Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/10/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE


• Malária – Mais dois casos confirmados
• Saúde – Homem com paralisia volta a andar depois de tratamento pioneiro
• Força-tarefa é montada para tentar conter casos de malária em Goiânia


O POPULAR
Malária
Mais dois casos confirmados
Agora já são cinco pessoas com a doença na capital. Secretaria lança alerta para a população
Janda Nayara e Malu Longo
Dois novos casos de malária foram confirmados ontem em Goiânia. Após as primeiras notificações da doença na capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lançou alerta aos médicos dos serviços público e privado, reforçando a necessidade de exames específicos para pacientes ainda com os primeiros sintomas, que podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças. Além de uma jovem de 22 anos, que está internada na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital particular no Setor Bueno, um rapaz de 17 anos também teve o diagnóstico confirmado no fim da tarde de ontem, no Setor Bela Vista, e foi encaminhado ao Hospital de Doenças Tropicais (HDT). Em nota, a assessoria da unidade informou a entrada do paciente e que ele estava sendo submetido a exames.
A estudante de Arquitetura, moradora do Setor Crimeia Oeste, foi internada com quadro febril depois de quase duas semanas sem um diagnóstico preciso do seu mal-estar. A infectologista Christiane Kobal foi chamada à unidade e depois de conversar com a jovem não teve dúvidas em pedir exames específicos para detectar a doença, o que acabou se confirmando. “Ela é frequentadora assídua do Parque Flamboyant”, comentou a médica.
Três outros casos, o de uma mulher de 53 anos, o de um jovem de 15 e o de um rapaz de 24 anos estão sendo monitorados pela Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Segundo Christiane Kobal, o rapaz de 24 anos que também está numa UTI privada, em estado grave, respirando mecanicamente. A acadêmica de Arquitetura também manifestou insuficiência respiratória.
PARQUE FLAMBOYANT
Por não terem visitado estados da região endêmica da doença – Região Norte e Mato Grosso – os casos dos goianos já são classificados como autóctones – contaminação na própria capital. A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, já não descarta que os mosquitos infectados estejam concentrados na região do Parque Flamboyant. Os três primeiros casos são de moradores e a quarta, frequentadora assídua do parque. “Capturamos mosquitos transmissores no local e como a investigação para confirmar se estão infectados é demorada, já iniciamos as ações de combate ao vetor. Todas as informações levam a crer que eles foram infectados na região, provavelmente alguém trouxe o protozoário de fora e contaminou o mosquito, fechando assim o ciclo da doença”, disse.
As residências localizadas em um raio de dois quilômetros do parque serão visitadas pelos agentes de endemia, que buscarão eliminar os focos de reprodução do mosquito e orientar a população. A pulverização da região com o fumacê também foi iniciada no início da noite de ontem.
A SMS alerta as pessoas que moram ou frequentam a região a evitarem andar próximo da mata das 18h30 às 21 horas, período de atividade do mosquito. “O uso de repelentes e roupas de manga longa também pode evitar a contaminação”.

No Estado, outros 34 estão sob investigação
Neste ano, Goiás já registrou 37 casos de malária. Destes, 8 foram importados de outros países (Guiana Francesa, África do Sul, Guiné Bissau e Somália) e 10 de outros Estados, segundo dados da Secretaria de Estadual da Saúde de Goiás (SES). Excluindo os casos de Goiânia, o restante das notificações ainda está em investigação. Os dois novos casos da capital ainda não foram contabilizados pela SES.
Aparecida de Goiânia, Anápolis, Aporé, Baliza, Campinorte, Iporá, Palmeiras de Goiás, São Miguel do Araguaia, São Simão e Trindade são os municípios que já informaram os casos confirmados à pasta. Em 2013, a incidência da doença no Estado foi maior, com 89 pessoas infectadas e 1 óbito.
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Saúde
Homem com paralisia volta a andar depois de tratamento pioneiro
Um homem búlgaro paralisado da cintura para baixo voltou a andar depois de um transplante de células nervosas, uma operação inédita feita por médicos poloneses. O tratamento foi divulgado hoje (21). Darek Fidyka é a primeira pessoa a se recuperar depois de ter ficado com o nervo da coluna vertebral completamente danificado, após ser esfaqueado, informa artigo publicado na revista científica Cell Transplantion.
“Para mim, é mais impressionante que os primeiros passos do homem na Lua”, comentou o professor Geoffrey Raisman, do Instituto de Neurologia da University College de Londres (UCL).
O homem pode andar com auxílio de um suporte e dirigir um automóvel. Ele tem uma vida normal quatro anos depois da agressão. Fidyka destacou que “quando isso [a capacidade de andar] começa a voltar", se sentiu como estivesse revivendo. "É uma sensação incrível, difícil de descrever”, disse em um programa da BBC.
A operação foi feita por uma equipe de médicos poloneses dirigida por Pawel Tabakow, da Universidade de Wroclaw. Os cirurgiões utilizaram células nervosas do nariz do paciente, nas quais se desenvolveram os tecidos cortados.
A técnica, descoberta pela UCL, obteve bons resultados em laboratório, mas nunca foi testada com sucesso em seres humanos. “Pensamos que o procedimento constitui uma descoberta essencial que, se for desenvolvido, trará uma alteração histórica para pessoas que sofram de lesões na coluna vertebral”, disse Geoffrey Raisman. As informações são da Agência Brasil.
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A REDAÇÃO
Força-tarefa é montada para tentar conter casos de malária em Goiânia
Três casos foram confirmados na capital

Adriana Marinelli

Goiânia – Após a confirmação de três casos de malária na capital goiana nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) e a Secretaria Estadual de Saúde realizaram uma parceria (SES) para combater a doença. O objetivo da força-tarefa é verificar possíveis criadouros do mosquito – ou de pessoas que apresentem sintomas – para eliminação da cadeia de transmissão da malária. Há 15 anos a capital não registrava casos da doença.

Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação na tarde desta terça-feira (21/10), o secretário estadual de Saúde, Halim Girade, ressaltou que a força-tarefa começa pelo Jardim Goiás, bairro em que moram os pacientes contaminados pela doença. "Os trabalhos serão intensificados nas proximidades do Parque Flamboyant, no Jardim Goiás, já que as pessoas contaminadas são moradoras da região", explica.

Conforme destacou, situações como essa registrada na capital exige parceria entre o Estado e o município afetado. "Neste caso, a secretaria de Saúde do município fez a proposta de bloqueio, visando quebrar a cadeia de transmissão, e o Estado oferece os insumos necessários. Estamos junto no combate à doença."

De acordo com o secretário Halim, um trabalho realizado de forma correta contribui para fazer o bloqueio da doença com facilidade. "O que tem que ficar claro é que essa doença é transmitida por um mosquito. Certamente uma pessoa contaminada veio de outro Estado, talvez do Norte, e foi picada aqui por um mosquito, que transmitiu a doença", explica.

Antes de conceder entrevista ao jornal, Halim Girade havia se reunido com o secretário de saúde de Goiânia para, juntos, definirem como o trabalho será feito. Desde ontem (20/10), conforme ficou definido, profissionais da SMS estão promovendo coleta de mosquitos na região do parque. "A partir de amanhã, iniciaremos o trabalho do fumacê, além de outras providências, como ações realizadas de casa em casa", conta.

Por meio de nota, a SMS informou algumas medidas preventivas a serem adotadas em Goiânia durante esse período de força-tarefa. Entre as recomendações está a eliminação de água parada, como ocorre com a dengue. A secretaria também destaca que a malária é uma doença febril causada por um protozoário e transmitida pelo mosquito Anopheles, bastante parecido com o pernilongo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação