Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 28/10/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Hospitais descumprem medidas de transferência de pacientes para UTI em 24 horas, em Goiânia
• Estética – Investigada morte após gel
• Malária – Novo caso confirmado em Goiânia
• Malária causa temor na Capital
• Operadoras: despesas crescem 15,6% no 1° semestre
• Einstein e ANS criam modelo para reduzir cesarianas na rede privada


TV ANHANGUERA (para acessar a matéria, clique no link)

Hospitais descumprem medidas de transferência de pacientes para UTI em 24 horas, em Goiânia
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/hospitais-descumpre-medidas-de-transferencia-de-pacientes-para-uti-em-24-horas-em-goiania/3724791/

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O POPULAR

Estética
Investigada morte após gel
Gabriela Lima

A Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) investiga a morte de Maria José Brandão, de 39 anos, na madrugada de sábado, em Goiânia, após passar por uma aplicação de gel para aumentar os glúteos. O caso, registrado inicialmente no 8º Distrito Policial (DP), foi encaminhado ontem para a especializada.
“Vamos apurar o que aconteceu e, se a morte tiver sido em decorrência da aplicação, então a esteticista responsável pode responder por homicídio culposo”, disse o delegado adjunto da DIH Thiago Torres.
Segundo o delegado, Maria José Brandão e um grupo de mulheres realizou a aplicação de hidrogel na sexta-feira, em uma clínica de estética em Goiânia. A esteticista responsável pelo procedimento seria uma biomédica de Catalão que alugou a sala da clínica para atender o grupo.
A mulher teria começado a se sentir mal pouco depois do procedimento estético. Foi levada a um Centro de Atendimento Integrado de Saúde (Cais) e depois para o Hospital Jardim América, onde morreu.
“A informação que temos é que o grupo aproveitou o feriado para fazer o procedimento estético. De todas as participantes, apenas a vítima se sentiu mal. O que precisamos ver é se o fato tem relação com o produto aplicado”, diz Torres. A polícia aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber a causa da morte.
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Malária
Novo caso confirmado em Goiânia
Janda Nayara
Goiânia teve o sexto caso de malária autóctone (transmitida na cidade) notificado no último final de semana. No total, já são sete casos neste mês, mas um deles, um rapaz de 15 anos, teria contraído a doença durante viagem a Rondônia, uma das áreas consideradas de risco no País, e só manifestou os sintomas ao chegar em Goiânia.
A vítima mais recente, segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, tem 22 anos e compartilha do mesmo histórico dos outros goianienses diagnosticadas nos últimos dias; é frequentadora assídua do Parque Flamboyant.
A infectologista Christiane Kobal, responsável por acompanhar o tratamento de três destes pacientes, diz estar feliz com as respostas dos mesmos. Uma outra mulher de 22 anos teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ontem, e um homem de 24 anos que estava internado em estado grave, também na UTI, já respira sem ajuda de aparelhos e se alimenta por via oral. “Ele só continua na UTI porque ainda tem líquido nos pulmões”.
COMBATE
Flúvia afirma que os agentes de endemia continuam com o trabalho de orientação nas proximidades do parque. “Estamos distribuindo material informativo sobre a doença, sobre os hábitos do mosquito transmissor e dias das ações de combate, quando deve ser evitada a visita ao local”.
Na noite de ontem, a SMS colocou novamente redes de captura no parque para verificar o efeito do primeiro dos três ciclos de borrifação de larvicidas e inseticidas.
“A primeira etapa do trabalho foi finalizada na sexta-feira e o segundo ciclo será nos dias 29, 30 e 31 de outubro”, afirmou Flúvia.

Equipe do Ministério da Saúde reforçará ações
Amanhã, uma equipe do Ministério da Saúde (MS) virá a Goiânia para acompanhar e reforçar as ações já tomadas pelas secretarias municipal e estadual. Em nota, a assessoria de imprensa do MS informou que entre as ações estão a busca por novos casos e exames de contactantes de pessoas doentes, mesmo que sejam assintomáticas. Apesar de as equipes locais já considerarem que em seis dos casos notificados as vítimas foram infectadas em Goiânia, o MS pontua que ainda não é possível afirmar se os casos são autóctones ou importados.
Flúvia explica que a SMS conclui hoje o levantamento das fichas de mais de 2,8 mil domicílios visitados no raio de dois quilômetros do parque .
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DIÁRIO DA MANHÃ

Malária causa temor na Capital

Surto da doença deixa moradores preocupados e com medo de frequentar parque
DIVANIA RODRIGUES

Considerada uma doença tipicamente da região Amazônica brasileira, casos de malária na Capital causaram assombro na população goianiense. Até o momento foram confirmadas pela Secretaria Municipal de Saúde seis pessoas infectadas. Todos os registros ocorreram na Região Sudeste da cidade. Com medo de ficarem doentes, moradores e frequentadores do Parque Municipal Flamboyant Lourival Louza, cercania onde os casos têm aparecido, têm saído menos à rua.

Afonso Pedrosa, 51 anos, mora em um prédio em frente ao Parque Flamboyant e tem o costume de caminhar pelas alamedas do lugar, mas que agora está evitando. Situação atípica para ele, desde que o local foi marcado como local provável para as contaminações. Afonso explicou à reportagem do Diário da Manhã que já não tem aproveitado o espaço para fazer suas caminhadas no início da manhã e fim da tarde, e que seus filhos também têm evitado frequentar o parque, ficando em casa por medo da doença.

Questionado sobre o que conhecia a respeito da malária, ele esclareceu que pouco sabia e que nunca tinha ouvido falar sobre a ocorrência da doença em Goiânia. Afonso ainda informou que tem ficado muito preocupado e que uma pessoa em seu prédio foi contaminada e ainda estava no hospital. Devido ao ocorrido, de acordo com ele, os síndicos dos prédios têm espalhado cartazes com informações para que as pessoas evitem ir ao parque.

Atendente do quiosque do parque, Tatiane Jesus Sousa, 27 anos, disse que a movimentação no local caiu bruscamente e com isso as vendas também. “Nesse horário [por volta de 16h], o parque estaria movimentado”, conta. No entanto, no momento em que a reportagem estava no local, não havia mais que uma dezena de pessoas no lugar.

Tatiane disse que está com medo de ficar doente, ainda mais porque tem que trabalhar todos os dias, mas não sabe muito sobre a malária. Ontem ela levou a filha de seis anos para o trabalho, pontuou que ficou muito receosa, mas não teve alternativa.

O casal de namorados Stefany Monic da Silva, 19 anos, e Alexandre Wallace Oliveira de Paula, 25 anos, moradores de Aparecida de Goiânia, passeava tranquilamente pelos caminhos do Flamboyant. Eles tinham ido passear pelo local e não se mostraram preocupados ou tinham muito conhecimento sobre a doença. “Nem sabíamos, mas minha mãe ligou avisando quando já estávamos no carro”, explica ela.

Parque

O Parque Municipal Flamboyant Lourival Louza fica entre as ruas 15, 12, 46, 55, 56 e a Avenida H, no Jardim Goiás, na Região Sudeste da Capital. Foi inaugurado em setembro de 2007, possui dois lagos, parque infantil, ciclovia, pista de cooper e estação de ginástica. Ocupa uma área de 125.572,71 metros quadrados com remanescentes de veredas, com buritis e outras árvores nativas do Cerrado.

Controle

Flúvia Amorim, diretora de Vigilância em Saúde, informou que desde que o surto foi detectado todas as medidas cabíveis, preconizadas pelo Ministério da Saúde, estão sendo tomadas para controlar a doença. “Desde terça-feira passada, 2.800 domicílios já foram visitados e sexta-feira o primeiro ciclo de borrifação foi concluído”, conta.

A borrifação do fumacê é feita com intuito de reduzir a fauna de mosquitos transmissores e, de acordo com Flúvia, já mostrou resultados. Na análise realizada após a aplicação, o número dos mosquitos pegos nas armadilhas colocadas pelo pessoal especializado tem diminuído.

A diretora também esclarece que a malária não tem chance de se tornar endêmica na cidade, como acontece na região Amazônica. E que a principal hipótese para o surto é que uma pessoa com malária tenha passado pelo parque, sendo picada pelo mosquito transmissor, que faz parte da fauna local e que posteriormente passou a doença adiante.

Entretanto, Flúvia esclarece que as pessoas já podem voltar a frequentar o parque. “Em relação à região é interessante não frequentar nos dias de borrifação e evitar a área de mata fechada”, diz. Para ela, a área de convivência onde há o gramado não demonstra perigo aos frequentadores, mas a mata fechada com mais exemplares do mosquito ainda não é aconselhável. A data prevista para o segundo ciclo de borrifação é a próxima sexta-feira (31).

Malária

Mas o que é e o que causa essa doença? O infectologista Boaventura Braz de Queiróz, 54 anos, explica que a malária é uma doença normalmente transmitida pelo mosquito Anopheles, popularmente conhecido como mosquito prego. “É na picada do mosquito que os parasitas são inoculados”, conta.

Entre a picada do mosquito e a apresentação dos sintomas o médico esclarece que pode haver um intervalo entre sete e 180 dias, mas a média geral entre os infectados manifesta os sinais de duas semanas a 60 dias. Os principais sintomas são febre com calafrios intensos (sintoma típico da doença), mal-estar geral, dor de cabeça e no corpo e falta de apetite.

Ainda não existe vacina contra a malária, mas há medicamentos (via oral ou injetável) para o tratamento da doença. Há várias espécies de parasitas responsáveis pela malária, alguns são de cura mais fáceis que outros. O diagnóstico pode ser realizado por exame de sangue e normalmente é rápido. Para o médico, em Goiânia pode ter havido dificuldades no diagnóstico por essa não ser uma doença comum, e durante as análises essa possibilidade não foi cogitada como prioritária.
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SAÚDE WEB 365
Operadoras: despesas crescem 15,6% no 1° semestre

IESS aponta que, se o ritmo for mantido, despesas devem crescer mais do que receitas ao longo de 2014

As operadoras de planos de saúde no Brasil gastaram R$ 48,8 bilhões com despesas assistenciais no primeiro semestre de 2014, representando aumento de 15,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as despesas assistenciais foram de R$ 42,3 bilhões. Os números constam na Nota de Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss), produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nas informações da ANS que acabam de ser atualizadas.

No mesmo período e sentido de alta, a receita de contraprestações das operadoras (mensalidade dos beneficiários) foi de R$ 58,6 bilhões, um aumento de 14,9% em relação a junho de 2013. O superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, alerta que o ritmo de crescimento das despesas tem se mantido historicamente em patamar mais elevado do que o das receitas.

"Se analisarmos os últimos nove anos, desde 2006, o comportamento das despesas assistenciais e das receitas tende a indicar o comportamento anual", disse em comunicado ao mercado. O superintende explica que o comportamento de despesas assistenciais e receitas registrados no primeiro semestre tende a se repetir no segundo, ou seja, quando as despesas crescem mais do que as receitas na comparação entre junho de um ano e o mesmo mês do ano anterior, o balanço anual, historicamente, segue o mesmo ritmo. "A tendência é que as despesas assistenciais cresçam mais do que as receitas em 2014 e, frente a este cenário, as operadoras precisam ficar atentas para reverter esse cenário", alertou.

Carneiro ressalva, contudo, que esses números tratam apenas das despesas assistenciais, ou seja, os gastos das operadoras com serviços de saúde utilizados por seus beneficiários. "É preciso lembrar que as receitas das operadoras ainda precisam cobrir as despesas administrativas e tributos, que como nos demais setores são bastante elevados", completou.

Baixe estudo na íntegra: http://documents.scribd.com.s3.amazonaws.com/docs/863alj42io444msh.pdf
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Einstein e ANS criam modelo para reduzir cesarianas na rede privada

Outras instituições podem aderir ao projeto e receber capacitação do hospital. Meta é reduzir os 86% de partos cirúrgicos feitos em hospitais particulares

O Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Hospital Israelita Albert Einstein firmaram na sexta-feira (24), na capital paulista, uma parceria que pretende mudar a trajetória de crescimento no número de cesarianas em hospitais particulares do Brasil. Atualmente, 86% dos partos nessas unidades são feitos nessa modalidade cirúrgica, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que esse percentual não deve ultrapassar 15%.

O acordo de cooperação técnica prevê a utilização de metodologia desenvolvida pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI), dos Estados Unidos. O projeto começa a ser implementado em fevereiro e tem previsão para entrega de resultados em 2017. Outras instituições médicas que desejarem acessar o método poderão aderir ao projeto e receber capacitação do Hospital Albert Einstein. De acordo com a ANS, o modelo do IHI dobrou o percentual de partos normais em experiência já adotada em uma unidade particular no país.

SAIBA MAIS: ANS quer reduzir cesarianas na saúde suplementar

Ministro da Saúde, Arthur Chioro esteve presente na assinatura do acordo. Segundo ele, a alta taxa de cesarianas configura quadro epidêmico, para o qual se busca uma solução. “Essa é uma questão que não pode ser enfrentada por meio de instrução normativa. A definição do tipo de parto se dá em um encontro do médico com a gestante. Os hospitais têm o papel fundamental de reorganizar suas práticas assistenciais, de gestão”, avaliou.

Entre as estratégias que podem ser utilizadas, Martha Oliveira, diretora da ANS, aponta a necessidade de informar melhor as mulheres sobre procedimentos médicos. Também destacou a formação de equipes para o acompanhamento do pré-natal, evitando que somente um profissional esteja diretamente comprometido com a hora do parto, e a disponibilização de obstetras plantonistas, dando segurança à gestante na chegada ao hospital.

Chioro ressaltou que, embora o projeto esteja voltado para a rede privada, na qual o percentual de cesarianas é mais preocupante, a medida deve ter impacto também no Sistema Único de Saúde (SUS). “Muitas instituições privadas atendem ao SUS. Da mesma forma, profissionais que trabalham na rede privada também atuam no sistema público”, comentou. Acrescentou que, na rede pública, a taxa de cesariana é de aproximadamente 40%.

Em outra estratégia para reduzir o número de cesarianas na rede privada, a ANS começou a recolher sugestões hoje. Uma consulta pública no site da agência foi aberta no último dia 15, para que a sociedade opine sobre duas resoluções. Elas tratam de medidas que podem se tornar obrigatórias para as operadoras de saúde. As contribuições podem ser envidas de hoje até o dia 23 de novembro. A expectativa do governo é que as mudanças entrem em vigor em dezembro.

As resoluções incluem medidas de transparência de informações, como o fato de as beneficiárias poderem solicitar taxas de cesárea e partos normais por estabelecimento e por médico, independentemente de estarem grávidas. Além disso, estabelece a apresentação do partograma, que deverá conter anotações do desenvolvimento do trabalho de parto e das condições de saúde maternas e fetais. O documento será parte integrante do processo para pagamento do parto pelas operadoras.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação