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DESTAQUES
Servidoras reclamam de insegurança durante a noite em Cais de Goiânia
Pacientes reclamam da falta de médicos e remédios em Cais de Goiânia
Nota de Pesar – Dr. Aristóteles de Paula e Souza
Goiás começa este mês a realizar exames no Lacen
“É preciso tornar o paciente agente do seu cuidado”, diz Chapchap
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Servidoras reclamam de insegurança durante a noite em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/servidoras-reclamam-de-inseguranca-durante-a-noite-em-cais-de-goiania/4849993/
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Pacientes reclamam da falta de médicos e remédios em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/pacientes-reclamam-da-falta-de-medicos-e-remedios-em-cais-de-goiania/4849736/
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O POPULAR
Nota de Pesar – Dr. Aristóteles de Paula e Souza
Foi com grande pesar que recebemos a notícia da morte do colega dr. Aristóteles de Paula e Souza. Em nome do Sindhoesg, manifestamos nossa solidariedade à família, aos amigos, a todos os colegas e à sociedade goiana pela perda deste grande médico, que sempre exerceu a profissão com ética, dignidade e respeito ao próximo. Que seu legado permaneça vivo em todos nós para que possamos continuar fazendo o melhor pela medicina goiana.
Dr. José Silvério Peixoto Guimarães
Presidente
Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás/Sindhoesg
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Goiás começa este mês a realizar exames no Lacen
Estado recebe insumos do Ministério da Saúde, mas quantidade não será suficiente para atender demanda estimada para primeiro semestre
É necessário estabelecer o provável ciclo da doença, para conseguir entendê-lo.” – Boaventura Braz, médico infectologista
Sarah Teófilo
A partir deste mês, Goiás passa a realizar exames para zika vírus no próprio Estado, no Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO), com os insumos recebidos do Ministério da Saúde. Até então, o governo federal enviava ao Estado uma cota de 40 testes que eram colhidos no Lacen e feitos no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Além disso, a própria gestão estadual está em processo de compra de insumos, o que aumentará ainda mais a capacidade. Entretanto, ainda assim, de acordo com o coordenador do Laboratório de Virologia do Lacen, Vinicius Lemes, o número não conseguirá atender a toda a demanda.
Com a relação confirmada entre o vírus e bebês com microcefalia, houve a liberação para superar a cota estabelecida pelo Ministério. De acordo com Vinícius, Goiás ultrapassou pelo menos três vezes a cota de 40 exames. Do governo federal, o Lacen deve receber material suficiente para fazer de 120 a 150 testes por mês, e a intenção é que dure cerca de três meses. A compra que está sendo feita pelo Estado, conforme Vinícius, também visa realizar a mesma quantidade de exame, até o fim do ano.
O secretário de Saúde do Estado, Leonardo Vilela, usará a coletiva de imprensa sobre os números do boletim da dengue e os resultados da operação Goiás contra o Aedes, hoje, para falar também dos exames de zika em Goiás. Os insumos também possibilitarão o diagnóstico de chikungunya. O coordenador do laboratório de virologia do Lacen explicou que a prioridade da realização dos testes continuará sendo as grávidas.
Conforme Vinícius, o ministério enviou uma remessa de insumos para todos os Lacens capacitados. “A compra do Estado irá possibilitar manter um fluxo interno sem depender do governo federal”, frisou, explicando que a cota federal continuará sendo usada.
De acordo com Vinícius, o ministério disse que enviaria os insumos, mas logo avisou que a quantidade seria pequena, e para que os Estados começassem processo de compra. No segundo semestre, após período chuvoso, Vinícius acredita que há possibilidade da oferta de exames seja maior que a demanda.
Valor Alto
Vinicius Lemes explicou que um teste para o diagnóstico de zika vírus custa ao Estado entre 200 a 400 reais. Se, por exemplo, 150 exames forem feitos no Estado, ao custo de 300 reais, valor investido pela gestão seria R$ 45 mil. “Se eu penso nesse valor e o que ele corresponde, eu preciso otimizar a realização”, frisou.
Na rede particular também existe a dificuldade para realização do exame em decorrência do valor. Mesmo pessoas com plano de saúde terão que tirar mais dinheiro do bolso para custear o teste. Na Unimed, por exemplo, valor é 525 reais. Em laboratórios de Goiânia, valor varia de 450 reais a R$ 1.600.
Até o momento, para detecção de zika, existe somente o exame molecular (PCR), que consegue identificar o vírus durante o período sintomático, cerca de cinco dias. O médico infectologista Boaventura Braz explicou que o exame ainda é caro por ser PCR. Conforme ele, este tipo de teste geralmente tem um custo mais elevado por conta dos insumos e a capacidade de poucos laboratórios fazerem.
“Impossível fazer exame em todos”
A gerente de Vigilância Epidemiológica da SES-GO, Magna Maria de Carvalho, frisou que a importância do exame é muito mais coletiva do que individual. “No geral, para o tratamento, a conduta do médico não vai mudar pelo exame, e sim pelas condições do paciente”, explicou. O exame é essencial, segundo a gerente, somente em caso de gestante.
De acordo com Magna, não é possível fazer exame em todo mundo. “Nem dengue existe teste para todos”, pontuou. Conforme a gerente, existe a intenção do Estado em aumentar cota, com o objetivo de buscar mais respostas, mas não existe a ideia de fazer exame em todos os pacientes com suspeita. “A gente sabe que 40 cotas são poucas, mas não há meta de fazer em 100% das pessoas. Nunca foi feito isso.”
Assim como Magna, Vinícius Lemes pontuou que não há a necessidade de fazer exame em todas as pessoas com suspeita da doença. Segundo coordenador do Laboratório de Virologia do Lacen, o diagnóstico do zika é importante para entender o processo de doença, a evolução e o prognóstico do paciente. “O PCR (teste molecular) dá possibilidade de fechar o diagnóstico. Então, eu consigo ver as ações”, explicou. E completou: “As pessoas têm que entender que o Estado está trabalhando para a resposta macro, e não individual. Se tivesse dinheiro sobrando, a gente fazia [TESTE]em todo mundo.”
Conforme Magna, o mais importante no momento é o fluxo de atendimento, a criação de referência para crianças com microcefalia, pessoas com a síndrome Guillain-Barré. “E isso o Estado tem organizado”, frisou.
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SAÚDE BUSINESS
“É preciso tornar o paciente agente do seu cuidado”, diz Chapchap
Fui conversar com Chapchap, recém-nomeado CEO do Hospital Sírio Libanês. Logo na entrada, Paulo se apresentou e, com extrema cordialidade seguiu o restante da entrevista me contanto um pouco sobre sua história entre os ambientes clínicos e gestores de diferentes instituições de saúde e os desafios dentro da instituições e no setor de saúde como um todo.
Dr. Paulo fez faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo e se especializou em cirurgia e cirurgia pediátrica na mesma instituição. Em seguida, viveu seus primeiros momentos entre a clínica e a gestão ao estudar transplante de fígado em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Quando voltou, fez carreira acadêmica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e teve que participar da organização do serviço de transplante de fígado, ainda em contato com o lado mais gerencial da saúde.
Ao longo da carreira, participou do Centro de Estudos e Pesquisa (atual Instituto de Ensino e Pesquisa) do Hospital Sírio Libanês e começou a dividir seu horário entre a clínica e a gestão, até chegar na porcentagem atual do trabalho. Segundo ele, 80% do tempo é dedicado a gestão, mas 20% da sua semana ainda é distribuída entre centro cirúrgico e consultório.
Já nos últimos oito anos, esteve ao lado de Gonzalo Vecina Neto, que estava como Superintendente Corporativo, tempo em que, segundo Chapchap, aprendeu muito e pôde dar início a alguns projetos e planejamentos que serão continuados em sua gestão como CEO.
“Era uma gestão a quatro mãos e, inclusive, aprendi muito, porque o Gonzalo era um super gestor e, além disso, é um pensador da saúde brasileira. Então não teve uma quebra de gestão, então existe uma continuidade dos projetos”, disse o CEO.
Ao falarmos sobre o momento atual do país, Chapchap diz que o maior desafio é, de fato, a o potencial das despesas e do custeio frente à uma economia em contração, em que não se estima que haverá um crescimento de receita na mesma dinâmica que elas vinham acontecendo. Isso diz que você precisa ser mais eficiente no que você faz: continuar perseguindo de forma obsessiva a qualidade e segurança do paciente e ser mais eficiente na nossa organização.
Segundo Chapchap, os projetos de eficiência seguem alguns focos:
1. de pessoas, ou seja, o seu desenvolvimento nas suas áreas de atuação;
2. de processos, onde eles pretendem redesenhar os processos dentro do Sírio e, por fim, criar várias clínicas especializadas dentro do Sírio, já que há, segundo alguns gestores, uma vantagem de eficiência dessas clínicas em relação a hospitais que entregam diferentes serviços para diferentes públicos;
3. de tecnologia, com investimentos para automatizar os processos pré-estabelecidos;
4. de ativos, em que o hospital pretende reduzir a ociosidade de tecnologias, principalmente, as com maiores custos de aquisição e manutenção; e
5. socioambiental, com redução de consumo de água e energia para uma maior responsabilidade ambiental e redução de custos.
“Assim estamos nos preparando para este momento de desafios econômicos e sairemos dela mais eficientes para quando a economia melhorar – e isso vai acontecer!”, afirma Chapchap.
A expansão da instituição para Brasília já é um reflexo deste posicionamento citado de criar diferentes clínicas especializadas. Na cidade, o Hospital Sírio Libanês já abriu operação de dois centros oncológicos e em processo de construção de um Centro Diagnóstico para um dia, talvez, nas palavras do CEO, ter um hospital geral.
Desde 2009, foram investidos R$1 bilhão e 400 milhões para projetos de expansão e modernização e, agora, estão fechando este ciclo de investimento para abrir outro.
Pensando na estratégia da própria instituição e do setor de saúde como um todo, Chapchap diz que a saúde suplementar precisa estar mais integrada com o serviço público – “senão criaremos dois países cada vez mais distantes, o que é uma injustiça enorme. Em vez da qualidade do Sírio ser um motivo de enaltecimento, isso nos indigna, porque é muito diferente.”
Para conseguir essa integração, segundo ele, a primeira barreira a ser vencida é a visão um pouco corporativista dos dois lados.
“No lado da saúde suplementar há uma venda de que o atendimento é muito melhor que o público e um mecanismo de sustentabilidade baseado no mecanismo de um serviço público ruim. Se o serviço público fosse muito bom, diminuiria a busca pelo serviço suplementar; e tem um outro lado, o público, que acha que não pode haver lucro no setor saúde, o que é um discurso anacrônico, já que a máquina pública tem que lidar com diferentes empresas que são lucrativas, como de medicamentos e equipamentos, por exemplo.”, afirma o gestor.
Havendo maior integração, outros problemas serão mitigados, como, por exemplo, a carência de profissionais dentro do setor de saúde. Havendo esta maior integração, o ente privado consegue participar na formação desses novos profissionais. A mesma coisa vale para a produção da indústria nacional. Se houver participação de entes públicos e privados no desenvolvimento do setor, o desenvolvimento dessa indústria pode ter uma base mais forte.
O governo, na sua visão, tem conseguido fazer uma boa formulação do que precisa ser feito na atenção básica e na vacinação, por exemplo, mas precisa se transformar em um melhor regulador e conceder mais prestação de serviços para iniciativa privada.
Já dentro do setor de saúde suplementar, Dr. Paulo Chapchap é a favor do Pagamento por Performance. “Acho que deveria haver uma responsabilização maior do que temos hoje, em um modelo de pagamento por serviço. Para haver este tipo de responsabilização, você precisa compartilhar o risco e, para compartilhá-lo, você tem que remunerar mais quem tiver uma performance melhor. Não dá para comparar situações diferentes, mas devemos comparar o que é comparável.” E, indo contra discursos de outras lideranças, Chapchap afirma. “Acho que os hospitais têm que ser agentes dessa transformação e não criar barreiras para sua implementação. Não se pode ficar protegendo o Fee-for-Service e mudar só quando for fundamental.” Para ele, por mais que haja uma sustentabilidade institucional neste modelo de remuneração, não há uma sustentabilidade ao setor.
Ao definir as prioridades da gestão do Sírio, Paulo Chapchap diz que o foco é ser mais eficiente para garantir o maior acesso ao Sírio Libanês, garantindo a qualidade e a sustentabilidade do paciente. Para isso, “é preciso tornar o paciente agente do seu cuidado, porque, assim, eu dou conta das três coisas. Se o paciente for mais ouvido nas suas expectativas e necessidades, eu vou ser mais eficiente e vou dar para ele aquilo que ele precisa.”
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação