Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08/08/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Saúde – Homem submetido à cirurgia contra dor
• Serviço público não atrai médicos

 

O POPULAR

Cremego – Dia 25, eleição dos médicos que vão representar Goiás no Conselho Federal de Medicina.
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Saúde
Homem submetido à cirurgia contra dor
Janda Nayara

Médicos do Hospital Araújo Jorge realizaram pela primeira vez em Goiás uma cirurgia de alta tecnologia para combater a dor causada pelo câncer. O paciente, Michael Ferreira, de 26 anos, se trata há dois anos de um câncer na região cervical. Segundo o neurocirurgião responsável pela realização do procedimento, Rômulo Alberto Silva Marques, o tumor, na altura do pescoço, comprimia os nervos da região e envolvia as artérias que sobem pela cabeça.
O médico explica que a cirurgia é indicada para pacientes com dores incuráveis, mesmo com altas doses de medicamento. Michael, já fez quimioterapia, radioterapia, cirurgia, mas ainda assim, pelo estágio avançado da doença, chegou a tomar, diariamente, 360 miligramas de morfina – a dose média é de 40 miligramas. “Estes medicamentos causam diversos efeitos colaterais como alucinação, adição, vômito, prisão de ventre, efeitos gástricos, redução do apetite e perda de peso, diminuindo a qualidade de vida dos pacientes”, afirma.
A cirurgia durou 1h30 e foi realizada com o paciente acordado. Segundo Marques, ela é minimamente invasiva, feita através de um pequeno corte na cabeça. Os médicos utilizaram tomografia e ressonância para localizar onde estão as fibras que levam a dor ao cérebro. “São feitos estímulos elétricos e o paciente nos avisa quando encontramos a fibra exata. Nela é feita uma lesão térmica usando radiofrequência. Em 70% dos casos, a dor desaparece”, explica.
Apesar de estar na lista de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o serviço público não cobre o material utilizado. A cirurgia de Michael só foi possível devido a uma doação de uma empresa de produtos hospitalares. Os custos giram em torno de R$ 15 mil.
VIDA NOVA
O jovem saiu da sala de cirurgia sentindo apenas o incômodo da incisão, dando sinais de que o procedimento pode ter sido um sucesso. Porém, o médico explica que isso só pode ser confirmado em uma semana. “Muitos pacientes ainda possuem o que chamamos de memória dolorosa e continuam sentindo a dor por aproximadamente sete dias. Mas, se for preciso, podemos repetir o procedimento.”
O paciente tem certeza de que está livre da dor, sua companheira desde setembro do ano passado, e pretende fazer coisas simples, mas que já não conseguia, como conversar com os amigos. “Minha vida era ficar em casa, da cama para o sofá ou vice e versa. Não tinha ânimo para estar perto das pessoas queridas”, conta. Ele também revela que está com saudades de sua grande paixão, a motocicleta.
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O HOJE
Serviço público não atrai médicos
Início do funcionamento do Hugo 2 pode ser comprometido por falta de algumas especialidades médicas

Cynthia Costa

O desinteresse de médicos pelo trabalho no serviço público pode ser um entrave para o funcionamento do Hospital de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugo 2). Conforme dados da Universidade Estadual de Goiás (UEG), responsável pelo processo seletivo para a nova unidade de saúde, para o cargo de médico plantonista em neurocirurgia, que oferece 28 vagas, houve apenas seis inscritos; para médico ortopedista diarista, com carga horária de 20 h, que tem 3 vagas, houve apenas um inscrito; para médico plantonista em cirurgia pediátrica, com 28 vagas, houve somente cinco inscritos.
Para o presidente do Sindicato de Médicos de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez, quatro fatores têm contribuído para esse desinteresse do médicos na carreira pública. “A forma de vínculo, a remuneração, condições de trabalho insuficientes e insegurança”, revela. Ele explica que o tipo de contratação, geralmente contrato precário, não possui direitos trabalhistas previstos em lei.
As especialidades de Pediatria, Clínica Geral e Cirurgia são as que registram a maior carência de profissionais. “Além da grande responsabilidade, normalmente, o profissional estuda em torno de dez anos, inclusas graduação e especialização além da reciclagem, que são fatores obrigatórios para que possa prestar um bom atendimento ao seu paciente”, explica Rafael Cardoso.

Retorno financeiro
O presidente do Simego observa que a falta de assistência laboratorial, além do baixo retorno financeiro, desestimulam os médicos na hora de assumir a função nas unidades públicas de saúde. “Especialmente nas municipais, onde o profissional se sente inseguro porque pode ser agredido enquanto atende um paciente às duas horas da madrugada, por exemplo”, declarou.
Em relação à baixa procura das especialidades citadas nesta reportagem, o dr. Rafael disse que a contratação para médicos no Hugo 2 não é concurso público, mas o processo seletivo pode ter afugentado os candidatos. “Não há estabilidade, e o médico pode ser mandado embora a qualquer hora, diferentemente de um concurso público”, pontuou.
Em nota, a Agir, organização social que vai administrar o Hugo 2 quando ele for inaugurado, disse que não há previsão de início de atendimento e nem quantos atendimentos serão realizados na unidade, porque ainda está sendo feito um levantamento funcional pela equipe técnica para definição do perfil exato. A entidade confirmou que também está sendo aguardada a conclusão do processo seletivo para a contratação dos funcionários que irão trabalhar na unidade.
Chegam primeiros equipamentos para o Hugo 2

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) adquiriu, na última semana, aparelhos de imagem (tomógrafo, raios-X e ultrassom) que vão equipar o Hospital de Urgências da Região Noroeste (Hugo 2). Dos dois tomógrafos adquiridos o mais moderno deles, de 64 canais, já está na unidade de saúde. O outro equipamento, indicado para exames gerais, também já chegou ao hospital. “O Hugo 2 está quebrando paradigmas e a compra desse tomógrafo e dos outros aparelhos é uma prova disso”, argumenta Ricardo Maranhão, gerente de Engenharia Clínica da SES.
Também já estão na unidade um aparelho digital de raios-X, adquirido por cerca de R$450 mil, e a maioria dos 15 aparelhos móveis de raios-X. Em relação aos equipamentos de ultrassom, os três previstos para o hospital já chegaram e começaram a ser instalados. No total, serão empregados no Hugo 2 cerca de R$71 milhões na aquisição dos equipamentos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação