Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/06/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

SAÚDE WEB
ANS: multas e mediação reduziram reclamações contra planos
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o índice de reclamações contra planos de saúde já registra queda há seis meses. O índice, calculado com base nas queixas dos consumidores de planos de saúde, é divulgado mensalmente e busca aumentar as informações disponíveis ao consumidor que contrata uma operadora.
Para a agência, a fiscalização rigorosa e as punições infringidas às operadoras que reincidiram em irregularidades são as razões da queda. Desde 2012, a ANS já suspendeu a comercialização de 868 planos de 113 operadoras que descumpriram prazos máximos para procedimentos (exames, consultas e cirurgias) ou por negativas indevidas de cobertura. Atualmente, 161 planos de 36 operadoras estão em suspensão.
Também contribuíram para a queda do índice, segundo a ANS, a ampliação da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), que desde março passou a incluir reclamações não assistenciais, como quebra de contrato e reajustes indevidos. O beneficiário que não consegue atendimento adequado no contato com a operadora pode acionar a ANS, que irá mediar o conflito.
Estas mediações atingiram 86,3% de resolubilidade, segundo a ANS, sem a necessidade de abertura de processos administrativos. Os prazos para a operadora resolver os conflitos com o consumidor variam de cinco a 10 dias úteis, dependendo da natureza do conflito – se assistencial ou não assistencial.
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Beneficiários gastaram R$ 180 por mês com planos em 2013
Os 50,2 milhões de beneficiários de planos de saúde brasileiros pagaram, em média, R$ 179,10 por mês pela cobertura em 2013, aumento de 10,9% em relação ao gasto per capita registrado no ano anterior. Em contrapartida, as operadoras gastaram, em média, R$ 150 por mês de assistência médica com cada beneficiário, ou 9,41% mais que os R$ 137,10 de 2012.
Os números fazem parte da Nota de Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss), produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nas informações da ANS, atualizadas recentemente.
As operadoras receberam R$ 108 bilhões em 2013, 16% a mais do que em 2012, e gastaram R$ 90,5 bilhões com as despesas assistenciais, 14,4% a mais. Os números representam uma inversão da variação notada no período anterior, quando as despesas cresceram 16,1% e a receita, apenas 12,7%.
Segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, o resultado é positivo e importante para o setor, pois mostra uma recuperação das operadoras, que registraram crescimento das despesas assistenciais entre 2011 e 2012, com ritmo mais acelerado do que as receitas.
Apesar de as receitas e as despesas crescerem em um ritmo superior ao da inflação medida pelo IPCA, o equilíbrio entre as duas contas tem permitido certa sustentabilidade ao setor, diz Carneiro. O cálculo, no entanto, desconsidera despesas administrativas: com elas incluídas, a margem de lucro fica em torno de 1%, porcentual “bastante reduzido em comparação a qualquer setor da economia.”
Segundo a Naciss, a taxa de sinistralidade fechou 2013 em 83,7%, segunda maior da série histórica desde 2003.
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O POPULAR
Saúde
14 cubanos abandonaram Mais Médicos
Durante audiência na Câmara dos Deputados, ontem, o ministro Arthur Chioro afirmou que subiu para 14 o número de profissionais cubanos do Mais Médicos que abandonaram o programa.
Segundo o ministro, o abandono dos cubanos tem o menor índice entre os médicos participantes. Entre os brasileiros, afirmou Chioro, a taxa de desistência é de 8,4%; entre os estrangeiros que se inscreveram individualmente, o índice é de 0,8%; e entre os cubanos do acordo com a Opas, 0,1%.
O número anterior, divulgado em março, apontava a desistência de sete profissionais cubanos do convênio com a Opas (braço da OMS para as Américas). Nesta terça-feira (3), a AMB (Associação Médica Brasileira) anunciou duas novas desistências de cubanos -já incluídas nas 14 listadas por Chioro.
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Saúde
Casos de dengue sobem em maio
Chuvas e confusão em diagnósticos fazem com que redução do número de ocorrências ocorra mais tarde em 2014 em relação aos anos anteriores
Pedro Palazzo

Chuvas atípicas e possibilidade de confusão em diagnóstico fizeram os casos de dengue registrados por Estado e capital demorarem mais a cair em 2014. A semana 19 (entre 11 e 17 de maio), quando geralmente a quantidade de casos já caiu, apresentou pico neste ano. A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Flúvia Amorim, credita o aumento momentâneo aos fatores citados. “A gente teve umas chuvinhas e os picos estão diretamente relacionados ao índice pluviométrico.”
Ela diz também que a semelhança entre os sintomas da gripe e da dengue nos três primeiros dias de ambas as doenças provocam confusão no diagnóstico. “Outro fator que interferiu é aumento nos casos de gripe, o que pode gerar confusão no diagnóstico por parte do profissional de saúde. Nos primeiros 3 dias os sintomas são praticamente os mesmos: febre alta, dor no corpo, prostração e dor de cabeça. Isso pode causar confusão.”
Dados disponíveis no site do Sistema de Meteorologia e Hidrologia do Estado de Goiás (Simehgo) indicam que choveu na capital, ainda que pouco, nos dias 8 e 19 de maio. A diretora ressalta, porém, que chuvas mais intensas caíram entre as semanas 12 e 14 (final de março e primeira quinzena de abril). Abril de 2014 foi o mais chuvoso desde 1945, com volume de água 169% maior que a média do mês.
O coordenador de controle de dengue da Secretaria da Saúde do Estado de Goiás (SES/GO), Murilo do Carmo Silva, atribui o crescimento à obrigatoriedade de as unidades de saúde notificarem suspeita de dengue quando os sintomas se encaixam. Para ele, parte dos casos são de doenças respiratórias, comuns nesta época do ano em Goiás, em que a umidade do ar cai e o tempo esfria (para os padrões locais).
“De 2 meses para cá tivemos queda na umidade relativa do ar tivemos aumento no número de casos de pessoas com doenças respiratórios, que acaba se assemelhando à dengue”, afirma o coordenador. Ele concorda que as últimas chuvas também influenciam, mas pouco. “As chuvas neste período são poucas. Podem influenciar, mas não tanto.”
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Saúde
Ministério altera regra para casos de câncer
Brasília – Pouco mais de um ano depois de publicar o procedimento para que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) tenham garantido o direito de iniciar o tratamento contra o câncer em 60 dias, o Ministério da Saúde faz uma correção na norma. Para fechar uma brecha que permitia atrasos no início do tratamento, a pasta publicou ontem uma nova portaria sobre o assunto, retificando a original, publicada em maio de 2013.
O novo texto determina que o prazo de 60 dias seja contado “a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico”; ou seja, já a partir do resultado do exame laboratorial. Como alertou o Instituto Oncoguia, o texto original determinava a contagem do prazo “a partir do registro do diagnóstico no prontuário do paciente”, o que poderia significar um intervalo adicional de semanas ou meses. Isso porque, argumenta a entidade, o registro do exame no prontuário do paciente pode ocorrer apenas na primeira consulta com o médico após o resultado do exame.
O ministério informou que o novo sistema de dados nacionais sobre câncer ainda está em implantação. Segundo a pasta, há 4.354 cidades com senhas de acesso ao sistema, sendo que 1.576 estão usando de fato o novo modelo. Segundo o sistema, o tratamento foi iniciado em até 60 dias em 83% dos casos, considerando a norma original.
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Ciência
Técnica cirúrgica ajuda paraplégicos
São Paulo – Médicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram ontem uma técnica cirúrgica inédita no País que permite a pacientes paraplégicos e tetraplégicos recuperarem parte dos movimentos perdidos devido à lesão na medula espinhal. A técnica consiste na aplicação de eletrodos nos nervos ciático, femoral e pudendo (nervos sacrais), localizados na região abdominal, responsáveis pelos movimentos das pernas e pés e pelo controle da bexiga e do reto. O procedimento utiliza a videolaparoscopia, em que uma microcâmera é introduzida no paciente por meio do umbigo e é pouco invasivo.
“Isso permite que o paciente consiga esticar as pernas e com muita fisioterapia ele treine para ficar em pé e andar”, diz o ginecologista Nucelio Lemos, responsável pela cirurgia. Ele explica que a técnica foi desenvolvida inicialmente para evitar a lesão de nervos durante cirurgias ginecológicas e depois percebeu-se a possibilidade do implante de eletrodos que estimulassem esses nervos.
A neuroestimulação na região sacral já existe desde a década de 1980. A diferença da nova abordagem é o local de implante dos eletrodos. “Em vez de colocá-los na medula (coluna), usamos a videolaparoscopia para a implantação dos eletrodos após a formação dos nervos, possibilitando respostas mais específicas aos estímulos elétricos”, explica Lemos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação