Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02/10/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Grávida luta para retirar feto que morreu há cerca de 20 dias
• Sem identificação, internos agredidos em abrigo têm fotos divulgadas
• Câncer de mama – Cor rosa em sinal de alerta
• Febre chikungunya – Doença deixa Goiás em alerta


PORTAL G1/GOIÁS

Grávida luta para retirar feto que morreu há cerca de 20 dias
Moradora de Luziânia tentou atendimento em três hospitais, sem sucesso.
Ela foi internada no DF e está sendo medicada para indução de parto natural.

Grávida de oito meses, a dona de casa Maria de Fátima Dorado Moreira, de 47 anos, está fazendo uma verdadeira peregrinação para tentar retirar o feto que está morto há pelo menos 20 dias. Ela e o marido, o auxiliar de produção Antônio Carlos Fagundes, de 51, que vivem em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, passaram por três hospitais até que ela conseguisse ser internada na noite de terça-feira (30).
Vizinha da família, a também dona de casa Simone Gonçalves conta que Maria de Fátima estava preocupada devido ao bebê não se mexer muito. Por conta disso, realizou uma ecografia que comprovou a morte do bebê. Inicialmente, ela foi até o Hospital Materno Infantil de Luziânia, mas não conseguiu atendimento.
De lá, ela foi levada de ambulância para o Hospital Regional do Gama (HRG), no DF, onde chegou a ser atendida, mas não foi internada. "O médico atendeu e falou que não ia retirar [o feto] lá, pois Luziânia que tinha a obrigação de fazer. Nem olhou nela. Perguntei como a gente iria embora e ele disse que era problema nosso", acusa.
Diante da negativa, o casal seguiu para o Hospital Regional de Luziânia, onde foi informado de que a unidade não estava apta a realizar o procedimento. "Estou sofrendo muito, perdi meu filho e minha mulher está sofrendo", lamentou Antônio Carlos.
Somente à noite, após acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), é que ela foi levada novamente para o Hospital Regional do Gama, onde foi finalmente internada.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do DF informou, em nota, que o feto só pode ser retirado de forma natural, porque a paciente sofre de hipertensão e diabetes, o que impossibilita o procedimento cirúrgico. Diante disso, ela está recebendo medicamentos que induzem o parto natural.
Sobre a negativa em internar a mulher, a secretaria disse que vai investigar o caso "com o maior rigor possível" e, caso seja constatada alguma irregularidade, as medidas cabíveis serão tomadas.
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Sem identificação, internos agredidos em abrigo têm fotos divulgadas

Prefeitura de Águas Lindas de Goiás tenta localizar parentes dos pacientes.
Instituições onde eles estavam foram fechadas após flagrante de tortura.

Cinco internos dos abrigos para idosos e deficientes fechados após denúncias de maus-tratos, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, permanecem sem identificação. Por isso, a Justiça autorizou a prefeitura da cidade, responsável pelos pacientes, a divulgar fotos deles, com o objetivo de localizar os parentes.
Segundo a administração municipal, são dois homens e três mulheres que não possuem documentos e não sabem indicar contatos de familiares. Na tentativa de encontrar algum responsável, prefeitura divulgou fotos de quatro deles, que são mantidos em um abrigo na cidade. Já a quinta pessoa segue internada em um hospital na cidade e não teve a imagem publicada.
“Esses internos estão sob a nossa custódia provisória e contamos com a população para que elas identifiquem essas pessoas e nos ajudem a localizar os parentes, para que eles possam resgatá-los”, explicou o secretário de Comunicação de Águas Lindas de Goiás, Marcos Marques.
Outras 44 pessoas que estavam nos abrigos já foram identificadas e levadas para casa por familiares ou encaminhadas para outras instituições.
O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil após denúncias de vizinhos dos abrigos,que registraram imagens de funcionários agredindo os internos. Em um dos vídeos, um idoso aparece com as mãos e pés amarrados na cadeira de rodas. Outra gravação mostra uma funcionária batendo com um pedaço de madeira nas costas de um paciente, que está nu e grita pedindo que ela pare.
Em 3 de julho, uma funcionária de 36 anos foi presa suspeita pelas agressões. Depois, no dia 7 do mesmo mês, o dono dos estabelecimentos, que eram unidades para idosos, deficientes e dependentes químicos, e outros quatro empregados também acabaram detidos.

O delegado responsável pelo caso, Ricardo Pereira, explicou ao G1, que três empregados foram indiciados por tortura na modalidade castigo. Já o dono, a coordenadora e uma técnica de enfermagem foram enquadrados na modalidade omissão.
Interdição
Após a divulgação dos vídeos de tortura, a juíza Célia Regina Lara realizou, em 4 de julho, uma inspeção judicial para dar cumprimento à decisão de interdição dos abrigos, que havia sido expedida em 2009. Mesmo com a ordem judicial, o abrigo continuava aberto porque havia mudado de endereço e, na época, os oficiais o encontraram desativado.
A juíza determinou que a prefeitura de Águas Lindas de Goiás ficasse responsável provisoriamente pelas quatro unidades até que os internos fossem entregues às famílias. Desde então, os abrigos destinados a dependentes químicos foram fechados. Apenas um, onde os pacientes seguem abrigados, permanece aberto.
Fundados há 14 anos, os abrigos não possuíam alvará de funcionamento. Em 2011, a Prefeitura de Águas Lindas de Goiás notificou os responsáveis pelos locais sobre a irregularidade, mas os estabelecimentos continuaram abertos de forma clandestina.
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O POPULAR

Câncer de mama
Cor rosa em sinal de alerta
Campanha para prevenção da doença será realizada durante todo o mês de outubro na capital
Janda Nayara

“Não é fácil, é uma luta. A gente briga, apanha, se arranha, mas sai mais forte. Vejo que muitas pessoas ainda te olham torto quando você está debilitada. É preciso esclarecer sempre mais.” Ronise Alves Pereira Reis, de 23 anos, instrumentadora cirúrgica
A cor rosa deve tomar conta de diversos pontos de Goiânia neste mês. Tudo por uma boa causa. É que mais uma vez a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) aderiu à campanha internacional Outubro Rosa, que visa à conscientização sobre o câncer de mama, reforçando a importância da prevenção. Além da iluminação de prédios e monumentos públicos e privados, palestras, exames e material explicativo reforçam a ação.
O câncer de mama é a primeira causa de mortes frequentes por câncer em mulheres e a quinta causa de morte por câncer em dados gerais, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em relação à incidência, este tipo de câncer só fica atrás do câncer de pele. De acordo com especialistas, quando descoberto no início, as chances de cura aumentam em mais de 90%, o que mostra a necessidade da realização periódica de exames específicos para o diagnóstico precoce.
As campanhas de prevenção não são novas e, segundo o mastologista da ACCG, Ruffo de Freitas Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, contribuíram para desmistificar a doença. Freitas Júnior observa que houve uma melhora na detecção da doença ainda em fase inicial. “Seis anos atrás, dois terços das mulheres que chegavam até nós já estavam com tumores em estágio avançado. Hoje este índice melhorou, caindo para apenas um quarto.”
Apesar disso, o especialista pontua que é necessário levar, principalmente para o interior, boas estruturas de diagnóstico e tratamento, hoje concentradas nas capitais. “Apesar de todo o esforço, não conseguimos reduzir a taxa de mortalidade em Goiás. Para isso, além do diagnóstico precoce, o tratamento também deve ser iniciado de forma rápida, respeitando o prazo garantido por lei de que o paciente será encaminhado para os centros de alta complexidade em no máximo 60 dias”.
LUTA
Há sete anos, a instrumentadora cirúrgica Ronise Alves Pereira Reis, de 23 anos, luta contra o câncer de mama. Após o autoexame, ela notou um nódulo no seio e resolveu procurar o médico. Três mamografias não indicaram a neoplasia – comum em mulheres com mama mais densas, com maior quantidade de tecido mamário. “Algo estava me dizendo que aquilo não era normal, procurei um especialista que fez a biópsia, que mostrou que o tumor era maligno. Comecei o tratamento logo em seguida”.
Depois de cinco anos de tratamento, que incluiu quimioterapia, radioterapia e cirurgia para retirada do quadrante da mama afetado, Ronise já ia receber alta, quando descobriu um novo tumor na outra mama. Não era metástase, era um outro tipo de tumor, e o tratamento que mal tinha terminado, iniciou outra vez. Hoje, ela fez nova cirurgia e já está nas últimas sessões de rádio e quimioterapia. “Não é fácil, é uma luta. A gente briga, apanha, se arranha, mas sai mais forte.”
Ciente da importância do diagnóstico em seus dois casos ter sido precoce, ela virou ativista e tenta como pode conscientizar outras mulheres. “E até outros homens, por que não. Vejo que muitas pessoas ainda te olham torto quando você está debilitada. É preciso esclarecer sempre mais.”

Exame é a forma mais eficaz de detecção
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia, explica o mastologista Ruffo de Freitas Júnior. Para o controle do câncer de mama, é recomendado que as mulheres realizem exames periodicamente, mesmo que não tenham alterações. A mulher devefazer o autoexame, através de toques na mama, e caso haja alteração, o atendimento médico deve ser procurado. O exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame realizado por profissional de saúde em atendimento hospitalar qualificado para essa atividade.
“A mamografia deve ser feita anualmente pelas mulheres acima de 40 anos, faixa etária que apresenta mais riscos em desenvolver a neoplasia. A maioria dos tumores se desenvolvem de forma mais lenta, sendo possível assim, sua detecção quando ainda no início”, afirma Freitas Júnior.
VITÓRIA
Foi através do autoexame que a funcionária pública federal Rosemeire Arantes, de 53 anos, descobriu há cinco anos, que estava com câncer de mama. “Acordei com uma dor no braço, fui me tocar e senti o nódulo. A médica achou que era uma íngua, mas por garantia, pediu uma mamografia, que confirmou.”
Com um tumor com menos de um centímetro, o tratamento foi relativamente rápido, um ano. Mas ela ainda precisa passar por consultas de três em três meses. “Tive o apoio da família e de amigos e isso me ajudou a superar esta fase. Hoje, procuro encorajar outras mulheres a se tocarem e a fazerem os exames periódicos.”
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Febre chikungunya
Doença deixa Goiás em alerta
Já foram notificados quatro casos no Estado, todos em Goiânia. Intenção de secretarias é mobilizar população para eliminar criadouro do Aedes aegypti

Gabriela Lima

A chegada do período chuvoso e o avanço de casos autóctones (contraídos em território brasileiro) de febre chikungunya, infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e parecida com a dengue, deixam as autoridades de saúde em Goiás em alerta. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, a maior preocupação se dá por conta do surto em Feira de Santana (BA), “devido à relativa proximidade e o grande fluxo migratório entre a cidade baiana e os municípios goianos”. De junho até ontem, quatro casos da doença haviam sido notificados no Estado, todos eles importados e registrados em Goiânia. De acordo com a SMS, um caso foi descartado, um confirmado e dois estão sob investigação.
O caso mais recente é de um guianense de 37 anos. Segundo Flúvia Amorim, o homem veio da Guiana Francesa há cerca de uma semana e, no dia 25 de setembro, procurou o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) com os sintomas da doença. O paciente teve o sangue coletado e enviado para análise no Instituto Evandro Chagas, no Pará. Também está sob investigação o caso de um morador de Goiânia, de 37. Ele apresentou os sintomas após retornar de viagem a Isla Margarita, na Venezuela.
O primeiro caso notificado em Goiás foi o de uma mulher de 34 anos, que apresentou os sintomas na volta de uma viagem à República Dominicana. Ela passou mal no voo, no dia 16 de junho, e foi levada diretamente do Aeroporto Santa Genoveva ao Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) Vila Nova. Exames descartaram a suspeita.
Até o momento, o único caso confirmado no Estado é o de uma mulher de 40 anos que contraiu o vírus do gênero Alphavirus durante uma viagem a República Dominicana, no início de julho. Segundo Amorim, a paciente relatou dores nas articulações das mãos e dos pés por dois meses, mas atualmente está recuperada.
CONTENÇÃO
Flúvia Amorim explica que, ao receber a notificação, equipes da Vigilância em Saúde do município fazem imediatamente o bloqueio, que consiste em borrifar o veneno contra o mosquito ao redor dos locais por onde a pessoa passa. Segundo ela, as equipes também realizam um trabalho de eliminação de criadouros e orientação da população em um raio de 300 metros ao redor de todos os locais onde a pessoa com suspeita de ter contraído a doença permanece.
NO BRASIL
Um balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra que o número de pessoas que contraíram a chikungunya por transmissão autóctone já ultrapassa os casos importados. Neste ano, até 27 de setembro, exames laboratoriais deram positivo em 79 pacientes. Destes, 38 são de pessoas que visitaram países onde ocorrem surtos como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Outros 41, em pessoas sem registro de viagem internacional.
Apesar dos primeiros casos autóctones terem sido registrados em Oiapoque (AP), o município com maior concentração é Feira de Santana. Dos 41 pacientes com confirmação da doença contraída no Brasil, 33 estão na cidade bahiana, onde o número de notificações é de mais de 500 casos.
Para o coordenador de Dengue e Febre Amarela da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual, Murilo do Carmo Silva, não há motivo para alarme entre a população. Destaca que é preciso um esforço conjunto, entre governo e sociedade, para eliminar os criatórios do Aedes aegypti.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação