Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 29/05/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR
ANS disponibiliza arquivos da versão 3.02.00 do Padrão TISS

Estão disponíveis os componentes da versão 3.02.00 do Padrão TISS, conforme previsto no artigo 3º da Instrução Normativa DIDES IN 51. A versão 3.02.00 substitui a versão 3.01.00 e a data limite para sua adoção é de 31 de agosto de 2014.

Acesse aqui o Padrão TISS 03.02.00
……………………………………………..
O POPULAR
OS – O governo estadual lançará, às 14h30, guia de orientação para a criação de organizações sociais.
……………………………..
Cartas dos leitores
Receita médica
Na edição de terça-feira do POPULAR, tivemos uma verdadeira aula sobre glaucoma escrita pelo dr. Augusto Paranhos Jr., no artigo Anjo e demônio. Com certeza foi muito esclarecedor e merece ser publicado no maior número possível de meios de comunicação, embora a maioria dos leitores talvez não consiga entender termos médicos.
Todos nós sabemos o quanto é difícil conseguir uma consulta médica. Hoje, mesmo com plano de saúde, tenho de pagar R$ 300 e ainda aguardar uma semana ou duas para ser atendido, sem direito a “hora marcada”. É por ordem de chegada, o que congestiona consultórios. No Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes precisam entrar na fila à meia-noite para conseguir senha e ser atendidos pelo médico, que às vezes não é especialista da área requerida. Imagine um paciente na fila com febre e outros sintomas nestes dias de frio, com certeza a situação piora a doença.
Na maioria dos casos, com certeza, um farmacêutico venderia o mesmo remédio que é receitado, sem a obrigatoriedade da receita para os antibióticos. Agora, o ilustre médico quer ainda a obrigatoriedade de receita para remédios de tarja vermelha. Em resumo, a situação do atendimento médico hoje é tão ruim que temos de aguardar de uma a duas semanas para conseguir uma receita paga a peso de ouro.
Neste tempo, a infecção que, se tratada no momento dos primeiros sintomas, demandaria pouca quantidade de antibióticos, piora e se aprofunda de tal maneira que talvez sejam necessárias doses dobradas ou triplicadas e venha até a exigir internação hospitalar. Enfim, acho que a exigência da receita médica obrigatória para compra de remédios piorou a saúde dos brasileiros. O ideal seria a receita, mas, na situação em que está a saúde brasileira, deveria ser liberada novamente.
Além disso, exigir receita para remédios de tarja vermelha, nesta situação, é simplesmente absurdo. Os postos de saúde com certeza estariam bem menos congestionados. Sabemos que os farmacêuticos são formados com conhecimentos sobre formulação de remédios. Por que não permitir a eles que façam a venda dos antibióticos sob sua responsabilidade? Enfim, sou a favor da receita obrigatória, uma vez que, primeiramente, seja resolvido e normalizado o atendimento médico para uma situação mais humana.
Arno Dahlke – Rio Verde – GO

Pediatras
A Prefeitura de Goiânia alega que não pode chamar os pediatras aprovados em concurso porque estaria fora dos limites de gastos com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entendo equivocada a afirmação. A reposição de servidores para as áreas de saúde, educação e segurança, mesmo quando ultrapassados esses limites, é expressamente autorizada pelo artigo 22, parágrafo único, inciso IV da LRF.
A falta de profissionais nas referidas áreas compromete a continuidade de serviços públicos essenciais, o que beira a irresponsabilidade administrativa. É possível conter gastos sem prejudicar a população, principalmente combatendo a corrupção e os desperdícios.
Elias Vaz – Vereador de Goiânia (PSB)
……………………………………………..

Mapa da Violência
Aumentam ocorrências de suicídio
Andréia Bahia
As ocorrências de suicídios em Goiás cresceram acima da média nacional em 2012. Quando se compara o número de casos (397) pelo total da população, o aumento em relação a 2011 (331) foi de 19,9%. Já na comparação de casos por 100 mil habitantes, este porcentual é de 18,5. No País, os índices foram de 4,8% e 3,9%, respectivamente . Os dados são da prévia do Mapa da Violência 2014 Os Jovens do Brasil, divulgada ontem pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
O levantamento tem como base os dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (MS) de 2012 e passa a compor a evolução da mortalidade violenta no País de 1980 a 2012. O estudo aponta para o crescimento de todas as taxas de óbitos violentos, em acidentes de transporte, homicídios e suicídios.
De acordo com a pesquisa, entre 2011 e 2012, a taxa de homicídio por 100 mil habitantes no País cresceu 7% e as mortes por acidentes de transporte 2,5%.
Na década – 2002 a 2012 – o número de vítimas nos acidentes de transporte registrou um aumento 24,5%, ainda na contagem de casos para cada 100 mil habitantes; a taxa de homicídios, considerando o aumento da população, subiu 2,1% e o suicídio, por sua vez, teve a taxa aumentada em 20,3%.
Em Goiás, o número de mortes por acidentes de transporte aumentou 10,6% no ano de 2012 em relação a 2011; passaram de 1.865 para 2.062. Na década, o aumento foi de 33,9%. Todavia, a taxa de óbitos de acidente por 100 mil habitantes caiu, era de 13,3 de 2002 a 2012, passou para 9,2 de 2011 para 2012.
O número de homicídios aumentou 23% em Goiás entre 2011 e 2012, 15,5 pontos porcentuais a mais do que a media brasileira.

4º Estado com maior alta em homicídios
Em relação à taxa de homicídios, Goiás fica atrás apenas de Roraima, onde as cresceram 71,3%, Ceará 36,5% e Acre, que registrou um crescimento de 22.4%. Os índices são de casos para cada 100 mil habitantes. Apenas em cinco unidades da federação foram registradas quedas nas taxas de homicídio: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Alagoas.
As mortes por acidentes de transporte continuam crescendo de forma sistemática a partir do ano 2000, aponta o relatório. Em 2012, o aumento foi de 2,5%. Na Paraíba, Pará, Maranhão, Rondônia e Piauí as taxas cresceram acima de 10% nesse ano, enquanto Amapá e Distrito Federal reduziram suas taxas acima de 10%.
………………………………………………..

SAÚDE WEB
CAS indica nova diretora para a ANS
Martha Regina de Oliveira é pediatra e funcionária da agência reguladora desde 2005
Foi lido na reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) desta quarta-feira (28) o relatório da senadora Ana Rita (PT-ES) sobre a indicação de Martha Regina de Oliveira para a diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A matéria deve ser analisada na próxima reunião da comissão, quando passará por votação secreta.
Segundo a relatora, o currículo da indicada “reflete sua trajetória profissional e acadêmica, ampla e diversificada, além da sua longa dedicação na área da saúde suplementar”. Ana Rita informou que Martha Oliveira é médica pediatra e também estudiosa sobre a saúde dos idosos, fez mestrado e é doutoranda e servidora concursada da ANS desde 2005.
O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) elogiou a indicação por privilegiar uma servidora de carreira da ANS, o que também foi lembrado como ponto positivo por Paulo Davim (PV-RN).

………………………………………………………………
Brasil precisa valorizar e distribuir pediatras
Debate realizado por comissão da Câmara analisou falta de especialistas em algumas regiões do País
Governo Federal, parlamentares e médicos discutiram nesta terça-feira (27), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, a falta de valorização dos médicos pediatras e a situação da pediatria no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde complementar. Segundo números divulgados pelos debatedores, atualmente, a maioria dos especialistas médicos são pediatras, mas ainda assim há uma carência em várias regiões do Brasil, principalmente por causa da má distribuição desses profissionais.
O deputado Antonio Brito (PTB-BA), que solicitou a audiência, destacou o consenso entre os participantes de que é necessário melhorar a remuneração e valorizar o médico pediatra. “Valorizando o pediatra, se diminui o custo no futuro, pois a criança pode deixar de adoecer no futuro com um bom tratamento pediátrico”, afirmou.
Saúde suplementar
O representante da Agência Nacional de Saúde (ANS) na audiência, Teófilo José Rodrigues, destacou o aumento dos beneficiários de planos privados de saúde e a intensa fiscalização da agência nesse setor. Segundo ele, a principal preocupação é garantir o atendimento ao beneficiário.
Rodrigues ressaltou que a ANS suspende a comercialização de planos que não oferecem pediatria. “É uma punição que fere o bolso da operadora, e ela não pode comercializar o plano. Isso tem feito com que muitas operadoras modifiquem a sua forma de atuar ou melhorem esse atendimento para voltar a comercializar esse produto”, declarou.
Capacitação
A coordenadora adjunta do Ministério da Saúde, Tatiana Coimbra, reconheceu que o ideal seria a distribuição igualitária de pediatras em todas as regiões do País, mas, como isso não é possível, o governo vem capacitando médicos para que possam atuar nesta área.
“Onde o pediatra estiver, se ele puder atender a criança, a gente sabe que ele é o profissional mais adequado. Porém, existem médicos de família que também atendem muito bem a criança. Eles têm condições de fazer esse atendimento”, disse Tatiana Coimbra.
A audiência finalizou com o compromisso entre os participantes de formarem um grupo de trabalho para estudar de que forma é possível amenizar o problema da distribuição de médicos pelo País e, principalmente, a formação de diretrizes para a valorização do pediatra.
…………………………………………
Gestão e recursos em Saúde aproximam discursos de PT e PSDB
Em painel durante a Hospitalar 2014, partidos concordaram em quase tudo. E sentenciaram: todos sabem o quê precisa ser feito
Se a intenção era promover um debate acalorado e multipartidário sobre a campanha política que se aproxima, pode-se dizer que o painel “A Eleição e os Desafios da Saúde”, realizado durante a Hospitalar 2014 dentro do Congresso de Gestão em Saúde da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), foi um fracasso. O que não é necessariamente ruim. Explica-se: apesar de a programação prever a participação de representantes de vários partidos, apenas PT e PSDB compareceram. E concordaram em quase tudo.
De um lado, Monica Valente, psicóloga e secretária de relações internacionais do PT. Do outro, Wilson Pollara, médico e secretário-adjunto de saúde do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Nas discussões, concordância em torno de dois pontos quase unânimes quando o assunto é a problemática da Saúde: falta gestão, faltam recursos. “Todo mundo sabe o que precisa ser feito, independe de partido ou ideologia”, disse Monica, tendo como resposta um balançar concordante da cabeça de Pollara.
“O modelo é que está errado”, ponderou o secretário. “Falta dinheiro para a saúde? Falta. Mas para este modelo que está aí. Cinquenta e dois por cento dos pacientes de UTI não deveriam estar lá”, calculou, considerando as “informações diárias” que o gestor estadual recebe. Os mesmos dados apontam que há 17 mil leitos vagos em São Paulo, mas nenhum sistema ou protocolo que permita transferir adequadamente os doentes que precisam destas vagas.
Outro ponto bastante criticado pelo secretário paulista é o modelo “não hospitalocêntrico, mas ‘pronto-socorrocêntrico’”, ou, segundo a neologia por ele criada, baseado na transformação de toda unidade de saúde em PS. “As pessoas estão acostumadas a ir ao pronto socorro por qualquer coisa”, disse, ao salientar que uma parcela considerável dos perfilados que buscam apenas “um atestado para apresentar no trabalho” atrasam o atendimento de casos mais graves. Ou seja, é também um problema cultural.
Só críticas?
Mas, se há uma série de problemas identificados e a concordância política em torno deles, é também verdade que há pontos positivos no debate a serem salientados. De modo geral, os dois políticos concordaram que a saúde dos brasileiros melhorou nos últimos anos graças ao SUS – reflexo direto das discussões em torno da Constituição Cidadã de 1988.
Segundo Monica, houve avanço no SUS, “não sem percalços, não sem problemas, não sem dificuldades, não sem retrocesso em alguns momentos”. Foram destacados avanços significativos na atenção básica, e os recursos federais para a especialidade mais que dobraram desde então, fato seguido por estados e municípios.
“Sou o fã número 1 do SUS”, destacou o médico Pollara, ao dizer que estar na pele do gestor do sistema único exige um exercício constante de lembrar as críticas por ele feitas antes de assumir o cargo. Apesar do elogio, para o secretário, o SUS ainda é muito suscetível aos ânimos dos políticos, cuja “sobrevivência é muito pautada na opinião pública”, esta facilmente moldada pela cobertura midiática. Além disso, acredita, o excesso de comissões no âmbito do Ministério e das secretarias pulveriza a governança, dificultando a gestão.
Ao menos um ponto positivo: a tabela do SUS, tão defasada, está aos poucos sendo substituídas por programas de atenção em rede, como o Mãe Cegonha e outras. “Uma coisa muito boa, o hospital vai ser remunerado por aquilo que custa”, disse Pollara, ecoando outro discurso quase unânime durante a Hospitalar 2014.

………………………………………………

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação