Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02/12/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES DE HOJE

• Cremego denuncia vestibular de medicina sem autorização do MEC
• Criação não autorizada – CRM denuncia supostas irregularidades no curso de medicina da faculdade Alfredo Nasser
• Faculdade faz vestibular de medicina sem aval do MEC, denuncia conselho
• Unifan – Incerteza em curso de medicina
• Dengue – Índice de infestação quadruplica
• Modelo internada por aplicação de hidrogel
• Editorial – Alerta contra a chikungunya
• Artigo – HIV e o impacto negativo da desnutrição
• Crônica – Anos atrás e agora…
• BNDES anuncia R$ 2,5 bi para instituições filantrópicas

 

TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)

Cremego denuncia vestibular de medicina sem autorização do MEC

http://globotv.globo.com/tv-anhanguera-go/ja-1a-edicao/v/cremego-denuncia-vestibular-de-medicina-sem-autorizacao-do-mec/3801577/

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JORNAL OPÇÃO

Criação não autorizada
CRM denuncia supostas irregularidades no curso de medicina da faculdade Alfredo Nasser
Por Alexandre Parrode

Presidente do conselho, Erso Guimarães, garante que faculdade teve pedido de criação negado e abre curso sob recurso judicial. Direção da instituição nega acusações

A criação do curso de medicina da faculdade Alfredo Nasser de Goiânia está sendo contestada pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM). De acordo com presidente da instituição, dr. Erso Guimarães, o Ministério da Educação (MEC) negou o pedido para abertura do curso por “não oferecer condições necessárias”.
Segundo ele, a faculdade protocolou solicitação junto ao MEC no dia 3 de dezembro de 2012, mas foi negada pela portatia normativa nº 2 de 2013 do próprio Ministério. “Eles entraram com pedido de mandado de segurança na Justiça Federal do Distrito Federal (DF), que não o acatou. Interpuseram, então, um recurso de agravo de instrumento, que acabou sendo provido”, explica o médico.
No entanto, ele alerta que tal medida judicial não analisou o mérito do processo e é passível de ser derrubada. “Não há nenhuma análise ainda, o recurso é meramente judicial. Esta não é uma decisão terminativa”, garante. O presidente questiona a urgência da criação do curso de medicina da faculdade: “estamos muito temerários com o início deste curso nesta situação. Por que não esperar até que o processo seja julgado por completo?”.
As inscrições para o vestibular da Faculdade Alfredo Nasser estão abertas até esta sexta-feira (5/12), sendo que a prova será aplicada no dia 7 deste mês. “Aos alunos que estão interessados no curso, deixamos um alerta claro de que a decisão pode ser cassada e o curso pode nem sequer prosperar. Cuidado para não serem lesados financeiramente e, acima de tudo, não conseguirem levar a cabo o tão sonhado curso de medicina”, enfatiza o presidente do CRM, Erso Guimarães.
Outro lado
A Faculdade Alfredo Nasser informou, por meio de nota, que só abriu as inscrições do vestibular para o curso de medicina por estar “absolutamente autorizada” pela justiça. Segundo eles, a decisão é terminativa (quando não cabe mais recurso), por meio do Agravo de Instrumento nº 0044606-60.2014.4.01.0000/GO, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região. A instituição garante que recebeu tal autorização.
“A decisão está a disposição não só do Conselho Regional de Medicina, mas de todos que queiram se certificar da lisura e seriedade das nossas atitudes”, versa o professor Alcides Ribeiro Filho, diretor geral da instituição.
Confira a nota na íntegra:
A Faculdade Alfredo Nasser informa que só abriu as inscrições do vestibular para o curso de medicina por estar absolutamente autorizada pela justiça. Em decisão terminativa (quando não cabe mais recurso), através do Agravo de Instrumento nº 0044606-60.2014.4.01.0000/GO, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, a instituição recebeu tal autorização. A decisão está a disposição não só do Conselho Regional de Medicina, mas de todos que queiram se certificar da lisura e seriedade das nossas atitudes.
A decisão judicial levou em consideração os pareceres do Conselho Nacional de Saúde e do Ministério da Educação que consideram cumpridas por parte da Faculdade Alfredo Nasser todas as exigências para a criação do curso. Informamos ainda que essa estrutura também está a disposição de todos que queiram certificarem do volume de recursos investidos na montagem de laboratórios, biblioteca, banco de dados online, quadro de professores com mestres e doutores e convênios para dar ao acadêmico todas as condições necessárias da excelência no sua formação em Medicina.
A Faculdade Alfredo Nasser também informa que se surpreendeu com o questionamento feito pelo Conselho Regional de Medicina, pois jamais a entidade fez uma só visita para saber o que foi feito pela Faculdade para abrir o curso. A Faculdade Alfredo Nasser está, como sempre esteve, com as portas abertas para atender qualquer membro, ou comissão do CREMEGO para mostrar papeladas e instalações necessárias para o pleno funcionamento do curso de Medicina.
A leviandade mostrada pelo CREMEGO se posicionando via imprensa, sem nenhuma checagem não gera nenhuma alteração no processo interno para a realização do vestibular no dia 7 de dezembro. As inscrições poderão ser feitas até o dia 5 de dezembro, próxima sexta-feira.
Goiânia, 1º de dezembro de 2014
Professor Alcides Ribeiro Filho
Diretor Geral

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PORTAL G1

Faculdade faz vestibular de medicina sem aval do MEC, denuncia conselho
Provas de seleção devem ocorrer no domingo (7), em Aparecida de Goiânia.
Decisão judicial autorizou o curso, mesmo com notas abaixo do exigido.
Luísa Gomes

O Conselho Regional de Medicina em Goiás (Cremego) denunciou, nesta segunda-feira (1º), a realização de provas de vestibular para curso de medicina na Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), localizada em Aparecida de Goiânia. De acordo com o conselho, a instituição de ensino teve o pedido de abertura do curso não autorizado pelo Ministério da Educação (MEC). As provas da seleção estão marcadas para domingo (7).
Procurado pelo G1 no início desta tarde, o diretor da Faculdade Alfredo Nasser, Alcides Ribeiro Silva, afirmou que estava em reunião. Ele não retornou a ligação até a publicação desta reportagem.
Segundo consta no processo que tramita na Justiça, o curso exige aprovação do Conselho Nacional de Saúde, além de avaliação superior ou igual a 3 pontos no chamado “Conceito de Curso”. Entretanto, ao ser avaliado, o curso proposto pela Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), recebeu notas de 1 a 2 em variados quesitos, como ensino na área da saúde, responsabilidade docente pela supervisão de assistência médica e experiência profissional do coordenador.
O MEC confimou ao G1, por meio de sua assessoria de imprensa, que indeferiu o pedido de autorização do curso de medicina da Faculdade Alfredo Nasser, conforme Portaria 236, de 15 de abril de 2014, publicada no DOU de 16 de abril deste ano.

"A instituição apresentou recurso, cujo processo encontra-se no CNE – Conselho Nacional de Educação, para análise e deliberação", disse a nota do ministério.
Apesar de ter o curso negado pelo MEC, a Unifan lançou o vestibular com base em uma decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 1ª região, que autoriza o funcionamento do curso de medicina na instituição. A decisão tem caráter liminar e foi publicada no último dia 21 de novembro.
O desembargador federal Jirar Aram Megueriam afirma no documento que o pedido de autorização de criação do curso foi feito no dia 3 de dezembro de 2012 e, por isso, deveria ser analisado conforme a legislação vigente à época. Na ocasião, a lei estabelecia padrões menos rígidos de avaliação dos cursos que as atuais, usadas pelo MEC para negar a abertura.
Para o presidente do Cremego, Erso Guimarães, o desembargador não deveria ter autorizado o curso. “A decisão mais correta seria deferir ao MEC que avalie a solicitação da faculdade através da portaria que estava vigente à época de sua solicitação, definindo se existiam condições. Nós não temos elementos para analisar se preenchia os requisitos da portaria antiga”, afirma.
O Cremego considera que a liberação do curso com notas inferiores às estabelecidas pelo governo é um risco para os futuros profissionais e seus pacientes. “O Conselho está extremamente preocupado com a qualidade do médico que pode ser formado por essa instituição. O aluno que forma em faculdade com qualidade duvidosa será o responsável pelo ato médico, e não a faculdade que ensinou a medicina a ele”, afirma.
A reportagem também procurou o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mas não obteve resposta.
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O POPULAR

Unifan
Incerteza em curso de medicina
Graduação divulgada pela Unifan não foi aprovada pelo MEC, mas tem respaldo judicial
Vandré Abreu

O vestibular para o curso de medicina da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan) vai ocorrer pela primeira vez no domingo sem ter a aprovação do Ministério da Educação (MEC). No entanto, a Unifan está respaldada por uma decisão da Justiça Federal para iniciar o curso. A divergência se encontra na portaria que deve ser seguida pelo MEC para avaliar se o novo curso deve existir ou não. Segundo o documento, deve haver uma avaliação do Conselho Nacional de Saúde.
A criação do curso foi solicitada pela Unifan em dezembro de 2012 e a portaria do MEC entrou em vigor no dia 1º de fevereiro de 2013, mas afirmando que todos os pedidos solicitados até o dia 31 de janeiro do ano passado fossem submetidos àquelas regras. A decisão do MEC foi publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de abril deste ano. De acordo com as exigências, a Unifan obteve Conceito de Curso nota 3, quando o mínimo permitido é 4.
O ensino na área de Saúde foi conceituado como 1, assim como experiência profissional e responsabilidade docente; já o conteúdo curricular, produção científica e apoio pedagógico ficaram com nota 2. A portaria do MEC determina que o faculdade obtenha pelo menos nota 3 em todos esses requisitos, o que não conseguiu. Em maio, o sistema e-MEC teria publicado autorização para a criação do curso, mas o documento foi retirado do ar três dias depois.
A Unifan recorreu a um agravo de instrumento, que foi relatado pelo Desembargador Federal Jirair Aram Meguerian, com base nas datas de publicação do pedido e da portaria. Meguerian acatou os argumentos da Unifan e entendeu que uma portaria posterior não poderia submeter um pedido anterior. Desta forma, ele afirmou que a portaria não se aplicava ao caso do pedido da Unifan e permite a criação do curso de medicina pela universidade.
DISCUSSÃO
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) alerta aos estudantes sobre a situação e informa que há uma insegurança jurídica para quem realizar o processo seletivo. O agravo de instrumento, que foi aprovado por unanimidade por toda a turma de desembargadores, não é uma decisão definitiva, cabendo recurso. Uma decisão posterior poderia contestar a criação do curso e extinguí-lo, prejudicando os alunos.
A universidade garante ter toda a estrutura necessária para realizar a graduação em medicina, tendo investido cerca de R$ 5 milhões e, em nota, se coloca à disposição do Cremego para comprovar a qualidade e legalidade do curso de medicina.
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Dengue
Índice de infestação quadruplica
Prefeitura vai realizar ações de prevenção contra Aedes Aegypti, que também transmite chikungunya
Cristiane Lima

“Com as primeiras chuvas, o mosquito procura novos criadouros, mas tem também os ovos que ficaram depositados e com as primeiras chuvas são eclodidos. Com apenas dez dias de vida o mosquito já está adulto e pronto para transmitir as doenças.” Flúvia Amorim, Diretora de Vigilância em Saúde da SMS

Por conta das chuvas registradas no início de novembro, o índice de infestação do mosquito da dengue subiu de 0,5% para 2% no Levantamento Rápido de Índice de Infestação Predial (Lira). Quando esse número é mais alto que 1%, já é caracterizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como perigo iminente à saúde pública. “Agora, além dos vírus tipo 1 e 4, o mesmo mosquito transmite a chikungunya. Precisamos do apoio de todos em um trabalho diário contra o criadouro do mosquito”, destaca a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
Em agosto, o índice registrado foi de 0,5%. Segundo Flúvia, é comum que haja essa alteração brusca. A justificativa é o período seco, quando naturalmente se registra queda dos casos. “Com as primeiras chuvas, o mosquito procura novos criadouros, mas tem também os ovos que ficaram depositados e com as primeiras chuvas são eclodidos. Com apenas dez dias de vida o mosquito já está adulto e pronto para transmitir as doenças.” A diretora detalha que o mosquito fêmea possui a capacidade de depositar ovos infectados. “Assim, os novos mosquitos já nascem prontos para transmitir as doenças.”
NOTIFICAÇÕES
No ano passado, o vírus predominante no número de registros de notificações foi o 4. Cerca de 60% dos casos foram desse tipo. Como boa parcela da população já teve contato com os dois tipos de vírus, é possível que haja redução nas notificações. “Mas isso não quer dizer que o cidadão possa ter menos cuidado com seu quintal. Pelo contrário. Esse é o mesmo mosquito que transmite a chikungunya e ela é tão grave quanto a dengue. Em alguns casos, pode trazer dores fortes por até dois anos para o infectado”, destaca o diretor de vigilância e controle de zoonoses da SMS, Edson Almeida Gomes.
O Lira é realizado cinco vezes ao ano, sendo duas vezes durante o tempo seco e outras três vezes em meses chuvosos. O último levantamento, confirmando que se quadruplicou o índice, foi feito no final de novembro. O anterior, em agosto. “Já era esperado o aumento, como ocorreu em outros anos. Mas esse ano, o aumento foi menor que em anos anteriores.” A justificativa pode ser a redução das chuvas. Flúvia se lembra que em 2009, quando as chuvas começaram em setembro, o aumento dos índices de infestação já pode ser observado no mês seguinte.
Em Goiânia, até o dia 26 de novembro, haviam sido notificados 26.316 casos de dengue, 45% do total registrado em 2013, quando 58.024 notificações foram registradas e Goiás registrou o maior índice da doença nos últimos dez anos. Em 2014 foram confirmadas 18 mortes pela doença. Em 2013 haviam sido 23. Da febre chikungunya foram notificados 13 casos, sendo que oito ainda estão em investigação. Os dois casos confirmados foram adquiridos na Guiana Francesa e outro no Caribe. Os outros três casos foram descartados”.

Mobilização contra o mosquito no sábado
Sábado será o Dia D de Combate à dengue e à chikungunya. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) organiza uma caminhada que terá início no Parque Vaca Brava e terminará no Parque Areião. No local de chegada haverá um estande com informações sobre as enfermidades e um laboratório móvel acessível à população, que poderá entender também o desenvolvimento do mosquito transmissor.
A concentração no Parque Vaca Brava terá início às 8 horas. “Queremos chamar a atenção para um problema que precisa do apoio de todos. Cada um precisa fazer a sua parte”, destaca Edson Almeida Gomes, diretor de vigilância e controle de zoonoses da SMS. Ele alerta que ações específicas serão realizadas nos bairros que concentram os maiores números de casos.
No ranking da SMS, o Jardim América aparece em primeiro lugar. Depois a Vila Finsocial, Parque Amazônia e Jardim Guanabara I. Em quinto aparece Setor Estrela Dalva, depois Morada do Sol e Residencial Sonho Dourado. Em oitavo na lista está o Recanto das Minas Gerais e, em nono, Setor Bueno. “Vamos fazer uma ação incisiva em imóveis fechados, junto às imobiliárias e onde se registra grandes criadouros, como pontos comerciais, especialmente os que ficam abertos.”
GOIÁS REGISTRA QUEDA
Em todo o Estado, em 2014, foram registrados até dia 22 de novembro (data da divulgação do último boletim da Secretaria Estadual de Saúde, SES), 111.833 casos de dengue. Segundo o coordenador de Controle de Dengue da SES, Murilo do Carmo Silva, isso representa redução de aproximadamente 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Dados estaduais mostram que 69 óbitos por dengue foram registrados e 34 óbitos estão sendo analisados.
Este ano, ao contrário do que ocorreu em 2013, 80% das amostras de isolamento viral demonstram ser dengue tipo 1. No ano passado, cerca de 80% eram dengue 4. Segundo o coordenador da SES, este ano o Estado atualizou seu plano de contingência de dengue para o enfrentamento dessa doença, que vale para 2015-2016. Ele aponta que já foram adquiridos medicamentos, como dipirona em comprimidos e também gotas, sais de reidratação oral, soro endovenoso, entre outros, para serem disponibilizados aos municípios em caráter complementar no tratamento de pessoas com dengue.
“Realizamos ainda a manutenção dos carros fumacês do Estado para serem dispostos aos municípios para ajuda-los no enfrentamento da dengue. Com a possibilidade de entrada do vírus da Febre de Chikungunya e a necessidade de resposta imediata, a SES-GO tem se antecipado para melhorar ainda mais as ações preventivas.” Desta forma, está prevista para o início de 2015 a aquisição de mais 300 bombas costais motorizadas e mais 10 bombas veiculares. “Agora com a chegada do período chuvoso a sociedade deve redobrar os cuidados para evitar água parada em casa que serve de criadouros para o mosquito da dengue.”
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Modelo internada por aplicação de hidrogel
A modelo e vice-miss bumbum em 2012, Andressa Urach, de 27 anos, está internada em estado grave após passar por uma nova drenagem cirúrgica em Porto Alegre (RS). Ela tratava de uma infecção na coxa esquerda, segundo sites de notícia, causada por uma aplicação de hidrogel há cinco anos em uma clínica carioca. Ela deu entrada no sábado à noite.
Em Goiânia, a auxiliar de leilões Maria José Medrado, de 37 anos, morreu no dia 24 de outubro após passar por procedimento semelhante de preenchimento de glúteos.
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Editorial – Alerta contra a chikungunya

A população deve entrar em alerta máximo a partir de agora, em função da intensificação das chuvas, que fez quadruplicar o número de focos do mosquito transmissor da dengue e da chikungunya, doença grave e que provoca intenso desconforto em suas vítimas. O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação (Lira) apontou que a infestação predial saltou de 0,5% para 2%, de agosto para novembro, segundo reportagem publicada nesta edição.
Isso equivale a dizer que a cada cem casas de Goiânia duas apresentam focos do Aedes aegypti. A partir de 1%, o índice já é considerado risco iminente à saúde pública. Diante da situação, é fundamental o trabalho das autoridades de saúde para erradicação dos focos por meio de borrifação, atuação de agentes e limpeza adequada da cidade, mas sem o envolvimento da população será impossível combater os criadouros, que se formam em qualquer insignificante objeto que acumule água.
Oito casos suspeitos de chikungunya estão sob investigação na capital e dois já foram confirmados, em pessoas que contraíram a enfermidade no exterior. A doença é originária da África e responsável por fortes dores nas articulações, que podem perdurar por até dois anos. A possibilidade de uma epidemia é grande, já que a população é vulnerável pois ainda não teve contato com o vírus. Por isso torna-se mais importante o cuidado de cada um com sua própria casa.
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Artigo – HIV e o impacto negativo da desnutrição
Este foi o resultado de um estudo feito pelo Centro de Referência e treinamento em DST/Aids do Estado de São Paulo. A maioria dos estudos tem demonstrado o impacto negativo da desnutrição no aumento da Morbidade/mortalidade na Aids. Comemorado no dia 1º de dezembro, ontem, o dia mundial de luta contra o HIV/Aids, é tanto um momento de reflexão e educação, quanto de orientação para os mais de 700 mil brasileiros que já receberam o diagnóstico “positivo” para o vírus.
A alimentação é um dos principais fatores de atenção para o portador de HIV, já que a manutenção do sistema imunológico saudável é essencial para uma vida normal. Contudo, para portadores do HIV normalmente observamos dificuldades na adoção de um estilo de vida saudável e cerca de 70% possui algum tipo de disfunção nutricional. É comum pacientes que não se alimentam bem e desenvolvem doenças oportunistas e, também, doenças oportunistas que levam à má alimentação. É uma via de mão dupla e um desafio para ambos: médico e paciente.
A desnutrição é a doença mais comum associada à má alimentação em pacientes soropositivos. Conhecida como “síndrome consumptiva”, leva à perda de peso involuntária maior que 10% associada a episódios de diarreia (mais que duas vezes/dia), febre e fraqueza por mais de 30 dias. Além disso, muitos soropositivos apresentam frequentemente alterações no metabolismo dos lipídios, como aumento de LDL ou mau colesterol, aumento dos triglicerídeos e diminuição do HDL ou bom colesterol.
Diante deste quadro precisamos orientar diariamente estes pacientes sobre a necessidade de seguir uma dieta adequada. As Vitaminas C e E e os minerais selênio e zinco podem contribuir com uma excelente ação antioxidante e, desta forma, prevenir o envelhecimento precoce e a perda de massa magra. Neste caso, frutas como laranja, kiwi, acerola e castanha do pará se constituem em importantes aliados. Assim, ainda no campo prático, a suplementação com ômega 3 e óleo de coco (triglicerídios de cadeia média) tem uma ação protetora , melhorando o bom colesterol destes pacientes. Deve-se restringir a Gordura Saturada contidas nas carnes, frituras e empanados, doces e biscoitos.
Em casos infantis, é preciso alerta ainda maior, já que a fragilidade do metabolismo requer cuidados extras. Neste caso, é preciso inserir alimentos construtores (proteínas), energéticos (açúcar e gordura) e reguladores (vitaminas e sais minerais) em quantidades personalizadas à idade e estágio de desenvolvimento da criança. Hoje sabemos que os coquetéis disponíveis permitem que os soropositivos tenham uma vida normal e com perspectiva de vida semelhante aos soronegativos. Contudo, é essencial que o tratamento seja seguido correta e ininterruptamente para que ocorra a minimização do contágio e a melhora na qualidade de vida. E é claro que falamos, também, de uma boa alimentação acompanhada, quando possível da terapia nutricional/ nutrológica.
Aproveitando a semana da luta contra o HIV/Aids, precisamos lembrar que é preciso analisar com atenção como está a composição do prato do almoço. Muitas vezes nem sempre as decisões mais corretas são as mais fáceis, mas com certeza são aquelas que irão auxiliar aos pacientes a terem pleno gozo da vida e de todas as oportunidades que ainda irão surgir. Mais que positivo para o HIV, é preciso ser positivo para a vida.

Ribamar Cruz é médico nutrólogo, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e da American Academy of Anti Aging Medicine (A4M)
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Crônica – Anos atrás e agora…

“Eu continuava achando que uma Unidade de Terapia Intensiva era realmente a Sala de Espera das indesejáveis Parcas”
Em 1940, estudávamos no Ginásio Anchieta, de Silvânia, como alunos internos. Não éramos colegas de classe. Mais novo, Anis Rassi cursava a primeira série; eu, a seguinte. Ele pertencia à Divisão dos Menores, a minha fila era a dos Médios. Todavia, frequentemente, aparecíamos juntos no Quadro de Honra dos estudantes que haviam merecido o conceito ótimo (às vezes bom), em comportamento e/ou aplicação. O jornalzinho do colégio, Voz Juvenil, o publicava…
É público e notório que meu contemporâneo de ontem, e agora caríssimo amigo, se tornou referência internacional em medicina. Seu nome engrandece um dos melhores hospitais de Goiânia. Aconteceu também que Anis Rassi, há mais de 30 anos, avalia as batidas do meu entristecido coração…
Por esse motivo, em data recente, me passou às sábias diligências dos cirurgiões Vinícius Daher Vaz e Fabrício Las Casas que, com muito sucesso, retiraram os entraves que dificultavam o percurso do meu sangue por algumas velhas trilhas do meu organismo.
Então, no Hospital Anis Rassi, o selo profissional dos médicos e cortesia dos funcionários de seus demais escalões (por exemplo, a enfermagem) me proporcionaram um tratamento que chegou a neutralizar uma inquietante perturbação, que me assaltava, quando me falavam da estada de alguém numa UTI…
De fato. Embora soubesse de sua irretorquível utilidade (já fui hóspede de duas), eu continuava achando que uma Unidade de Terapia Intensiva era realmente a Sala de Espera das indesejáveis Parcas. Porém, nunca cometi o exagero, comumente cometido, de chamá-la Corredor da Morte.
Por conseguinte, como salientei, minha passagem de outro dia pela UTI do Hospital Anis Rassi não me causou nenhum traumatismo. Sua primeira etapa, bem estressante, andou rápida; a segunda (transcorrida num quarto contíguo) foi mais leve: pude movimentar-me na cama, ter acompanhante e, sobretudo, me deu oportunidade de refletir um pouco sobre a morte…
Não a vejo como o fim de tudo. E sim como o único meio (nada convidativo) de a gente alcançar a vida eterna. Contudo, lamento não se morra mais como antigamente: em casa, cercado de rostos familiares e de gestos afetuosos…
É que, em tempos remotos, a medicina apenas abrandava os sofrimentos de uma pessoa possuída de morte. Atualmente, na maioria desses casos, consegue exorcizá-la.
No entanto, a prorrogação do restinho de vida dum doente sem cura ainda é assunto polêmico. Já fui contrário a esse procedimento, simpatizava com a ortotanásia. Hoje considero válidos os esforços que a ciência médica (e não a ganância por uma renda maior) envida para fazer a brasa, que inda fumega, tornar-se chama rediviva.
Acredito que Deus, Pai amorosíssimo, jamais se dissocia das dificuldades existenciais de seus filhos. A impossibilidade é conceito que não cabe no glossário das infinitudes dele.
Enfim, são e salvo, transferido a confortável apartamento, obtive alta. Voltei às vicissitudes de minha nonagenária velhice.
E larguei de me interessar pela morte… (30/11/14)
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SAÚDE WEB 365

BNDES anuncia R$ 2,5 bi para instituições filantrópicas

Nova versão do Programa de Apoio a Instituições de Saúde, ou BNDES Saúde, faz parte de parceria com o Ministério da Saúde e beneficia instituições filantrópicas

Nova versão do Programa de Apoio a Instituições de Saúde (BNDES Saúde) foi lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com vigência até 30 de setembro de 2015. O orçamento soma R$ 2,5 bilhões.

O anúncio foi feito nesta segunda (1º) pela instituição. Segundo informou a assessoria de imprensa do BNDES, a nova versão faz parte de parceria do banco com o Ministério da Saúde e objetiva fortalecer o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de apoio a instituições filantrópicas que tenham o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas).

O programa é dividido em duas linhas que abrangem o atendimento SUS e o desenvolvimento institucional. Para o primeiro subprograma, a dotação será de R$ 1 bilhão. Serão apoiados projetos de investimento em reformas, modernização e ampliação das instituições filantrópicas, além de reestruturação financeira.

Para o subprograma de desenvolvimento institucional, o orçamento alcança R$ 1,5 bilhão. Serão apoiados projetos de melhoria da infraestrutura das instituições reconhecidas pelo Ministério da Saúde como de excelência.

Para acessar os recursos do BNDES, entretanto, elas terão que destinar o correspondente a 5% do financiamento, com recursos próprios, para programas de treinamento e pesquisas médicas e científicas do SUS, entre outros.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação