Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 30/08 A 01/09/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Eleições 2014 – Em carta, Cremego pede voto contra Dilma
• Mais Médicos – Problemas persistem após 1 ano
• Eleições 2014 – Um terço dos goianos dá nota zero para o sistema de saúde
• Saúde – Pais fazem campanha para filha
• Cartas do Leitor – Médicos da seleção
• Falta de médicos causa transtornos em centro de saúde de Goiânia


O POPULAR
Eleições 2014
Em carta, Cremego pede voto contra Dilma
Entidade enviou e-mail pedindo “empenho para a derrota do atual governo federal” aos associados
Márcia Abreu

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) pediu aos seus associados, por meio de carta, que façam campanha contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em e-mail, a entidade orientou que eles pedissem votos contra a petista nos consultórios, além te der anexado uma “cola” com o nome de candidatos que defendem a categoria. O caso foi revelado ontem pelo site G1.
No texto, o Cremego diz que é preciso haver “empenho para a derrota do atual governo federal”. “O médico precisa, no seu dia a dia de trabalho, exercer seu papel de cidadão e pedir votos contra a reeleição da atual presidente e contra o seu partido.”
O coordenador político do Comitê das Entidades Médicas de Goiás (Cemego), Salomão Rodrigues Filho, ex-presidente do Cremego e conselheiro eleito para o CFM, nega, porém, que o Cremego tenha enviado o e-mail. “Quem enviou foi o Cemeg. É uma ação legítima. Todo cidadão tem o direito de participar e de se manifestar”. Segundo ele, a carta deve ter alcançado cerca de 4 mil médicos – quantidade de contatos que tem o mailing (lista de contatos) do comitê.
No e-mail, também é anexada uma lista de candidatos goianos que devem ser apoiados na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado. Entre os nomes aparecem os de Ronaldo Caiado (DEM), deputado federal e postulante a senador, e Adib Elias, ex-presidente do PMDB goiano e candidato a deputado estadual. Os dois são médicos.
O médico reforçou ainda as críticas feitas na carta, de que a presidente petista declarou guerra à categoria. No e-mail, os representantes citam os três principais temas de insatisfação: vetos a pontos da Lei do Ato Médico; autorização indiscriminada da abertura de novas faculdades de Medicina e aumento de vagas nas instituições; e a implantação do programa Mais Médicos. Este última seria para atender as demandas das relações com Cuba.
Além de Salomão, também assinaram o documento o presidente do Cremego, Erso Guimarães; presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, Rafael Martinez; presidente da Associação Médica de Goiás, Rui Ferreira; e presidente da Academia Goiana de Medicina, João Porto. O e-mail foi enviado pelo Cremego, pelo endereço imprensa@cremego.org.br e é datado de 5 de agosto, mas continuou sendo enviada nos dias seguintes.
Segundo o G1, os representantes da categoria atestam no e-mail que é preciso eleger o maior número possível de médicos comprometidos com as causas médicas, independentemente de seus partidos. O POPULAR tentou contato com Caiado, mas ele estava em viagem pelo interior com os candidatos da coligação Amor Por Goiás. Por meio da assessoria, frisou que recebeu apoio das cinco entidades médicas do Estado há duas semanas, quando o Cemeg divulgou carta aberta e frisou que apoia a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. A reportagem também procurou Adib Elias, mas o peemedebista não foi localizado.
ILEGALIDADE
De acordo com o advogado eleitoral Dyogo Crosara, se ficar comprovado que o e-mail foi enviado pelo Cremego há ilegalidade no ato. Ele explica que nos casos em que a entidade recebe contribuição obrigatória esse tipo de posicionamento é vedado, mesmo sendo ela privada. “Se mandaram pelo correio institucional (do Conselho) a conduta é vedada. Pode gerar desde multa a inelegibilidade.” (30/08/14)
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Mais Médicos
Problemas persistem após 1 ano

São Paulo – O Programa Mais Médicos, que completa um ano amanhã, está presente em 3.785 municípios, enquanto os 14 mil profissionais do programa – dos quais mais de 11 mil cubanos – enfrentam desafios para trabalhar. Os médicos deparam-se com infraestrutura precária dos postos, falta de medicamento, déficit de colegas, recusa de encaminhamento para especialistas e violência urbana. Apesar das insuficiências, pacientes comemoram a chegada dos doutores.
Lançado em meio à resistência de entidades médicas, o programa oferece bolsas de R$ 10 mil para brasileiros e estrangeiros e US$ 1.245 para cubanos trazidos por convênio com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). São os cubanos que, involuntariamente, se embrenham nos rincões e nas periferias e atendem populações de onde antes não havia médico.
Nas Unidades de Saúde da Família (USFs) de Beira Mangue e Nova Esperança, na periferia de Salvador (BA), há um ano, a população ficaria sem médico não fossem os médicos da ilha. As equipes estão completas, mas o posto de Nova Esperança é precário e os pacientes são atendidos em uma igreja. “O lugar não foi pensado para isso”, diz um o cubano, que prefere não se identificar. “A iluminação é insuficiente. Não é o ideal, mas a gente precisa continuar o atendimento porque a população é carente de atenção.”
“Parece piada que, quando a gente enfim tem médico que vai ficar, não tem lugar para ser atendido”, diz a dona de casa Géssica Santos, de 27 anos. Segundo a prefeitura de Salvador, 79 dos 112 postos foram reinaugurados e 18 estão em obras e serão entregues no próximo ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, 50 milhões são atendidos pelo Mais Médicos – 5 milhões de consultas por mês. Isso implicou na diminuição de encaminhamentos em 21%. (31/08/14)
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Eleições 2014
Um terço dos goianos dá nota zero para o sistema de saúde
Pesquisa Serpes mostra que a área tem nota média de 3,36. População pede contratação de mais médicos
Fabiana Pulcineli

Apontado como o maior problema do Estado, a saúde em Goiás tem nota média de 3,3 para os eleitores goianos, segundo pesquisa Serpes/O POPULAR realizada dos dias 25 a 29 de agosto (veja quadro). Um terço do eleitorado (33,1%) deu nota zero para a área. Apenas 24% consideram que o setor mereça mais que nota 5.
A pesquisa também mostra que, para a maioria dos goianos, a gestão por organizações sociais (OSs) nas unidades de responsabilidade do Estado não garantiu resultados positivos. Questionados sobre os efeitos da transferência, 33,2% responderam que “não mudou nada”. Para 12,1%, a situação piorou. Outros 18,1% consideram que melhorou.
A pergunta feita pelo instituto Serpes é bem específica: “Hospitais como Hugo, HGG, HDT, Huana, Huapa, hospitais estaduais, antes eram geridos pelo Estado e agora são por organizações sociais; como avalia o resultado dessa transferência de gestão?” Um total de 22% dos eleitores preferiu não opinar. E outros 14,6% responderam não saber o que é uma organização social.
Em Goiânia e Região Metropolitana, além de Anápolis – onde estão localizadas a maioria das unidades –, foram registrados os maiores porcentuais de eleitores que acham que as OSs não mudaram alteraram o atendimento. Na capital, 38,8% disseram que não mudou e 23,1% enxergam piora. No Centro – em que o Serpes inclui Aparecida de Goiânia e Anápolis –, 36,2% acham que nada mudou. Nesta região, 23,2% consideram que houve melhora.
Goiânia também registra o maior porcentual de nota zero para a saúde. Ao total, 45,6% dos entrevistados na capital avaliam da pior forma o setor. Na Região Central, o índice de nota zero foi de 35,1%.
O Serpes também perguntou ao eleitor qual a medida mais urgente para melhorar o sistema público de saúde em Goiás. Em uma lista com sete providências e resposta múltiplas, 53,3% dos entrevistados responderam que a principal necessidade é contratar mais médicos e profissionais de saúde. Outros 34,2% defenderam a construção de mais hospitais.
Para 31,6% dos goianos, é preciso remunerar melhor os médicos e profissionais de saúde e exigir mais deles. Um total de 23,2% consideram necessário melhorar a estrutura física das unidades de saúde e 21,3% cobram maiores investimentos em saúde preventiva.
SEGURANÇA
Na primeira quinzena de agosto, a pesquisa Serpes/O POPULAR ouviu os eleitores goianos sobre a área de segurança pública. A nota média para o setor foi de 3,87, sendo que 24,1% dos entrevistados deram nota zero. Questionados sobre o que seria necessário para que se sintam mais seguros, entre oito possíveis medidas, a maior parte (40,6%) dos entrevistados indicou punição mais severa para os crimes de menores.

Governador mantém crescimento da aprovação
Márcia Abreu

O governador Marconi Perillo (PSDB), que disputa a reeleição, melhorou o índice de aprovação de seu governo. É que mostra a terceira rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR após o início do programa eleitoral, realizada entre os dias 25 e 29 de agosto (veja quadro acima). De acordo com o levantamento, 44,6% dos eleitores aprovam a administração do tucano, sendo 35,6% boa e 9,0% ótima. Há duas semanas, a aprovação era de 41,1%, sendo 32,7% de bom e 8,4% de ótimo.
A nova rodada apresenta variação em outros índices. Entre os 801 entrevistados, 34,8% avaliam o desempenho de Marconi como regular. Em meados de agosto, essa era a opinião de 36,8% dos eleitores. Outros 16,1% reprovam a administração, sendo 8,7% de péssimo e 7,4% de ruim. Na pesquisa anterior, a reprovação era de 19,6%. Desses, 11,6% avaliavam o governo como péssimo e 8% como ruim.
O aumento da aprovação do governo e a redução da rejeição, dois fortes obstáculos da campanha de Marconi, devem-se à força-tarefa iniciada há pouco mais de um ano, quando o tucano chegou a ter índices de reprovação superiores aos de aprovação.
O governador intensificou a agenda positiva intensa e a ampliação da publicidade oficial e cresceu 4,4 pontos porcentuais entre outubro do ano passado e levantamento de julho deste ano, saltando de 36,8% para 41,2%. Em julho de 2013, 31,7% dos eleitores consideravam a administração ruim ou péssima e 30,4% a avaliavam como ótima ou boa.
VARIAÇÕES
Assim como nos índices gerais, a aprovação do governo também melhorou entre homens e mulheres em relação à rodada anterior da Serpes. No último levantamento, 44% dos homens aprovavam o governo e 38,4% das mulheres.
Conforme a nova pesquisa, a avaliação positiva cresceu 5 pontos porcentuais entre as mulheres, subindo para 43,4%. Já no caso dos homens, o crescimento foi menor, de 1,8 pontos, e a aprovação registrada de 45,8%. No que diz respeito à reprovação, as mulheres também são as que mais reprovam, com 17,8%. Já a quantidade de homens que disseram reprovar o governo é de 14,3%.
Na divisão por escolaridade, o melhor desempenho foi registrado entre os eleitores que apenas leem e escrevem. Neste grupo, o tucano atingiu aprovação de 48,6%, o mesmo índice alcançado na rodada de 18 de agosto.
O pior índice de aprovação veio daqueles que têm curso superior: 32,1%. Na última rodada, a maior reprovação era de eleitores com ensino fundamental e registrava 35,9%.
Na divisão por regiões do Estado, o governo conseguiu diminuir a reprovação em Goiânia, que caiu de 25,5% para 20,6%, sendo que 11,2% consideraram a gestão péssima e 9,4% ruim. Trata-se de uma queda de 4,9 pontos porcentuais.
O melhor desempenho da administração foi na Região Norte, com aprovação de 55,6%, sendo 40,3% boa e 15,3% ótima. Na divisão por faixa etária, o governador é melhor avaliado no grupo de pessoas com 50 anos ou mais. A aprovação é de 50%. O pior desempenho está entre jovens de 16 a 24 anos. Nesse grupo, o governo tem aprovação de 37,2%.
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Candidatos trocam acusações

A área da saúde movimentou os programas eleitorais dos candidatos ao governo de Goiás na semana passada. Na propaganda de quarta-feira, o ex-governador Iris Rezende (PMDB) e o ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PSB) usaram o tema para criticar ao governador Marconi Perillo (PSDB).
Iris levantou problemas do atendimento no interior, como a carência de leitos e postos de atendimento. Vanderlan defendeu parcerias com a rede privada de hospitais para garantir leitos, apontado demanda de 3,6 mil.
Marconi reagiu na propaganda de sexta-feira, atribuindo os problemas da saúde à rede municipal de Goiânia e apontando as deficiências no interior ao “PMDB atrasado”. O programa tucano ressaltou as parcerias com as OSs, afirmando que houve melhoria no atendimento na rede estadual e buscou diferenciar as unidades do Estado e de responsabilidade do município. Apesar das críticas dos oposicionistas, O POPULAR mostrou no dia 20 de julho que nenhum dos três principais adversários do tucano defende rompimento com o modelo de gestão por OSs. Os candidatos criticam a falta de fiscalização no cumprimento dos contratos. (01/09/14)
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Saúde
Pais fazem campanha para filha
Criança tem má formação cerebral. Ação visa arrecadar R$ 120 mil para tratamento na Tailândia
Janda Nayara

Há dois anos e três meses, a rotina de Viviene Assis Falcão, de 29 anos, é correr em busca de tratamento para a filha, a pequena Mariana Falcão. A menina é encefalopata crônica, tem hidrocefalia leve e fenda palatina – abertura no céu da boca – , além de uma série de doenças e complicações ligadas à má formação cerebral. Mesmo com a pouca idade, o histórico hospitalar da garota é extenso. Foram oito internações e um total de 11 meses dentro de um hospital, muitas vezes, em unidade de terapia intensiva (UTI). Ela foi para casa pela primeira vez aos 4 meses de idade.
Em função de uma disgenesia do corpo caloso – uma má-formação na principal estrutura responsável pela comunicação entre os dois hemisfério dos cérebro – Mariana não fala, não anda, não tem controle cervical, tem problema respiratório, só se alimenta por sonda e tem constantes convulsões. Ela é traqueostomizada e muitas vezes precisa do auxílio de um balão de oxigênio, além de fazer uso constante de 14 medicações.
Desempregada desde quando descobriu a gravidez, Viviene e Mariana sobrevivem com o dinheiro da pensão de R$ 600,00 paga pelo pai da menina, Kleuber Umberto da Silva, de 32 anos, além da ajuda da família de Viviene. Após recorrer à Justiça, Viviene conseguiu que o plano de saúde disponibilizasse a presença de uma enfermeira e os equipamentos necessários para os cuidados com a filha. “Até eu saber que tinha direito, minha família gastou o que não tinha”, conta.
A dependência de Mariana a impossibilita de trabalhar fora, mesmo assim, ela conseguiu uma bolsa e deve concluir o curso de Engenharia Ambiental no próximo ano. O pai, que trabalha como webdesigner, também auxilia sempre que pode.
ROTINA
Na pequena casa no Setor Aeroporto, Viviane mora com a mãe. O quarto cor de rosa e cheios de borboletas foi pensado para estimular a visão de Mariana, que por ser baixa, já conta com o apoio dos óculos. Os cuidados com a saúde da menina precisam ser constantes. “Eu o Kleuber pintamos e reformamos o quarto porque ela também tem rinite e tossia muito, até desmaiar ou vomitar. São problemas simples, mas que para ela, que já tem outras doenças, prejudicam muito.”
Curiosa, Mariana percorre os olhos à procura de novidades, ficando atenta quando escuta novas vozes. “Ela não gosta de ficar sozinha. Se paramos de conversar e saímos de perto, ela chora”, diz a mãe.
Os brinquedos são todos pensados para estimular o desenvolvimento da menina, luzes, sons, texturas. Mas o que ela gosta mesmo é de ouvir forró, receber massagem e de ser balançada em cima da bola de fisioterapia. Quando a mãe faz isso, ela abre um sorriso e estende os braços com dificuldade, como se agradecesse ou pedisse para não parar. Pesando 7,5 quilos, ainda é fácil segurá-la, mas a mãe se preocupa em como será no futuro.
Para Viviene, a menina já evoluiu bastante após o acompanhamento com especialistas. Fisioterapia respiratória e motora, fonoaudióloga, estimulação cognitiva, estimulação visual, pediatra, neurologista, pneumologista, hematologista, fisiatra, dentista, nutrólogo, oftamologista, otorrinolaringologista, geneticista e nutricionista, são algumas das especialidades por qual Mariana já passou. “No início ela não mexia nada, não respondia aos estímulos, parecia que estava vegetando.”
ESPERANÇA
Viviene e Kleuber sabem que a má formação da filha não tem cura, mas a busca por uma melhora, seja ela mínima, mas que amenize o sofrimento da menina, levaram os pais a organizarem uma campanha com o objetivo de arrecadar R$ 120 mil para custear um polêmico tratamento com injeções de células tronco em Bangkok, na Tailândia, que descobriram na internet. Eles criaram um site e um grupo no Facebook para divulgar o caso.
A campanha começou no dia 19 de agosto e, até agora, a família conseguiu arrecadar pouco mais de R$ 4,5 mil. “Queria que a minha filha não sentisse mais dor, que pudesse ao menos respirar direito. Não tenho a ilusão de que ela vá sair correndo depois do tratamento, mas se ela corresse menos risco de morte, eu já estaria mais aliviada. Li o relato e até conversei com algumas mães de crianças com paralisia e que tiveram muita evolução depois das injeções “, afirma Viviene.
Apesar de não ter comprovação científica, não é raro encontrar na internet relatos de pacientes brasileiros com paralisia cerebral e outras doenças terminais e debilitantes que procuraram o efeito terapêutico das células tronco em países distantes como Tailândia, China e outros, gastando milhares de dólares.
Os sites dos laboratórios, na maioria chineses, que realizam o tratamento exibem relatos de pacientes que se dizem satisfeitos. A maioria informa melhorias sutis, como percepção nas pernas, movimentos nos dedo , melhora na deglutição, entre outros. Os cientistas e médicos são céticos quanto aos resultados.
O neurologista de Mariana, Hélio Van Der Linden, diz que foi sincero com os pais da menina e que se posicionou contra a terapia. Segundo ele, os efeitos de melhora após simples aplicações de injeções de célula tronco na veia ou na medula não tem base científica. “É possível que seja uma estratégia para o futuro, mas não há nenhum estudo publicado de que isso dá certo. Este tipo de lesão é muito complicado e a célula sozinha não vai adivinhar onde está a lesão.”
Para Linden, se realmente existissem estes resultados, os tratamentos já estariam sendo feitos também em países com controle mais rígidos. “E outra, se o tratamento ainda é experimental, não deveria ser pago.”
A pesquisadora e professora associada de Biologia do Desenvolvimento na Universidade Federal de Goiás (UFG), Simone Saboia, diz que do ponto de vista anatômico é complicado ter resultados com tratamento de célula tronco para lesões no corpo caloso. “São inúmeras possibilidades de alteração e recuperar estas ligações do cérebro seria muito difícil, além de serem análises experimentais. Ainda temos que caminhar muito para estes prognósticos.”

Mais de 15 mil pacientes de vários países
O POPULAR entrou em contato com a representante da Beike Biotechnology, empresa de biotecnologia chinesa responsável pelo tratamento com células tronco no hospital Better Being, da Tailândia, para onde os pais de Mariana mandaram os exames da menina e tiveram a aprovação para realizar o tratamento. Questionada sobre como os pacientes poderiam ter certeza de que o processo é confiável, Inês Frances informou que a empresa é líder neste campo e que proporciona tratamento para diversas condições como paralisia cerebral, ataxia, distrofia muscular, esclerose múltipla, espinha bífida, atrofia muscular espinhal, lesão medular, condições visuais etc, desde 2001, e já tratou mais de 15 mil pacientes de todo o mundo, sendo 114 brasileiros desde 2007. “A empresa respeita as normas internacionais de padronização a nível laboratorial e possui um certificado do Sistema de Gestão de Qualidade, assim como Certificado de Acreditação dos nossos laboratórios.”
Porém, ela destacou a importância dos pacientes estarem conscientes que o tratamento não visa a cura, mas apenas melhores condições de vida. “Neste caso, as melhorias alcançadas fazem uma grande diferença.”
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Cartas do Leitor – Médicos da seleção
Nos últimos 16 anos, a seleção brasileira de futebol ganhou vários títulos, viveu grandes alegrias, mas também experimentou imensas frustrações. Este período também ficou marcado pelas sucessivas trocas de técnicos e uma troca de presidente na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Porém, apesar de todas essas mudanças, a função de coordenador médico nesta época sempre esteve ocupada pelo ortopedista José Luiz Runco.
Convidado para a função após a Copa de 1998, que ficou marcada pela polêmica convulsão do atacante Ronaldo, Runco teve grande destaque na Copa seguinte, quando, contrariando a expectativa de muitos que acreditavam que o próprio Ronaldo e também Rivaldo não teriam condições de jogar o torneio e inclusive necessitariam de cirurgia, recuperou clinicamente os jogadores que foram os maiores destaques da conquista do pentacampeonato.
Além da competência médica, Runco também se destacou pelo relacionamento discreto e respeitoso com os profissionais da imprensa, jogadores e colegas de trabalho (médicos, fisioterapeutas, nutricionista, preparador físico, massagista). Isso tudo contribuiu para o reconhecimento e respeito da traumatologia desportiva brasileira em todo o mundo, fazendo com que vários atletas de renome mundial e que atuavam na Europa viessem fazer o tratamento de suas lesões no Brasil.
Neste novo ciclo da seleção, a coordenação médica será do competente e experiente ortopedista mineiro Rodrigo Lasmar, que assim como Runco é membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (Sbrate ).
Pelo menos na área médica temos certeza de que a seleção brasileira continuará com alta credibilidade e respeito mundial. E sem precisar importar profissionais de nenhuma ilha estrangeira!
Sandro Reginaldo (01/09/14)
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PORTAL G1/GOIÁS
Falta de médicos causa transtornos em centro de saúde de Goiânia
Pacientes reclamaram e funcionário confirmou que só havia um profissional.
Secretaria de Saúde negou, disse que 3 atendiam e só saíram para almoçar.

Pacientes que precisaram de atendimento no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), em Goiânia, neste sábado (30), reclamaram da falta de médicos. Segundo eles, apenas um profissional estava de plantão e não conseguia atender à demanda.
A dona de casa Gorete dos Santos, mãe de um jovem que sofre com dores na coluna, diz que passou horas sem atendimento. “Meu menino morre desse jeito de tanta dor, rolando sem ser atendido”, lamentou, aos prantos.

Situação semelhante passou o vendedor ambulante Lucas Cordeiro, que sofreu um acidente. Ele já tinha recebido o primeiro atendimento no Centro Integral de Atenção à Saúde (Cais) do Jardim Curitiba, mas foi encaminhado para o Crof e esperou por mais de 6 horas. “Eles ficam aí pedindo calma, que só tem um médico. Não somos cachorro, não”, disse.

Um funcionário do Crof, que não quis se identificar, afirmou que o sistema para fazer as fichas estava lento e que o movimento de pacientes estava dentro do normal, mas o principal motivo da demora era a falta de médicos.
Dos três profissionais que estavam escalados para o plantão, apenas um foi encontrado na unidade. “Um médico só para atender, por que? Disseram que outros viriam, mas nada ”, reclamou a aposentada Eneusa Campos Ferreira.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo Crof, informou que a unidade funcionou com os três médicos escalados para o plantão, no entanto, dois pararam 20 minutos para almoçar e um continuou no atendimento. Ainda segundo a secretaria, no momento da pausa, não havia pacientes em estado grave. Sobre a superlotação, a justificativa apresentada é a vinda de pacientes do interior para o Crof. (30/08/14)

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação