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DESTAQUES
• Hospital do Rim é inaugurado, mas não funciona em Caldas Novas
• 3 mil casos só em uma semana
TV ANHANGUERA
Hospital do Rim é inaugurado, mas não funciona em Caldas Novas
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http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/hospital-do-rim-e-inaugurado-mas-nao-funciona-em-caldas-novas/4011784/
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O POPULAR
3 mil casos só em uma semana
Rafael Xavier
A dengue vem tomando conta de Goiânia. O relatório divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostra que na oitava semana epidemiológica de 2015 (entre os dias 25 de fevereiro e 4 de março), 3 mil novos casos da doença foram registrados na cidade. Em relação à semana anterior, o aumento é de 60,7% no número de novos casos (veja quadro) em apenas uma semana, deixando em alerta as autoridades de saúde da capital, que admitem desde o começo do mês a situação de epidemia e temem que os números cheguem ao patamar do registrado em 2013, quando a cidade viveu o pior surto da doença, com quase 60 mil casos. A capital passou de 8.939 casos da sétima semana para 11.939.
O pico de concentração dos registros de novos casos no intervalo de uma semana ainda não chegou. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, a tendência é de que nas próximas semanas aumente ainda mais, passando dos 3 mil. “Pelo histórico que temos em Goiânia, quando há um período como o que estamos vivendo agora, temos de 10 a 12 semanas de crescimento contínuo de casos. Deve haver de três a quatro semanas ainda de aumento”, estima.
Mesmo que em relação a 2013 o índice semanal ainda seja de pouco mais de 50%, as previsões da especialista são pouco animadoras. “Podemos chegar ao mesmo patamar registrado naquele ano, com 5 mil casos por semana”, calcula. A incidência de registros acumulados já atinge a marca de 811,1 casos para cada 100 mil habitantes em Goiânia, com os bairros localizados nas Regiões Norte e Noroeste da capital acumulando o maior número de doentes.
Para Flúvia, o clima não vem colaborando. As chuvas torrenciais, que se intensificaram a partir do mês passado, e o calor são condições propícias para que o transmissor da doença, o mosquito Aedes aegypti prolifere. “Este clima que estamos vivendo agora é perfeito para a proliferação do mosquito”, reitera a diretora da SMS. “São vários fatores que influenciam no crescimento. Temos percebido que o tipo de vírus que circula e a quantidade de pessoas suscetíveis a ele, além do índice de infestação do mosquito são fatores primordiais para a ocorrência desta epidemia.”
Pública e particular
O aumento do número de casos teve reflexo imediato nas unidades de saúde pública. A coordenadora de Urgências da SMS, Patrícia Antunes, destacou que houve um pico no atendimento das unidades geridas pelo município. “Estamos fazendo cerca de 22 mil atendimentos por semana, destes 3 mil são de casos de dengue. Ainda não estamos em nosso limite e este número deve chegar a 4 mil atendimentos a cada semana”, avalia.
Ainda na oitava semana epidemiológica, a SMS desencadeou a terceira fase do plano de contingência de dengue. A ação envolveu o aumento do número de equipes médicas, a ativação das unidades de atenção à saúde básica e ampliação do fumacê, para combate do mosquito. Assim, além dos Centros de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) do Jardim América, Chácara do Governador e Vila Nova, desde segunda-feira, outras duas unidades passaram a oferecer atendimento diferenciado para a doença: Bairro Goyá e Cândida de Morais.
Na rede particular também é possível sentir o reflexo do aumento do número de casos de dengue em Goiânia. Segundo o infectologista Boaventura Braz de Queiroz, os atendimentos fora do sistema público aumentaram cerca de 200%. “É claro que é uma questão subjetiva. Mas a situação está bem alarmante, temos pacientes internados com casos graves, algo que não vimos no ano passado”, revela o médico.
Infestação
O Levantamento Rápido de Índice de Infestação Predial (Lira) mais recente, feito em janeiro, apontou que 1,4% dos imóveis de Goiânia têm criadouros do mosquito da dengue.
O índice é 0,4% superior aos parâmetros indicados como limite. De acordo com o mapa de vulnerabilidade para dengue, os dez bairros com maior risco de transmissão de dengue são: Jardim América, Vila Finsocial, Jardim Guanabara I, Jardim Novo Mundo, Residencial Vale dos Sonhos, Parque Amazônia, Setor Sudoeste, Bairro Goiá I, Vila Mutirão I e Residencial Goiânia Viva.
Flúvia diz que apesar da colaboração da população em receber os agentes de saúde, há ainda falha na hora de aplicar medidas básica para evitar condições favoráveis para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
“Nosso grande problema é que as pessoas não estão agindo. Os criadouros preferenciais são os ralos, tambores para armazenamento de água da chuva, descartáveis e vasos sanitários. Estes são os principais criadouros, ou seja, estão dentro de casa”, comentou a diretora.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação