ou verdes, as que têm casos na família, com muitas pintas no corpo e que tiveram queimaduras solares antes dos 15 anos de idade. Há ainda o risco de surgir uma pinta no pé, que pode ser um sinal de melanoma, especialmente para quem tem a pele negra. Nesse caso, é bom procurar um médico para avaliar a necessidade de retirar a pinta.
Diagnóstico tardio
A gravidade da doença geralmente se dá por causa do diagnóstico tardio. Se descoberto no início, há praticamente 100% de chances de cura. “Por isso, é importante observar e prestar atenção nas pintas do corpo – o melanoma cresce primeiro para os lados e, ao primeiro sinal disso, é bom procurar um médico para evitar que ele atinja a derme, camada mais profunda da pele. Caso isso aconteça, o câncer entra na corrente sanguínea e pode se alojar em qualquer órgão do corpo”, esclarece a médica.
CUIDADOS
Quando for para praia, piscina ou até mesmo caminhar no dia a dia, é imperativo usar filtro solar de fator 30 para cima. “Usar chapéu e óculos escuros complementam os cuidados, mas o filtro vai ajudar a evitar raios nocivos e a pele vai – aos poucos – escurecendo. Bronzear não é queimar a pele”, explica Daniela.
A dermatologista informa que usar protetor solar, evitar exposição ao sol entre às 10h e 16h ainda é a forma mais eficaz de prevenção da doença. Quanto ao protetor correto, ela ressalta que todos são eficazes. Porém, são recomendados para crianças e pessoas com pele clara os com fatores de proteção maior. O uso do protetor deve ser diário no rosto, colo e áreas expostas como braço e ombros.
Três erros comuns
Ilusão dos dias cinzentos
Engana-se quem acha que a pele está salva em dias nublados. “A maioria da radiação solar consegue ultrapassar uma nuvem clara”, avisa a dermatologista. O conselho médico é apostar em guarda-sóis, bonés e roupas confeccionados com tecidos especiais que absorvem a radiação UV e a dissipam, impedindo que afetem as células.
Achar que os negros estão salvos
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apenas 16% dos negros costumam aplicar filtro solar na pele. É verdade que o tumor de pele raramente agride negros e mulatos, entretanto quando o câncer de pele ocorre a doença tem evolução mais agressiva e com maior probabilidade de metástase.
Ser um exemplo de resistência masculina
Filtro solar e homem. Uma combinação que ainda ganha muita resistência e que pode ser um perigo para a saúde, afinal eles apresentam a mesma probabilidade de desenvolver câncer de pele que as mulheres. O jeito é apostar em alternativas que a textura não incomode.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação