Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 17/12/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES DE HOJE

• Investimento estrangeiro em hospitais pode ser votado na Câmara
• Pacientes vão estar mais informados e exigentes em 2020
• Cartas dos Leitores – Saúde pública
• Pensamento positivo cura

SAÚDE WEB 365

Investimento estrangeiro em hospitais pode ser votado na Câmara

Emenda da MP 656/14 prevê que empresas e investidores estrangeiros poderão instalar, operar ou explorar hospitais e clínicas. Para Cremesp, medida vai privilegiar apenas o lucro

A abertura do setor hospitalar para o capital estrangeiro poderá ser aprovada pela Câmara dos Deputados, que inicia nesta terça-feira (16) a análise do relatório da Medida Provisória 656/14. A entrada de estrangeiros no segmento hospitalar foi incluída na MP pelo relator da comissão mista que discutiu a matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a partir de uma emenda do deputado Manoel Junior (PMDB-PB).

De acordo com a emenda, empresas e capitais estrangeiros poderão instalar, operar ou explorar hospitais (inclusive filantrópicos) e clínicas. Também poderão entrar em ações e pesquisas de planejamento familiar, e serviços de saúde exclusivos para atendimento de funcionários de empresas.

A emenda altera a Lei Orgânica da Saúde (8.080/90). A norma proíbe os investimentos estrangeiros no segmento hospitalar. A presença de capitais externos já existe em outras áreas da saúde, como planos e seguros, laboratórios de análises clínicas, empresas de diagnósticos e farmácias.

Vantagens
Para o deputado Manoel Junior, a presença de investidores de outros países nos outros segmentos da saúde é uma prova de que o capital estrangeiro é benéfico para o País e a proibição para os hospitais não se justifica mais. Ele ressaltou que os recursos externos poderão impulsionar um setor que precisa cada vez mais de investimentos vultosos.

“Um dos últimos setores ainda fechados ao capital estrangeiro é o de hospitais, que ainda não dispõem de uma fonte de recursos fundamental para a expansão da sua infraestrutura e dos serviços de assistência”, disse Manoel Junior. De acordo com o parlamentar, o capital estrangeiro pode complementar as necessidades do País, que precisaria de aproximadamente 15 mil novos leitos hospitalares.

O deputado disse ainda que a captação de recursos externos pode suprir a demanda de investimentos do parque hospitalar brasileiro, além de trazer outros benefícios. “O capital estrangeiro não apenas contribui com recursos, como também com tecnologia, inovações, melhor governança e práticas, tendo como resultado final a entrega de serviços de melhor qualidade para o consumidor”, afirmou.

Opinião contrária
Para o deputado Manoel Junior não é compartilhada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), João Ladislau Rosa. Para ele, os investidores estrangeiros, uma vez instalados no País, forçariam uma redução dos custos hospitalares e o aumento dos lucros, levando a uma piora no atendimento aos pacientes.

“O capital só vem atrás de lucro. Acaba a questão da saúde sendo tratada como um produto de consumo”, disse Rosa. “Qual o interesse de um grupo estrangeiro entrar aqui para melhorar a saúde do brasileiro? Não é esse o objetivo”, afirmou.

Além disso, segundo João Ladislau, haveria um forte estímulo para o crescimento do setor hospitalar privado em detrimento do público, que é mais carente de recursos e que atende à população mais pobre. O dirigente disse também que há uma pressão para que investidores estrangeiros entrem no segmento hospitalar brasileiro, que cresce anualmente a taxas elevadas.

“A área hospitalar cresceu muito no País, e penso que eles estão vendo este crescimento. Eles vão entrar com força total para tomar conta do nosso parque hospitalar”, disse Rosa.

Votação
A MP 656 foi enviada pelo governo em outubro. A princípio a matéria só tratava de registro de imóveis públicos, crédito imobiliário e prorrogação de alguns incentivos tributários. O texto foi substancialmente alterado na comissão mista e acrescido de assuntos como refinanciamento de dívidas de clubes de futebol, tributação de bebidas, normas para aviação e setor elétrico e a abertura do setor hospitalar para capital externo, entre outros.

A medida ainda precisa ser votada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. O prazo de vigência é 17 de março de 2015. A íntegra da proposta pode ser lida no site da Câmara.

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Pacientes vão estar mais informados e exigentes em 2020

Estudo da Deloitte aponta que daqui a cinco anos os pacientes estarão mais informados e demandantes, porém conscientes de serem parte ativa da sua própria saúde

Como o Saúde Business 365 informou, a consultoria Deloitte traçou dez tendências para o setor de Saúde em 2020, presentes no estudo “Health Care and Life Sciences Predictions 2020 – A bold future?". Confira mais detalhes do 1° aspecto mencionado:“Pacientes informados e exigentes que cuidam de sua saúde”

1. Previsão – Consumidores de saúde
Pacientes informados e exigentes que cuidam de sua saúde

Em 2010…os indivíduos estão mais bem informados sobre seu perfil genético, as doenças que têm ou podem ter. As expectativas são maiores em relação a melhores resultados de saúde para si mesmos e para os entes queridos. Eles abraçam práticas preventivas e dedicam tempo, energia e dinheiro para estarem saudáveis. Quando doentes, os pacientes demandam tratamentos específicos; e também estão dispostos, em parte, a pagar. Os pacientes são verdadeiros consumidores, entendem que têm opções e utilizam as informações e dados sobre si mesmos e sobre os prestadores de serviços para, dessa forma, alcançarem o melhor tratamento no tempo, lugar e custo adequados a eles.

Mundo em 2020

• As organizações de saúde vão estar engajadas com os pacientes através de mídias sociais, aferindo suas necessidades e as direcionando para os produtos e serviços apropriados, inclusive compatíveis com o orçamento
• Comunidades online de pacientes cresceram exponencialmente, sendo uma rica fonte de dados de massa
• Análises avançadas sobre o que os pacientes costumam expor nessas comunidades geram uma melhor compreensão sobre quais tratamentos são mais eficazes
• Empresas e governos trabalham com comunidades de pacientes, hospitais e pagadores para identificar melhores práticas e tratamentos mais custo-efetivos
• Novos prestadores e modelos de negócios, incluindo outras formas de colaboração e cooperação ajudam no decréscimo dos custos e melhoria do cuidado

Resistências que caíram

• Consumidores aceitam que ele são os maiores responsáveis por sua saúde – e os incentivos para um comportamento mais saudável estão sendo adotados para reduções nos planos de saúde, por exemplo, e até em impostos (ex: não fumantes sendo beneficiados)
• Preocupação com privacidade e segurança de dados ainda permanece, mas existe um reconhecimento sobre os benefícios de compartilhar dados
• Pagadores e prestadores passam a cobrir pacientes mais complexos, investindo em análise de dados (analytics) e em programas que conduzem para novos caminhos do cuidado
• Clínicos saem de uma postura relutante para se engajarem com informações eletrônicas de saúde proveniente dos “wearables” no desenvolvimento e aperfeiçoamento da tecnologia
• Maioria dos pacientes dos países em desenvolvimento agora tem acesso ao seu registro eletrônico de saúde e decidem com quem compartilhá-lo
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DIÁRIO DA MANHÃ

Pensamento positivo cura
Pesquisas mostram que pacientes respondem melhor ao tratamento quando se sentem confiantes. Para motivar e alegrar pessoas internadas no HGG, uma equipe com 20 jornalistas se mobilizou na manhã de ontem


DIÁRIO DA MANHÃ
DEIVID SOUZA

Especialistas em Saúde reconhecem que a maneira como a pessoa enfrenta um tratamento reflete na resposta do organismo a esta terapia. Além dos profissionais ouvidos pelo Diário da Manhã, vários estudos científicos demonstram que o pensamento positivo contribui para melhores respostas a tratamentos e medicamentos. 

Um destes estudos foi publicado, em 2007, na revista científica Neuron dos Estados Unidos, mesmo local da Universidade de Michigan, onde a pesquisa foi realizada pelo doutor David Scott. Por meio de imagens do cérebro, feitas em exames de ressonância magnética, Scott percebeu que a confiança de um paciente nos benefícios de um suposto tratamento fez com que houvesse maior liberação de dopamina. Esta substância atua no controle do movimento de memória e sensação de prazer.

As imagens mostraram a ativação de uma região do cérebro conhecida como núcleo acumbente que fica na região da orelha. Esse núcleo faz parte do sistema de recompensa do cérebro, que reage diante de prazeres provocados por amor, bebidas, drogas, alimentos etc. Este e outros estudos indicam que a crença do paciente pode ser efetiva contra dores em geral, doenças ligadas ao estresse e alguns distúrbios psicológicos.

A psicóloga e diretora Multiprofissional de Reabilitação do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Sônia Helena Adorno defende que a psicologia pode ajudar o paciente a ter uma maneira mais confiante de passar por um tratamento, mas que as pessoas que já têm este comportamento diante de situações adversas durante toda vida se saem melhor, os chamados biófilos. "A situação quando ele tem mais facilidade de lidar com essas ocasiões é mais fácil, mas nada impede da pessoa passar por isso de uma maneira mais tranquila, mas é uma tarefa mais árdua", considera.

O diretor técnico do Hospital Geral de Goiânia (HGG) Alberto Rassi, Rafael Nakamura ressalta que além desta, existem várias outras pesquisas que tratam do assunto e têm chegado à conclusões semelhantes. "Existem pesquisas no mundo todo, alguns casos já comprovadamente publicados em que atividades alternativas, exemplos como a música causam melhoras em determinados transtornos, sentimentos de dor e também no prolongamento da vida", acredita.

Esta filosofia tem influenciado na estrutura das unidades de saúde. No caso do HGG existem várias obras de arte para inspirar um local mais leve. No Hospital de Combate ao Câncer, Araújo Jorge (HAJ), a ala infantil tem uma decoração que busca tornar o ambiente mais agradável para as crianças.

Comunicadores

Para ajudar os pacientes e acompanhantes a manterem o pensamento positivo, o HGG tem várias iniciativas que combinam artes plásticas e música. Ontem foi dia de este serviço ser prestado por profissionais da imprensa.

Maquiados, com jalecos brancos, chapéus e outros adereços, cerca de 20 jornalistas de 18 veículos de Goiás percorreram várias alas da unidade cantando, fazendo brincadeiras e levando atenção às pessoas na segunda edição do projeto Comunicadores da Alegria.  "Eu acho muito bacana você ter esse contato com os pacientes, mesmo que rapidinho, acredito que é muito interessante você sentir que eles estão se envolvendo também. Quando você chega a pessoa está séria, e de repente ela vai se soltando e rindo um pouquinho com você", contou o repórter da TV Brasil Central, Jerônimo Venâncio.

O Diário da Manhã foi representado pelo chefe de reportagem, Ulisses Aesse e por mim, Deivid Souza.

Por onde o grupo passou muitos sorrisos apareceram. Alguns pacientes pediam canções e o músico Amauri Garcia atendeu todos pedidos acompanhado pelos jornalistas. Quem acompanhava familiares, como a mãe do garoto João Eterno de seis anos de idade, Eliene Arantes Monteiro, 40, "Geralmente (no hospital) a criança fica deprimida, assim a criança anima bem mais, é bom", avalia a mãe do menino.
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O POPULAR

Cartas dos Leitores – Saúde pública
A edição de sábado do POPULAR demonstrou que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) deve R$ 60 milhões em repasses de verbas da saúde para as prefeituras goianas. Na mesma reportagem, li, incrédulo, a justificativa do atual secretário estadual de Saúde de que os atrasos nos repasses iniciaram na gestão passada, sugerindo que a causa advém da gestão estadual anterior.
Ora, passados quatro anos da atual gestão, não houve tempo hábil e recursos para colocar a casa em ordem? Penso que, talvez, se os vultosos repasses de milhões de reais para as empresas privadas ditas Organizações Sociais (OSs), que administram os hospitais estaduais, tivessem sido menores, os municípios tivessem recebido os recursos a que têm direito e, assim, esses mesmos prefeitos poderiam ter investido na chamada “ambulâncioterapia”. Pois esse é o tipo de investimento que eles costumam fazer com os recursos da saúde pública.
A verdade é que a saúde pública tornou-se um grande negócio privado em Goiás, e o jogo de empurra entre o Estado e os municípios continua. Mas recursos para pagamento das faturas das OSs não falta de jeito nenhum, e só crescem.
Alexandre Mesquita
Jardim Ana Lúcia – Goiânia
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação