Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28/01/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Inadimplência
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás, que reúne 20 unidades, suspendeu atendimentos aos mais de 70 mil associados do Imas, da Prefeitura de Goiânia.

OS x OS
Curioso: o Instituto Gerir, que administra o Hugo e o Hutrin, ficou de fora da disputa acirrada entre organizações sociais pelo contrato de gestão do Hugo 2, de R$ 150 milhões por ano.

Salários
O secretário estadual Halim Girarde (Saúde) prometeu ontem ao presidente da Associação Médica de Goiás, Rui Gilberto, concluir até abril plano de cargos e salários dos médicos no Estado.
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Falecimento
Salomão Rodrigues morre aos 94 anos
Salomão Rodrigues, de 94 anos, pai do médico e ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, Salomão Rodrigues Filho, morreu ontem em Goiânia. Ele deixa viúva Geraldina Rodrigues. Também era pai do médico Paulo Rodrigues, do administrador de empresas Joventino Rodrigues e da enfermeira Aminadabe Rodrigues. O velório será realizado no Cemitério Jardim das Palmeiras. Ainda não há informações sobre o horário do sepultamento.
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Saúde
Família denuncia queda de bebê
Berço em que recém-nascido estava no Materno Infantil desmontou. Ele teve ferimentos no rosto
Galtiery Rodrigues

O Hospital Materno Infantil (HMI) foi denunciado na polícia pela família de um recém-nascido que caiu do berço dentro da unidade e sofreu ferimentos no rosto. A mãe da criança, a dona de casa Yasmine dos Reis, de 21 anos, foi surpreendida ao tentar movimentar o berço de acrílico, na manhã de domingo, quando as faxineiras chegaram para limpar o quarto. Uma das travas se soltou, o objeto começou a desmontar e a parte onde o garoto estava deitado se desprendeu e virou, ocasionando a queda. “Fiquei em estado de choque, comecei a tremer. Tiveram de me dar calmante na hora”, relata a mãe.
Yasmine afirma que o berço era visivelmente velho e estavam faltando parafusos. O diretor técnico do HMI, o médico Ivan Isaac, defende que foi um acidente, que o objeto já tinha um tempo de uso considerável, mas nada que justifique o estrago repentino. “O bebê foi atendido imediatamente, levado para o berçário e, depois, para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou por tomografia. Não precisou ser encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI). Houve lesão insignificante e, agora, já está mamando”, expôs.
Os familiares, no entanto, sentiram-se prejudicados, segundo eles, pela negligência do hospital e foram orientados por um advogado a registrarem a ocorrência. Eles estiveram, ontem à noite, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no Jardim América, mas, como estava fechada, se dirigiram para o 1º Distrito Policial, no Centro. O pai e os tios da criança levaram ao delegado fotos do berço tiradas pela mãe na hora da queda e, também, de como ficou o rosto do garoto com os machucados. No momento da queda, relata Yasmine, a criança ficou roxa, sem reação nenhuma e só expressou o choro depois de ser pega nos braços.
A família é de Abadiânia, a 88 quilômetros de Goiânia, e Yasmine foi transferida de Anápolis para a capital, depois de constatar a gravidez de risco. O filho da dona de casa nasceu prematuro, na segunda-feira da semana passada, com menos de oito meses de gestação e ficou uma semana em observação antes de ser levado para o quarto, no sábado. Para fazer os exames, em decorrência do acidente, o bebê precisou ficar em jejum e, por algumas horas, teve alimentação restrita ao soro fisiológico. Isso fez com que ele perdesse um pouco de peso. “Estava com 1,85 quilo. Agora, está com 1,65 quilo”, contou a mãe.
A direção do hospital disponibilizou outro berço do mesmo material para ser colocado no quarto, mas em melhor estado de conservação. “Esse não vai desmontar”, afirma o diretor Ivan Isaac. Segundo Yasmine, a criança lhe foi entregue meio sonolenta, mas já está se recuperando bem. O ocorrido movimentou o hospital, que vive dias de lotação, e outras mães se assustaram com a possibilidade de que o mesmo pudesse ocorrer com seus filhos. Elas comunicaram a um dos médicos que iriam retirá-los dos berços e os colocariam na cama. A resposta do pediatra foi a de que fizessem o que achassem necessário, mas que a responsabilidade seria delas.
O Materno-Infantil está em obras, com uma reforma na recepção e, assim, deve continuar por pelo menos mais dois meses. Ivan Isaac diz que isso não interfere nos atendimentos, que seguem normalmente. O diretor afirma ainda que o hospital, ao contrário de relatos ouvidos pela reportagem na porta da unidade, não enfrenta déficit de funcionários, de equipamentos, nem de remédios. “Temos o suficiente para funcionarmos bem”. O Materno é gerido, hoje, pela organização social Instituto de Gestão e Humanização (IGH).

Holandês reclama da falta de informação
Há três anos no Brasil, o holandês Edward Simmelink está indignado com a estrutura da saúde pública do País e com a maneira como as pessoas são tratadas. A mulher dele é goiana e teve o filho em parto de risco no Hospital Materno Infantil (HMI) no dia 8. Até hoje, ela e o garoto estão na unidade, porque o bebê segue em observação e aguarda o ganho de peso para ser liberado. Os dias de Edward, desde então, foram marcados pelo esforço e brigas diárias na recepção do hospital para conseguir informações sobre o quadro de saúde.
Com o português limitado, o holandês se recorda de que, nos instantes de nervosismo, recorreu até ao inglês para se fazer compreendido, mas sem sucesso. No diaem ue a mulher foi transferida para a unidade, ele não pôde entrar para acompanhar o parto e ficou por mais de quatro horas aguardando do lado de fora sem nenhuma informação ou respaldo. Ele chegou a questionar alguns funcionários, mas ninguém soube orientá-lo precisamente, o que lhe motivou a discutir com um dos médicos.
O diretor-técnico do HMI, médico Ivan Isaac, explica que o caso do filho de Edward era grave, a mulher hipertensa e eles precisaram ser levados para a unidade de cuidados intermediários (Ucin), cuja capacidade é de 22 leitos e tem, hoje, 35 crianças sendo atendidas no local. “É lógico que não dá para entrar todo mundo, nem quando quer. Têm horário e regras para isso, que devem ser respeitadas. O caso da mulher dele era grave, ela estava hipertensa, com processo infeccioso e fez cesariana de urgência. Esse homem devia era dar graças a Deus pelo bebê estar vivo”, afirma.
A gestante contraiu infecção hospitalar e precisou ser internada para se tratar. Questionado sobre a infecção, Isaac disse, somente, que ela deve ter pego a doença no hospital mesmo, até porque “a barriga dela foi aberta lá dentro”. Edward disse ter observado que as pessoas no hospital estavam todas indignadas, mas que ninguém fazia nada, nem questionavam a falta de educação e a maneira nada cortês com que os funcionários os tratavam. “Resolvi falar, e não é nem pelo meu caso. É para tentar mudar e para que, no futuro, novas situações semelhantes não aconteçam”.
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O HOJE
Paciente com doença rara de pele luta por cirurgia
Portador de Xeroderma Pigmentoso, homem de 74 anos aguarda há 60 dias procedimento cirurgico no HGG
Lyniker Passos
José Cláudio Machado se esforça para expressar por meio da fala o que o corpo já grita. Aos 74 anos o carpinteiro, natural do município de Faina, a 250 quilômetros de Goiânia, foi um dos primeiros a ser diagnosticado com uma doença rara de pele. Desde então, as cirurgias têm sido uma constante em sua vida, já foram pelo menos 80. O drama de José parece não ter fim. Passaram-se décadas, mas as dificuldades de encontrar tratamento específico ainda persistem. Hoje ele aguarda há pelo menos 60 dias para a retirada de um tumor na perna direita provocado pelo xeroderma pigmentoso (XP) – mal que provoca tumores na pele exposta aos raios solares e afeta gravemente pelo menos 20 habitantes de Araras, povoado de Faina.
Ainda criança notou os primeiro sintomas da doença no pé. “Ninguém sabia direito o que era. Mas agora já quase não consegue nem falar, só quem convive muito que entende. O rosto foi muito deformado pelas cirurgias, tirou nariz e parte do maxilar”, diz a irmã Ada Maria da Mão de Deus, 66 anos. Ela e o irmão se mudaram para Goiânia, na última semana, com a esperança de agilizar a retirada do tumor. A espera é muito grande e o sofrimento ainda maior. “Estamos hospedados em casa de parentes. Ele mal consegue caminhar, sente muita dor e o tumor já está grande.”
A esperança da família é de que o procedimento seja realizado o mais rápido possível, mas a realidade de longas filas de espera da saúde pública prolonga a agonia. Além do problema grave na perna, ainda foi detectado pelos médicos do Hospital Geral de Goiânia (HGG) problema na próstata. Mas a irmã garante que o primordial e a cirurgia do tumor da perna. Equipes do HGG acompanham um grupo de 93 pacientes que apresentam a doença, seja de forma assintomática ou com manifestação clínica. No local os pacientes são atendidos no Ambulatório de Dermatologia, coordenado especialista Sulamita Chaibub, e quando necessário, são atendidos também pela equipe multidisciplinar e outros especialistas médicos, por meio da interconsulta. Os casos graves, em que os portadores da doença apresentam câncer ou lesões nos olhos, são encaminhados para o Hospital Araújo Jorge e para o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. As pesquisas feitas até agora revelam que os pacientes de XP têm mil vezes mais possibilidade de desenvolver o câncer cutâneo e 20 vezes mais probabilidade de apresentarem tumores malignos sólidos. Coordenado pelo especialista em estudos genéticos e professor do departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Frederico Martins Menck, o estudo visa à prevenção de novos casos, tendo em vista que os portadores de XP têm pai e mãe com o gene da patologia.
Por ter origem genética, o xeroderma não tem cura, a menos que se descubra como reverter o gene defeituoso das próximas gerações. O pesquisador da USP e os médicos do HGG têm a intenção de desenvolver um programa de aconselhamento genético e estabelecer rotinas de prevenção aos quadros agudos da doença. Segundo a dermatologista do HGG, Sulamita Chaibub, a expectativa é ter qualidade de vida. O grupo de profissionais também está analisando as células dos pacientes para verificar qual o tipo da doença que eles apresentam. Existem catalogados na literatura científica sete tipos e uma variante de xeroderma pigmentoso.
A reportagem entrou em contato com assessoria de imprensa da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG) durante a tarde de ontem, mas não obteve retorno. Segundo o HGG, o paciente recebe atendimento específico na unidade de saúde e, desde 2010, já passou por mais de 21 consultas.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Queda de 65% dos casos
Em 2012, foram registrados 33,3 mil novos focos da doença no País
ELPIDES CARVALHO
Dados do Ministério da Saúde (MS) divulgados, este mês, apontam queda de 65% no número de casos de hanseníase nos últimos 10 anos, passando de 4,33, em 2002, para 1,51 por 10 mil habitantes, em 2012. Apesar disso, o balanço da pasta mostrou ainda três Estados brasileiros com índices alarmantes da doença, entre eles, o coeficiente de detecção foi acima de três casos por 10 mil habitantes: Mato Grosso (7,69), Tocantins (5,54) e Maranhão (5,22). Em 2012, foram registrados 33,3 mil novos focos de hanseníase no País.
Segundo o MS, vem apoiando os Estados e municípios que ainda apresentam maior concentração da doença e que estão localizados, principalmente, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Na contramão dos altos índices, outros três Estados apresentaram as menores taxas de prevalência de hanseníase: Rio Grande do Sul (0,12), Santa Catarina (0,29) e São Paulo (0,34).
A hanseníase, doença infecciosa e contagiosa conhecida no passado como lepra, é causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. É caracterizada pelo aparecimento de manchas brancas ou avermelhadas na pele, além de caroços e placas. Geralmente há perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, com alterações também na secreção do suor. Pode ser transmitida por meio de gotículas lançadas no ar pela fala, tosse ou espirro. Os sintomas podem levar de dois a cinco anos para se manifestar. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.
Incidência
No final do ano passado, foram disponibilizados R$ 15,6 milhões a 40 municípios considerados prioritários para a implantação de ações inovadoras que acelerem o combate à hanseníase e esquistossomose, conforme o ministério. Essas cidades detêm 24% dos novos casos da doença diagnosticada no País. De acordo com dados do MS, em 2012, o coeficiente de prevalência da hanseníase no Brasil foi de 17,17 por 100 mil habitantes na população em geral. Já entre menores de 15 anos, o índice foi 4,81 para cada 100 mil pessoas.
Os números referentes ao ano passado ainda não foram fechados, mas a estimativa do governo é que eles fiquem entre 30 mil e 33 mil novos casos. Entre as ações adotadas pela pasta da saúde está o Monitoramento para Eliminação da Hanseníase, que coletou dados em 60 municípios brasileiros. Foram pesquisadas 164 unidades de saúde de todo o País, representando 27% da população brasileira – 52,8 milhões de pessoas –. As cidades selecionadas foram as que apresentaram maior carga da doença e concentram 60% dos casos.
Ao todo, foram examinados 6.170 prontuários, além de 656 entrevistas feitas com pacientes e 279 com profissionais de saúde. Os dados mostram que 87,5% das cidades oferecem serviços de diagnóstico e tratamento para a hanseníase. Também foi observada uma redução de 18% da proporção de casos com grau 2 de incapacidade física, quando comparado os anos de 2007 e 2011, demonstrando que o diagnóstico precoce está crescendo.
O embaixador especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, lamentou, em dezembro passado, o fato de o Brasil ainda não ter atingido o patamar estabelecido pelo organismo para erradicação da doença, que é menos de um caso da doença a cada 10 mil habitantes. Ao lembrar os avanços da ciência, que garantiram tratamento e cura, ele enfatizou que é preciso intensificar os esforços para atacar a doença, marcada pela discriminação e pelo estigma.
“O Brasil é um País capacitado para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas é o único que não conseguiu eliminar a doença. É uma questão muito estranha”, destacou o embaixador, durante solenidade, na Câmara dos Deputados. (Com dados da Agência Saúde/MS)
Hanseníase nas escolas
Monitoramento do Ministério da Saúde (MS) detectou 300 crianças e adolescentes com hanseníase em escolas públicas de todo País, em 2013. Segundo o ministério, o objetivo do governo foi verificar novos casos da doença entre menores de 15 anos e, consequentemente, identificar famílias e comunidades onde há adultos portadores da doença, que podem ter sido fonte de infecção das crianças.
Um caso de hanseníase em menores significa que há um adulto próximo doente e ainda sem diagnostico e tratamento, acredita a pasta. Durante identificação da doença nas escolas, 3,8 milhões de estudantes foram submetidos ao teste primário para detecção da hanseníase. Desses, 243 mil alunos chegaram a ser encaminhados para avaliação nas unidades de saúde.
Segundo o MS, o conjunto de diagnósticos é resultado de campanha feita para detectar casos suspeitos e promover o tratamento coletivo da doença em 852 municípios considerados prioritários no País. Uma nova campanha nas escolas já está prevista para ocorrer ainda neste semestre, ao todo, serão mil municípios monitorados. (Com dados da Agência Saúde/MS)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação