ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Cartas dos Leitores – Saúde em Goiânia
• Pacientes sofrem com cirurgias plásticas mal sucedidas
• PT e PSB vão à Justiça contra Cremego
• SulAmérica lança aplicativo para prestadores de serviços
• Senado suspende proibição de inibidores de apetite
O POPULAR
Cartas dos Leitores – Saúde em Goiânia
Em resposta ao secretário estadual de saúde Halim Girade, respeitosamente venho discordar de alguns pontos de sua análise da pesquisa Serpes. A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde reconhece que tem gargalos a serem resolvidos, mas é preciso também que toda a população saiba que Goiânia tem feito muito mais do que o seu dever de casa, pois é quem recebe toda a sobrecarga de pacientes dos 245 municípios que não conseguem atendimento em suas cidades.
Não é demais lembrar que Goiânia tem 1,3 milhão de habitantes e faz 1,5 milhão de atendimentos todo mês. A SMS Goiânia tem 6 milhões de usuários do SUS em seu banco de dados e destes 4,5 milhões apresentaram endereço de Goiânia para garantir atendimento. Goiânia possui uma grande rede de atendimento com 18 unidades que funcionam 24 horas e 86 unidades de atenção básica. Por ter essa estrutura, em 2013, internou pacientes de todos os 27 Estados do Brasil. Nem todos esses pacientes foram pactuados, ou seja, Goiânia não recebeu nada pela maioria destes atendimentos e até por isso acumula-se prejuízo de aproximadamente R$ 90 milhões/ano. Sem contar que os municípios utilizam também unidades básicas de saúde.
Sobre os gargalos, a falta de médicos é um dos maiores problemas do Brasil. Nesta gestão, a Prefeitura convocou 860 médicos concursados em 2013 e 454 em 2014, sem contar os médicos credenciados. Mas trata-se de um problema de mercado de trabalho. Tanto é que o próprio concurso do Hugo 2 não conseguiu atrair candidatos médicos suficientes, conforme reportagem do POPULAR.
O SUS tem vários modelos de gestão e um deles são as Organizações Sociais (OSs). Como todos os outros modelos têm bônus e ônus. Ou seja, no caso de Goiás melhorou a estrutura e o atendimento, mas reduziu drasticamente o acesso. O Hospital de Urgências de Goiânia hoje atende cerca de 300 pessoas. Quem absorveu esses pacientes foram os Cais, Ciams e o Centro de Referência em Ortopedia (Crof). Não adotamos OSs, mas modelo de gestão compartilhada no Hospital e Maternidade Dona Iris.
Por ser o bem mais precioso para o ser humano, a saúde é o setor com a pior avaliação nas pesquisas em todos os governos n o País. Os avanços são inegáveis, mas todos querem ter acesso como está escrito na Constituição. Não é a pesquisa Serpes nem o exigente usuário do SUS que estão errados. Os gestores de saúde têm de ter desprendimento e humildade de reconhecer avanços de um lado e os problemas e desafios de outro. A regionalização da saúde é a melhor solução para desafogar as unidades de urgência e emergência.
Não é à toa que todos os candidatos ao governo do Estado vêm apresentando essa proposta. Não é uma solução para Goiás, mas para o País! A saúde é tripartirte, com responsabilidade para União, Estado e municípios – e a população sabiamente captou essa informação.
Fernando Machado
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TV ANHANGUERA (CLIQUE NO LINK PARA ACESSAR A MATÉRIA)
Pacientes sofrem com cirurgias plásticas mal sucedidas
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/pacientes-sofrem-com-cirurgias-plasticas-mal-sucedidas/3605528/
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DIÁRIO DA MANHÃ
PT e PSB vão à Justiça contra Cremego
HELTON LENINE
A suposta utilização das estruturas do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) para o envio de correspondências, em favor de determinadas candidaturas e recomendando aos médicos que votem e trabalhem contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), deve gerar pelo menos duas representações junto à Justiça Eleitoral e Ministério Público Federal (MPF). O ato do Cremego é descrito por representantes de PT e PSB como aparelhamento indevido da entidade e utilização de instituição paraestatal em desequilíbrio do processo eleitoral.
O Comitê Jurídico do PT deve encaminhar uma petição ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás pedindo que o Cremego cesse o envio de emails e materiais com conteúdo político-partidário. Para o advogado Edilberto de Castro Dias, um dos coordenadores da área jurídica petista, a entidade é uma autarquia federal, com função delegada pelo Estado e que presta contas ao Tribunal de Contas da União (TCU). Portanto, diz, não pode se posicionar politicamente. “Não é admissível que o conselho se utilize dos recursos angariados com as contribuições compulsórias dos inscritos em benefício de um ou outro candidato. Há médicos de diversos partidos inscritos no conselho, inclusive do PT”, alega Edilberto Dias.
O advogado relata ainda que as informações reunidas pelo PT goiano serão encaminhadas ao Diretório Nacional, para que as medidas cabíveis sejam tomadas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em outro flanco, o candidato ao Senado pelo PSB, Aguimar Jesuíno, que é procurador federal, vai representar contra o Cremego, junto ao MPF, por considerar que os representantes dos médicos goianos cometem ilícitos administrativos e eleitorais ao se utilizarem de uma entidade paraestatal em desequilíbrio do processo eleitoral.
Em e-mail aos médicos inscritos, enviado de um endereço eletrônico que pertenceria à estrutura da entidade, o Cremego recomenda o voto no deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), que concorre com Aguimar pela cadeira ao Senado. “A partidarização da entidade é um desrespeito aos médicos que têm posições políticas divergentes”, indigna-se.
Aguimar vai além do questionamento legal. Para ele, a carta que o Cremego enviou aos médicos defende propostas “tacanhas”, como restrições à abertura de faculdades de Medicina no País e uma forte posição contrária ao programa Mais Médicos do governo federal. “Hoje, o Brasil tem 203 milhões de habitantes e um grave déficit de médicos. E a atuação dos dirigentes do Cremego se assemelha mais a um lobby para garantir uma reserva de mercado”, critica.
A posição do Cremego em defesa de Caiado gerou um desconforto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Goiás. Ex-conselheiro e ex-secretário-geral da ordem, Aguimar recebeu a solidariedade de advogados, que requisitaram um encontro com o presidente da seccional goiana, Henrique Tibúrcio, para debater o tratamento privilegiado que o Conselho de Medicina goiano tem dado ao deputado democrata.
Conforme o conselheiro Eliomar Pires Martins, “não é ético uma autarquia especial se posicionar a favor de uma candidatura específica”, a OAB acabou por não se posicionar formalmente sobre a questão. Pelo contrário, manteve em sua programação a realização de uma sabatina com todos os candidatos ao Senado, que acontece esta semana. Sobre a medida da OAB, Aguimar disse que concorda: “Defendi que a OAB, como entidade plural, democrática e cumpridora da lei que é, convidasse todos os candidatos ao Senado, inclusive um médico, para apresentar suas propostas”, disse Aguimar.
Questionado se a OAB também estaria disposta a enviar materiais recomendando o voto em advogados, o presidente Henrique Tibúrcio declarou que não: “Somos uma entidade da sociedade civil que tem por premissa a defesa da Constituição, dos direitos civis e do bem-estar da sociedade. A instituição tem por tradição manter-se isenta nos processos eleitorais.”
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SAÚDE BUSINESS 365
SulAmérica lança aplicativo para prestadores de serviços
Seguradora quer facilitar visualização e emissão de relatórios referentes a faturamento e glosas
A SulAmérica lançou um canal de interação com os cerca de 22 mil prestadores de serviços médicos credenciados. O aplicativo tem como principal finalidade apoiar médicos, clínicas, hospitais e laboratórios na gestão das informações que trocam com a operadora.
O recurso já está adequado ao padrão TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar), mais recente, ou seja, a versão 3.02. Lançado no início de maio, o aplicativo permite a visualização e emissão diária de relatórios de faturamento e glosas (documento de comprovação de procedimentos já realizados, enviado à seguradora), o que possibilita à rede de serviços médicos controle e recuperação mais rápida das glosas aplicadas.
Segundo Marco Antunes, vice-presidente de operações da SulAmérica, o prestador poderá introduzir mais rapidamente ações preventivas para redução de falhas que refletem no faturamento. Assim, o serviço médico pode complementar as informações para a companhia o mais rápido possível, agilizando processos, reduzindo erros e tornando a relação mais transparente.
O acesso ao aplicativo pode ser feito por meio do Portal Saúde Online (espaço restrito do portal institucional) e por web service (comunicação direta entre operadora e rede, sem intermediações). Segundo Antunes, os meios reduzem custos com emissão e armazenamento de papel e o tempo de retorno à rede de serviços médicos, dispensando o processo manual com envio da documentação que levava até 10 dias.
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Senado suspende proibição de inibidores de apetite
Banidas desde 2011, substâncias eram tema de disputa entre médicos, farmacêuticos e a agência reguladora. Anvisa deve editar novas (e duras) normas para comercialização futura
O Senado suspendeu nesta terça-feira (2) resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia a venda e prescrição de medicamentos que contêm anfetaminas, usadas para o controle da obesidade. Com a aprovação, o projeto vai à promulgação e não precisa de aprovação da presidente Dilma Rousseff (e nem pode ser vetado).
Os senadores aprovaram um projeto de Decreto Legislativo (PDS) 52/2014 sustando os efeitos da resolução de 2011 da Anvisa proibia a fabricação, importação, exportação, manipulação, prescrição e o comércio de remédios com as substâncias femproporex, anfepramona e mazindol na fórmula. Também exigia regras mais rígidas para a sibutramina.
Segundo a agência, as substâncias oferecem mais riscos que benefícios aos usuários, e não há provas científicas de eficácia.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, disse que os remédios devem demorar a voltar para as prateleiras, uma vez que os registros dos medicamentos estão cancelados. Adiantou ainda que uma nova regulação sobre as três substâncias deve ser proposta em breve, inclusive com a exigência da apresentação de estudos de efetividade e segurança.
Barbano também disse que vai propor a proibição da venda das substâncias por farmácias de manipulação, únicas até então responsáveis por sua venda no País. Qualificou ainda a decisão do Senado de “perigosa”, e que a proibição anterior atendia a fundamentos “técnicos, científicos e legais".
Embate
No Senado, o líder do PT, Humberto Costa (PE), posicionou-se contra a medida e defendeu a permanência da resolução. “Essa resolução da Anvisa não foi tirada do bolso do colete. Ela surgiu após estudos aprofundados e detalhados acerca desses medicamentos", disse Costa.
Após a aprovação do projeto, o senador cogitava se apresentaria recurso contra a votação. Como a matéria foi aprovada de maneira simbólica, Costa chegou a pedir votação nominal, mas o senador Jayme Campos (DEM-MT), que presidia a sessão, esclareceu que isso não seria mais possível, já que o resultado havia sido proclamado. Para Humberto, no entanto, até a leitura da matéria seguinte na pauta de votação, o pedido seria possível.
Humberto Costa foi o único a se manifestar contra a liberação dos inibidores de apetite. Todas as outras intervenções foram favoráveis ao projeto de decreto legislativo. Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que é médico, classificou a proibição como "desrespeito" com as pessoas que precisam desse tipo de medicamento.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), farmacêutica, lembrou que foram realizadas várias audiências públicas sobre o assunto, com a participação de especialistas da área de saúde. Para ela, a resolução da Anvisa não reflete a opinião da maioria, e a agência agiu de maneira excessiva ao proibir a comercialização e prescrição dos inibidores de apetite. Defendeu ainda que, ao invés da proibição, a agência deveria editar uma norma mais rigorosa para a prescrição e uso do medicamento.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação