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DESTAQUES DE HOJE
• Anahp adiciona mais três associados no Sudeste
• “Marconi revolucionou a Saúde”
• Mulher afirma ser vítima de erro médico
• Anvisa suspende seis medicamentos cheap omega replica
SAÚDE WEB 365
Anahp adiciona mais três associados no Sudeste
São duas instituições em MG e um no RJ. Associação passa a contar com 66 hospitais membros distribuídos em todas as regiões brasileiras
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) anunciou esta semana três novos membros: os hospitais mineiros Felício Rocho e Madre Teresa, ambos de Belo Horizonte; e o Hospital Rios D’Or, do Rio de Janeiro (RJ). Com os novos associados, a entidade passa a contar com 66 hospitais membros distribuídos em todas as regiões brasileiras.
Na região Sudeste, a Anahp possui outros 38 associados. Em 2013, o faturamento de todos os hospitais membros do País foi de R$ 17,3 bilhões.
Para ser um associado à Anahp, a instituição hospitalar deve ser privada, com ou sem fins lucrativos, que atenda majoritariamente o mercado de saúde privado. Para a categoria Associado Titular é necessário possuir alguma acreditação, enquanto a categoria Afiliado aceita instituições em processo de acreditação, não ultrapassando o prazo máximo de quatro anos para obter sua certificação de qualidade.
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DIÁRIO DA MANHÃ
“Marconi revolucionou a Saúde”
É o que afirmou o secretário de Estado da Saúde, Halim Antonio Girade. Ele ainda considera que Henrique Santillo e Marconi Perillo foram as duas únicas figuras políticas do Estado que trouxeram avanços na história recente da saúde pública de Goiás
HELTON LENINE
O médico Halim Antonio Girade dedicou sua vida à promoção da saúde pública e alcançou resultados efetivos em todos os âmbitos em que atuou. Sucessor de Antonio Faleiros no comando da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foi empossado no cargo pelo governador Marconi Perillo em janeiro desse ano.
Anteriormente, desde 2011, Halim Antonio Girade foi o superintendente-executivo da pasta e responsável pela execução, implantação e monitoramento dos programas e projetos de saúde da secretaria. Com perfil técnico, ele é mestre em Ciência Política, com experiência nas três esferas do SUS: federal, estadual e municipal. Halim já havia sido secretário da Saúde de Goiás de abril de 1990 a março de 1991, quando também sucedeu Antonio Faleiros, dando continuidade ao projeto de estruturação do SUS em Goiás, iniciado no governo de Henrique Santillo.
Trabalhou no Ministério da Saúde na primeira metade da década de 90, como coordenador nacional do Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Parteiras Leigas, onde implantou esse programa em todo o Brasil, com a missão de reduzir a mortalidade infantil e materna, obtendo excelentes resultados. Atuou na Organização das Nações Unidas (ONU), da qual foi funcionário por 18 anos, pela agência Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), coordenando o Programa de Saúde e Desenvolvimento Infantil no Brasil. Respondeu pelos programas de saúde na infância pelo Unicef em Recife, tendo atuado na Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Foi chefe dos escritórios do Unicef/ONU para a Amazônia em Belém e Manaus.
O atual secretário da Saúde de Goiás também teve atuação em situações de crises internacionais, como chefe do Núcleo de Emergência no Haiti, pelo Unicef, na fronteira entre a República Dominicana e Haiti, por ocasião do terremoto de 2010. Na Bolívia, ele foi responsável por coordenar emergência pelas enchentes no Distrito de Beni. Foi secretário municipal de Saúde de Planaltina de Goiás (GO), de 1983 a 1984; e em Mambaí (GO), de 1984 a 1987. É autor de várias publicações médico-científicas e de Saúde Pública.
Diário da Manhã – Secretário, que marcas a gestão do governador Marconi Perillo imprime na saúde em Goiás?
Halim Girade – O governo Marconi Perillo apresenta a marca da modernidade, do avanço e da melhoria para a saúde da população. Resolveu para sempre os problemas da saúde pública nos hospitais do Estado. Falo isso com a experiência de quem foi secretário da Saúde por uma vez há 23 anos na gestão de Henrique Santillo e está sendo novamente agora. Henrique Santillo e Marconi Perillo foram os dois únicos governadores, na história recente do nosso Estado, que ousaram avançar pra valer na saúde pública de Goiás. De fato, eles fortaleceram a urgência e emergência, além da regionalização do atendimento à saúde. Enquanto Santillo construiu dez hospitais regionais no Estado de Goiás e o Hugo 1; Marconi foi o responsável pela construção do Hugo 2, dos Hospitais de Urgências de Anápolis (Huana) e de Aparecida de Goiânia (Huapa), colocou para funcionar o Hospital da Região Sudoeste (Hurso), e retomou a administração do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), além de revitalizar e colocar para funcionar em definitivo o HGG Alberto Rassi. Além disso, é em sua gestão que estamos construindo o Hospital de Urgências do Norte em Uruaçu e reassumindo os hospitais do Entorno, em Águas Lindas e em Santo Antônio do Descoberto, com o objetivo de finalizá-los.
DM – Estas obras (hospitais do Entorno) não estavam sob a responsabilidade do governo estadual?
Halim Girade – Não, não estavam. Essas duas unidades, a de Águas Lindas e a de Santo Antônio, ficaram com as obras paralisadas por mais de dez anos, sob a responsabilidade dos municípios. O Ministério da Saúde fez repasses às prefeituras e houve problemas, daí o governo federal nos chamou para assumirmos a retomada das obras, o que já iniciamos em Santo Antônio do Descoberto e o faremos proximamente com Águas Lindas. Hoje as duas pertencem ao Estado.
DM – Há uma confusão quando se fala em responsabilidades na área da Saúde. Afinal, qual é a responsabilidade de cada ente federado: União, Estados e municípios?
Halim Girade – Extremamente pertinente sua pergunta. O SUS é tripartite e cada ente federado tem sua responsabilidade. O Estado tem o dever legal de investir anualmente 12% do seu PIB em Saúde. Em toda gestão Marconi superamos essa meta, o que demonstra o compromisso do governador com a Saúde. Esses dados são públicos e estão disponíveis no site transparencia.go.gov.br, para quem quiser consultá-los. Sofremos diariamente com reclamações que não estão em nossa governabilidade e, portanto, não podemos resolver. Um exemplo é a baixa tabela de remuneração de procedimentos do SUS, que é responsabilidade do governo federal, o Ministério da Saúde é quem deve reajustá-la. Mas ainda assim o Estado de Goiás tem complementado esses valores, como no caso da diária de leitos de UTI, onde o governo federal repassa R$ 478 e nós complementamos chegando a R$ 1,1 mil. Outra confusão é com relação ao atendimento prestado nos Cais, isso é responsabilidade da Prefeitura Municipal de Goiânia.
DM – E como o senhor avalia a gestão do PMDB na área da saúde?
Halim Girade – Desafio qualquer um a dizer quais grandes obras da Saúde foram construídas em outros governos, nos últimos 30 anos, além do legado das gestões dos governadores Henrique Santillo e Marconi Perillo. Pelo contrário, na gestão do PMDB, os hospitais regionais construídos por Santillo, que funcionavam muito bem quando eram do Estado, foram entregues aos municípios, sem nenhum apoio, e, por dificuldades das prefeituras, enfrentam hoje graves problemas. Um modelo de fortalecimento dos hospitais regionais que estava sendo implantado foi destruído por aqueles que hoje criticam nossos avanços e têm como proposta de governo implantar hospitais regionais. É leviana, eleitoreira, e até mesmo irresponsável a forma como a oposição tem conduzido a discussão sobre a saúde no Estado. Como a oposição está propondo a construção de hospitais regionais se, quando tiveram a oportunidade, inviabilizaram e destruíram a rede de dez hospitais regionais existentes? Falta seriedade e respeito ao cidadão goiano nessa proposta da oposição.
DM – Então a regionalização da saúde é prioridade na gestão do governador Marconi?
Halim Girade – Sim, nossas ações comprovam isso. Ampliamos em 94 os leitos de UTI, no interior, sendo: 15 em Anápolis; 15 em Nerópolis; 10 na cidade de Goiás; 10 em Itumbiara; 8 em Rio Verde; 6 em Jataí; 20 em Santa Helena; e 10 em Aparecida de Goiânia. Além dos leitos, estamos adquirindo equipamentos para Unidades de Saúde dos municípios, como raios X; eletrocardiógrafos, desfibriladores e ultrassom obstétrico. Para facilitar o acesso da população a exames médicos com equipamentos sofisticados, estamos construindo seis Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) nas cidades de Goiás, Formosa, Goianésia, Posse, Quirinópolis e São Luís de Montes Belos. Os AME farão diagnósticos de média e alta complexidade e orientação terapêutica, que reunirão 20 especialidades médicas para atendimento aos pacientes encaminhados pela Rede Básica de Saúde dos municípios. Ao todo serão 21 AME distribuídos por todo o Estado. Esse modelo já tem sido utilizado em outros Estados brasileiros e temos certeza que revolucionará a prestação do serviço de exames complementares para a população. Estamos falando de qualidade e rapidez na oferta de exames para os moradores do interior. O governador também autorizou a construção de unidades que prestarão atendimento aos dependentes químicos no Estado. Estamos construindo cinco Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq), em Aparecida de Goiânia, que será inaugurado este ano, Caldas Novas, Morrinhos, Goianésia e Quirinópolis. Cada Credeq terá 96 vagas para dependentes químicos que necessitem atendimento especializado. O foco principal do Credeq é a desintoxicação, a recuperação e a reinserção social do dependente químico. O atendimento ambulatorial poderá suportar até cerca de quatro mil consultas por mês. O paciente poderá se internar por meio do referenciamento via Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) e outras unidades. Cada unidade terá três núcleos de atendimento ambulatorial, para a população infantil, adolescente e adulta.
DM – A população ainda tem dúvidas sobre como funciona a gestão pelas Organizações Sociais. Há alguns que dizem que isso é a terceirização da Saúde. É isso mesmo?
Halim Girade – De forma alguma! A gestão inteligente pelas Organizações Sociais é uma alternativa de produção não lucrativa de bens e serviços públicos. Por meio dela conseguimos administrar os hospitais com mais agilidade, qualidade e com melhor utilização de recursos. As organizações sociais são contratadas por chamamentos, em um processo público e transparente, cuja lisura é garantida. O objetivo é termos melhores resultados no atendimento à população, pois ficamos muitas vezes engessados quando administramos da forma direta convencional. O atendimento continua sendo 100% SUS, totalmente gratuito para o cidadão, como garante a legislação brasileira. As unidades hospitalares públicas do Estado estão entre as melhores do País.
DM – O senhor falou que por meio da gestão inteligente se procura obter mais qualidade e economia de recursos. E já é possível demonstrar esses resultados?
Halim Girade – Sem dúvidas. Podemos comprovar avanços para qualquer um que nos questionar. E são impressionantes! A mudança para melhor está aí, a olhos vistos. Os números atestam: nossos hospitais fizeram 3,5 milhões de atendimentos em 2013; 9% a mais do que foi realizado em 2011, e com um aumento de 10% de leitos de enfermaria e 34% dos leitos de UTI em relação a 2012. As projeções da SES para 2014 são de aumento de 73% nos leitos de enfermaria e de 93% nos leitos de UTI, com as reformas e ampliações em curso no HDT, HMI, Hugo, Maternidade Nossa Senhora de Lourdes; com a construção do Hugo 2; com a inserção do Hutrin e do hospital de Santo Antônio do Descoberto na Rede Estadual. Esse aumento continuará em 2015 com os hospitais de Uruaçu e de Águas Lindas, com a construção e funcionamento dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) e dos Credeq. As pessoas que fazem uso dos serviços oferecidos pelos nossos hospitais aprovam nossas conquistas, conforme resultados constatados pela Pesquisa Serpes, com índices de satisfação de até 98% dos usuários. À população não interessa quem é o gerente ou gestor do hospital; o que deseja é atendimento de qualidade. Temos confiança no nosso trabalho. Nossas unidades estão de portas abertas para receber nossos críticos. Nós os convidamos a visitarem nossos hospitais para poderem falar com conhecimento de causa. Os hospitais continuam sendo do Estado de Goiás e a gerência, das organizações sociais.
DM – Com tantos resultados positivos, por que a oposição tem atacado repetidamente a gestão inteligente por meio das organizações sociais?
Halim Girade – Àqueles que ainda questionam e atacam as OS’s, posso atribuir esse discurso defasado a fatores como um profundo desconhecimento da realidade, sobre o que está acontecendo nas unidades hospitalares do Estado, e, obviamente, a questões políticas, que a despeito de todos os avanços alcançados pela gestão do governador Marconi Perillo, levam os oposicionistas a lançarem pedras em uma estratégia inovadora, que trouxe avanços para a saúde do povo goiano e que, vale lembrar, teve a implantação ousadamente iniciada pelo doutor Antonio Faleiros. Hoje, todos que conhecem, aprovam o gerenciamento das unidades por organizações sociais. Hoje todos aprovam a gestão por meio das OS’s.
DM – Uma dúvida do cidadão é de como é feita a fiscalização do trabalho das Organizações Sociais nas unidades de saúde. Essa fiscalização é possível? Como acontece?
Halim Girade – A fiscalização das OS’s é fundamental porque repassamos a elas dinheiro público e temos a responsabilidade de saber se está sendo bem gerido e utilizado. A gestão inteligente por meio das OS’s permite cobrança de resultados e controle social. Há por meio da Secretaria de Estado da Saúde um acompanhamento mensal das metas e da produção dos contratos, bem como dos indicadores de qualidade do serviço prestado. Sempre procuramos aprimorar essa fiscalização e acompanhamento. A Agência Goiana de Regulação (AGR) fiscaliza as contas e faz o acompanhamento financeiro. A Controladoria Geral do Estado observa a parte legal e formal dos contratos com as organizações sociais. A Procuradoria Geral do Estado analisa previamente as intenções legais contidas tanto nos contratos como nos aditivos e demais instrumentos de formalização. O Ministério Público também acompanha e promove intermediação sempre que necessário. Enviamos os relatórios ao Conselho Estadual de Saúde. Por fim, o Tribunal de Contas acompanha a atuação das organizações sociais, por suas auditorias. Qualquer cidadão pode ter acesso às informações sobre contratos, aditivos e relatórios de produção no portal ostransparencia.com. Fiscalizamos sim, e muito!
"A gestão inteligente pelas Organizações Sociais é uma alternativa de produção não lucrativa de bens e serviços públicos. Por meio dela conseguimos administrar os hospitais com mais agilidade, qualidade e com melhor utilização de recursos”
"A fiscalização das OS’s é fundamental porque repassamos a elas dinheiro público e temos a responsabilidade de saber se está sendo bem gerido e utilizado. A gestão inteligente por meio das OS’s permite cobrança de resultados e controle social”
"Ampliamos em 94 os leitos de UTI no interior, sendo: 15 em Anápolis; 15 em Nerópolis; 10 na cidade de Goiás; 10 em Itumbiara; 8 em Rio Verde; 6 em Jataí; 20 em Santa Helena, e 10 em Aparecida de Goiânia”
"Além dos leitos, estamos adquirindo equipamentos para Unidades de Saúde dos municípios, como raios X; eletrocardiógrafos, desfibriladores e ultrassom obstétrico. Para facilitar o acesso da população a exames médicos com equipamentos sofisticados, estamos construindo seis Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) nas cidades de Goiás, Formosa, Goianésia, Posse, Quirinópolis e São Luís de Montes" Belos.
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Mulher afirma ser vítima de erro médico
A operação de pterígio seria feita no olho esquerdo, porém foi realizada no olho direito. Oftalmologista explica que é inocente
FABIANA GUIMARÃES
Na noite de quinta-feira da semana passada (14), Carlos Segundo dos Santos procurou a equipe do Diário da Manhã para relatar que a mãe, Eliartina Alves dos Santos (65), havia sido operada erroneamente. Em entrevista, Carlos contou que a mãe sofria de pterígio, uma massa ou carne vermelha que se desenvolve dentro do olho e pode prejudicar a visão. O pterígio só pode ser tratado por meio cirúrgico para remoção. Quando procuraram o Hospital São Cottolengo, em Trindade – a aproximadamente 25 km de Goiânia – o médico oftalmologista que os atenderam, Danilo da Costa Souza, afirmou que a paciente necessitaria de cirurgia.
“Paguei por um valor de R$774 para realizar a cirurgia no olho esquerdo, porém o médico operou o olho direito”, conta o filho de dona Eliartina. Quando Carlos procurou a unidade de saúde, após três dias em que a cirurgia havia sido feita, a secretária do oftalmologista, a qual ele identificou como Viviane, afirmou que a culpa era da paciente que não levou o encaminhamento médico no dia da cirurgia. “Ela culpou a minha mãe por não possuir o encaminhamento em mãos, no dia da cirurgia”, relata Carlos. Após conversa, relatada por ele, com a diretoria e administração do hospital, descobriu-se que a cirurgia poderia ter sido feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas que isso não era de seu conhecimento, até então, e que ninguém o orientou disso. “Pegamos dinheiro emprestado para realizar a cirurgia, que foi feita no outro olho, por erro do médico”, diz Carlos.
Hospital
A equipe do DM procurou a diretoria do hospital para prestar esclarecimentos. O que a diretoria explica é que a cirurgia não poderia ser feita pelo SUS, porque o local onde a paciente mora não é um local conveniado. “Nós fazemos atendimento SUS, mas deve ser agendado pela Secretaria Municipal da Saúde e o município deve ser pactuado. O endereço que está aqui é do filho dela, ela não mora em município de Goiás e o município do filho dela não é pactuado. Ele tentou a cirurgia via SUS, mas isso era um problema dele com a secretaria”, afirmou a diretora, Nilciane Silva Araújo.
Nilciane relata que o paciente saiu do consultório marcando a cirurgia já em um processo particular. Após o procedimento cirúrgico, ele teve o conhecimento de que a cirurgia poderia ser feita pelo SUS, porém não existiria mais chances de mudar o processo. “Se ela entrou como particular, ela deveria terminar todo o processo como particular. Se ela entrar via SUS, ela termina via SUS. Mesmo que ela fosse pactuada, a escolha à princípio era pela cirurgia particular. Isso não pode ser mudado agora”, relata a diretora do hospital.
médico
“A casa é conhecida como uma instituição filantrópica com valores populares. Não temos a intenção de aproveitar de ninguém”, conta o médico oftalmologista, responsável pela cirurgia, Danilo da Costa Souza.
O especialista mostrou à equipe algumas anotações feitas em consultório, no dia da consulta médica. Como o arquivo não poderia ser retirado do hospital por ninguém, a não ser a paciente, o documento não pôde ser publicado. Nas anotações, Danilo coloca que a paciente teria que remover a massa de ambos os olhos. “Ela tem os dois problemas bilateralmente, ou seja, nos dois olhos. Então, não foi feita uma cirurgia desnecessária”, conta o médico.
Os tipos de pterígio existentes é de nível leve, moderado e severo, classificados em grau 1, 2 ou 3 respectivamente. No caso de Eliartina, o tipo era grau 3 e o que o oftalmologista afirmou é que “precisava da cirurgia nos dois e isso foi conversado com ela”.
No encaminhamento cirúrgico da paciente, consta que o olho esquerdo seria operado, porém, o médico no dia optou pelo olho direito. Como os dois possuíam o mesmo grau de necessidade, o que o médico conta é que não fez diferença ter operado o olho direito primeiro. “Eu anotei para operar primeiramente o olho esquerdo, dei uma sugestão. Mas o paciente escolhe qual que ele quer tratar primeiro”, esclarece o especialista.
Na data da cirurgia, Eliartina foi preparada para operar o olho direito e o que a equipe do hospital relata é que hora nenhuma ela afirmou que seria o outro olho a ser operado. “Não é uma cirurgia que tem como eu operar sem o consenso do paciente. Ela foi anestesiada apenas em anestesia local, não geral. A paciente estava ciente de tudo e hora nenhuma ela falou nada”, lembra Danilo Souza, afirmando que se a paciente passar por perícia, o laudo vai constar a necessidade em ambos os olhos.
CRM
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Leonardo Reis, que é especialista em oftalmologia, esclareceu o que deve ser feito em uma situação como esta. “A paciente não falou, em momento algum, ao longo do preparo, para que a cirurgia fosse no outro olho. O recomendado é que, neste caso, onde ambos os olhos necessitavam de cirurgia, o médico possui o direito de escolher qual deve ser feito primeiramente, não o paciente. E que normalmente é feita a cirurgia em um olho e depois no outro, devido ao risco de infecção, e caso haja complicações, o risco será em apenas um olho e não em ambos.” O vice-presidente também questionou a demora da paciente em procurar a instituição após a cirurgia, quando esperou por três dias para o relatar o caso na administração do hospital.
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Anvisa suspende seis medicamentos
Na embalagem de um deles, um consumidor encontrou um parafuso
ANDREIA PEREIRA
Um consumidor encontrou um parafuso no lugar de um comprimido na embalagem do Paracetamol e o medicamento foi suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A agência suspendeu lotes de seis medicamentos, entre eles o Paracetamol. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (20). Além dos remédios, foi suspenso também o lote de uma compressa de gaze.
De acordo com a Anvisa, o consumidor que encontrou o parafuso na embalagem do medicamento entrou em contato com o Procon, que noticiou o fabricante do produto, a Teuto S.A.
Após tomar conhecimento do incidente, a indústria deu início ao recolhimento voluntário do produto. O lote 1998101 do Paracetamol 500 mg, válido até 11/2015, havia sido distribuído nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.
Os consumidores podem obter mais informações sobre o produto ligando para o telefone 0800 62 1800.
Outros medicamentos:
A Teuto recolheu também, de forma voluntária, o medicamento Cetaconazol. A ação ocorreu após um consumidor ter relatado que encontrou outro medicamento na embalagem do produto. No lugar do Cetaconazol, havia o Atenolol 100mg.
O lote 1048105 do Cetaconazol 200 mg, válido até 06/15, foi suspenso. Ele havia sido distribuído em Goiás, Amazonas, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Outro consumidor também relatou que encontrou um produto no lugar do outro. O consumidor havia adquirido o medicamento Nistatina, mas encontrou na embalagem a pomada neomicina+bacitracina. O lote 8910019, com validade para 02/16 está suspenso.
Os medicamentos Tabine (Citarabina) e Tamsulom foram suspensos por apresentarem problemas com a data de validade. O lote 5954 da compressa de gaze cirúrgica neve esteril foi suspenso após ter sido constatada a presença de corpo estranho no interior da embalagem.
Com informações publicadas pela Anvisa
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação