Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/08/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Censura Pública
• Artigo – Violência obstétrica
• Eleições 2014
• Marconi usa saúde para fazer críticas a adversários replica patek philippe
• A doença que gosta dos velhos
• Padrão de beleza genital

 

O POPULAR
 

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE GOIÁS
CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL A
JÚLIO MASTER COELHO DE MENDONÇA – CRM/GO 6675

O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, que lhe são conferidas pela Lei 3.268 de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958, considerando a decisão proferida em Sessão de Julgamento do Conselho Federal de Medicina, torna público que na presente data está sendo aplicada ao médico JÚLIO MASTER COELHO DE MENDONÇA – CRM/GO 6675, por infração aos artigos 29, 61, 135 e 142 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n.º 1.246/88, DOU 26/01/1988) cujos fatos também estão previstos nos artigos 1º, 36, 115 e 18 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n.º 1.931/09, DOU 13/10/2009), a pena de “Censura Pública em Publicação Oficial”, prevista na alínea “C” do artigo 22, da Lei 3.268/57.

Goiânia-GO, 22 de agosto de 2014.

DR. ERSO GUIMARÃES – Presidente do CREMEGO
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Artigo – Violência obstétrica

A violência obstétrica existe e caracteriza-se pela apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde, através do tratamento desumanizado, abuso da medicação e patologização dos processos naturais, causando a perda da autonomia e capacidade de decidir livremente sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres.
Muitas delas peregrinam por hospitais em busca de um leito, tem impedimento para entrada de um acompanhante no parto (muitas vezes essas mulheres estão sozinhas, pois são impedidas de ter um acompanhante, o que fere a Lei Federal número 11.108/2005, a RDC 36/2008 da ANVISA, as RNs 211 e 262 da Agência Nacional de Saúde e o Estatuto da Criança e do Adolescente, no caso das adolescentes grávidas), sofrem intervenções médicas desnecessárias, cesariana sem indicação clínica, aleitamento materno desnecessário, etc.
Os tipos mais comuns de violência, segundo estudos, são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e até negligência. São situações que configuram violação à autonomia das mulheres e ao direito sexual e reprodutivo assegurado pela Constituição Federal. Uma em cada quatro mulheres brasileiras já foi vítima de violência obstétrica. É o que constatou a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2010.
No Brasil, a violência obstétrica não é crime, a princípio, a não ser que se configure na ação do agente algum outro tipo estabelecido pelo Código Penal. Na Argentina e na Venezuela, é considerada como um crime contra as mulheres, e como tal deve ser prevenido, punido e erradicado. Criminalizar essa questão, às vezes, não é a melhor solução.
Existe a possibilidade da propositura de uma eventual ação de indenização na esfera cível contra o profissional ou instituição de saúde que incorreu na falha. Cabe a mulher analisar se foi vítima de violência obstétrica e, se assim entender, buscar as medidas judiciais.
Na realidade, a grande dificuldade do tema é a questão da judicialização. Ainda não há histórico na Justiça sobre esses casos. Falta jurisprudência. Os efeitos da violência obstétrica são sérios e podem causar depressão, dificuldade para cuidar do recém-nascido e também problemas na sexualidade da mulher, entre muitos outros.
O meu objetivo neste artigo é dar mais visibilidade ao tema da violência obstétrica e de desnaturalizar as infrações aos direitos das mulheres, cometidas pelos profissionais de saúde, que muitas vezes passam desapercebidas. Com ele, simbolizo o coro de milhares de brasileiras que vivem desrespeitos aos seus direitos reprodutivos cotidianamente em um processo tornado banal e rotineiro.

Jesseir Coelho de Alcântara é juiz de Direito e professor
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Eleições 2014
Marconi usa saúde para fazer críticas a adversários

 

Em evento com profissionais do setor, governador disse valorizar a área e atacou gestões do PMDB
Márcia Abreu

Durante encontro com profissionais da saúde no Centro de Convenções de Goiânia, o governador e candidato à reeleição Marconi Perillo (PSDB) disse ontem que ao contrário de seus adversários políticos “ele valoriza a saúde”. O tucano lembrou o fechamento do Hospital Geral de Goiânia (HGG), que ficou fechado entre os anos de 1991 e 1998, nos governos do PMDB.
“Já tivemos na saúde verdadeiros carrascos. São os que falam mal da saúde hoje e no passado deixaram o HGG fechado por mais de sete anos. Sabe por que fizeram isso? Porque acreditam que hospital fechado gasta menos”, discursou Marconi a uma plateia de cerca de 400 pessoas. O encontro foi organizado pelo ex-secretário e candidato a deputado federal, Antônio Faleiros (PSDB).
O governador alegou que “a sua campanha está alegre, bonita, para cima, propositiva, feliz e sem baixaria”. Ele se mostrou impaciente em alguns momentos. Reclamou do som, que se prolongou atrapalhando o início da fala do candidato ao Senado Vilmar Rocha (PSD) e pediu a um rapaz da plateia que parasse com o barulho de uma corneta. “Meu amigo, por favor”, sinalizou.
Depois de resistir às provocações do deputado federal e candidato ao Senado Ronaldo Caiado (DEM), Vilmar começou a criticar o adversário. Sem citar nomes, ele afirmou no evento que “Goiás não pode eleger um senador que irá trabalhar contra o governador”. “Como o Estado vai eleger um senador que não tem projetos para Goiás, como?”, bradou. Ex-prefeito de Goiânia,
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DIÁRIO DA MANHÃ

 

A doença que gosta dos velhos
 

A participação da família na rotina do idoso contribui de maneira significativa na prevenção de doenças
APARECIDA ANDRADE

 

A imagem no espelho muda e com essa mudança muitas outras também acompanham. O corpo vai perdendo suas forças e condições anteriores e as doenças vão se aproximando de forma mais frequente. O envelhecimento proporciona na vida do ser humano a aproximação com questões relacionadas à perda. Cerca de 11% da população total brasileira é de idosos, conforme o censo populacional do IBGE de 2010.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013 os idosos representavam 12% de 7,2 bilhões de habitantes no mundo. O quadro depressivo, por sua vez, na pesquisa realizada pelo Departamento de Psicologia Médica da Universidade de Sidney (EUA) e divulgada na Revista Brasileira de Psiquiatria representa 10% da população mundial das pessoas com mais de 60 anos.
No Brasil uma pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos de idade, no entanto, a geriatra Fabíola Borges avalia que pelas estimativas este número deve chegar a cerca de 27% em 2060, ou seja, quase três vezes mais. “Esse aumento na proporção de idosos se deve a maior expectativa de vida associado a menor taxa de natalidade dos últimos anos”, define.
Para ela, a depressão é uma doença multidimensional, envolvendo aspectos pessoais de personalidade e predisposição familiar, sociais, financeiras e psicológicas, além da idade e de associação com outras doenças. “Apesar disso sabemos que alguns indivíduos nunca desenvolverão transtornos depressivos, por apresentarem uma característica pessoal de resiliência – capacidade de superar adversidades”, observa.
A especialista lembra que os fatores que determinam tais características vêm sendo estudados. “Mas ainda não podemos predizer com segurança o que faz com que um indivíduo desenvolva tal resiliência, sabemos que depende de fatores neurológicos e genéticos, mas longe de podermos predizer com segurança quem são essas pessoas”, explica.
Fabíola acrescenta que toda pessoa corre o risco de desenvolver transtorno depressivo e cita alguns desses fatores. “O que faz o idoso mais suscetível de depressão prévia, são doenças crônicas limitantes, doenças neurodegenerativas, perdas importantes (filho, cônjuge, trabalho) diminuição do aporte financeiro e do papel social com a aposentadoria e isolamento social”, constata.
Se alguém tem histórico de pessoas na família com depressão, este indivíduo corre mais risco que os que não têm, considera a geriatra. “Como a doença é multidimensional existe um fator hereditário que aumenta o risco, porém ainda vem sendo estudado para se compreender melhor”, informa.
Sintomas e danos
Para a geriatra Fabíola Borges, as doenças mais comuns nos idosos são as crônicas, como hipertensão e diabetes, as neurodegenerativas como as síndromes ou demências, as osteomusculares como osteoartrose e osteoporose.
Já a psicóloga Juliana Batista, do Hospital do Coração (HCor), observa que se por um lado o aumento da expectativa de vida proporciona avanços em relação à saúde, por outro lado o idoso é acometido pela possibilidade de desenvolver doenças crônico-degenerativas, o que pode interferir no processo de autonomia dele.
Ela distingue que em relação à depressão há uma série de sinais que caracterizam os sintomas da doença nessa idade. “Podemos destacar tristeza, distúrbios de sono e dificuldades com alimentação, humor deprimido, anedonia – perda ou ausência da capacidade para ter prazer – desinteresse, sensação de menos valia e de cansaço”, descreve.
Os danos para à saúde de um idoso depressivo são caracterizadas desde um grande sofrimento psíquico a sintomas físicos descreve a geriatra Fabíola. “Os danos são causados por grande sofrimento psíquico, aumento do isolamento social, da imobilidade, da chance de internação hospitalar e busca de serviços médicos, seja por doenças crônicas, uma vez que o indivíduo deprimido tem diminuição da capacidade de autocuidado, seja para alívio dos sintomas, uma vez que a depressão no idoso vem mascarada de inúmeros sintomas físicos, que muitas vezes atrasam o diagnóstico correto”, esclarece.
Importância da família
A psicóloga Juliana Batista constata que a família pode ter um espaço importante no suporte social, na oferta de cuidados e afetos na vida do idoso. O que pode favorecer a sensação de segurança e pertencimento. “Diante de um cenário que pode apresentar muitas perdas, a família tem um importante papel na vida do idoso, podendo atuar auxiliando no processo de enfrentamento de doenças nesta população, como a depressão”, alerta.
Juliana explica a importância da socialização: “Se olharmos pela ótica de que a depressão pode proporcionar tendência ao isolamento, pela desmotivação e desvitalização do indivíduo, a socialização pode ser bem-vinda, desde que se leve em consideração que a socialização forçada e exagerada pode causar mais ônus do que bônus.”
Diz ser natural haver na terceira idade um momento de maior resguardo emocional o que acaba tendo reflexos no comportamento do idoso. Mas reforça a importância que o tratamento inclui na maioria das vezes uso de medicação, psicoterapia e formas de socialização como esportes. Grupos de terceira idade podem servir como aliado eficaz contra o isolamento, mas não exclusivo.
Atividade física
Fabíola Borges afirma que os benefícios das atividades físicas para o idoso são inúmeros. Desde as cardiorrespiratórias que melhoram a capacidade de esforço, o aumento da capacidade funcional e independência do indivíduo, além de melhora no controle de doenças crônicas.
Osteomusculares auxiliam no aumento da força, melhora a qualidade óssea, reduzindo assim o risco de quedas e de fraturas. Neurobiológicas aumentam o aporte de nutrientes ao cérebro e melhoram o funcionamento cerebral, pois liberam substâncias neuroendócrinas que aumentam as sensações prazerosas e têm efeitos analgésicos.
A geriatra explicou que as atividades físicas dos idosos deves ser bem acompanhadas e eles devem ser submetidom a avaliação médica prévia para se determinar o melhor tipo e intensidade do exercício. “Dessa forma ela (atividade física) é segura”, diz.
Para a psicóloga Juliana, é necessário valorizar o desejo do idoso. “Há situações em que as famílias tomam uma postura que invalida o que o idoso quer e gosta. Muitas vezes na tentativa de ajudá-lo e poupá-lo, acabam tirando-lhe um pouco da voz no contexto familiar, o que também pode configurar uma perda”, salienta.
Apoio sem restrições é fundamental
Terezinha Francisca de Jesus tem 80 anos e muito a recordar, casou aos 13 anos, teve cinco filhos e os criou praticamente só. Terezinha veio de uma família simples, de dez irmãos e assim aprendeu muito bem como cuidar dos seus próprios filhos. Pois desde a infância foi uma exímia cuidadora dos irmãos. Até o dia em que um cavalheiro belo e de posses lhe apareceu e propôs casamento.
Os pais consentiram a união mesmo o pretendente sendo dez anos mais velho. “Minha mãe foi e é um exemplo de pessoa lutadora que enfrentou todas as dificuldades, ela que teve uma infância muito pobre teve que ajudar a criar os irmãos”, conta Eufrásia Francisca da Silva, 54 anos filha de Terezinha.
Quando o assunto é apoio, Eufrásia recorda que há 26 anos a mãe mora com ela recebendo o apoio e carinho de toda a família. “Toda família gosta dela que é o nosso xodó.” Em relação às mudanças advindas com o envelhecimento a filha reconhece que a partir de agora dona Terezinha terá mais problemas porque a cada dia ela fica mais velha.
Eufrásia lembra que como cuidadora, nem sempre as coisas têm equilíbrio pleno, uma vez que o outro também tem suas vontades as quais procura atender ou entrar em um consenso. Acrescenta que acima de tudo é preciso haver um equilíbrio e que não só o idoso precisa de apoio, “às vezes o cuidador precisa também de ajuda e apoio”, diz sobre a importância de uma estrutura emocional para que o cuidador saiba lidar com essa realidade.
Após anos de convívio como cuidadora da mãe, a filha se viu na necessidade de ter um apoio psicológico e espiritual. “O acompanhamento psicológico me ajudou a compreender muitas coisas, de como lidar com essa situação e também o espiritual que me ajudou a tornar-me mais sensível as necessidades da minha mãe, bem como ajudou a me expressar melhor”, descreve.
Hoje, Eufrásia vive dois momentos em sua vida, quando a mãe está em casa e quando está ausente. Conta que quando há alguma eventualidade ou ela precisa de um tempo para si, dona Terezinha que é muito apegada a ela aceita passar um tempo com os demais filhos. “Nós buscamos encontrar um equilíbrio”, define.
Presença
Sobre a participação da família, na vida de Terezinha que não se sente desamparada pelos seus filhos, mesmo quando estão longe, descreve Eufrásia. “Minhas irmãs, mesmo longe, sempre ligam para interagirem com ela, os netos, bisnetos todos ligam. Quando o pessoal some um pouco percebo que ela fica triste.” Quanto a prática de exercícios, a filha admite que a mãe não é adepta.
Sobre o abandono e falta de cuidados com esse público, Eufrásia observa. “Como filha e também enfermeira, vejo o abandono como falta de amor. Ao ver pessoas idosas me vejo chegando a mesma realidade. A gente quer rir e brincar, mas esse é para ser o fim de todos nós. Pessoas que maltratam e não dão amor não pensam que também ficarão velhos”, adverte.
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Padrão de beleza genital

 

Pesquisa revela que Brasil é campeão de cirurgias e procedimentos íntimos femininos
SAULO HUMBERTO

 

Divulgado em julho deste ano, o relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Iasps) no qual revelou que o Brasil é o atual campeão mundial na realização de cirurgias plásticas íntimas, ultrapassando os Estados Unidos. Entre os principais procedimentos avaliados em 2013, o país sul-americano é campeão em dez tipos, entre eles, algumas cirurgias íntimas femininas.
O cirurgião plástico, Nelson Fernandes de Moraes, afirma que o Brasil conquistou esse título devido a diversos itens, entre eles o fator financeiro do País e a competência dos médicos brasileiros. “O Brasil tornou-se o país com o maior número de cirurgias plásticas no mundo por alguns motivos, entre eles, o grande destaque é o alto nível de qualidade e competência do especialista em Cirurgia Plástica. Porém, o nível socioeconômico do País também colabora para que esta estatística cresça”, diz.
Questionado sobre o grande número de cirurgias íntimas realizadas no País, o cirurgião cita como razão desse aumento, a mudança na vida sexual da mulher brasileira. “A vida da mulher mudou nos últimos anos e é claro que o comportamento sexual também. Hoje podemos dizer que as mulheres têm uma fase sexual ativa muito maior do que outrora. Obviamente que a cobrança por uma genitália com uma melhor aparência ocorre de uma forma muito maior também.”
Cirurgias
O relatório revela que o Brasil é campeão na realização de algumas cirurgias como rejuvenescimento vaginal. “O rejuvenescimento genital pode ocorrer em diversas partes, destacando para a lipoaspiração da vulva, assim como o seu lifting dessa região e também a lipoenxertia que podem ser utilizados de acordo com a alteração existente”, afirma Nelson.
O cirurgião plástico também cita outro procedimento que é comum. “A ninfoplastia é uma cirurgia muito realizada, que é a diminuição dos pequenos lábios quando há excesso, dando uma aparência estética melhor e um conforto maior durante a relação”, afirma. 
Homens x Mulheres
A preocupação da mulher com beleza e estética é comprovada através do relatório da Iasps. Os dados mostram que ano passado 23 milhões de cirurgias plásticas foram realizadas no mundo, sendo que deste total as mulheres representam 87,2 % (20 milhões de pessoas) e os homens são 12,8 % (três milhões).
“Existe uma cobrança muito maior da sociedade sobre a beleza feminina do que a beleza masculina. Naturalmente, há mais pacientes mulheres interessadas na cirurgia plástica e também o preconceito do homem em realizar algumas cirurgias existe sim, e no interior ainda é maior do que no eixo Rio-São Paulo. Porém o público masculino deveria saber que os resultados de lipoaspiração são melhores neles do que na mulher de uma maneira geral”, diz o cirurgião plástico informando que a pele dos homens têm mais elasticidade.
Nelson Fernandes concede algumas recomendações a quem deseja realizar esse tipo de cirurgia. “A recomendação é que procure um especialista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e discuta detalhes com o seu cirurgião para não deixar dúvidas sobre as mudanças que podem ou devem ocorrer”, conclui.
Razões
O ginecologista Célio Silva, explica que as mulheres realizam as cirurgias íntimas devido a razões de bem-estar pessoal e de saúde. “Em primeiro lugar, é a tentativa de equilíbrio do bem-estar físico, mental e social. As causas são alterações na anatomia externa da genitália feminina, que podem ser congênita (herança familiar) ou devido algum trauma”, diz.
Conforme o médico, a alteração anatômica mais comum é a hipertrofia de pequenos lábios. “Se assemelha a hipertrofia do prepúcio do homem. Normalmente, o crescimento provoca transtorno físico que abala o emocional, e por sua vez, traz constrangimento”, afirma.
Célio comenta sobre uma das intervenções mais comuns realizadas pelos profissionais, o rejuvenescimento vaginal. “Ela é uma vagina alterada na sua anatomia. Tem como causas a idade, alterações hormonais da menopausa ou traumas, como parto, acidente ou estupro”, explica.
O médico explana que as pessoas que têm múltiplos partos podem ter algum trauma, e a correção dele requer uma cirurgia. “A colpoperinoplastia, que corrige as alterações da anatomia”, diz. De acordo o profissional, estas cirurgias são denominadas “cirurgias reparadoras” e há também a cirurgia da ninfoplastia, que “corrige a hipertrofia dos pequenos lábios”.
Questionado se em Goiânia também ocorre um grande número de cirurgias íntimas, ele é direto. “Poderia ser até maior, se tivesse esclarecimentos. Se as pessoas tivessem mais como expor, visualizar”, afirma. Ele explica que “as mulheres só conhecem a sua própria vagina e só procuram o ginecologista quando percebem algo anormal”, e comenta sobre o resultado das pessoas que fizeram as cirurgias: “Eleva a autoestima das pessoas com o novo resultado”, conclui.
Depoimento de uma paciente
T.F.A. passou pelo procedimento da ninfoplastia e concedeu depoimento ao Diário da Manhã:
“Fiz a ninfoplastia aos 14 anos de idade não somente por estética. Tomei a decisão de fazê-la devido a dor e os incômodos causados em atividades básicas como a prática de alguns esportes e na utilização de alguns tipos de vestuário, o biquíni principalmente e roupas de ginástica. É um procedimento cirúrgico simples, a alta médica é dada no mesmo dia, o pós-operatório é tranquilo e a recuperação total é rápida. Fui feliz na minha decisão, minha satisfação foi completa, eu recomendo porque eleva o bem-estar e a autoestima também.” T.F.A., 28 anos, casada.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação