Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24/04/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
 

O HOJE
Faltam médicos pediatras em Goiânia
Atendimento de emergência está sendo feito por clínicos gerais e consultas podem durar até três meses
Cristiane Lima
O atendimento pediátrico em Goiânia está cada dia mais complicado. Encontrar um profissional no posto de saúde para atendimento de emergência ou até mesmo marcar uma consulta pode demorar até três meses, segundo relatos de mães que precisam do serviço. Mas o problema não é registrado apenas na capital. A falta desse tipo de profissional é identificada em todo país. Desde dezembro de 2013, portaria municipal permite que clínicos gerais façam atendimento básico às crianças em Cais e postos de saúde. Eles passaram por treinamento para aliarem o novo trabalho.
A dona de casa Christine Santos de Lima Ferraz Brants, 24, confirma o atendimento realizado por clínicos gerais. Ela tem três filhos e precisa ir aos postos de saúde com freqüência. Ela afirma que preferia atendimento realizado por especialista. “Mas não temos muito o que fazer. Precisamos do atendimento”. Ela esteve na tarde de ontem no Cais da Chácara do Governador, com a filha de um ano e oito meses, Emilly Christine. “Quando não consigo atendimento e é urgência, vou a unidades de referência como o Materno Infantil e Hospital das Clínicas”.
Assim como ela, a funcionária pública Laís de Sousa Carvalho, 27, reclama da falta de médicos. Ela detalha que tentou conseguir uma vaga para a filha, Monalisa Carvalho, 5, por mais de duas semanas. “A gente não consegue pra hora. Me disseram que só teria vaga em junho. Até lá, minha filha já estará pior que hoje”, diz. Laís esteve no Cais do Setor Pedro Ludovico e de Campinas em busca de atendimento. “E vou continuar andando até ter atendimento”, disse. No início da noite de ontem, Laís disse que a filha conseguiu atendimento em Campinas.

Recusa ao SUS
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) nega que existem poucos profissionais na área. Segundo dados repassados pela SBP, o que ocorre é o contrário. Essa é a área em que mais profissionais tem se especializado. O problema, no entanto, é que essa é, também, a área em que os profissionais mais se recusam a atuar pela tabela paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda segundo a SBP, em números absolutos, o Brasil, com 371.788 médicos, apresenta a 5ª maior população de médicos do planeta, atrás somente da China (1.905.436), Estados Unidos (793.648), Índia (640.801) e Rússia (614.183).
De acordo com a Sociedade de Pediatria, neste quesito, o Brasil está à frente de 188 países. Os médicos brasileiros representam, sozinhos, 4.05% da população médica mundial e 19.2% dos médicos de toda a Região das Américas. O mapa da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela enormes desigualdades que se repetem na oferta, na organização e no financiamento dos serviços de saúde. Onde faltam médicos, faltam recursos públicos, leitos hospitalares, medicamentos, equipamentos e profissionais de saúde em geral.
Os países sem médicos são quase sempre aqueles que têm maior taxa de mortalidade infantil e materna, menor expectativa de vida ao nascer e outros péssimos indicadores de saúde. Ainda de acordo com a SBP, os países com melhor performance na razão médico-habitante e em outros indicadores são aqueles com sistemas universais de saúde, com forte participação do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de serviços. No país, a estimativa é que 36 mil profissionais atuem nessa área. Mas grande parte no setor privado ou em clínicas particulares.
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SAÚDE WEB
 

Indicação de Moutinho à Anvisa é aprovada no Senado
 

Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou o nome do economista para diretoria da agência
Com 17 votos favoráveis e 1 contrário, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou o nome do economista José Carlos Magalhães da Silva Moutinho para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A indicação de Moutinho ainda precisa ser confirmada pelo plenário da Casa onde pode ser votada ainda nesta quarta-feira (23) em regime de urgência.
Ao ser sabatinado pelos senadores, Moutinho foi questionado sobre diversos temas de competência da Anvisa. A respeito do reajuste no preço dos medicamentos, ele defendeu a atual fórmula e explicou que, enquanto a inflação no último ano alcançou 5,8%, o índice médio fixado para o reajuste ficou em 3,35% – abaixo da inflação. “Naquelas áreas em que a concorrência é maior o próprio mercado regula [os preços]. Onde há pouca concorrência, nós restringimos o preço, a fórmula puxa para baixo.”
Para evitar problemas como os identificados pela Anvisa durante a Copa das Confederações – acúmulo de lixo e conservação de alimentos de forma inadequada em bares e restaurantes próximos a estádios que receberam partidas da competição –, o Executivo garantiu que a agência tem se preparado para aumentar a fiscalização no Mundial deste ano.
“Têm sido adotadas em todas as cidades-sede reuniões para corrigir essas falhas. Todo o sistema nacional de vigilância sanitária da Anvisa, dos estados e dos municípios atuará não apenas nos jogos, mas também nas cidades que serão ponto de entradas de delegações, de seleções e de torcedores”, explicou Moutinho.
O projeto aprovado na Câmara no início do mês que autoriza a produção e venda de determinados remédios para emagrecer foi outro ponto abordado na sabatina. Em 2011, a Anvisa proibiu a venda de anfepramona, femproporex e mazindol, do grupo de anfetaminas. O texto que divide opiniões e foi alvo de críticas por parte de médicos será analisado pelo Senado.
Para Moutinho, a decisão da Anvisa nesse caso foi resultado de amplos debates. Ele observou que 70% do consumo mundial desses produtos ocorrem no Brasil.
“No mundo inteiro, há grandes pesquisas em andamento na tentativa de se desenvolver medicamentos que podem realmente dar uma resposta à questão da obesidade, o que reforça a tese de que o que está no mercado hoje não dá a resposta necessária”, alertou.
José Carlos Magalhães da Silva Moutinho tem 61 anos, é português e, pela lei, tem igualdade de direitos e obrigações civis e políticas em relação aos brasileiros. Atualmente exerce o cargo de gerente de projetos do gabinete do diretor presidente da Anvisa.
Perfil
Graduado em Economia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), José Carlos Magalhães da Silva Moutinho carrega também o título de mestre em Administração Pública, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa do Instituto Universitário de Lisboa. Possui, também, pós-graduação lato sensu em Gestão e Tecnologia da Informação e em Administração Pública, ambas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Servidor público da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, o indicado está cedido à Anvisa desde 2000. No órgão já exerceu, entre outros, os cargos de assessor e gerente Geral de Medicamentos, diretor adjunto, e gerente de Projetos da Gerência de Tecnologia de Produtos para a Saúde.
Na Anvisa, José Carlos Magalhães da Silva Moutinho acompanhou processos de concessão de registros de medicamentos e colaborou para a atualização do marco regulatório de medicamentos similares e genéricos.
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Ministério incorpora PET-CT na rede pública

 

Inclusão, feita a partir de recomendação do Conitec, quer ampliar formas de acompanhamento do câncer no SUS
Três portarias do Ministério da Saúde publicadas nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial da União incorporam ao Sistema Único de Saúde (SUS) exames de imagem para a detecção de câncer: o PET-CT (modalidade de diagnóstico por imagem que permite avaliar funções importantes do corpo) na rede pública de saúde em casos de câncer de pulmão, colorretal, linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin.
A inclusão foi feita a partir de uma recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) e busca determinar a taxa de crescimento do tumor, a extensão da doença, o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.
Todas as portarias entram em vigor na data de publicação.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação