Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/08/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

·         Hospital de primeira
·         Canabidiol – ANS já autorizou 37 pedidos de importação
·         Pesquisa Ibope – Marconi abre frente de 13 pontos
·         Avaliação positiva de governo cresce
·         Caiado amplia liderança na corrida pelo Senado
·         ANS suspende a comercialização de 123 planos de saúde
·         Exame em sangue da mãe detecta risco de Síndrome de Down
·         Retomada a regionalização da saúde
·         Municípios deixam de receber R$ 35 milhões

O POPULAR

Hospital de primeira
Fernando Gabeira mostra, em seu programa, sucesso em recuperação de pacientes e avanços em neurociência

No programa que vai ao ar domingo, às 18h30, no canal por assinatura Globo News, Fernando Gabeira vai a Brasília e visita um hospital especializado em neurociência e recuperação de movimentos e capacidades do corpo. O jornalista conversa com a neurocientista Lucia Willadino, referência mundial em sua área, sobre o sucesso em reabilitação de pacientes com problemas neuronais.
Lucia fala sobre sua atual pesquisa, inédita no mundo, que revela visualmente partes do cérebro que são irrigadas enquanto um paciente aprende a ler. “Como se exercita o cérebro? Aprendendo. E a gente tem tanto a aprender! Fico muito feliz com as pequenas conquistas porque o importante é devolver a pessoa para a vida”, conta.
A cientista também explica o que faz da Rede Sarah uma referência em neurociência. “O que me prende à rede é o 1,5 milhão de pessoas em reabilitação no serviço público, que atende pacientes das classes A, B, C, D e E, uma pirâmide socioeconômica igual à do IBGE. Isso é muito interessante. A procura é espontânea e oferecer saúde com a mesma qualidade, para o rico e para o pobre, é muito gratificante”, diz a cientista.
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Canabidiol
ANS já autorizou 37 pedidos de importação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou, desde abril, 37 pedidos de importação de medicamentos a base de canabidiol (CBD), uma das substâncias presentes na maconha. No total, foram feitas 59 solicitações. As demais estão em análise ou com pendências na documentação.
De acordo com a agência, o prazo médio para a liberação da importação, após a solicitação, é de uma semana.
Embora o componente seja proibido no Brasil, estudos têm mostrado a eficácia dele no tratamento de quadros graves de convulsão e outras doenças raras. A substância é aprovada nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.
A importação do canabidiol pode ser autorizada pela Anvisa por meio de uma solicitação excepcional de importação para uso pessoal.
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Pesquisa Ibope
Marconi abre frente de 13 pontos
Levantamento mostra tucano com 41% das intenções de voto, contra 28% de Iris Rezende
Fabiana Pulcineli

A segunda rodada da pesquisa Ibope/TV Anhanguera, realizada dos dias 10 a 12 de agosto, mostra que o governador Marconi Perillo (PSDB) ampliou a vantagem na corrida ao governo estadual e tem 13 pontos à frente do principal adversário, o ex-governador Iris Rezende (PMDB). No novo levantamento, Marconi aparece com 41% das intenções de voto e o peemedebista, com 28%.
O ex-prefeito de Senador Canedo e empresário Vanderlan Cardoso (PSB) aparece com 6% das intenções de voto, enquanto o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT) tem 5%. Os candidatos Marta Jane (PCB) e Alexandre Magalhães (PSDC) alcançam 1%, cada um. O candidato do PSOL, Weslei Garcia, não pontuou.
O porcentual de eleitores que pretendem votar em branco ou nulo permanece o mesmo (9%), enquanto outros 9% se mostraram indecisos. A pesquisa ouviu 812 eleitores goianos, em 41 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos.
Na pesquisa anterior, feita dos dias 29 a 31 de julho, a diferença entre Marconi e Iris era de 9 pontos. Apesar do crescimento, o cenário ainda aponta segundo turno – a soma dos seis adversários do governador dá 41 pontos.
Na divisão dos eleitores por escolaridade, Marconi tem preferência bem maior no grupo que cursou até a 4ª série do ensino fundamental – 52%. Entre os entrevistados com curso superior, o tucano tem 30%. No grupo que cursou da 5ª a 8ª do ensino fundamental, Marconi alcança 44%. Já entre aqueles que têm ensino médio, o índice de intenção de voto é de 38%.
Iris tem o maior porcentual no grupo que cursou ensino médio – 33%. Nos demais, não há grande variação.
Na estratificação por idade, o governador conta com mais índices de votos dos eleitores de 55 anos ou mais – 45%. Nos grupos de 25 a 34 anos e 45 a 54 anos, o tucano tem 38%. Já entre os jovens de 16 a 24 anos, o porcentual é de 42%. Na divisão por sexo, os homens têm maior preferência pela reeleição do tucano – 44% a 38%.
Já na divisão de grupos por renda, o governador tem 45% entre aqueles que recebem até dois salários mínimos por família. No grupo de mais de cinco salários de renda familiar, o índice soma 39%.
O instituto Ibope fez uma simulação de segundo turno entre os dois primeiros colocados na pesquisa – Marconi e Iris –, mas uma liminar da Justiça, em ação movida pelo comitê jurídico de Vanderlan Cardoso, proibiu a divulgação.
ESPONTÂNEA
No levantamento espontâneo, em que a cartela de candidatos ao governo não é apresentada aos eleitores, Marconi aparece com 29% das intenções de voto, ampliando também a vantagem. Iris Rezende tem 16%.
Neste item, Gomide e Vanderlan aparecem empatados tecnicamente, mas com o petista à frente (4% a 2%). Os eleitores que responderam não saber em quem votar somam 38% – 8 pontos porcentuais a menos que no levantamento anterior. Outros 10% dos entrevistados responderam que vão votar nulo ou branco. Outros nomes citados alcançaram 1%.
REJEIÇÃO
Marconi tem o maior porcentual de rejeição entre os candidatos ao governo. Dos 812 entrevistados, 25% responderam que não votariam no tucano de jeito nenhum. Iris tem rejeição de 20%. Vanderlan e Gomide empatam com os menores porcentuais de resistência do eleitorado – 9% cada um.
Dos eleitores consultados, 16% responderam que poderiam votar em todos os candidatos e 21% não souberam responder.
No levantamento anterior, Marconi tinha 29% e Iris, 24% de rejeição.
INTERESSE
A menos de dois meses das eleições, o Ibope perguntou aos goianos o nível de interesse nas disputas. A maioria, 52%, respondeu que tem pouco (27%) ou nenhum interesse (25%). Outros 28% afirmaram ter interesse médio. Apenas 18% disseram ter muito interesse pelas eleições.
O instituto também perguntou ao eleitor qual candidato ele acredita que vencerá as eleições, independentemente do voto. Para 51%, Marconi é quem ganhará, diante de 17% que creem na vitória de Iris. Gomide é citado 3%. Vanderlan e Marta Jane são apontados por 1%, cada. Já 25% dos eleitores não souberam ou não responderam a pergunta.
PRESIDÊNCIA
A TV Anhanguera não divulgou ontem os dados da corrida à Presidência por conta da morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, em acidente de avião na quarta-feira. O levantamento foi realizado dos dias 10 a 12 de agosto, portanto, antes da tragédia.
Considerando os dois primeiros colocados da pesquisa, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, cresceu 9 pontos e aparece com 38%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, registrou 23%. Na anterior, ele tinha 24%.

Avaliação positiva de governo cresce
A avaliação positiva da gestão do governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição, subiu para 40% na segunda rodada da pesquisa Ibope/TV Anhanguera, realizada dos dias 10 a 12 de agosto. A avaliação negativa é de 22%.
No levantamento anterior, feito dos dias 29 a 31 de julho, a avaliação positiva era de 34% e a negativa, de 24%.
Questionados sobre como classificam a gestão tucana, 7% dos eleitores goianos afirmaram ser ótima e 33%, boa. Para 12%, a administração de Marconi é péssima e para 10%, é ruim. Outros 35% consideram a gestão regular.
Dos 812 eleitores consultados, 4% disseram não saber avaliar ou não responderam.
Em outra questão, o Ibope perguntou aos eleitores se aprovam ou desaprovam a maneira como Marconi vem administrando o Estado. O resultado apontou que 57% aprovam e 36% desaprovam. Outros 8% não responderam.
No questionamento sobre a confiança em Marconi, 51% dos entrevistados responderam que confiam no tucano. Outros 41% afirmaram não confiar. Já 8% não responderam. No levantamento anterior, a maioria dizia não confiar no governador – 45% a 42%.
UNIÃO
A gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, tem avaliação positiva de 34% entre eleitores goianos, sendo 5% de classificação como ótima e 29% como boa.
Já a avaliação negativa soma 33%, sendo 20% de índice péssima e 13%, ruim. Outros 32% dos eleitores consideram a gestão da petista regular. Os que não souberam responder somaram 2%.
No questionamento sobre aprovação ou não da maneira de governar da presidente, há empate – 47% afirmam aprovar e 47% desaprovam. Outros 7% não responderam.

Caiado amplia liderança na corrida pelo Senado
O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) cresceu 9 pontos na disputa ao Senado e aparece com mais que o triplo das intenções de voto da segunda colocada, Marina Sant´Anna (PT), suplente de deputado federal. De acordo com a segunda rodada da Ibope/TV Anhanguera, realizada dos dias 10 a 12 de agosto, o democrata tem 38%. Marina aparece com 12%. No levantamento anterior, realizado dos dias 29 a 31 de julho, Caiado tinha 29% e Marina, 14%.
O deputado federal Vilmar Rocha (PSD) aparece agora com 8% – uma oscilação negativa de 3 pontos em relação ao levantamento anterior. Aldo Muro (PSC) e Antônio Neto (PCB) aparecem com 2%. Aguimar Jesuíno (PSB) e Elber Sampaio (PSOL), registram 1%, cada um.
Dos 812 entrevistados, 24% responderam não saber em quem vão votar. Já os que afirmaram que votarão em branco ou nulo somam 12%.
Caiado também lidera a pesquisa espontânea, em que os nomes dos postulantes não são apresentados ao eleitorado. O democrata tem 12%. Marina e Vilmar registram 2%, cada um. Outros nomes citados somam 1%.
Dos eleitores consultados, 68% afirmaram não saber em quem votar. E 14% disseram votar branco ou nulo, ainda na pesquisa espontânea.

AGÊNCIA ESTADO
ANS suspende a comercialização de 123 planos de saúde
Empresas desrespeitaram prazos de consultas


São Paulo – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspende a partir deste sábado (16/8) a comercialização de 123 planos de saúde de 28 operadoras. Juntos, esses planos atendem a 1,1 milhão de beneficiários. A medida foi tomada porque as empresas desrespeitaram prazos máximos de marcação de consulta, exames e cirurgias e também por negativas indevidas de cobertura.

A agência também autorizou a reativação de 104 planos de 34 operadoras, por terem melhorado o atendimento nos últimos três meses. Desde dezembro de 2011, quando teve início o monitoramento pela agência, 991 planos de 141 operadoras tiveram as vendas suspensas. Hoje, há 50,7 milhões de consumidores com planos de assistência médica e 21 milhões com planos exclusivamente odontológicos no País.

"Monitoramos de forma permanente as reclamações dos consumidores junto aos canais de relacionamento da ANS. Com a mediação de conflitos, estamos induzindo as operadoras a solucionar os problemas de forma ágil. Portanto, é fundamental que os consumidores relatem à agência as dificuldades que não tiverem sido solucionadas por suas operadoras", afirmou o diretor-presidente da ANS, André Longo.

Das 28 operadoras com planos suspensos neste novo ciclo, 22 permanecem na lista – elas já tinham planos em suspensão no ciclo anterior. Entre as operadoras que sofreram a sanção pela ANS estão a Allianz Saúde (quatro planos), Unimed Paulistana (35 planos), Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (3 planos), Green Line (5 planos), entre outras. A advogada Renata Vilhena Silva, especialista em direito à saúde, defende que a agência seja mais rigorosa ao autorizar a venda de novos produtos. Para ela, alguns desses planos nem sequer deveriam ter chegado ao mercado.

"A agência autoriza o registro de planos que não têm condições de atender a população. Eles vendem os planos, cobram mensalidades, mas não têm músculo para garantir o atendimento. Aí não cumprem os prazos nem oferecem boa estrutura médico-hospitalar", afirmou. Para a advogada, o método da ANS de punição não tem surtindo efeito. "Estamos no décimo ciclo de monitoramento, e das 28 operadoras, 22 já tinham sido punidas. As empresas continuam com as mesmas falhas.

A agência precisa encontrar outros métodos", defendeu. Entre as operadoras reabilitadas estão Marítima Saúde, Unimed Grande Florianópolis, Unimed Rio, Unimed Montes Claros. Outras foram parcialmente autorizadas a vender seus planos: Allianz Saúde, Unimed Paulistana, Green Line. (Agência Estado)
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Exame em sangue da mãe detecta risco de Síndrome de Down
Tecnologia está disponível em Goiás


Goiânia – Recém chegada a Goiás, uma tecnologia de ponta consegue detectar, por meio do sangue materno, se o feto possui risco de apresentar má formação genética como, por exemplo, a Síndrome de Down. O  Harmony Prenatal Test é indicado para gestantes a partir da 10ª semana de gravidez.

Também conhecida como Trissomia do 21, a Síndrome de Down é uma condição geneticamente determinada. Trata-se da alteração de cromossoma mais comum em humanos. De acordo com o Ministério da Saúde, uma criança irá ser portadora da Síndrome de Down a cada 600 a 800 nascimentos no Brasil, independentemente de etnia, gênero ou classe social.

Além da Trissomia do 21, o teste avalia riscos das trissomias Síndrome de Edwards (T18)  e Síndrome de Patau (T13) – que são associadas à alta incidência de aborto -, além das doenças relacionadas aos cromossomas sexuais, como a Síndrome de Turner e Síndrome de Klinefelter. Juntas, as trissomias e doenças relacionadas ao cromossomas sexuais avaliadas totalizam 95% dos casos de patologias  relacionadas à genética fetal. O teste não descarta a detecção de outras anomalias fetais e ainda pode ser utilizado para descobrir o sexo da criança.

De acordo com o ginecologista-obstetra e ultrassonografista Waldemar Naves do Amaral, o exame é de última geração e pioneiro na aplicação popular. “Traz ao obstetra que está acompanhando a gravidez uma tranquilidade ou uma definição do futuro da criança caso o feto for mal formado”, detalha o especialista. “Ele pode preparar e orientar o casal no sentido da sequência do pré-natal, sendo importante tanto para a grávida quanto para a família e para o médico obstetra que acompanhará a gravidez até o final”, acrescenta.

"Essa metodologia de colher o sangue da mãe e a partir dele identificar problemas do feto é uma das maiores maravilhas da ciência dos últimos tempos", diz Waldemar Naves do Amaral. Até esta tecnologia, relata o ginecologista-obstetra, era possível fazer a detecção a partir do colhimento de material biológico do feto. “Mas era invasivo e trabalhoso”, define. Ele frisa que o Harmony Prenatal Test possui risco zero tanto para a mãe quanto para o feto. “É simples, rápido e prático, além de ser preciso”, pontua.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Retomada a regionalização da saúde
Administração investe nas redes Hugo, Credeq e Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) para interiorizar atendimento no Estado
HELTON LENINE
Além dos pesados investimentos na área de saúde pública de Goiânia, administração do governador Marconi Perillo fez da regionalização do sistema uma prioridade da gestão. Diversas obras estão em andamento no interior do Estado, como forma de interiorizar o atendimento em Goiás, como forma de desonerar as prefeituras e proporcionar mais qualidade de vida à população, reduzindo ao máximo os desgastantes deslocamentos para a capital.
Há 26 anos, o Brasil criou um sistema de saúde para oferecer serviços a toda população brasileira, gratuitamente. Em sua concepção, o Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite, cabendo à União, aos Estados e municípios a aplicação dos investimentos e implementação das ações, de acordo com as competências de cada um. Goiás criou, em 1987, um sistema que foi precursor do SUS – o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS).
O então governador Henrique Santillo e seu secretário da Saúde, Antonio Faleiros, fortaleceram a regionalização do atendimento à saúde, ao construir, entre 1987 e 1990, hospitais regionais no Estado de Goiás. Com as unidades, bem estruturadas e administradas pelo Estado, os moradores das regiões encontravam atendimento mais próximo de suas casas. O secretário de Estado da Saúde que sucedeu Antonio Faleiros à época e também agora, em 2014, Halim Antonio Girade, lembra que Henrique Santillo construiu dez hospitais regionais no Estado de Goiás. "Inclusive eu, como então secretário da Saúde, pude inaugurar quatro dessas unidades que funcionavam muito bem" lembrou Girade.
Obras
Segundo o atual secretário da Saúde, somente na gestão de Marconi Perillo no governo de Goiás, a partir de 1999, foi que houve novamente o fortalecimento da regionalização do atendimento à saúde. Nos primeiros dois mandatos, Marconi foi o responsável pela construção do Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), além de colocar para funcionar o Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hurso) e retomar a administração do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin). Halim Girade ressalta que agora está em construção o Hospital de Uruaçu, com 260 leitos, sendo 40 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, o Estado tomou para si a responsabilidade de concluir os hospitais de Águas Lindas e de Santo Antônio do Descoberto, que estavam sob a administração municipal e há mais de 10 anos com obras paralisadas. "Chega, portanto, a ser leviana a colocação de que Goiás não tem hospitais regionais", afirmou Halim Antonio Girade.
Goiás também está investindo no fortalecimento da atenção hospitalar a partir da celebração de convênios com os municípios. Desde 2011, o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no interior, por exemplo, foi ampliado em mais 94, sendo: 15 em Anápolis; 15 em Nerópolis; 10 na cidade de Goiás; 10 em Itumbiara; 8 em Rio Verde; 6 em Jataí; 20 em Santa Helena; e 10 em Aparecida de Goiânia.
Projetos
Outro projeto do governo de Goiás para facilitar o acesso da população a exames ambulatoriais é o Ambulatório Médico de Especialidades (AME). As primeiras seis unidades já estão em construção nos municípios de Goiás, Formosa, Goianésia, Posse, Quirinópolis e São Luís de Montes Belos. Os AMEs são centros de diagnóstico de média e alta complexidade e orientação terapêutica que reunirão 20 especialidades médicas, para atendimento aos pacientes encaminhados pela rede básica de saúde. Cada AME deverá atender regiões de 250 a 400 mil habitantes.
A regionalização da Saúde também contemplará o tratamento dos dependentes químicos. Cinco Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs) estão sendo construídos em Aparecida de Goiânia a ser concluído ainda esse ano; Caldas Novas; Morrinhos; Goianésia; e Quirinópolis. Cada AME terá 96 vagas para crianças, adolescentes e adultos. Essas unidades terão consultórios para atendimento ambulatorial, podendo chegar a mais de 4 mil consultas por mês. Somente ficarão internados os pacientes que precisarão de um atendimento especializado, o que é a minoria.

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O HOJE

Municípios deixam de receber R$ 35 milhões
FGM e AGM alegam liberação de recursos pelo Estado está atrasada desde setembro do ano passado. Impasse prejudica unidades do Estratégia Saúde da Família
ADRIANO ZAGO

Há quase um ano, municípios goianos não estão recebendo recursos que deveriam ser repassados pelo governo do Estado e destinados à aplicação no Programa Estratégia Saúde da Família (ESF), o antigo PSF, e os Programas de Assistência Farmacêutica. Segundo a Federação Goiana de Municípios (FGM), desde setembro do ano passado, o Estado não repassa os 25% da verba destinada à saúde, o que resulta em uma dívida de mais de R$ 35 milhões (R$ 35.252,013).

“Desde essa época, apenas os meses de janeiro e fevereiro foram repassados. Nós estamos numa crise. Já enviamos ofícios, eu conversei com o secretário de Saúde e também com o secretário da Fazenda, além de levar ao reconhecimento do governador, e nada foi feito ainda”, conta o presidente da FGM, Divino Alexandre da Silva, prefeito do município de Panamá, sudeste do Estado.

Além da Federação, a Associação Goiana de Municípios (AGM) também questiona o impasse que está prejudicando o atendimento da saúde no interior de Goiás. “O Estado está devendo e os municípios estão passando por dificuldades. Notoriamente, eles acabam sendo os mais prejudicados nesse efeito dominó. Nós também já solicitamos ao secretário de Saúde a quitação desses repasses em atraso. Encaminhamos um ofício no último mês de junho, mas também nada foi pago ainda”, ressalta o presidente da AGM, Cleudes Baré, prefeito de Bom Jardim de Goiás, noroeste do Estado.

Segundo ele, em conversa informal com o secretário estadual da Saúde, Halim Antonio Girade, a alegação para o atraso do repasse da verba seria a não liberação por parte da Celg do valor de R$ 300 milhões referente ao Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Ele disse que isso desequilibrou as contas do Estado. Nós estamos aguardando essa negociação para que os repasses sejam feitos. Inclusive o governador garantiu que uma parte dessa verba será destinada exatamente para cobrir essa dívida”, revela Baré.

Ainda sem solução definitiva, o presidente da FGM, Divino Alexandre da Silva, afirma que a situação financeira dos municípios pode piorar caso o repasse não seja normalizado. “O município não tem condições de ficar um mês sem pagar os profissionais de saúde e aí o Estado atrasa tantos meses. Tem município que não está conseguindo fechar a folha de pagamento. Cansamos de pedir e a situação está ficando cada vez mais difícil”, salienta o presidente.

 

Impasses
Em Aparecida de Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que até março deste ano o total do débito em atraso do Estado ao setor é de R$ 4,8 milhões. O montante que deveria ser destinado à Estratégia de Saúde da Família (ESF) está atrasado de janeiro a julho de 2012 e de abril de 2013 até hoje. Já o repasse para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não foi feito entre janeiro e dezembro de 2011 e também de janeiro de 2013 até agora.

Quanto à assistência farmacêutica, o município afirma que não recebe verba estadual desde abril de 2013 e os insumos para diabéticos não são foram pagos desde maio de 2013 até a presente data. “Esta situação não ocorre apenas em Aparecida, mas há atrasos nos repasses para outros municípios, como, por exemplo, Senador Canedo. Esses atrasos prejudicam a assistência em saúde prestada à população, pois as prefeituras não têm recursos para suprir esse déficit, o que tem ocasionado faltas pontuais de medicamentos, insumos e até pessoal”, enfatiza o secretário municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Paulo Rassi.

Resposta
Em nota enviada ao O HOJE, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirma que reconhece o débito junto aos municípios e tem concentrado esforços no sentido de organizar os pagamentos o mais brevemente possível. Entretanto, não foi estipulada nenhuma data prevista para sanar o problema. O órgão disse que tem investido de forma concreta na interiorização de saúde com a ampliação de 94 leitos de UTI e também está construindo Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) em diversos municípios do Estado.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação