Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27 A 29/09/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Coluna Giro – Curso de medicina
• Saúde – Ministro interfere em interdição
• Caso Bruno – Cirurgia estava marcada para o dia da morte
• Anvisa publica manual sobre conforto em unidades de saúde
• Santas casas e hospitais beneficentes suspendem procedimentos
• Cremego recorre contra multa aplicada pelo TSE
• Goiânia perde 400 leitos de psiquiatria

O POPULAR
Coluna Giro – Curso de medicina
O MEC aprovou sexta-feira a implantação do curso de medicina no câmpus da UFG em Catalão, informa o ex-reitor Edward Madureira. Serão 50 vagas inicialmente a partir de 2016. (28/09/14)
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Saúde
Ministro interfere em interdição
Cleomar Almeida
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, avocou o processo de interdição do Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. O impasse em torno da unidade, no entanto, fez o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) abrir investigação para apurar suposto crime de desobediência. O Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) realizará, às 10 horas de segunda-feira, nova reunião para buscar solução para o caso.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO) declarou a interdição do Cais, na terça-feira, depois de uma série de fiscalizações averiguar irregularidades na unidade, como esquadrias de portas e janelas enferrujadas, vidros quebrados, lixeiras sem tampa. Apesar de o Conselho Regional de Enfermagem em Goiás (Coren-GO) informar que os problemas aumentam os riscos à saúde dos pacientes e impedem o trabalho adequado, o atendimento segue normalmente, como mostrou O POPULAR durante toda a semana.
O procurador da República em Goiás Ailton Benedito já investigava denúncias em relação ao Cais, mas agora quer apurar, entre os crimes, o de desobediência, já que a unidade de saúde não foi interditada. Em nota encaminhada à imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia informou que o prefeito Maguito Vilela ligou para o ministro, que decidiu avocar o processo. Dias, conforme divulgado, determinará que a SRTE-GO dialogue mais com a secretaria, para que conceda prazo de readequação. A Superintendência negou as propostas da prefeitura na última quinta-feira. Por causa disso, nova reunião será realizada no MPT, para que se chegue a um consenso. (27/09/14)
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Caso Bruno
Cirurgia estava marcada para o dia da morte
O POPULAR teve acesso ao prontuário médico do rapaz, que morreu após fratura de fêmur
Janda Nayara

O POPULAR teve acesso ao prontuário médico do entregador Bruno Henrique Mendonça Viana, de 17 anos, que dois dias após procurar atendimento médico na rede pública de saúde por causa de uma fratura no fêmur, e dar entrada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), morreu de provável embolia pulmonar – entupimento de vasos sanguíneos por gordura, ar, coágulo de sangue e até fragmento de ossos, comum em fraturas semelhantes.
Tirando o fato de que, segundo o hospital, Bruno esperaria até 10 de setembro, dia de sua morte, para passar por procedimento cirúrgico, indicado no dia 8, o atendimento foi considerado normal, segundo médicos consultados pela reportagem. De acordo com o relatório de enfermagem e médico do documento, Bruno recebeu medicações comuns para o caso, como analgésicos e, por duas vezes, anticoagulante, que demonstrava a preocupação com a possibilidade de embolia ou coagulação. “A medicação reduz os riscos, mas o correto é fazer a cirurgia o mais rapidamente possível”, reforçou um profissional que auxiliou a reportagem na leitura do prontuário.
Assim que deu entrada no Hugo, o caso de Bruno foi classificado pela enfermeira responsável pela triagem dos pacientes como “pouco urgente”, cor verde na classificação do Protocolo de Manchester, que utiliza alguns sinais clínicos – como se a vítima está consciente, sente dor, sinais vitais – para priorizar o atendimento médico. O diretor do Departamento de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), explica que a classificação de risco não interfere na estada do paciente no hospital, servindo apenas para ordenar o atendimento médico na emergência.
As prescrições do prontuário foram assinadas por cinco médicos, sendo um no dia em que Bruno deu entrada no hospital, apesar da família da vítima afirmar que ele só recebeu atendimento médico quando ficou em estado grave e começou a vomitar sangue. “Só apareceu enfermeira para aplicar medicação prescrita. Mas o médico nem tinha ido ver meu filho. Só foram no dia em que ele ficou mal de verdade, depois de muito gritar por ajuda e tossir sangue”, afirma a mãe do rapaz, a dona de casa Cléia Carneiro de Mendonça.
CIRURGIA
Um documento de autorização de procedimento mostrava que a data prevista para a alta de Bruno seria dia 12. Cléia diz que ao filho, uma enfermeira informou, inicialmente, que a cirurgia seria realizada no dia 10, mas que depois teria sido remarcada para o dia 11. Em nota, a assessoria de imprensa do hospital informou que o procedimento estava agendado para o dia 10 e foi classificado como uma urgência programada. “Quando se trata de fratura fechada de fêmur, caso em questão, a cirurgia depende das condições do paciente, tornando cada situação única. Dentro deste perfil, há pacientes que podem esperar pelo procedimento por dias. O que se aguarda são as condições cirúrgicas ideais. Neste intervalo de tempo, o assistido pode necessitar de estabilização, alinhamento e administração medicamentosa apropriada, o que permite, assim, se chegar ao preparo pré-operatório adequado a cada caso”, descreveram.
Bruno passou pelos exames pré-operatórios, que incluíam hemograma e função renal, no dia 9, e estava tudo aparentemente normal.

Família presta depoimento em inquérito que apura provável erro
Mãe, pai e irmã de Bruno Henrique estiveram na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) na tarde de quinta-feira para prestar depoimento à delegada Renata Vieira. De acordo com os pais do rapaz, eles não ficaram satisfeitos com a posição da polícia em relação ao caso. “Ficamos desanimados pois a delegada falou que seria muito difícil investigar médico, que poderia não dar em nada. Tirou nossa esperança de justiça”, contou Milton Rodrigues Viana, pai da vítima.
Renata Vieira explica que o que fez foi ser sincera. “Falei para aquela mãe não depositar a paz de espírito dela só no resultado de uma investigação criminal, pois não é algo rápido. É muito difícil investigar erro médico, porque um profissional não aponta o erro do outro. Eles estão depositando muita expectativa”, afirmou.
Renata já enviou ofício ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) solicitando os nomes dos profissionais que atenderam Bruno, para convocá-los para prestar depoimento. O primeiro médico que o atendeu no Centro de Referência em Ortopedia (Crof) também será ouvido. A Polícia Civil vai investigar se casos semelhantes aos do rapaz já aconteceram no Hugol. “Fiquei sabendo que já ocorreram outros óbitos após fratura de fêmur e vou solicitar relatório do Instituto Médico-Legal”, adiantou. (27/09/14)
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SAÚDE BUSINESS 365
Anvisa publica manual sobre conforto em unidades de saúde

Agência regula o tema desde 2002. Objetivo do manual é aumentar comodidade de pacientes, trabalhadores e usuários

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibilizou recentemente, para consulta online, um guia com orientações para a melhoria de ambientes hospitalares, especialmente os destinados ao atendimento. O objetivo do manual “Conforto Ambiental em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde” é aumentar a comodidade de pacientes, trabalhadores e demais usuários dos estabelecimentos.

O manual, que também terá versão impressa, é direcionado a gestores, projetistas de prédios hospitalares, profissionais da área e autoridades sanitárias, e será distribuído a vigilâncias sanitárias, hospitais e profissionais de saúde.

Desde 2002 a Anvisa regulamenta o tema, ano em que publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 50, onde apresentava as primeiras disposições sobre o assunto para as unidades de saúde brasileiras, com noções de conforto térmico, acústico e luminoso. O novo manual aprofunda essas diretrizes técnicas e abrange questões como os confortos olfativo, ergonômico e visual.

“Em ambientes onde são realizados serviços de assistência à saúde, fatores ambientais que acabam por definir condições de conforto devem ser levados em consideração durante o desenvolvimento da concepção arquitetônica desses estabelecimentos”, justifica a gerente de Regulação e Controle Sanitário em Serviços de Saúde da Agência, Maria Angela da Paz.

As orientações contidas no manual buscam um equilíbrio entre as determinações dos regulamentos técnicos e as diversidades ambiental, social e cultural presentes quando da concepção predial de hospitais, clínicas, postos de saúde, por exemplo. O lançamento do trabalho se insere nos esforços que a Anvisa tem feito para colaborar com a segurança e humanização nas edificações hospitalares, contribuindo assim com o aumento da qualidade no atendimento aos pacientes, em consonância com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde.

O manual foi escrito pelo doutor em Arquitetura de Ambientes de Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fábio Oliveira Bitencourt Filho. O guia contou com a supervisão de técnicos da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, por meio de cooperação com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS).

O manual pode ser baixado no site da Anvisa: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Servicos+de+Saude/Assunto+de+Interesse/Aulas+Cursos+Cartazes+Publicacoes+e+Seminarios/Organizacao+dos+Servicos+de+Saude/Manuais++Serie+Tecnologia+em+Servicos+de+Saude
(27/09/14)
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Santas casas e hospitais beneficentes suspendem procedimentos

Protesto pede mais recursos do SUS para entidades. Segundo CMB, 60% das unidades do País aderiram à mobilização

Procedimentos médicos que estavam agendados nas santas casas e hospitais beneficentes foram parcialmente suspensos como protesto por mais recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), 60% das 2,1 mil entidades que prestam esse atendimento no país aderiram à mobilização.

De cinco santas casas com as quais a Agência Brasil entrou contato, apenas a do Recife aderiu à manifestação e remarcou procedimentos. Em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, o protesto foi simbólico, com funcionários vestidos de preto e faixas na entrada do prédio, mas todas as consultas e cirurgias marcadas foram mantidas. O Pará também não aderiu. Na avaliação do Ministério da Saúde, a paralisação foi pontual.

O presidente da CMB, Edson Rogatti, explica que o objetivo da ação é reivindicar reajustes na tabela de procedimentos, pois os valores pagos estão muito abaixo dos custos reais. “[O valor] está defasado há mais de dez anos. Paga-se por uma consulta R$ 10 e o custo dela chega a R$ 50, R$ 60. Essa defasagem na tabela vem proporcionando uma crise financeira”, explicou. Segundo ele, a dívida anual das Santas Casas chega a R$ 7 bilhões.

Rogatti fala em uma dívida total de R$ 17 bilhões, dos quais 44% seriam dívidas com o sistema financeiro, 26% corresponde a tributos federais e 6% são dívidas trabalhistas. A entidade avalia que esse quadro não terá solução apenas com o Programa de Fortalecimento das Santas Casas (Prosus), do governo federal, que prevê a quitação dos débitos tributários das instituições que aderirem à iniciativa em até 15 anos.

Em julho deste ano, a Santa Casa de São Paulo – o maior centro de atendimento filantrópico da América Latina – fechou o pronto-socorro e suspendeu as cirurgias eletivas e os exames laboratoriais, o que afetou cerca de 6 mil pessoas. Dois dias após a suspensão dos serviços, depois de a Secretaria de Estado da Saúde anunciar a liberação de R$ 3 milhões emergenciais, a Santa Casa reabriu a emergência.

A entidade informou à época que tinha uma dívida de aproximadamente R$ 50 milhões com fornecedores de remédios e materiais – incluindo todas as despesas, os débitos somavam R$ 400 milhões. O Ministério Público Estadual instaurou um inquérito civil para investigar a suspensão dos serviços de saúde da unidade.

O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que vem adotando medidas para o fortalecimento dos hospitais filantrópicos e Santas Casas e que o financiamento não se resume ao pagamento da tabela SUS. O órgão destaca que os repasses federais tiveram crescimento de 57% em quatro anos, representando um incremento de R$ 5 bilhões desde 2010. De acordo com o ministério, neste ano, essas instituições devem receber R$ 13,6 bilhões do governo federal.

A nota reforça que a “prioridade deve ser o paciente e que o Ministério da Saúde exigirá que todos os serviços essenciais à população – como atendimentos de urgência, oncológicos, hemodiálise e diálise – sejam garantidos”. (27/09/14)

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DIÁRIO DA MANHÃ
Cremego recorre contra multa aplicada pelo TSE

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) recorreu da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que aplicou multa de R$ 30 mil à autarquia por ter permitido o uso do cadastro eletrônico de médicos filiados para o envio de e-mails pedindo que não votem pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
A mensagem foi enviada a 4 mil médicos pelo Comitê das Entidades Médicas de Goiás (Cemeg)  e faz críticas ao governo federal e apresenta uma lista de candidatos-médicos que devem ser eleitos, entre eles o deputado federal Ronaldo Caiado, que concorre ao Senado da República.
Segundo o presidente do Cremego, Erso Guimarães, a entidade não foi responsável pela elaboração da carta, mas apenas emprestou sua lista de e-mails ao Cemeg. (29/09/14)

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O HOJE
Goiânia perde 400 leitos de psiquiatria
Valor defasado das diárias pagas pela internação é a principal causa de descredenciamento de clínicas que antes atendiam pelo SUS
Cristiane Lima

Goiânia perdeu pelo menos 400 leitos de internação psiquiátrica desde o começo de 2013. Hoje, o número de vagas para esse tipo de paciente gira em torno de 250. A demanda é bem superior à oferta, mas de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a pasta tenta novos convênio para que 40 novos leitos sejam credenciados até o final do ano.
Segundo o chefe da Divisão de Saúde Mental da SMS, Sérgio Nunes, a secretaria vem atendendo às recomendações do Ministério da Saúde (MS) e a internação só é indicada em último caso. Mesmo assim, a demanda diária por vagas chega a 35. “Ainda há defasagem e estamos tentando resolver com novos credenciamentos, mas esbarramos em outros problemas”. Sérgio Nunes se refere ao baixo valor pago pelo MS às clínicas. O valor repassado pela diária de um paciente internado hoje é de R$ 42,95. Ele reconhece que o valor é insuficiente para custear todas as despesas de um paciente internado, que precisa de acompanhamento de diversos médicos, enfermeiros, alimentação, higiene, entre outros.
Diretor Hospital Psiquiátrico da Asmigo, Marcelo Caixeta informa que vem reduzindo a aceitação de pacientes encaminhados pelo SUS e priorizado o atendimento particular. Ele teme, inclusive, que em breve tenha que fechar s portas. O médico justifica que isso pode ocorrer porque a maior parte das clínicas hoje está com muitas dívidas, contraídas para manter o atendimento gratuito.
Novas vagas
De acordo com Sérgio Nunes, apesar de saber que são necessárias novas vagas de leitos de internação, explica que a política nacional para esse tipo de atendimento não prioriza a internação, mas em Centros de Atenção Psicossociais (Caps). O problema é que Goiânia não conta ainda com os Caps tipo 3, que devem estar abertos 24 horas e pode receber casos considerados mais graves. Não há prazo, até agora, para que duas unidades passem a ser os chamados Caps 3, ou Caps Porta Aberta. Esses locais devem oferecer atendimento multidisciplinar e, apesar de não oferecer internação, oferece acolhimento de até 24 horas. Essas unidades deverão ser instaladas nas regiões leste e noroeste. O Wassily Chuc, apesar de ter leitos, eles não são usados como internação, já que a unidade é um pronto-socorro.
Sérgio detalha que o município não recusa atendimento, mas quando não há vagas para onde o paciente possa ser encaminhado, ele admite que eles são medicados e voltam para suas casas. Entre um dos problemas apontados para a alta demanda é que a Capital recebe paciente do interior de Goiás e até de outros estados, onde esse atendimento é ainda mais precário.
Clínicas pedem descredenciamento
Em janeiro desse ano, duas clínicas pediram descredenciamento. Depois de crise nessa área, o governo estadual ofereceu ajuda para o município, para complementação do valor pago pelas diárias. O estado se comprometeu a pagar o mesmo valor repassado pelo MS. Mas diretores de clínicas reclamaram de atraso nos repasses. Sérgio Nunes nega e afirma que os valores são repassados às clínicas dentro do prazo legal, o que não pode ocorrer com até dois meses de demora.
A Clínica Jardim América tem capacidade para atender duzentos pacientes. Pouco mais da metade são encaminhados pelo SUS. À época do descredenciamento, em janeiro, o diretor administrativo-financeiro da unidade, Paulo Santiago explicou que receber esses pacientes é matematicamente inviável, já que o custo diário de uma internação é de R$ 140. Com isso, a unidade já acumulava dívidas de mais de R$ 9 milhões.
Há cerca de duas semanas, algumas clínicas que ainda atendem pelo SUS encaminharam pedido ao governo estadual solicitando que o valor do complemento seja repassado diretamente às direções das clínicas, sem passar pela prefeitura. A intenção é reduzir a burocracia e dar maior fôlego às unidades. O documento ainda está sendo analisado e não há prazo para que a resposta, negativa ou positiva, seja dada.
Reinserção social
Advogado e ex-paciente psiquiátrico, Saulo Menezes é contra a internação. Ele concorda com a política nacional de encaminhamento para Caps. “Na minha opinião, a internação não proporciona a interação e convívio necessário para uma recuperação adequada”. Na opinião do advogado, essa é uma doença que, para ser superada, precisa ser tratada em todas as áreas.
Ele acrescenta que o atendimento médico e medicamentoso é fundamental, mas a participação da família e a aceitação da sociedade são complementos importantes. Saulo Menezes concorda que existem casos em que não há como o paciente ser tratado de outra maneira, mas acredita que a internação deve ser a última opção. (28/09/14)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação