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DESTAQUES DE HOJE
• Médicos: voto contra reeleição de Dilma
• Ronaldo Caiado é homenageado em congresso do Conselho de Medicina
• Posse Do Colegiado – Conheça os novos diretores da ANS
• Resistência de familiares é barreira para doações
DIÁRIO DA MANHÃ
Médicos: voto contra reeleição de Dilma
Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) distribui carta a seus associados com orientação para que os médicos peçam votos contra a reeleição da presidente da República
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) distribuiu uma carta a seus associados com orientação para que os médicos peçam votos dentro dos consultórios contra a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. O e-mail com a carta chega a anexar uma “cola” com candidatos que defendem a categoria, uma forma de “reforçar seu trabalho para a eleição de seus candidatos”.
O documento é assinado pelos representantes de cinco entidades da categoria médica em Goiás, entre eles o presidente do conselho de fiscalização profissional, Erso Guimarães. O texto foi enviado aos médicos a partir das estruturas do Cremego, por meio do e-mail: imprensa@cremego.org.br. A carta é datada de 5 de agosto, mas continuou a ser enviada aos médicos com atuação em Goiás nos dias seguintes.
O documento pede o empenho na derrota de Dilma, mas não faz menção aos candidatos que se opõem à petista. Na “cola” anexada ao e-mail, o único nome já escrito é o do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), médico e candidato ao Senado. “Precisamos nos empenhar para a derrota do atual governo federal nas eleições de 5 de outubro. O médico precisa, no seu dia a dia de trabalho, exercer seu papel de cidadão e pedir votos contra a reeleição da atual presidente e contra o seu partido”, cita o trecho da carta com o pedido expresso para que os médicos atuem contra Dilma durante o exercício da atividade médica. “Podemos e vamos derrotá-los!”, conclui o trecho.
No começo da carta dirigida “aos médicos goianos”, as entidades sustentam estar numa “guerra que foi declarada pelo governo federal”. Os representantes da categoria citam três iniciativas da gestão de Dilma que teriam contribuído para a “guerra”: vetos a pontos da Lei do Ato Médico, a autorização “indiscriminada” da abertura de novas faculdades de medicina, além do aumento de vagas nas instituições já existentes e a implantação do programa Mais Médicos.
A carta afirma que o programa, vitrine da presidente Dilma na disputa pela reeleição, ignorou a “classe médica brasileira com o objetivo de atender as demandas das relações com Cuba”. Desde o lançamento do programa, no fim do ano passado, o governo vem travando um duelo com as entidades representativas dos médicos, em especial com o Conselho Federal de Medicina (CFM). “Para justificar seus equívocos, o governo alega que faltam médicos no Brasil, mas hoje temos mais de dois médicos por 1.000 habitantes. E estamos certos: não faltam médicos”, afirma a carta.
VOTO AOS MÉDICOS
As entidades pedem que os profissionais se empenhem na eleição dos médicos candidatos ao Senado, à Câmara e à Assembleia Legislativa, listando os profissionais que disputam a eleição. “Participem desta campanha, votem e peçam votos contra o atual governo federal e a favor da classe médica e da sociedade”, conclui a carta.
O documento é assinado pelo coordenador político do Comitê das Entidades Médicas de Goiás, Salomão Rodrigues Filho, ex-presidente do Cremego e conselheiro eleito para o CFM, pelo presidente do Cremego, Erso Guimarães, pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, Rafael Martinez, pelo presidente da Associação Médica de Goiás, Rui Ferreira, e pelo presidente da Academia Goiana de Medicina, João Porto.
Salomão Filho, eleito para o CFM, defendeu o direito de os médicos pedirem voto contra Dilma dentro dos consultórios: “É o uso do direito do cidadão, exercer sua influência como cidadão, assim como um lojista pode fazer com o cliente, por exemplo. Os médicos não sabem fazer isso ainda, não tiveram até agora um envolvimento com a política. É preciso explicar para os pacientes que o caos na saúde pública não é por culpa do médico, mas do governo”, afirmou.
O coordenador político do Comitê das Entidades Médicas de Goiás não soube dizer se todos os associados do conselho receberam a carta. “Não são os conselhos que enviam, é o comitê que toma essa decisão, como reação a tudo o que o governo federal vem fazendo contra a categoria dos médicos. Essa é uma postura espontânea de todos os médicos. O tom é esse nas redes sociais. O PT escolheu os médicos como bode expiatório, com essa história de elite de jaleco.”
Salomão Filho disse não enxergar problema na iniciativa do conselho: “O conselho é uma entidade representativa dos médicos, os conselheiros são eleitos por eles para fazer a defesa coletiva.”
Carta enviada pela Cremego na íntegra
“Prezados (as),
Segue novamente a carta do Cemeg aos médicos goianos com uma atualização na relação dos nomes dos médicos candidatos.
Fiquem atentos (as) e votem em candidatos médicos e comprometidos com a causa médica.
Faça o download de um modelo de ‘cola’ para a votação, que deve ser preenchido com os nomes de seus candidatos e usado não só para orientá-lo (a) no dia 5 de outubro, mas para também reforçar seu trabalho para a eleição de seus candidatos.
Preencha a ‘cola’, imprima cópias e distribua entre seus amigos, pacientes. Lembre-se: precisamos trabalhar para eleger quem tem compromisso com a saúde, com a sociedade e com a classe médica.
A mudança para melhor depende de todos nós.”
Comitê das Entidades Médicas de Goiás
“Aos médicos goianos,
A classe médica goiana e brasileira está em luta. Estamos numa guerra que foi declarada pelo governo federal que, nestes últimos dois anos, vem agredindo e vilipendiando nossa categoria profissional.
Apenas para citar alguns exemplos, basta lembrarmos que o governo federal vetou a alma do Projeto de Lei do Ato Médico, que estabelecia como ato privativo do médico o diagnóstico de doença e a respectiva prescrição terapêutica, passou a autorizar indiscriminadamente a abertura de novas escolas médicas e o aumento do número de vagas naquelas já existentes, independentemente da qualidade que possam ter, e nos impôs o “Programa Mais Médicos”, ignorando a classe médica brasileira, com o objetivo de atender as demandas das relações com Cuba.
Para justificar seus equívocos, o governo alega que faltam médicos no Brasil, mas hoje temos mais de dois médicos por 1.000 habitantes. E estamos certos: não faltam médicos! Faltam, sim, uma melhor distribuição dos médicos no território nacional, o estímulo para o médico se dedicar ao serviço público, condições adequadas de trabalho e investimentos da União na área da saúde.
É chegada a hora de darmos um basta nesta situação. Nossa hora é agora, nas eleições de 5 de outubro.
Desde a criação do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás (Cemeg), integrado pela Academia Goiana de Medicina (AGM), Associação Médica de Goiás (AMG), Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), estas entidades têm trabalhado em conjunto na defesa dos interesses da classe médica e da população. Agora, contamos com a participação de cada médico goiano.
Precisamos nos empenhar para a derrota do atual governo federal nas eleições de 5 de outubro. O médico precisa, no seu dia a dia de trabalho, exercer o seu papel de cidadão e pedir votos contra a reeleição da atual presidente e contra o seu partido. Podemos e vamos derrotá-los.
Precisamos eleger o maior número possível de médicos comprometidos com as causas médicas, independentemente de seus partidos.”
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Ronaldo Caiado é homenageado em congresso do Conselho de Medicina
O candidato ao Senado pela coligação Amor por Goiás, Ronaldo Caiado (Democatas), foi homenageado segunda-feira (1º) pelo Conselho Regional do Estado de Goiás (Cremego). A celebração fez parte da abertura do 1º Congresso Acadêmico das Ligas de Cirurgia Plástica e contou com a presença de 200 profissionais e estudantes da área.
Médico há 39 anos, Ronaldo Caiado teve o seu trabalho reconhecido por sua atuação na área da Saúde e como parlamentar, e foi parabenizado pelos colegas. Durante a cerimônia, Salomão Rodrigues, membro do Conselho Federal de Medicina, enalteceu a importância de ter um homem forte no Senado como Ronaldo Caiado. “Escolhemos Ronaldo Caiado para ser homenageado nesse congresso pelo seu papel ímpar na política nacional. Ele sempre defendeu a causa médica no Congresso Nacional, com coragem e determinação para defender os interesses da sociedade e da população. A homenagem é só mais um reconhecimento e um agradecimento por tudo que ele já fez pela saúde”, declarou Rodrigues, eleito na última semana para ocupar uma vaga no Conselho Federal de Medicina.
Se for eleito senador, Ronaldo Caiado vai buscar dotação orçamentária para a construção de hospitais regionais no interior, para que os goianos possam ter uma saúde digna e que vidas possam ser salvas. No discurso de agradecimento, o senatoriável falou sobre a homenagem, importância de investimentos e pediu mobilização da classe. “É um momento que todos nós precisamos refletir e analisar a ficha dos candidatos. É um momento que temos de nos mobilizar. Esse é um momento de mudança, de lutarmos por investimentos na área da Saúde. O Brasil é um dos países que menos investe na saúde”, declarou Ronaldo Caiado, que tem como bandeira aprovar proposta que aumenta para 10% do orçamento da União os recursos da Saúde. “Vamos levar o médico para o interior, por meio da PEC de minha autoria, que cria a carreira de Estado para a categoria”, completou.
Além da homenagem, o grupo reforçou a necessidade de ter um médico no Senado. Na última eleição, 38 deputados da classe foram eleitos, mas nem todos defenderam e lutaram por melhorias na área da Saúde, como Ronaldo Caiado em seus cinco mandatos como deputado federal. O médico Paulo Luiz Carvalho, diretor da Faculdade de Medicina da Pontífica Universidade Católica (PUC), apoiou a homenagem e parabenizou a campanha de Ronaldo Caiado ao Senado.
“Como médico, entendo que é mais que justa a homenagem ao Ronaldo Caiado. Sempre foi um parlamentar atuante, presente na defesa dos médicos e da saúde nacional”, pontuou. Na mesma corrente, o médico cirurgião plástico Carlúcio Leão. “A razão da homenagem é porque Ronaldo Caiado é um dos poucos parlamentares que levantam a bandeira da saúde. Ele sempre defendeu e lutou por melhores condições para a classe e para a população”, disse.
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SAÚDE BUSINESS 365
POSSE DO COLEGIADO
Conheça os novos diretores da ANS
Arthur Chioro nomeou nesta segunda-feira José Carlos Abrahão, Martha Oliveira e Simone Freire. Veja o perfil de cada um deles!
Em cerimônia realizada na manhã de segunda-feira (1º), no Rio de Janeiro, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, deu posse aos três novos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). São eles: Simone Freire, José Carlos Abrahão e Martha Oliveira.
Na mesa de autoridades estavam os demais diretores da Agência, André Longo (diretor-presidente) e Leandro Reis (diretor de Normas e Habilitação de Operadoras).
Arthur Chioro, ministro da Saúde, destacou a trajetória profissional dos novos integrantes da diretoria colegiada da ANS: Abrahão tem experiência no setor de saúde suplementar, enquanto Simone e Martha são servidoras de carreira. Isso, segundo o ministro, colabora para o aprimoramento do sistema regulatório.
Falou ainda sobre a qualificação técnica dos servidores da Agência, e sobre a importância de uma gestão cada vez mais integrada no sistema nacional de saúde. Existe, segundo ele, uma agenda comum que precisa ser compartilhada entre todos os integrantes dos setores público e privado.
André Longo, diretor-presidente da ANS, disse que a agência vai continuar a exigir que o setor de saúde suplementar garanta o que foi contratado pelos consumidores, com qualidade e em tempo oportuno, em um ambiente que persiga cada vez mais a geração e produção de saúde. Segundo ele, o órgão regulador está cada vez mais comprometido com “o rigor técnico, a transparência e a previsibilidade”.
Conheça os novos diretores
Simone Sanches Freire, diretora de Fiscalização
Funcionária da ANS desde 2002 e servidora de carreira desde 2005, Simone Freire é graduada em Ciências Jurídicas pela Universidade São Francisco (São Paulo) e possui especialização em Direito Público pela mesma instituição (2000). Em 2004, fez pós-graduação em Direito Administrativo, Tributário e Constitucional, pela Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro). Em 2008, concluiu especialização em Regulação de Saúde Suplementar, pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com o Hospital Síri da Gerência de Apoio à Diretoria Colegiada (GEADC) na ANS – 2013.
– Coordenadora da Coordenadoria de Inquéritos da ANS – 2012/2013.
– Fiscal doo Libanês e a ANS. Em sua carreira, exerceu cargos de:
– Diretora Adjunta da Diretoria de Gestão da ANS – 2013/2014.
– Gerente Núcleo Regional de Atendimento e Fiscalização de São Paulo – 2007/2009, entre outras atividades.
– Coordenadora na Corregedoria da ANS (dez 2005 a nov 2007) e Corregedora Substituta (dez 2006 a jun 2007).
José Carlos de Souza Abrahão – diretor de Gestão
Formado em Medicina pela Faculdade Souza Marques (1977), José Carlos Abrahão também é especializado em pediatria e pós-graduado em Administração Hospitalar pelo Instituto Thomas Father. Em 1991, concluiu MBA Executivo pelo Instituto COPPEAD de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em sua carreira destacam-se as seguintes experiências:
– Presidente da Confederação Nacional de Saúde – 2003/2014;
– Presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro – 2000/2014;
– Presidente da Federação Internacional de Hospitais 2007/2013;
– Membro do Conselho Empresarial de Medicina e Saúde da Associação Comercial do Rio de Janeiro – desde 2011, entre outras atividades.
Martha Regina de Oliveira – diretora de Desenvolvimento Setorial
Médica com especialização em pediatria, graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com mestrado em saúde coletiva pela mesma instituição, Martha Oliveira é doutoranda na área de envelhecimento humano na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ingressou na ANS como médica consultora em 2004 e em 2005, após prestar concurso público para o cargo de Especialista em Regulação de Saúde Suplementar, tornou-se servidora do quadro efetivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Em sua trajetória profissional ocupou os cargos de:
– Gerente-Geral de Regulação Assistencial (2007 – 2013) na ANS.
– Chefe de Gabinete e Assessora da Presidência da ANS (2005).
– Médica no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (2003 – 2004).
– Médica consultora no Hospital Pró-Cardíaco (2003).
– Médica Plantonista na UTI Neonatal da Maternidade-Escola da UFRJ (2001 – 2002)
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O HOJE
Resistência de familiares é barreira para doações
Segundo Central de Transplantes, 70% das famílias procuradas pelas equipes captadoras não autorizam o procedimento
A falta de autorização das famílias continua sendo um dos maiores entraves para salvar a vida de quem depende da doação de órgãos. Segundo o diretor da Central de Transplantes em Goiás, Luciano Leão, de cada dez famílias procuradas pelas equipes captadores de órgãos, “sete não aceitam nem iniciar uma conversa sobre o assunto. O que é triste, porque ainda morrem muitas pessoas que estão fila de espera, em busca de um órgão”, ressalta ele.
Para o diretor da Central de Transplantes, apesar da evolução no número de doadores e do Brasil investir mais de R$1 bilhão com esses procedimentos, as doações ainda são poucas considerando que a fila de espera só aumenta. Luciano explica que, na maioria dos casos, o que inviabiliza o transplante é a negativa da família, mas ele relaciona também outros empecilhos.
“Há três grandes problemas. Um é o pouco conhecimento das pessoas em relação à importância do transplante; e por falta desse conhecimento, não há a cultura da doação. Quando há essa oportunidade, o parente de quem teve uma morte encefálica não autoriza o procedimento. Hoje, nós temos 70% de negativas dos familiares em relação à doação”, explica Luciano.
Atualmente, em Goiás, mais de 1.212 pessoas estão na fila à espera de um órgão, sendo que a maioria precisa de transplantes que podem ser realizados aqui no Estado, como os de córneas e rins, considerados mais comuns. Este ano, até julho, ocorreram 511 transplantes (456 de córnea e esclera – tecido do globo ocular; 23 de medula óssea; 30 de rins e dois de pâncreas/rim).
Educação
O diretor ressalta que o segundo problema é que boa parte dos médicos e enfermeiros não tem o comprometimento adequado com as doações, “principalmente aqueles que trabalham em UTIs, onde estão os pacientes de mortes encefálicas. Eles não notificam os casos para a Central e, consequentemente, deixamos de ter doações”, frisa Luciano. Um terceiro problema é que grande parte dos hospitais não está devidamente preparada para os procedimentos em transplantes, o que inviabiliza a sua realização.
O superintendente de Gerenciamento de Unidades Assistenciais em Saúde da Secretaria Estadual da Educação (SES), Deusdedith Vaz, diz que para tentar melhorar essa realidade, a pasta trabalha em três vertentes. A primeira é a conscientização, envolvendo ações educativas para quem ainda está na escola. Um dos projetos já realizados é o “Educar para Doar”, que leva às escolas primárias informações para desvendar os mitos e dúvidas sobre doação de órgãos e assim vencer a resistência em relação ao procedimento.
As outras duas ações envolvem o corpo clínico e inclui a capacitação de equipes e reforço nos procedimentos para realizar o diagnóstico da morte encefálica, para que a Central de Transplantes seja informada dos casos em que é possível fazer a doação dos órgãos.
A última ação diz respeito à implantação de uma coordenação de captação de órgãos, com equipes para fazer o procedimento da captação que funcione 24 horas por dia, atendendo todo o Estado.
Campanha
Para tentar conscientizar a população sobre o tema e celebrar o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos (comemorado em 27 de setembro), a SES decidiu promover o “Setembro Verde”. Durante todo o mês uma série de ações será desenvolvida para levar informações à população de que a doação é um gesto de amor e que contribui para mudar a vida de quem amarga em uma fila de espera para receber um órgão.
“Queria ajudar o próximo”, diz doador
“Queria ajudar o próximo”. Assim resume o pedreiro Valderir Nunes Filho do Nascimento, de 42 anos, que há mais de um ano fez a doação de um de seus rins para Marcos José Ferreira, de 52. Os dois frequentavam a mesma igreja e se conheciam há 15 anos, mas foi à doença de Marcos que fez os dois se aproximarem ainda mais. “Fiquei muito sensibilizado com a situação e decidi ajudar”, conta ele.
“Fui bem informado e tudo ocorreu de forma tranquila”, afirma Valderir. Somente com um rim, ele diz que hoje leva uma vida normal sem restrições. “É como se estivesse com os dois rins; e melhor, sabendo que pude contribuir para salvar uma vida”, acrescenta.
Marcos Ferreira perdeu os rins devido ao diabetes e pode ser considerado um homem de sorte. Ele sofreu com os problemas renais por seis anos. Sua esposa e um irmão estavam dispostos a fazer a doação, mas nenhum era compatível. Ele entrou para a fila de espera por um órgão, mas encontrou em Valderir a oportunidade de continuar vivendo. “Nenhuma palavra é capaz de expressar meu agradecimento. Só Deus retribuirá”, diz Marcos.
Sem ter conhecimento da importância da doação e sem saber se isso era o desejo de seu filho, a dona de casa Valéria Vasques, mesmo em um momento de dor e sofrimento, tomou uma decisão que influenciou a vida de nove pessoas para sempre. Ela perdeu o filho Fábio Maruk, de 31 anos, em um acidente de carro. Diagnosticada a morte cerebral do rapaz, uma equipe da Central de Transplantes a procurou.
“Meu filho nunca me falou nada sobre doar ou não os órgãos e nem eu sabia se isso era a vontade dele. A resposta veio quando fui vê-lo. Peguei em um dos pés dele e ele movimentou. Na hora chamei o pessoal e falei que ele estava vivo. Me explicaram que isso eram movimentos involuntários. Isso foi a resposta dele para me fazer autorizar a doação”, conta Valeria. Hoje um de seus sonhos é conhecer as pessoas que receberam os órgãos do filho. Ela guarda, em um papel, as iniciais dos nomes de quem foi beneficiado com a cirurgia. Foram doados coração, fígado, pâncreas, rins e escleras.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação