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DESTAQUES
• ANS fecha plano de saúde e usuários reclamam que não foram avisados
• Governo discute morte encefálica
• Mais médicos
• Pesquisa
• Artigo – O SUS como plano principal
• Eficácia de mamografia é reafirmada em estudo
• Câncer de mama: só 15% das goianas fazem prevenção
PORTAL G1
ANS fecha plano de saúde e usuários reclamam que não foram avisados
Problemas financeiros e administrativos causaram interrupção, diz órgão
Operadora informou que não vai deixar os clientes sem atendimento.
O plano de saúde Santa Genoveva foi fechado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e os usuários dizem que não foram informados da decisão. A medida foi tomada devido à problemas financeiros e administrativos da operadora. Mais de 4 mil pessoas foram afetadas em Goiânia.
No local, nenhum funcionário foi encontrado para dar explicações aos usuários. Na porta do prédio, trancada com corrente e cadeado, havia um comunicado que não esclareceu as dúvidas de quem precisava de atendimento. “Eu li, mas não entendi se o plano abriu falência, se está temporariamente fechado ou se outra prestadora de serviço vai pegar a dívida para si”, questiona a estudante Magda Ferreira Carvalho.
“Eu quero saber o que vai acontecer agora. A gente precisa de um plano. Eles fecharam, mas não orientaram ninguém e nem nos deram explicação do que fazer”, conta o sindicalista Gudsen Gomes Baltazar, que paga o plano para a mulher desde 2008.
O fim das atividades do plano de saúde foi publicado no Diário Oficial. No documento, a ANS informou que foram encontradas “anormalidades nas finanças e na administração da empresa consideradas graves” e decretou a liquidação extra judicial da operadora.
Por telefone, a advogada da operadora Santa Genoveva informou que o plano não deixará nenhum paciente sem atendimento, principalmente os que já estão em tratamento e os casos urgentes.
De acordo com o Procon, depois do fechamento da empresa, mesmo quem está internado ou com cirurgia marcada perde automaticamente a cobertura para atendimentos particulares e deve, ou procurar um novo plano, ou buscar vaga na rede pública.
Para evitar problemas, o Procon recomenda que os usuários acompanhem o relatório mensal da ANS sobre os planos de saúde, para saber se há algum irregularidade com a sua operadora. “A ANS divulga um balanço das empresas e divulga se há processos que apuram a condição financeira da empresa. Assim, o consumidor pode saber como está a saúde financeira da operadora do seu plano de saúde”, disse a superintendente do Procon, Darlene Costa Azevedo Araújo.
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O POPULAR
Governo discute morte encefálica
Brasília – A proposta para mudar os critérios que definem a morte encefálica será retomada pelo governo. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o texto de decreto que abre caminho para mudanças foi enviado à Casa Civil. A ideia é acelerar o processo, o que beneficia o sistema de captação de órgãos para transplante.
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Mais médicos
A nova edição do Mais Médicos apresentou recorde de inscrições de profissionais. Números anunciados nesta quarta-feira mostram que o Ministério da Saúde registrou 15.747 pessoas interessadas em participar do programa. Os médicos formados no Brasil vão disputar 4.146 vagas, das quais 361 são de reposição. O maior interesse de profissionais com diploma brasileiro é resultado da fusão do programa com o Provab, iniciativa do governo para aumentar o provimento de profissionais em áreas consideradas prioritárias e que garante, após um ano de trabalho, bônus de 10% no exame de residência.
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Pesquisa
A Anvisa vai avaliar hoje mudanças para tornar mais ágil as regras para autorização de pesquisas clínicas no País. Uma das medidas propostas é a fixação de um prazo máximo para a análise do pedido do estudo. Caso a solicitação não seja avaliada no tempo certo, a aprovação seria automática.
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Artigo – O SUS como plano principal
A partir da Constituição Federal de 1988, que determinou ser dever do Estado garantir saúde a toda a população, o Brasil, mesmo possuindo dimensões continentais, assumiu o desafio de ter um sistema universal, público e gratuito de Saúde. Em 1990 o Congresso Nacional detalhou esse caminho, aprovando a Lei Orgânica da Saúde. Passo histórico rumo à construção de uma das mais importantes políticas de inclusão social: o SUS.
Mesmo com todas as dificuldades ao longo desses quase 27 anos de existência, União, Estados e municípios, esforçam-se para tornar melhor o nosso Sistema Único de Saúde, que apesar das inúmeras falhas, gera e gerou sim, inúmeros frutos. Hoje, o SUS é o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, um dos melhores em imunização, oportuniza aos usuários de todas as classes sociais o tratamento e acesso aos mais variados medicamentos de alto custo. E deu origem, com a contribuição de vários governos, a importantes programas e estratégias de atendimento a saúde, como o Samu, o Programa de Saúde da Família, o Farmácia Popular, o Mais Médicos etc..
Atualmente, origina outros, como o Programa Mais Especialidades, que tem como meta instalar em todas as regiões do País uma rede de unidades especializadas que surgem como a principal demanda da população após ter sido alcançado uma evolução significativa no atendimento básico à saúde no Brasil.
Defendendo a tese de que todos devem trabalhar para fortalecer a saúde pública, e apontando novas soluções, percebi, quando administrei a cidade de Anápolis, que a gestão compartilhada e descentralizada do SUS, estabelece uma organicidade de divisão de competências e recursos muito complexa, que precisa mudar.
Uma inspiração para essa mudança esta na área da educação. Foi constatado que neste setor, a delimitação da responsabilidade do prefeito era clara e os recursos disponíveis, mais justos. Enquanto o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é repartido de acordo com o número de alunos atendidos pela rede de cada ente da federação, e não pelo número de habitantes – permitindo que seja recompensado o esforço dos governos no trabalho de ampliação da sua rede de ensino -, a forma de rateio dos recursos do SUS possui lógica diferente, que não é a de repassar aos municípios recursos de acordo com o número de pacientes que ele atende, prejudicando, sobretudo, as médias e grandes cidades.
No outro ponto – nas tarefas a serem cumpridas -, enquanto na área da educação, municípios ocupam-se da educação infantil, Estados, prioritariamente, do ensino fundamental e médio, e a União do ensino superior, prefeitos e prefeitas, na área da saúde, compartilham com os outros entes – ficando com o peso maior -, uma demanda que vem de todos os lados, indeterminada.
São ajustes a serem feitos pelo Congresso Nacional! Falta serem dados tais passos para que o SUS chegue mais rápido a se tornar o principal “plano” de saúde dos brasileiros. O SUS é uma construção coletiva que sendo aperfeiçoada tem todas as condições para alcançar esse destino que foi proposto com sua criação. É nossa meta de Estado. Caminho que dará, um dia, plenamente, paz as famílias brasileiras no que tange a saúde dos seus entes, principalmente aos idosos, que ao chegarem nesta etapa da vida, ficam tão reféns do setor privado.
Antônio Gomide é Cirurgião-Dentista, membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e ex-prefeito de Anápolis
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DIÁRIO DA MANHÃ
Eficácia de mamografia é reafirmada em estudo
Pesquisa mostra redução de mortalidade em 40% das mulheres, mas o número de exames realizados no País está abaixo do recomendado pela OMS
No Brasil são registrados quase 60 mil novos casos de câncer de mama a cada ano, conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Porém, das mais de 10 milhões de mamografias esperadas – em mulheres na faixa etária dos 50 aos 60 anos – apenas 2,5 milhões foram feitas em 2013. A baixa procura assusta os especialistas, já que o exame é considerado um dos mais eficazes métodos de prevenção da doença.
A cobertura equivale a apenas 24,8% do esperado e fica abaixo da recomendação da OMS, que é de 7 milhões de mamografias. Para o presidente da SBM, Ruffo de Freitas Junior, é preciso aumentar esse número para melhorar o tratamento das mulheres. “Temos capacidade instalada, pelo número de mamógrafos que o Sistema Público de Saúde tem e o que cada um faz por dia, mas poderíamos atender muito mais”, afirma ao site da instituição.
De acordo com a médica especialista em mastologia, Rosemar Macedo Sousa Rahal, para 2015 o Brasil espera 57 mil novos casos de câncer de mama, com base em dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Para Goiás a estimativa é de 1.500 casos, 210 somente na Capital.
Conforme a SBM, os números são diferentes nos países desenvolvidos, onde a incidência de casos novos e a mortalidade estão em decréscimo. As taxas em queda, de acordo com os especialistas, se devem a maior conscientização sobre a rotina de prevenção à doença, que levam ao diagnóstico precoce que aumenta as chances de cura.
Um estudo recém-publicado pela revista científica Oxford University Press, com participação de pesquisadores ligados à Agência de Saúde Pública do Canadá e ao Canadian Breast Cancer Screening Iniciative, afirma que a mamografia é o exame mais eficaz e de custo mais baixo para o diagnóstico precoce e diminuição da mortalidade por câncer de mama.
A pesquisa em questão foi realizada com quase três milhões de mulheres de sete províncias do Canadá e revelou uma redução média da mortalidade de 40% nas que fizeram a mamografia. Elas tinham entre 40 e 79 anos e foram avaliadas ao longo do período de 19 anos.
Para a mastologista, a mamografia é a “chance de fazer com que as mulheres sobrevivam ao câncer de mama”. Ela esclarece que o exame pode detectar células iniciais da lesão que medem milímetros e que ainda não podem ser sentidas pelo toque durante exame médico ou no autoexame. A médica Rosemar ainda chama a atenção para o fato de que no estágio inicial as chances de cura são de 95%.
A mamografia é indicada a partir dos 40 anos de idade, pela doença ser relativamente rara antes dessa idade. A mastologista explica que, por uma questão biológica, após essa idade também é possível visualizar melhor as lesões. Então, o exame só é proposto antes em casos de suspeitas de lesão, quando há queixas da paciente ou para mulheres com histórico de câncer de mama na família.
Dor ou medo
Quem não realiza a mamografia frequentemente ou nunca passou pelo exame costuma utilizar como pretexto questões como a possibilidade de sentir muita dor. A mastologista Rosemar é professora na Universidade Federal de Goiás (UFG) e relata que, em um estudo efetivado pela instituição, a quantidade de pacientes que disseram sentir um nível de dor considerado insuportável durante a mamografia foi de apenas 2%. Em contrapartida, 98% das mulheres alegaram sentir apenas um desconforto e que este não as levaria a deixar de realizar o exame novamente.
Para a profissional, uma das coisas que mais impedem as mulheres de se submeterem ao mamógrafo é o medo do resultado que o exame pode apresentar. “Elas temem ter câncer, mas esquecem que ele é curável se detectado precocemente”, explica.
Hoje o Brasil celebra o Dia Nacional da Mamografia e os especialistas alertam que o exame de qualidade e com periodicidade anual é o método mais eficaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama.
A radiografia da mama ou mamografia é realizada em um aparelho de raio X apropriado – o mamógrafo. Nele, a mama é comprimida para fornecer melhores imagens e capacidade de diagnóstico.
Garantia
A Lei 11.664/2008, que entrou em vigor em 29 de abril de 2009, estabelece que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, pelo Sistema Único de Saúde.
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O HOJE
Câncer de mama: só 15% das goianas fazem prevenção
Dado consta de um estudo divulgado pelo Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas da UFG (HC/UFG)
Jéssica Torres
Apenas 15% das mulheres goianas fazem rotineiramente exames de prevenção contra o câncer de mama. É o que aponta um estudo do Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas da UFG (HC/UFG). O índice é considerado baixíssimo se levarmos em consideração o ideal preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de que 70%.
A pesquisa mostra ainda que há cinco anos essa porcentagem, entre as goianas que fazem regularmente a prevenção, era de 12%.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), no último ano, 1.500 mulheres foram diagnosticados com a doença em Goiás. Em Goiânia, o número é de 210 novos casos. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estes dados servem de alerta, nesta semana em que são celebrados o Dia Mundial Contra o Câncer e o Dia Nacional da Mamografia.
Políticas públicas
Apesar dos dados alarmantes, o resultado não surpreende o coordenador do programa, professor Ruffo de Freitas. Para o docente, faltam políticas públicas direcionadas para o câncer de mama. “É uma das doenças cancerígenas que mais mata no Brasil, e nós não temos políticas fortes de prevenção”, critica.
Segundo a pesquisa, metade dos aparelhos mamográficos de Goiás estão na capital, o que acaba dificultando no acesso às mulheres do interior do Estado e que justifica o baixo número de exames feitos regularmente.
É o caso da aposentada Helena dos Santos, de 59 anos, que mora em Trindade e foi diagnosticada com câncer de mama há 15 anos. Ela conta que, na época, sentiu um desconforto no seio e procurou sua ginecologista para verificar. “Nunca pensei que poderia acontecer comigo, foi aí que me deram o diagnóstico de câncer de mama e que já estava em um estado avançado” conta.
Sofrimento
A aposentada ainda lembra que foi a primeira vez que realizou um exame de mamografia. Diagnosticada no interior, foi encaminhada para a capital, no Hospital Araújo Jorge, e lá fez o tratamento de quimioterapia por cerca de seis meses, e a retirada da mama. “Depois de quatro anos, fiz a reconstrução da mama, mas todo aquele sofrimento poderia ter sido bem menor com a prevenção.”
Agora a história é outra. Depois do que passou, Helena alerta as mulheres para a importância dos exames, que devem ser realizados para prevenir casos como o dela. Agora, ela diz não deixar de fazer nenhum exame, incluindo a mamografia anualmente.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação