ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Ipasgo – Reajuste de 9,95% é suspenso
• Pacientes morrem após sessão de químio em Campo Grande
• Dengue – Epidemia fora de época
• Grupo vendia remédios ilegais
• Legislação trabalhista – Nova lei tenta acelerar tramitação na Justiça
• Jornada excessiva – Mulher divorciada por trabalho é indenizada
• Ipasgo volta atrás e suspende reajuste
• ANS proíbe venda de planos de saúde de seis operadoras
• Ipasgo suspende reajuste da tabela de contribuições
• Pai registra queixa na polícia por não conseguir vacinar a filha em Goiânia
O POPULAR
Ipasgo
Reajuste de 9,95% é suspenso
Patrícia Drummond
Os usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) sem vínculo direto com o Estado, como ex-servidores, agregados e conveniados de prefeituras, que teriam seus planos reajustados em 9,95% a partir deste mês – com desconto nos contracheques de agosto -, podem comemorar. O Instituto voltou atrás na decisão – devidamente apresentada, apreciada e aprovada, segundo o presidente Francisco Taveira Neto, durante reunião do Conselho Deliberativo do órgão – e a medida está suspensa.
Por meio de nota divulgada no início da tarde, o Ipasgo informou que atende “a determinação” do governador Marconi Perillo, e, também, que está “sensível à manifestação de servidores nos últimos dias”. De acordo com a Assessoria de Comunicação do Instituto, nada mais seria dito a respeito do assunto. A reportagem tentou contato com o presidente Francisco Taveira Neto, mas ele não atendeu às ligações.
Atualmente, em torno de 600 mil usuários se beneficiam com a assistência à saúde da rede credenciada pelo plano de saúde do Estado. O reajuste iria atingir cerca de 45% desta clientela, representando acréscimo de 4% na arrecadação do Ipasgo, estimada em R$ 80 milhões por mês – deste total, diz o órgão, R$ 74 milhões são gastos em despesas com a rede que atende aos beneficiários.
ACIMA DA INFLAÇÃO
Diante do anúncio do reajuste, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Goiás (Sindipúblico) protocolou, na tarde da última segunda-feira, uma representação junto ao Ministério Público do Estado (MP-GO), questionando o aumento nas mensalidades do Ipasgo. O Sindipúblico pediu ao órgão que solicitasse ao instituto os demonstrativos de cálculos que justificaram o reajuste em questão, bem como o resultado da consultoria para estudo/avaliação atuarial do sistema, realizado por empresa terceirizada.
Thiago Vilar, presidente do Sindipúblico, afirmou que a entidade discorda do reajuste, primeiramente, pelo porcentual de 9,95% ser superior à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INCP) no último ano – 5,53%. Além disso, destacou, esse índice serviu de parâmetro para a data-base 2014, 5,48%, cujo pagamento foi dividido em duas parcelas – de 2,74% -, enquanto a contribuição do Ipasgo é feita de uma única vez.
Conforme apurou o POPULAR, o aumento nas mensalidades do plano de saúde estatal também não teria agradado ao governador Marconi Perillo, apontado diretamente como o responsável pela suspensão da medida. Fontes do governo ouvidas pelo jornal informaram que o chefe do Executivo não teria sido comunicado sobre o reajuste aprovado pelo Conselho Deliberativo do Ipasgo e que também o atual momento político – às vésperas da eleição – não seria o mais adequado para um aumento como esse – acima da inflação -, envolvendo uma parcela significativa de usuários do sistema (45%). A reportagem tentou ouvir oficialmente representantes do Poder Executivo sobre a suspensão do reajuste determinada pelo governador, mas todos se recusaram a falar a respeito do tema.
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Saúde
Pacientes morrem após sessão de químio em Campo Grande
Lucia Morel – Estadão Conteúdo
A má administração de um medicamento usado em quimioterapia pode ser a causa de três mortes de pacientes que faziam tratamento oncológico na Santa Casa de Campo Grande (MS). A Polícia Civil já investiga o caso.
Em apenas três dias seguidos no mês de julho, três pacientes, de 48, 61 e 72 anos, morreram. A suspeita é de superdosagem em um medicamento. Segundo a direção do hospital, é possível ter havido erro humano na ocorrência dos óbitos. Uma quarta paciente teve reação alérgica, foi internada, mas seu quadro de saúde é estável.
A empresa que presta o serviço de quimioterapia à Santa Casa, o Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, demorou quatro dias – depois da última morte, no dia 12 – para informar à administração do hospital sobre os três óbitos.
Nesses casos, o repasse da informação, ainda que haja apenas uma suspeita de ligação entre as mortes e o tratamento quimioterápico, deve ser feito imediatamente, tanto ao hospital onde o serviço é prestado, quanto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além da Polícia Civil, uma comissão foi formada por funcionários da Santa Casa e técnicos da Anvisa para investigar os casos. Os trabalhos continuam até sexta-feira, 25. O lote do medicamento que matou as três pacientes foi administrado a outras 41 pessoas, que estão sendo ouvidas.
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Dengue
Epidemia fora de época
Notificações entre maio e junho superam mesmo período de 2013 e limite estipulado pela Saúde Pública
Andréia Bahia
Goiânia viveu um novo pico epidêmico de dengue entre os meses de maio e junho deste ano, quando o número de casos de dengue superou o limite máximo estipulado pela Secretaria Municipal de Saúde em seus boletins. O número de casos entre as semanas epidemiológicas 19 e 23 (entre o início de maio e meados de junho) em 2014 foram maiores que as mesmas semanas em 2013 – ano com número recorde de notificações. As semanas 24 e 26 – que envolvem a segunda metade de junho e o início de julho – ainda não têm números consolidados e devem aumentar nos próximos boletins da SMS.
No mês de maio, início da temporada de seca, as notificações da doença aumentaram em cerca 50% m relação ao ano anterior: passaram de 2.568 em 2013 para 3.307 este ano. Foram mais de 700 casos por semana. Em junho, os casos caíram, mas ficaram acima dos registrados no ano passado: subiram de 1.364 para 1.372.
As mortes em decorrência da dengue também superam as de 2013, quando ocorreu a pior epidemia da doença em Goiânia. Das 58.024 notificações de 2013, 23 chegaram a óbito. Este ano, dez pessoas já morreram em um total de 18.798 notificações. Os dados da SMS também apontam para a ocorrência de casos mais graves da doença. Em maio do ano passado, apenas 4% dos doentes chegavam a ser internados. Este ano, esse percentual subiu para 11%.
Ao todo foram três picos epidêmicos de dengue neste ano, sendo dois curtos, em fevereiro e em março, e outro mais longo, a partir de maio. A coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis, Laura Branquinho, acredita que a tendência agora é de queda e que o número de casos deve voltar a ficar abaixo do limite já em julho, mesmo quando os números estiverem mais consolidados. “Era de se esperar uma redução (a partir de maio), que não ocorreu. Os casos só começaram a cair na 24ª semana.” diz. A confirmação da notificação pode se dá em até 60 dias.
Não há um único fator que explique esse fenômeno, diz Laura. O fato de não ter havido em 2014 uma concentração maior de casos no período chuvoso, como ocorreu em 2013, é apontado com um dos fatores. Segundo ela, mais pessoas estavam suscetíveis a doenças este ano. Para Laura, o atraso da chuva também contribuiu para que a ocorrência de dengue se arrastasse até agora. “Uma hipótese que ainda não foi comprovada”, observa a coordenadora municipal.
Outro fator é o índice de infestação de mosquito transmissor da dengue. Em maio, esse índice era de 1,1%. Parece pouco, mas de acordo com o Ministério da Saúde, acima de 1% de infestação já caracteriza uma situação de iminente perigo à saúde pública. Esse índice de infestação reflete a despreocupação da população em relação ao mosquito. Como não houve uma epidemia de dengue este ano, as pessoas deixam de fazer o controle diário do mosquito, explica Laura.
A negligência de agora pode ter reflexo no período de chuva, afirma o professor do departamento de Saúde Coletiva Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade federal de Goiás (UFG) João Bosco Siqueira. “O ovo pode sobreviver por 18 meses e evoluir quando houver a próxima chuva.” Se o combate ao mosquito e a larva arrefeceu, o índice de infestação no período chuvoso pode ser maior que o previsto pelas autoridades de saúde. Todavia, uma nova epidemia só deve ocorrer com a introdução de um novo sorotipo do vírus, provavelmente do tipo 3, prevê Siqueira. Atualmente, circulam em Goiás dois tipos de vírus, o DEN 1 e o DEN 4.
Na avaliação do professor, os casos de dengue nesse período seco não podem ser visto como uma adaptação do mosquito à falta de água. Segundo ele, o inseto tem conseguido sobreviver ao frio, um fato novo na evolução da espécie, mas ainda depende da água para se reproduzir. “Acredito que os casos de dengue nos meses de maio e junho sejam consequência do clima.” Ele lembra que as epidemias de 2001, 2009 e 2013 começaram em outubro, e não em janeiro e fevereiro, época em que comumente ocorrem os picos da doença. Mais uma vez, por influência do clima.
Em Goiás, número de casos também é elevado
A mesma situação de Goiânia se repete em todo Estado: aumento do numero de casos de dengue no período de seca. “Esperávamos uma redução nas notificações a partir da nona semana epidemiológica e fomos surpreendidos com o aumento dos casos da doença a partir da 19ª semana”, relata Tânia da Silva Vaz, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde. Em relação ao ano passado, o aumento chegou 77% na 22ª semana. Foram 2.195 em 2013 e 3.892 em 2014. Tânia admite também que os casos de dengue em Goiás ainda são subnotificados porque muitos municípios não registram todas as ocorrências.
Ela aponta também outros fatores que podem explicar o aumento da doença em plena estiagem. As férias escolares, período em que as pessoas fecham a casa e dificultam o trabalho de controle do mosquito; a falta de limpeza urbana, recolhimento de lixo e de entulhos, e a Copa do Mundo. “Foi uma distração para as pessoas deixarem lado o controle diário do mosquito.” Tânia teme que, com a chegada da chuva, haja uma explosão do número de casos de dengue. “O resultado de hoje contribui para a manutenção dos casos no período chuvoso.”
No Cais Nova Era, o servidor da própria unidade de saúde Douglas Ferreira Araújo, de 20 anos, foi diagnosticado com essa dengue extemporânea. Ele começou a passar mal no sábado, com febre, dor no corpo, vômito e fraqueza, mas nem desconfiou que era a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Depois de ser reidratado, Douglas voltou para casa, onde vai ficar em repouso. Essa é a mesma situação do cantor Gusttavo Lima, que também está com dengue. A doença foi constatada no sábado aqui em Goiânia. O cantor passa bem, segundo a assessoria de imprensa.
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Remédios
Grupo vendia remédios ilegais
Entre os remédios vendidos sem registro estava sibutramina, utilizado para emagrecimento
Galtiery Rodrigues
Polícia Federal (PF) deflagrou ontem, em Goiás, a Operação Boa Forma, que desarticulou grupo de pessoas que realizavam venda ilegal de medicamentos sem registro, sem as características de identidade e qualidade e sem procedência. Dentre os medicamentos, os agentes da Delegacia de Repressão a Drogas da PF, responsáveis pela investigação, identificaram, entre os produtos apreendidos, o fármaco sibutramina, utilizado para o tratamento de obesidade e inserido na lista de substâncias psicotrópicas anorexígenas (Lista B2) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O caso vinha sendo investigado há um ano e sete meses. Ontem, a polícia cumpriu dois mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, além de efetuar o bloqueio de contas bancárias. Todos eles, na cidade de Silvânia, no Entorno do Distrito Federal (DF). Os remédios estavam sendo comercializados em cidades como Guará II (DF), Sobradinho (DF), Águas Claras (DF), Samambaia (DF), Ceilândia Norte (DF), Brasília (Asa Norte, Asa Sul e Sudoeste) e Uberaba, no Triângulo Mineiro.
ENFARTE
O uso de medicamentos sem prescrição e orientação médica pode gerar uma série de consequências para o organismo. No caso da sibutramina, tem-se que o uso desmedido da substância é capaz de causar um aumento no risco de enfarte do miocárdio e derrame, podendo inclusive apresentar graves riscos cardiopulmonares e do sistema nervoso central.
O crime apurado prevê pena de prisão de 10 a 15 anos. O delegado responsável pela investigação foi Bruno Gama. A reportagem tentou entrar em contato com ele via telefone para obter maiores detalhes, mas não o encontrou na Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. Da mesma forma, o assessor de comunicação da PF, que não foi localizado via celular.
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Legislação trabalhista
Nova lei tenta acelerar tramitação na Justiça
Brasília – A presidente Dilma Rousseff sancionou, na íntegra, projeto de lei aprovado no Congresso com objetivo de acelerar a tramitação de processos na Justiça do Trabalho. A Lei nº 13.015/2014, publicada ontem no Diário Oficial da União, tenta barrar recursos meramente protelatórios usados para adiar o cumprimento de decisão judicial.
A nova legislação modifica a septuagenária Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para incluir na tramitação dos processos trabalhistas duas práticas recorrentes em outras Cortes: os chamados “recursos repetitivos”, a exemplo do que ocorre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a “repercussão geral”, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a publicação, os ministros do TST poderão rejeitar embargos quando, por exemplo, esse tipo de recurso for apresentado contra decisões que estiverem de acordo com a jurisprudência do TST ou do STF.
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Jornada excessiva
Mulher divorciada por trabalho é indenizada
São Paulo – O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região (TRT-RS) condenou uma empresa a pagar indenização de R$ 20 mil por dano existencial a funcionária que teve casamento prejudicado pela jornada de trabalho excessiva.
Em seu depoimento à Justiça, a trabalhadora relatou que o fim da união com o marido foi causada por desentendimentos devido à sua ausência. A funcionária trabalhava de segunda a sexta, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 16h.
Em dois domingos ao mês, ela também comparecia ao trabalho das 8h às 13h, com direito a uma hora de intervalo. Por vezes, a empregada tinha de comparecer nas folgas de domingo e fazer viagens ao interior do Estado. Pela lei, um funcionário deve cumprir regime de até 44 horas semanais, com a possibilidade de realizar duas horas-extras por dia.
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O HOJE
Ipasgo volta atrás e suspende reajuste
Aplicação de aumento está adiada pelo menos até o próximo mês, mas instituto não descarta totalmente elevação de valor da contribuição
Adriano Zago
Uma semana após o jornal O HOJE divulgar, com exclusividade, o aumento de 9,95% na contribuição mensal dos servidores do Estado para o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), o órgão decidiu suspender o reajuste. O adiamento da elevação da mensalidade seria uma determinação do governador Marconi Perillo. Com isso, a aplicação do reajuste fica cancelada pelo menos até o próximo mês.
Em nota, a assessoria de comunicação do instituto esclareceu que não está descartado totalmente o reajuste de quase 10%. “Houve apenas uma suspensão e não o cancelamento. O fórum de discussão irá se reunir após o presidente do instituto retornar de viagem para realmente decidir o que será feito. O Ipasgo irá se pronunciar oficialmente sobre o que fazer somente depois desse procedimento”, destaca a nota. Mesmo sem nenhuma decisão concreta, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Goiás (SindiPúblico), Thiago Villar, promete ficar atento às mudanças. “Vamos sugerir ao governo e o Ipasgo que façam o tratamento diferente no cálculo do reajuste. O servidor público e o agregado devem ter valores diferenciados”, ressalta. “Vamos verificar quando os novos cálculos forem divulgados e, logo em seguida, tomaremos um posicionamento”, disse o líder sindical. Na semana passada, o SindiPúblicos entrou com uma representação junto ao Ministério Público do Estado questionando o reajuste. “Esse percentual chega a ser superior à inflação no último ano, que foi de 5,53%”, ressaltou Vilar, em entrevista ao O HOJE na última semana. Ele lembrou inclusive que o reajuste seria repassado integralmente ao servidor, diferente do aumento salarial que está sendo parcelado.
Possíveis mudanças
Se aprovado em fórum, o aumento também atingirá usuários que não possuem vínculo direto com o Estado, como ex-servidores públicos, agregados e conveniados das prefeituras, o que soma 45% dos 600 mil clientes do plano de saúde. Além disso, também podem ser reajustado os planos dos servidores que têm o desconto recolhido proporcionalmente pelo teto do plano.
Antes, também em nota, o Ipasgo informou que tinha adotado as normas da Agência Nacional de Saúde (ANS) como parâmetro para fixar as cobranças. O instituto também frisava que os valores de contribuição para servidores públicos, que contribuem na modalidade Grupo Familiar, variam de acordo com os vencimentos. Assim, o índice passaria de 6,81% para o plano básico e de 12,48% para a acomodação especial: mesmo sendo por percentual, os valores não poderiam ultrapassar R$351,20 para o básico e R$ 522,55, no especial. Já para os contribuintes individuais, os valores seriam conforme faixa etária, com o máximo R$ 321,89 (básico) e R$ 483,71 (especial).
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AGÊNCIA BRASIL
ANS proíbe venda de planos de saúde de seis operadoras
Aline Leal – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu hoje (22) a venda de planos de saúde de seis operadoras. A resolução que proíbe as operadoras Medline Assistência Médica, Ameno Assistência Médica, Instituto Português Brasileiro de Assistência, Odontobet, Centro Popular Pró Melhoramento de Bom Jesus e a Sociedade Médica de Pirapora de vender planos de saúde e produtos foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União.
A ANS também prevê a alienação da carteira de beneficiários de cada uma das operadoras no prazo de até 30 dias depois do recebimento de intimação emitida pela agência. Para a decisão, a ANS considerou "o indeferimento da autorização de funcionamento e/ou as anormalidades econômico-financeiras, assistenciais e administrativas graves das operadoras".
A medida é diferente da suspensão periódica da venda de planos de saúde, na qual a comercialização de produtos de determinadas operadoras por três meses, ou até que se corrijam as falhas apontadas pelos consumidores nas reclamações.
No caso dessas seis operadoras, a venda de todos os planos por elas comercializados fica definitivamente proibida, já que a punição é decorrente do descumprimento das exigências regulatórias para a obtenção de registro definitivo e autorização de funcionamento. Proibir a venda dos planos é o primeiro passo para a extinção da empresa, que passará todos os seus beneficiários para outras operadoras interessadas.
"Tais operadoras de planos de saúde precisam ser retiradas de forma ordenada do mercado por não cumprirem os mínimos requisitos regulatórios, entre outros, itens documentais e garantias de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro", diz, em nota, a ANS.
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A REDAÇÃO
Ipasgo suspende reajuste da tabela de contribuições
Suspensão atende determinação do governador
A Redação
Goiânia – Por meio de nota, o Ipasgo divulgou, nesta terça-feira (22/7), que suspenderá a aplicação do reajuste da tabela de contribuições, que deveria entrar em vigor a partir do 1º de julho.
De acordo com o texto, a suspensão foi feita após determinação do governador Marconi Perillo.
A suspensão é uma reivindicação dos servidores, que se manifestaram contra o aumento nos últimos dias. Conforme estava previsto, o aumento seria de 9,5% na mensalidade de titulares e dependentes. O reajuste já seria aplicado no pagamento do salário deste mês de julho.
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PORTAL G1/GOIÁS
Pai registra queixa na polícia por não conseguir vacinar a filha em Goiânia
Ele diz que tentou atendimento na rede pública de saúde sete vezes.
Outros moradores relatam dificuldade; prefeitura diz que tomará providência.
Moradores da região noroeste de Goiânia reclamam de dificuldades para vacinar os filhos na rede pública de saúde. Após buscar a imunização para a filha de 2 meses por sete vezes, sem sucesso, o professor Alonso Ribeiro, que também é líder comunitário, decidiu registrar um boletim de ocorrência contra a prefeitura para denunciar o problema. “Isso é uma falta de vergonha. A gente está se humilhando em busca de um direito. Por isso que fui até a polícia para pedir ajuda”, explicou.
Nas unidades de saúde não é difícil encontrar pessoas que também não conseguiram atendimento. No Posto de Saúde da Família (PSF) da Vila Mutirão, por volta das 8h30 desta terça-feira (22), alguns moradores já iam embora sem vacinar os filhos. “Eram umas 6h30 e já tinham umas 50 pessoas na fila. Mas eles só dão umas 20 fichas, então, não tem jeito. Minha filha já tem vacinas atrasadas por causa disso”, afirmou o contador Walter Moreira.
A vendedora Tandara Lopes conta que conseguiu a imunização para a filha após três idas ao local. No entanto, teve de chegar cedo. “Eu vim três vezes, da primeira, cheguei às 8h e disseram que não tinha mais. Da outra, também não tive sucesso. Aí hoje saí de casa às 5h e fiquei aqui esperando e só aí consegui por volta das 8h30”, conta.
A pensionista Eunice Dias Pereira também precisou madrugar para vacinar o neto, que tem 11 dias. “Cheguei às 5h, pois já tinha vindo uma vez às 7h e não tinha encontrado mais senhas. Acho isso um absurdo, a gente ter que vir ao posto na madrugada, com a mãe operada”, lamentou.
Uma funcionária do PSF, apenas identificada como Maria Helena, diz que a demanda de pessoas em busca de vacinas é superior ao que pode ser atendida no Cais. Ela afirma que novas salas de vacina precisam ser construídas.
Secretaria
Procurada pela reportagem, a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Grecia Pessoni, explica que o principal problema nessas unidades é a falta de funcionários. No entanto, a situação só deve ser normalizada após o mês de novembro. “Devido a um decreto da prefeitura para reorganização do orçamento, está proibida a contratação de novos servidores até o fim de novembro. Mas a secretaria está tomando medidas para minimizar os transtornos”, disse.
Sem atendimento na Vila Mutirão, muitos pais seguem para o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Jardim Curitiba, mas lá o problema também existe. Em julho do ano passado, a comunidade chegou a pedir melhorias para a Secretaria Municipal de Saúde. Em janeiro deste ano, a pasta informou que iria construir salas de vacina em dois centros de saúde da região, mas os moradores dizem que nada foi feito.
Alonso diz que esse foi mais um dos motivos que o levou a procurar a polícia.“Vários pais da região noroeste estão fazendo uma peregrinação por toda a região. Ontem [segunda-feira] estive nos Cais do Setor Finsocial e Cândida de Morais, mas não tinha vacina. Já lá na Vila Mutirão, fui sete vezes sem conseguir a vacina”, relatou.
Segundo ele, cada local conta com um tipo de justificativa para a falta de atendimento. “Eles dão duas explicações: a primeira, na Vila Mutirão, é que só existe uma funcionária, que só atende 20 senhas por dia. Em outros locais, nem sempre tem a dose da vacina para o procedimento. Em resumo, na região noroeste as cadernetas de vacina estão quase todas atrasadas”, afirmou Alonso.
A delegada Teresa Daniela Magri diz que nesses casos o melhor a fazer é procurar a Justiça. “Para estar buscando uma ordem judicial para a obrigação do atendimento de imediato. Mas as informações passadas por ele [professor] em uma ocorrência extrapolicial será encaminhada ao órgão competente”, explicou.
Reforço
A coordenadora de Imunização da SMS adianta que uma equipe especial vai reforçar o atendimento. “Foi acordado com o Conselho Municipal de Saúde, em reuniões, para que a gente faça uma equipe volante para que a gente consiga manter o funcionamento de todas as salas. Na Vila Mutirão, a demanda aumentou porque algumas salas ficaram fechadas por falta de funcionários. Então, essa equipe volante vai abrir todas essas salas, uma a cada dia da semana”, disse Grecia.
Ela diz ainda entender que a situação não pode permanecer sem uma solução imediata. “Não tiro a razão da população de reclamar, pois é uma situação constrangedora. Mas o que podemos fazer no momento é utilizar a equipe volante, que vai atender cada unidade da região pelo menos uma vez por semana. Também vamos abrir o atendimento para vacinação na Maternidade Nascer Cidadão para que os pais busquem atendimento”, garantiu.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação