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DESTAQUES DE HOJE
• SAÚDE DO TRABALHADOR – Ministérios divulgam lista de substâncias cancerígenas
• 'Ele tem medo de morrer', diz mãe após cirurgia do filho de 10 anos e 2m
• Entorno do DF tem 1 milhão de habitantes e nenhum leito de UTI
• Anvisa suspende medicamentos e produtos irregulares
• Saúde – Poucos concursados tomam posse em cargos
SAÚDE BUSINESS 365
SAÚDE DO TRABALHADOR
Ministérios divulgam lista de substâncias cancerígenas
Linach serve de base para formulação de políticas públicas para combate ao câncer, principalmente em trabalhadores
Os ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e da Previdência Social divulgaram na quarta-feira (8) a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (Linach), que vai servir de base para a formulação de políticas públicas, principalmente na área de saúde do trabalhador. A portaria interministerial foi publicada no Diário Oficial da União.
As substâncias foram divididas em três grupos: carcinogênicos para humanos, provavelmente carcinogênicos para humanos e possivelmente carcinogênicos para humanos. A Linach deverá ser atualizada semestralmente.
A medida faz parte das ações da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, sancionada em 2011, e que estão descritas no Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Ele é dividido em tarefas de curto, médio e longo prazos e está de acordo com a convenção da Organização Internacional do Trabalho.
A Linach foi organizada levando em conta estudos científicos existentes e a lista de agentes cancerígenos da Agência Internacional para a Investigação do Câncer, da Organização Mundial da Saúde.
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PORTAL G1/GOIÁS
'Ele tem medo de morrer', diz mãe após cirurgia do filho de 10 anos e 2m
Sérgio Gabriel passou por operação para retirada de tumor cerebral.
Menino também sofre com convulsões, dores de cabeça e no corpo.
O estudante Sérgio Gabriel Ribeiro Gomes, que tem 10 anos e mede 2 metros de altura, passou por cirurgia no Hospital Universitário de Brasília (HUB) para retirar um tumor benigno no cérebro, que produz, excessivamente, o hormônio responsável pelo crescimento, causando o gigantismo. Mãe do menino, Ricardene Barreira conta que o filho está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Ele está com medo de morrer, falou pouco, mas disse que não quer morrer. Mas falei para ele ter fé, que Deus está no comando das coisas.”, disse a dona de casa em entrevista ao G1.
Hospitalizado na segunda-feira (6), Sérgio Gabriel passou por cirurgia na terça-feira (7). Segundo o hospital, o estado de saúde do paciente é estável. Não há previsão de alta médica.
Apesar de o filho estar na UTI, Ricaderne pediu aos médicos que a deixassem ficar no quarto com o filho. Segundo a mãe, a direção autorizou e ela ficou por mais de três horas com o menino na quarta-feira (8). “Nunca ficamos longe um do outro. Estou apreensiva. Ele precisa de mim, é uma criança. Não vou sair daqui enquanto ele estiver aqui”, afirmou.
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Ricardene quer que o filho se recupere logo para poder voltar para casa, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. “Tenho a minha filha mais velha [de 13 anos], que também precisa de mim. Ela ficou aqui ontem, mas já foi pra casa”, disse.
Tratamento
Antes da cirurgia, uma das médicas responsáveis pelo procedimento, a endocrinologista Luciana Naves explicou que o tumor do paciente estava muito grande, medindo cerca de 5 cm. “O tumor é muito grande e causa hipertensão intracraniana. Ele invade estruturas adjacentes e modifica a circulação arterial, o que provoca convulsões, dor de cabeça e deficiência mental”, informou a médica.
A endocrinologista já havia adiantado que o tratamento de Sérgio Gabriel seria extenso. Após a cirurgia, o menino deve passar por radioterapia, além de tomar injeções mensais e remédios pelos próximos anos.
Além das privações e da dificuldade em se locomover, Sérgio Gabriel reclama, constantemente, de dores de cabeça e no corpo. Antes do procedimento, ele disse que, além de parar de crescer, queria viver com mais qualidade. “Eu quero parar de sentir dor, de crescer. Os meninos falam que eu sou muito grande, mas deixem eles falar o que eles quiserem”, afirmou o garoto.
Reclusão
Ricardene relata que o filho sempre é alvo de piadas na rua e que as pessoas não acreditam que ele tenha 10 anos. Ricardene teme que o caçula também seja vítima de violência e, por isso, prefere mantê-lo dentro de casa: “Moro num lugar onde quem manda é criminoso. Tenho medo de ele ir comprar pão e não voltar mais, de fazerem chacota e ele reagir, ficar bravo porque é criança e atirarem nele. Não deixo ele ir nem na porta de casa”.
Sérgio Gabriel não reclama de ficar em casa. Afinal, segundo menino, o que ele mais gosta de fazer é “assistir a DVD, comer e brincar com os bonecos”. Para ele, não ter amigos não é um problema: “Gosto de ficar só, fazer minhas coisas, não sinto falta de amigo”.
Ricardene lamenta o fato de Sérgio “não ter infância”. “Não tem nada de criança do tamanho dele, não tem roupa de bichinho, não tem brinquedo no parque que caiba ele”, diz a mãe.
Aprendendo a ler
Neste ano, o menino passou a frequentar uma escola pública em Santa Maria, no Distrito Federal. A mãe diz que ele não era aceito nas unidades de educação porque é hiperativo e não controla as fezes. “Escola nenhuma queria ele porque fazia coco na roupa e eu não tinha dinheiro para comprar fralda”, conta Ricardene.
Apesar de ainda não conseguir escrever o próprio nome, Sérgio Gabriel quer aprender para poder trabalhar. “Quero aprender a ler e escrever porque é bom. Tenho vontade de trabalhar, ter um emprego para ajudar minha mãe, porque minha mãe está muito cansada. Quero cuidar dela um dia. Quero ser cientista”, relatou a criança.
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Entorno do DF tem 1 milhão de habitantes e nenhum leito de UTI
Pacientes que necessitam atendimento buscam unidades privadas ou no DF.
Construção de hospital que teria 30 vagas de UTI está parada há 8 anos.
Segundo dados do IBGE, as cidades do Entorno do Distrito Federal têm mais de um milhão de habitantes. Apesar da alta concentração demográfica, quem mora na região não têm nenhum leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à disposição na rede pública de saúde. Quem necessita atendimento de emergência recorre a hospitais do Distrito Federal ou a unidades particulares.
Em Águas Lindas de Goiás, por exemplo, o único hospital público atende uma população de mais de 200 mil habitantes. Enquanto isso, a construção do hospital de urgências da cidade está parada há oito anos. Se a unidade estivesse em funcionamento, os moradores teriam à disposição 230 leitos, sendo 30 de UTI.
Quem mora nessa região do estado e precisa do atendimento na rede pública denuncia que os problemas vão além das vagas em UTI. “Tanto para UTI, para maternidade, para tudo. É um caos” afirma a encarregada de produção Ana Paula Gomes.
A Secretaria Estadual de Saúde afirma que assumiu, no ano passado, a finalização das obras do hospital de Águas Lindas, que antes era de responsabilidade do município. Entretanto, o processo de licitação para retomada da construção ainda não foi concluído e a entrega do hospital é prevista para 2015.
Espera
Os pacientes que têm como única opção os leitos do Distrito Federal esbarram na burocracia e para conseguir a internação precisam, muitas vezes, recorrer à Justiça. Porém, o processo é lento e em alguns casos, quando a vaga surge, o paciente já morreu.
Foi o que aconteceu com o aposentado Joaquim Vieira. Com falta de ar e dores no peito e abdômen, ele foi internado no Hospital Regional de Luziânia. O caso foi diagnosticado como grave e o aposentado necessitava a vaga em UTI.
Após 13 horas em um leito improvisado, a família recebeu a notícia de que uma vaga havia surgido no Hospital Regional do Gama, no DF, a 40 quilômetros de Luziânia. Entretanto, pouco depois de chegar ao local, ele teve uma parada cardíaca e morreu. “Muita dor em saber que por negligência [ele morreu], poderia ter sobrevivido”, lamentou a filha dele, a dona de casa Elza Maria Vieira.
A neta do aposentado, Muriene Barros, ressalta o sentimento de indignação da família com o descaso. "Eu não tenho nem como explicar a não ser com revolta. Revolta por você ver um parente seu definhando, você ver ele abandonado dentro de um quarto", afirmou.
A Secretaria de Saúde de Luziânia afirma que depende de vagas de UTI que são disponibilizadas pelas centrais de regulação em Goiânia e no DF. Além disso, diz que uma equipe médica prestou todo o socorro necessário ao aposentado enquanto ele estava no hospital da cidade.
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O HOJE
Anvisa suspende medicamentos e produtos irregulares
Foram suspensos a distribuição e o comércio de diversos medicamentos por razões como a falta de registro e resultados insatisfatórios
Em resoluções publicadas na edição de hoje (9) do Diário Oficial da União, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a distribuição e o comércio de diversos medicamentos por razões como a falta de registro e resultados insatisfatórios em testes.
Foi determinada a suspensão da distribuição, do comércio e do uso dos lotes do medicamento Arcalion (sulbutiamina) 200 mg fabricados entre 13 de setembro de 2012 e 7 de fevereiro de 2014. De acordo com a Anvisa, a empresa fabricante do produto, Laboratórios Servier do Brasil Ltda, comunicou que os lotes apresentaram resultados fora de especificação, no estudo de estabilidade de longa duração.
Também foi determinada a suspensão da distribuição, comercialização e do uso de todos os lotes do medicamento Usmedina (dipirona sódica) 500 miligramas por mililitro (mg/ml), solução oral, fabricados a partir de 1º de dezembro de 2011pelo Laboratório Usmed. Foi comprovado que o medicamento citado estava sendo fabricado e comercializado mesmo após ter sido interditado cautelarmente pela agência.
Já o produto Mata Mosca, bem como todos os produtos saneantes fabricados pelo Laboratório e Distribuidora Ustok, foram suspensos por não possuírem registro ou notificação na Anvisa. O fabricante também não possui Autorização de Funcionamento.
Por não possuir registro, foi suspenso o Energy Meter 200, fabricado pela empresa Vera de Mattos Vanique Costa – ME. Foi constatado que o produto irregular estava sendo divulgado e comercializado em um site, na internet.
Outro medicamento suspenso foi o lote 245044 do Asetisin (ácido acetilsalicílico) de 500 mg, com 100 comprimidos, por apresentar resultado insatisfatório no ensaio de dissolução. O remédio é fabricado pelo laboratório Pharlab Indústria Farmacêutica.
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O POPULAR
Saúde
Poucos concursados tomam posse em cargos
Prefeitura decidiu prorrogar prazo para entrega da documentação pelos que se interessaram
Janda Nayara
Dos 454 médicos convocados em concurso público da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, 270 apresentaram certidões e foram nomeados, mas apenas 126 profissionais (27% dos aprovados) compareceram ao Paço Municipal para tomar posse. Diante disso, a Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas prorrogou, pela segunda vez, até 8 de novembro, o prazo para que eles apresentem os documentos e exames admissionais e iniciem o trabalho em uma das unidades municipais de saúde.
Mesmo com a extensão do prazo, os aprovados no concurso não conseguirão sanar o déficit de profissionais nas unidades de urgência e emergência da capital e, por este motivo, a Prefeitura apelou para um novo credenciamento de clínicos gerais e pediatras – especialidades que já não têm mais reserva técnica – para atuarem na rede com contrato temporário.
De acordo com a diretora de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da SMS, Kátia Martins, serão necessários mais de 80 profissionais, dependendo do número de plantões que cada profissional se dispor a assumir. “Eles serão lotados em unidades com maior necessidade, as que funcionam 24 horas, como os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Amendoeiras, Chácara do Governador e Vila Nova, Campinas e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Itaipu, preferencialmente nos plantões de fims de semana, quando faltam médicos”.
DESISTÊNCIA
Os médicos que ingressaram no serviço público municipal neste ano supriram apenas as vagas abertas com a desistência de outros. Para a pasta, a desistência não é motivada apenas pelo salário pago, de R$ 1 mil a R$ 1.250 por plantão de 12 horas, abaixo do valor da rede particular. “Os motivos para esta rotatividade são variados, mas a maioria deixa o serviço por mudança de cidade ou para fazer residência.”
Para Robson Azevedo, diretor do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), a situação caótica da saúde pública interfere na escolha do profissional. “O médico não quer lidar com a falta de equipamentos e de segurança, dificuldades estruturais e outros problemas destas unidades. A questão salarial também está longe do desejado”, afirma.
A vigência do concurso público é outro fator que interfere na disposição do profissional, diz Azevedo. “O concurso foi realizado há dois anos. Com essa demora, muitos, que antes estavam dispostos a ingressar no serviço público, arrumaram outros contratos.”
Para o médico, os contratos temporários não resolverão o déficit existente. “É preciso debater a situação da saúde, estimular os profissionais para que queiram ficar no sistema. A saúde não pode ser medida apenas quantitativamente, mas qualitativamente.”
A baixa procura não é exclusividade da rede municipal. Recentemente, o POPULAR publicou reportagem sobre o mesmo problema no processo seletivo do Hospital de Urgências de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugo 2), onde os cargos de medicina registraram os menores índices de concorrência, alguns inferior ao número de vagas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação