ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Socorro emergencial
• Radiologistas – Aprovados aguardam decisão da Justiça
• Um suicídio a cada 40 segundos
• Reações da vacina contra o HPV
• Santa Casa e médico terão de indenizar paciente tratado com descaso
• Prefeitos cobram verba da Saúde
• 5 fatores para inovar em Saúde, segundo os profissionais brasileiros
• Idosa se deita no chão de unidade de saúde à espera de atendimento; vídeo
• Demora no atendimento e a falta de profissionais causa transtornos em Cais de Goiânia
O POPULAR
Socorro emergencial
Na edição de ontem, este jornal noticiou um dia de confusão na rede municipal de saúde em Goiânia, devido à falta ou aos estragos em equipamentos de raios X, o que fez pacientes com suspeita de fratura peregrinarem por vários Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais).
Segundo mostrou a reportagem, a informação de uma suposta paralisação de técnicos radiologistas, por falta de pagamento, fez com que a demanda se concentrasse no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), causando superlotação. O jornal apurou que em 6 de 16 postos de saúde o aparelho de raios X não funciona e em 2 funcionou por um período do dia apenas.
São precariedades assim, algumas absurdas por se tratarem de serviços essenciais, que tiram a confiança da população na saúde pública, o que exige das autoridades uma nova postura e dos candidatos compromissos muito sérios, sem demagogia.
Exame básico, a radiografia feita pelo equipamento de raios X é imprescindível ao socorro emergencial. Não se justifica a falta desse exame em tantos centros de saúde da capital, o que força os pacientes a uma sofrida peregrinação, com riscos de agravar os seus problemas.
A Secretaria Municipal de Saúde informou ontem que a situação se normalizará dentro de dez dias, período em que pacientes continuarão submetidos ao sofrimento da espera.
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Radiologistas
Aprovados aguardam decisão da Justiça
Prefeitura renovou contrato com empresas ao invés de utilizar concurso público de 2012
Gabriela Lima
Técnicos em radiologia aprovados no último concurso da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reivindicam a contratação, por parte da Prefeitura de Goiânia. Por um lado, a Justiça determinou a nomeação de 37 profissionais classificados no cadastro de reserva do certame, realizado em 2012. Por outro, o secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, afirma que a ausência desses profissionais não tem relação com a falta do serviço de raios X, mostrada ontem pelo POPULAR. O gestor da pasta diz que, com a vigência de um convênio assinado com a Santa Casa de Misericórdia, o problema deverá ser solucionado em um prazo de dez dias.
“Para mim, as ações da Prefeitura vão totalmente contra a determinação da Justiça, deixando a gente de lado”, diz o técnico em radiologia Braulino Ferreira da Cruz, 35 anos, um dos contemplados por decisão judicial.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, disse não ter conhecimento das decisões judiciais. Mas informou que o certame foi prorrogado por mais dois anos. “O concurso está vigente e nós vamos chamar os aprovados. A Prefeitura só não fez isso por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal.”
O concurso previa duas vagas para contratação de técnicos em radiologia e a formação de um cadastro de reserva com 125 classificados. Em 2013, no entanto, sem ter chamado nenhum dos radiologistas aprovados, a Prefeitura renovou o contrato de prestação de serviço com a TechCapital Diagnósticos e Participações LTDA. A empresa, além de cuidar da manutenção de equipamentos, também fornece os técnicos para realizar os exames. Inconformados, cerca de 80 aprovados entraram com ações na Justiça. Em maio deste ano, o juiz da 3ª Vara de Fazenda Pública Fabiano Abel de Aragão Fernandes proferiu liminar em favor da nomeação de 19 concursados.
“Diante da contratação temporária da empresa, quando existiam candidatos aprovados aguardando nomeação, a mera expectativa de direito dos aprovados se convolou em direito líquido e certo, impondo-se a sua nomeação em consonância com a ordem classificatória”, diz a decisão.
Em junho de 2014, o juiz José Proto de Oliveira, também da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia decidiu a favor de mais 18 aprovados. “O processo teve sentença favorável em primeiro grau e agora estamos aguardando avaliação da segunda instância”, diz o advogado dos radiologistas, Rodrigo Vitor Couto Amaral.
Serviço de raios X deve se normalizar em 10 dias
O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, informou que o serviço de raios X nos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais) deve voltar à normalidade em dez dias. Na segunda-feira, o POPULAR apurou que o diagnóstico por imagem não funcionava em seis dos 13 Cais onde há o aparelho.
A Prefeitura assinou um convênio com a Santa Casa de Misericórdia, que passará a cuidar da manutenção e insumos dos aparelhos de raios X dos Cais Vila, Novo Mundo, Cândida de Morais, Finsocial, Amendoeiras e Guanabara.
A TechCapital continuará responsável pelo serviço nos Cais Curitiba, Goiá, Chácara do Governador, Campinas, Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Itaipu.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Um suicídio a cada 40 segundos
Hoje é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O Brasil é o oitavo país com maior número de casos. A equipe do Diário da Manhã entrevistou especialistas que explicam o problema universal
Hoje oficialmente em todo o mundo é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, por iniciativa da Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A data tem como objetivo alertar a sociedade sobre o problema que representa a maior causa de morte prematura evitável e pedir aos governos que desenvolvam estratégias de prevenção em nível nacional.
O suicídio é um problema de saúde pública com raras e acanhadas políticas de prevenção e pouca pesquisa científica. De acordo com um relatório da OMS, mais de 800.000 pessoas tiram a sua própria vida por ano no mundo, o que representa uma morte a cada 40 segundos. Essa é a segunda maior causa de morte em pessoas entre 15 e 29 anos. Da mesma forma, os idosos acima de 70 anos são aqueles que mais se tornam suicidas.
No mundo todo, as taxas de suicídio subiram 60% nos últimos 50 anos e esse aumento foi significativo nos países em desenvolvimento. A maioria dos casos ocorre na Ásia, que reúnem até 60% do total.
O Brasil é o oitavo país em número de suicídios. Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres. Mas esses números podem ser maiores, visto que muitas vezes estes casos são relatados como mortes acidentais.
Por causa do estigma, apenas 60 dos 194 países da OMS coletam dados sobre o fenômeno. Diante dessa realidade, a entidade vai lançar-se em campanha para ajudar governos a desenvolver programas de prevenção e reduzir a taxa em 10% até 2020. Hoje, apenas 28 países têm estratégias nacionais de prevenção.
o suicídio
Pensar em tirar a própria vida é mais comum do que se imagina. De acordo com o psiquiatra João Alberto, professor de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), todo mundo já pensou em se matar em situações difíceis ou não. Para ele, o pensamento em sua própria destruição surge quando a pessoa acredita que não há solução para seus problemas. Esse tipo de reflexão vem à mente em momentos de crise. A crise é identificada em meio à desorganização mental, estresse e sensação de incapacidade de solucionar os problemas da vida.
A psicóloga Elzir Nascimento define o suicídio como uma prova de alguém que não consegue enfrentar os seus problemas, acreditando que a morte seria a solução. Porém, em sua opinião, o suicídio na verdade é só continuação do problema. "As pessoas têm a visão que morrendo os problemas acabam, mas na verdade eu acredito que a morte não é o fim", conta.
Conforme os especialistas, o que provoca o desejo de morte muitas vezes está associado a um alto nível de depressão. Entretanto, o psiquiatra João Alberto esclarece que o suicídio é um fenômeno humano e que todos estão sujeitos. "Necessariamente o suicida não significa que tenha uma doença mental", pontua.
O especialista ainda explica, contudo, que mais de 90% dos casos de suicídio a pessoa já tinha alguma doença psiquiátrica e que muitos demonstram o desejo da morte. João Alberto destaca que não é incomum que pessoa com depressão e que não são tratadas adequadamente recorram a drogas e álcool para aliviar o sofrimento. E que o uso excessivo deste pode piorar o quadro depressivo ou impulsionar a 'coragem' de tirar a própria vida.
Como Identificar
Além dos sinais diretos que a pessoa emite quando tem a intenção de se matar – falar explicitamente que quer morrer, por exemplo – alguns sinais indiretos também podem ser percebidos. Começar a se despedir de parentes e amigos, apresentar muita irritabilidade, sentimento de culpa e choros frequentes. Também pode começar a colocar as coisas em ordem e ter uma aparente melhora de um quadro depressivo grave, de uma hora para outra.
De acordo com o psiquiatra, normalmente a família não identifica quando algum membro tem o desejo de morte. Distração, não acreditar na possibilidade ou mesmo não pensar no assunto caracteriza grande parte das famílias. "Mas a família consegue e pode perceber quando alguém não está bem e precisa de cuidados médicos", alerta João Alberto.
Tratamento
Para o psiquiatra existe um mito de que conversar sobre o assunto pode induzir alguém a tentar. Ele afirma que isso é falso, ninguém comete suicídio por ter conversado sobre o assunto. Muito pelo contrário, abordar, perguntar se a ideia de suicídio passa pela cabeça é importante porque pode dar espaço para que a pessoa seja tratada e que o suicídio não aconteça.
"Tem pessoas que demonstram isso fácil e outras não. A melhor maneira ao observar uma pessoa com depressão, não importa o grau que seja, é levar essa pessoa a um especialista para um diagnóstico do transtorno emocional", assegura João.
A psicóloga Elzir Nascimento destaca que a pessoa depressiva tem que se cuidar para não chegar ao ponto do pensamento sombrio. Para ela, prevenir o ato é explicar que a morte não é a solução dos problemas.
Família
A melhor forma de aliviar uma dor é aliviar a dor do outro. Quem afirma é Elzir Nascimento, para a especialista é uma forma de compensar, aliviar ou diminuir uma dor profunda como uma morte de um ente seria trabalhando para ajudar a aliviar a dor do próximo. "Tudo isso é fato comprovado por pesquisas e livros, ir ajudar um orfanato, um hospital ou até mesmo um asilo é a melhor forma de tranquilizar a mente depois de uma morte", ressalta.
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Reações da vacina contra o HPV
Imunização contra o HPV tem causado reações adversas em mulheres de todo o Brasil
A prevenção é a principal "arma" contra qualquer doença, e a melhor forma de prevenir é com a vacina. O Ministério da Saúde e as secretarias dos Estados e municípios promovem durante o ano diversas campanhas de vacinação contra as mais variadas enfermidades, a fim de preveni-las. A mais recente é contra o HPV, porém, tem provocados efeitos colaterais em algumas pessoas.
Entre os diversos casos que ocorreram pelo Brasil, está o de Monique, 14 anos, que mora em Friburgo (SC). Sua mãe, a doméstica Neide Fátima Sonda Petry, define a filha antes da vacinação: "Monique era uma menina sadia com uma vida ativa, cheia de saúde. Nunca teve nada, nem alergia, até então tomar a vacina contra o vírus HPV."
A garota tomou a vacina, dia 18 de março, na Escola de Educação Básica Gonçalves Dias, e no mesmo dia, começaram as reações, que elas ainda não estavam certas se havia relação com a vacina. "Perna endurecida, formigamento na perna e pé direito, fadiga, insônia, dores na barriga e cabeça, desmaios, trombose venosa profunda das veias femoral comum, e porção proximal da femoral superficial, trombose de segmento inicial da veia safena magna, e veias obstruídas na perna direita", cita Neide.
Além disso, a doméstica afirma que sua filha quase não caminhava, pois a dor e o inchaço tomaram conta da perna da menina. "Com os remédios anticoagulantes passou a dor, mas a perna continua inchada e com cor diferente. Já estamos há quatro meses em tratamento, mesmo medicada, ainda aparecem sintomas como infecções, dores de cabeça e visão turva", diz.
Os sintomas que sua filha apresentava, preocupava Neide, e elas procuraram um atendimento médico. "Procuramos o Pronto Atendimento (PA), falaram que era só uma dor, era para tomar paracetamol e liberaram. Saímos do PA e fomos ao hospital, ficamos 14 horas em observação, e liberaram, falaram que estava normal", relata. A mãe relata que saíram do hospital e foram procurar atendimento em outra cidade, onde realizaram consulta com um médico especialista. "Um vascular consultou e fez exame dopller. Falou que era grande o risco de morte, já começou o tratamento com anticoagulante", explica.
Questionada se devido ao efeito da vacina, sua filha deixou de realizar alguma atividade, ela é direta: "30 dias sem aulas, repouso absoluto com perna elevada, o resto do ano sem exercícios, sem educação física e uso de meia elástica", diz. Sobre o estado atual de Monique, a mãe explica: "Apenas a dor na perna parou, continua com a perna inchada e cor diferente, sempre com algum sintoma novo, infecções, dores na cabeça, na barriga e cansaço."
Exemplo
A estudante Rafaella Barbosa, 13 anos, moradora de Rezende (RJ) também sofreu reações após ser vacinada contra o HPV. Tomou a vacina, dia 21 de março, na escola em que estuda, duas horas depois, já estava sentindo reações adversas. "Comecei a sentir dor no braço onde tomei a vacina e muita dor de cabeça. Aí fui para casa e chamaram minha mãe que estava trabalhando. Minhas dores aumentavam e, quando minha mãe chegou em casa, ela me deu um remédio para as dores. As minhas dores não passavam e então, no dia seguinte, minha mãe me levou ao Pronto Atendimento de um hospital na cidade onde moro", diz.
Rafaella explica que já estava com a mão e o braço direito inchados e no hospital, seu caso foi tratado como tendinite. "Fui para casa, mas minhas dores no braço só aumentavam e minha mão mais inchada ainda. Fui então à clínica ortopédica onde o ortopedista suspeitou de distrofia reflexa, ou síndrome da dor. Segui então para médicos em vários lugar, inclusive no Rio de Janeiro, mas os médicos não conseguiram tratar meu problema. Fomos a São Paulo procurar tratamento aonde comecei o procedimento para a distrofia, mas o dinheiro dos meus pais acabou e passamos a tratar na rede pública", afirma.
Com o passar do tempo, a jovem começou a sentir tonturas e dores de cabeça, além de dificuldade em enxergar, formigamento nos pés, dificuldades para andar. "Tinha muitas dores no braço, as minhas mãos muito inchadas, eu não podia nem sentir o vento no meus braços, minhas mãos, era muita dor", relata.
Devido às dores de cabeça e visão, a mãe de Rafaella a levou no oftalmologista. "Ele diagnosticou edema de papila e mandou que fosse feita ressonância nuclear cerebral. Foi diagnosticada pressão intracraniana ou pseudotumor. Fui para Uberlândia para um neurologista especializado que fez muitos exames. Eu estava com dezoito veias obstruídas no cérebro, coluna, pescoço e entre coração e pulmão. Foi feito um procedimento para desobstruir minhas veias. Nesse tempo eu só conseguia andar de cadeiras de rodas, já não dormia mais", conta.
A estudante afirma que agora se sente um pouco melhor, mas terá de fazer outro procedimento. "Estou de repouso por três meses. Não fui mais à escola desde o dia da vacina. Hoje eu não posso fazer esforço físico, não posso correr e nem me movimentar muito", relata.
Rafaella afirma seu estado atual: "Estou melhorando, mas ainda não estou muito bem, e não sei como vou ficar daqui para frente", diz a estudante que concede sua opinião sobre a vacina contra HPV. "Eu não sabia nada da vacina, só que era para fazer o bem. Hoje sei que depois que eu a tomei fiquei muito mal, quase morri", finaliza.
HPV
Muito vem se falando sobre essa doença e as vacinas, mas o que é HPV? A coordenadora de eventos adversos pós-vacinal da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, Tânia Cristina Barboza, explica: "É um vírus com mais de 150 sorotipos, pode ser contagioso", diz. Explica ainda que alguns vírus levam à formação de verrugas genitais e ao câncer de colo de útero, que é a terceira causa de óbito por neoplasia em mulheres no Brasil.
Questionada se existe forma de prevenir a doença, ela cita três maneiras. "A prevenção através do Papanicolau, o uso de preservativos e a vacina quadrivalente, que possui quatro sorotipos (dois para a verruga genital e dois contra o câncer de colo de útero)", explica.
Acontecimentos
Nos últimos dias, alguns sites e redes sociais vêm divulgando casos de meninas que sofreram alguma reação adversa após tomar a vacina. Tânia afirma que o Ministério da Saúde divulgou a informação: "Em relação ao evento de São Paulo, está sendo acompanhado pelo ministério, e tem relação de temporalidade, mas não existe causa e efeito", diz, explicando que não foi comprovado nada.
A publicação também diz que o Ministério afirma que essas reações são de ansiedade das meninas, e comenta sobre Goiás:"Aqui no Estado não existe nenhuma notificação de eventos adversos", diz. E ainda afirma que em Goiás estão ocorrendo apenas alguns relatos isolados, e que não tem percebido diminuição na procura pela vacina.
Vacina
Apesar de toda a discussão existente, a coordenadora afirma que a implantação da vacina é um ganho para a sociedade. "O impacto vai ocorrer a médio e longo prazos", diz. Em relação às reações, toda vacina é um produto farmacêutico que não está isento de provocar reações, e cita algumas delas: "Dor, edema, inchaço no local, vermelhidão, cefaleia, febre de 38 graus e sincope ou desmaio, induzido a partir do medo, ansiedade", diz, destacando que os mais comuns são dor local, cefaleia, alergia e nas pessoas mais sensíveis, desmaios, além de alergias, para quem tem pré-disposição.
Tânia afirma que na primeira dose, apenas 0,09 % das delas provocaram algum tipo de reação, e comenta sobre a quantidade de vacinação. "A cobertura vacinal da primeira dose foi de 90,16%", informa, destacando que a média esperada é de 80%.
A campanha de vacinação da segunda dose teve início dia 1º e vai até 1º de outubro. "Hoje (ontem), até o momento, nenhum evento", diz. A profissional afirma que a meta do Ministério da Saúde é vacinar meninas de nove a 13 anos. "Este ano, foi iniciado na faixa de 11 a 13; em 2015, será entre nove a 11 anos, e em 2016, será a partir dos nove anos de idade", diz.
A coordenadora diz que a vacina não é indicada para gestante, mas destaca a importância das meninas se vacinarem. "Façam manutenção da segunda dose. É uma garantia de proteção até a terceira dose, daqui há cinco anos", finaliza.
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O HOJE
Santa Casa e médico terão de indenizar paciente tratado com descaso
A Santa Casa de Misericórdia de Anapólis e um médico foram condenados pelo TJGO a pagarem solidariamente, indenização de R$ 15 mil por danos morais a idoso tratado com descaso ao procurar a unidade em razão de complicações de uma cirurgia. Consta dos autos que, em agosto de 2008, ele foi diagnosticado com pedra na vesícula e, três meses depois, apesar de seus 83 anos, foi submetido a cirurgia. Contudo, dois dias após o procedimento, retornou ao hospital com fortes dores na barriga e ausência de sinais fisiológicos. Chegando ao local, foi informado de que não havia cirurgião/clínico e orientado a buscar atendimento no Hospital Municipal de Anápolis. Ao se dirigir àquela instituição, foi informado de que não havia infraestrutura e condições de realizar qualquer procedimento. De volta à Santa Casa, teria sido atendido com descaso pelo médico, que chegou a afirmar: “Ele não tem nada, ele está com manha”. A família decidiu levá-lo ao Hospital Evangélico Goiano, onde – após exames – constatou-se que encontrava em estado grave de septicemia.
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Prefeitos cobram verba da Saúde
Em reunião na Sefaz, gestores municipais apontam dez meses de atraso no repasse dos recursos às prefeituras pelo governo estadual
Cerca de 15 prefeitos goianos estiveram na tarde desta terça-feira no gabinete do secretário José Taveira, da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, para solicitar o repasse das verbas destinadas aos programas de assistência básica à saúde. Encabeçado pelo presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Divino Alexandre, prefeito de Panamá, o grupo alega atraso em pelo menos dez parcelas dos recursos. Apenas para a Estratégia Saúde da Família (ESF) seriam quase R$ 45 milhões que deixaram de ser repassados às prefeituras.
Segundo Divino Alexandre, a situação é igual em todos os municípios goianos. Ele alega ainda falta de recursos para investimentos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Farmácia Básica e Laboratório 24 Horas. “O Estado deveria repassar 25% da verba aplicada na Saúde nos municípios, que também entram com 25%. Acontece que, como o Estado não tem repassado, nossa contrapartida tem sido muito maior, às vezes, até 40%”, reclama. Pela lei, o financiamento da saúde deve ser tripartite, formado pela União, Estado e municípios.
Conforme explica o presidente da FGM, o repasse do governo federal é de cerca de R$ 9 mil para cada equipe de atenção básica, formada por médico, enfermeiro padrão, técnico de enfermagem e agente comunitário. “Com esse valor, não consigo pagar nem o médico”, diz. De acordo com o prefeito, nenhuma justificativa foi dada para o corte nos repasses. Ao menos duas reuniões sobre o mesmo assunto já foram realizadas no ano passado. “Tínhamos atraso em 2013. Aí, fizemos uma reunião, eles pagaram um mês e pararam novamente”, explicou. Segundo ele, a FGM só teve acesso aos débitos referentes ao ESF, e não aos de outros programas.
Déficit
Presente na reunião, a prefeita de Uruaçu, Solande Bertulino (PMDB), alegou que sua cidade possui um déficit de mais de R$ 850 mil na área. “Estamos cansados de assumir uma responsabilidade que não é nossa”, falou. De acordo com ela, os repasses oriundos do governo federal, ainda que insuficientes, têm garantido a sobrevivência das prefeituras. Da mesma opinião compartilhou o prefeito de Sanclerlândia,Wal¬kler Rodrigues (PSD). A maior parte dos prefeitos presentes assumiu o compromisso de voltar à Sefaz hoje, para nova reunião, desta vez com a presença de Halim Girade, secretário estadual de Saúde.
Taveira afirma que recursos foram repassados
Segundo José Taveira, os recursos foram encaminhados à Secretaria de Saúde, mas a Sefaz não tem como especificar a aplicação das verbas repassadas a quaisquer secretarias. Taveira defende a criação de um cronograma de repasses que possa zerar os débitos com os municípios. “O Estado tem como pagar, desde que estabelecido um cronograma pra isso”, falou. De acordo com Taveira, no ano passado, um acordo entre as duas secretarias chegou a ser feito, mas outros projetos podem ter sido priorizados pela Pasta. “Tenho amigos prefeitos que me queixam dessa problemática”, contou.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde reconheceu que o débito existe, mas não soube explicar os motivos para a suspensão. A intenção é discutir, na reunião de hoje, a estratégia para reaver os repasses, num cronograma exequível. Se não bastasse a falta de recursos estaduais, uma portaria do Ministério da Saúde, publicada em maio, suspendeu a transferência de recursos financeiros para 1.027 municípios que não cadastraram os serviços de vigilância sanitária no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e não alimentaram regularmente o Sistema de Informação Ambulatorial. Em Goiás, 28 cidades foram penalizadas.
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SAÚDE BUSINESS 365
5 fatores para inovar em Saúde, segundo os profissionais brasileiros
Estudo internacional identificou drivers para acelerar inovações em saúde. Profissionais de oito países, inclusive o Brasil, contribuíram
Um estudo internacional intitulado Lições de Oito Países sobre Difusão de Inovação em Saúde foi publicado esta semana pela Health Affairs, jornal especializado em política da saúde dos Estados Unidos. No estudo, os pesquisadores tentaram determinar a influência de fatores culturais, examinando evidências de oito diferentes sistemas de saúde ao redor do mundo, incluindo o Brasil.
Os pesquisadores avaliaram, entre outros fatores, o rápido crescimento da população, o aumento da expectativa de vida e as futuras pressões que essas mudanças podem gerar sobre a sociedade e seu sistema de saúde. Realizada por uma equipe do World Innovation Summit for Health (WISH), iniciativa global da Fundação Qatar para a educação, ciência e desenvolvimento comunitário, a pesquisa compila exemplos internacionais e busca dar conselhos práticos para ajudar formuladores de políticas e inovar os serviços de saúde.
Sete áreas são consideradas fundamentais pelo levantamento para permitir apoiar a mudança e o desenvolvimento:
– Capacitando pacientes;
– Engajamento dos profissionais de saúde;
– Adaptação das inovações no contexto local;
– Identificar e apoiar líderes;
– Promover a aprendizagem e novas formas de trabalho;
– Eliminação das práticas herdadas;
– Promover a futura transformação.
A equipe de saúde brasileira entrevistada entende que os mais proeminentes fatores culturais no sentido de incentivar a adoção da inovação foram:
– Identificar e apoiar líderes em organizações de saúde que adotam e promovem a mudança;
– Responder às preocupações dos profissionais de saúde sobre as implicações e sustentabilidade das inovações;
– Remover as formas antigas e ineficientes de trabalhar para melhorar a eficácia das inovações;
– Criar tempo e espaço para a aprendizagem;
– Adaptar as inovações para atender o contexto local.
O estudo constatou que havia lacunas entre a importância destes facilitadores de inovação cultural e sua real influência no sistema de saúde brasileiro e nas outras sete nações que contribuem para o estudo, sugerindo que os especialistas de saúde entrevistados acreditam que há mais trabalho a fazer.
Em todos os oito países, o estudo identificou uma semelhança nos resultados sobre a importância da linha de frente dos fatores culturais. Todos eles têm estruturas muito diferentes de cuidados de saúde, recursos e dados demográficos do paciente e destacam a importância universal no desenvolvimento de uma cultura de difusão no seio das organizações de saúde.
Segundo Darzi de Denham, presidente executivo do WISH e diretor do Instituto de Inovação Global da Saúde no Imperial College de Londres, a inovação deve desempenhar papel crucial na saúde no Brasil nos próximos anos. A expectativa é de que os formuladores de políticas de saúde nos diversos locais possam encontrar na pesquisa um importante recurso de informação.
O estudo de duas fases examinou as percepções de mais de 2.200 serviços de saúde e profissionais da indústria para determinar a importância e influência dos facilitadores e dinâmicas culturais dos oito países, escolhidos para representar economias desenvolvidas e emergentes e uma variada gama de sistemas de cuidados de saúde em termos de finanças e estrutura. Os oito países incluídos no estudo foram o Brasil, EUA, Índia, África do Sul, Espanha, Austrália, Inglaterra e Qatar.
Mais detalhes sobre o estudo Lições de Oito Países sobre Difusão de Inovação em Saúde podem ser encontrado (em inglês) no site da Health Affairs.
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PORTAL G1/GOIÁS
Idosa se deita no chão de unidade de saúde à espera de atendimento; vídeo
Aposentada esperou cerca de 30 minutos até ser medicada, em Goiânia.
Secretaria de Saúde diz que paciente chegou na troca de turno dos médicos.
Uma aposentada de 69 anos se deitou no chão do Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) do Jardim América, em Goiânia, devido a fortes dores que sentia até conseguir uma maca e ser atendida na segunda-feira (8). De acordo com o acompanhante, o também aposentado Benedito Vieira Guimarães, ela já estava esperando há aproximadamente 30 minutos para ser medicada.
“Eu estava no trabalho, voltei e encontrei ela prostrada. Eu corri com ela pra cá para caçar algum recurso. Nós somos aposentados, ganhamos salário mínimo. O que a gente pode fazer? É procurar o SUS [Sistema Único de Saúde]”, disse Guimarães.
Segundo o acompanhante, a idosa estava com a pressão alta e não aguentou ficar sentada. Com a falta de leito naquele momento, se deitou no chão enrolada a cobertores e reclamando constantemente das dores no peito.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a aposentada chegou ao Ciams na troca de plantão dos médicos, às 19h, e logo se deitou no chão. Diante do ocorrido, servidores providenciaram a maca para que ela recebesse o atendimento na sala de observação da unidade. Em seguida, ela foi medicada e liberada ainda na segunda-feira.
Na mesma unidade, outra paciente também reclamava da demora no atendimento. De acordo com o marido dela, José Robson Lima dos Santos, eles chegaram antes da troca de plantão e esperaram por mais de uma hora até que a mulher fosse medicada. “Pelo jeito, eu acho que não tem médico não, porque até agora nada”, reclamou Santos.
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TV ANHANGUERA (CLIQUE NO LINK PARA ACESSAR A MATÉRIA)
Demora no atendimento e a falta de profissionais causa transtornos em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/demora-no-atendimento-e-a-falta-de-profissionais-causa-transtornos-em-cais-de-goiania/3616531/
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação