Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/04/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Paciente espera há cinco anos por cirurgia de hérnia em Itumbiara
• Servidores da Saúde iniciam greve por tempo indeterminado em Goiânia
• Greve dos servidores da saúde reduz número de atendimentos em Cais de Goiânia
• Saiba o que muda caso Lei da Terceirização seja sancionada
• Movimento piora com greve
• Atendimento será feito em containers
• Somente 10% das famílias abordadas aceitam doar órgãos de parentes


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TV ANHANGUERA/ GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Paciente espera há cinco anos por cirurgia de hérnia em Itumbiara

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Servidores da Saúde iniciam greve por tempo indeterminado em Goiânia

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Greve dos servidores da saúde reduz número de atendimentos em Cais de Goiânia

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Saiba o que muda caso Lei da Terceirização seja sancionada

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O POPULAR

Movimento piora com greve
Pacientes com suspeita da dengue lotaram Cais de Campinas devido à paralisação em demais unidades de saúde da capital
Pedro Nunes

Com uma média de 2.416 notificações semanais de dengue na capital – que vive uma epidemia -, o único lugar que atendeu pacientes com suspeita da doença, ontem, foi o Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) de Campinas. Isso porque os funcionários da rede municipal de saúde de Goiânia iniciaram uma greve ontem e apenas casos emergenciais foram atendidos. O atendimento ambulatorial e exames estão suspensos por tempo indeterminado.
Os servidores cobram melhores condições de trabalho, pagamento da data-base com retroatividade e adicional por insalubridade. “Estamos lutando pelos direitos que foram prometidos há algum tempo. A saúde em Goiânia está doente e estamos buscando a cura dela”, afirma a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviane Alves.
A cabeleireira Jaciara Nakatominaga, de 64 anos, foi uma das poucas pacientes atendidas. Ela conta que o número de pessoas que precisou de consultas foi grande. “Fiquei sabendo que o pessoal estava em greve e vim para o Cais Campinas. Mas aqui, durante a tarde, estava muito cheio. Vim para fazer o acompanhamento da dengue e tive de esperar um tempinho para chegar a minha vez”, relatou.
Caso bem diferente dos demais. O Cais Jardim América, por exemplo, estava dividido. De um lado, uma sala vazia. Do outro, o da emergência, estava em pleno funcionamento. Cenário oposto a dos dias anteriores.
Negociação
A greve ainda não tem previsão para chegar ao fim. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa, em nota, que a assessoria jurídica “vai tomar todas as medidas cabíveis para provar a ilegalidade da greve e manter o atendimento integral à população que não pode ficar sem atendimento, pois saúde é um serviço essencial e Goiânia vive uma epidemia de dengue”.
A presidente do Sindisaúde Flaviane Alves revela que, até o fechamento dessa edição, a Prefeitura ainda não havia procurado o sindicato para negociar os termos. “O fim da greve só depende do prefeito”, diz.
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Atendimento será feito em containers
(Janda Nayara)
A partir da próxima segunda-feira, o atendimento de urgência e emergência pediátrica do Hospital Materno Infantil (HMI) será realizado em 24 containers devido à reforma do pronto-socorro da pediatria. A estrutura provisória, montada no estacionamento da unidade, foi alugada pelo Instituto de Gestão Humanizada (IGH), organização social (OS) que administra o hospital.
O diretor técnico da unidade, Gustavo Meneguelli, garante que todo o fluxo do atendimento será mantido e que os espaços seguem as exigências da vigilância sanitária. “Os containers são adaptados e climatizados como se fossem a estrutura de alvenaria. Esta é a melhor solução encontrada por diversos hospitais para não paralisar ou comprometer o atendimento durante reformas”, diz.
Meneguelli explica que o paciente passará pela recepção e triagem dentro do hospital e só então seguirá para os containers onde serão os consultórios e observação. “Se necessário, ele será encaminhado para a internação.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Somente 10% das famílias abordadas aceitam doar órgãos de parentes
A decisão de doar órgãos em caso de constatação da morte encefálica se torna mais fácil quando, em vida, o futuro doador manifesta a sua vontade aos parentes mais próximos, ou seja, assume a responsabilidade pela decisão final sobre o seu próprio corpo

Luciana Brites Especial para o DM
Nas palavras da psicóloga Flávia Martins, o que impede que a autoestima seja afetada é a empatia. “Nós nos colocamos no lugar do outro e entendemos que o momento é de muito sofrimento. Tentamos não levar para o lado pessoal, mas também somos humanos e é tudo muito delicado”, explica.
Integrar a equipe de Entrevista Familiar da Central de Transplantes não é para qualquer um. A qualificação para a função é constante e a formação inicial exigida é nas áreas de psicologia e enfermagem. Os integrantes da equipe estudam a Teoria da Comunicação de Má Notícia, se informam sobre os maiores mitos e medos, aprendem a explicar a morte encefálica de maneira coloquial e, principalmente, estudam as técnicas de acolhimento. O tom de voz certo, a disposição para ouvir, um copo com água, uma cadeira para a pessoa se sentar ou mesmo um abraço. Tudo é acolhimento e não é possível precisar qual desses gestos vai estabelecer a conexão entre o familiar desesperado e o profissional da Central.
“Já abordamos famílias debaixo de uma árvore, no estacionamento do Hugo; outras precisamos levar para uma sala reservada e ouvir relatos sobre os planos que o falecido tinha para o futuro. Já presenciamos a mãe chorar desesperadamente a perda do único filho enquanto o pai, diante do pranto da mulher, não podia fraquejar e demonstrar o quanto estava sofrendo também. Uma troca de olhar com aquele homem foi suficiente para estabelecer o diálogo e tratar do assunto algumas horas depois”, relembra a enfermeira Rosângela da Silva Nunes.
Apenas dez por cento das entrevistas familiares podem ser consideradas tranquilas. As demais podem ser classificadas como difíceis e tensas. Isso, quando a entrevista acontece. Há casos em que as famílias simplesmente se recusam a conversar com a equipe da Central e, quando perguntadas se concordariam em falar num outro momento, respondem com a palavra nunca.
Normalmente, as equipes de Entrevista Familiar nunca ficam visíveis nos hospitais. Elas só aparecem quando há uma notificação de morte encefálica. Apenas o médico pode comunicar o óbito à família mas, nem sempre, o faz com a clareza necessária. São comuns os casos nos quais as famílias, após as explicações, continuam sem alcançar o que realmente entendeu. Só compreendem quando o médico informa “a hora da morte”.
Medos e mitos são entraves para a doação de órgãos
Que morte é essa na qual o coração continua batendo? Ou a perna treme de vez em quando? O corpo continua quente e os pulmões ainda se enchem de ar? Cabe aos profissionais da Central de Transplantes do Estado de Goiás responder essas perguntas e lidar com as três fases que envolvem a perda: desespero, choque e aceitação.
A doação demora a ser abordada. Primeiro, as dúvidas sobre as causas da morte são esclarecidas e, geralmente, o próprio familiar admite que o quadro era grave, uma situação muito comum em vítimas de acidentes de trânsito. O passo seguinte é deixar claro que todos os recursos e possibilidades foram empregados e se mostraram insuficientes, pois não houve melhora no quadro clínico. Nesse momento, muitos pedem uma transferência para outro hospital e a realização de novos exames, além de cogitar a contratação de empréstimos para pagar outros tratamentos. A equipe da Central deixa claro que nada disso será capaz de alterar a situação e explica, detalhadamente e de maneira bem coloquial, o que é a morte encefálica.
Assim que a família demonstra ter compreendido o que é a morte encefálica, a equipe começa a tratar da doação de órgãos. O assunto é abordado com delicadeza e sensibilidade, com o familiar sendo incentivado a falar sobre o falecido: se era uma pessoa caridosa, se seguia alguma religião, se gostava de ajudar o próximo e, dependendo das respostas, se já tinha falado da intenção de ser um doador de órgãos.
Quando a resposta é positiva, surgem as dúvidas, medos e mitos. O tráfico de órgãos é o número um e a equipe explica as razões pelas quais se trata de uma lenda. Primeiro, um órgão não pode ser transplantado aleatoriamente, visto que é necessária a compatibilidade entre doador e receptor; depois, os órgãos possuem um tempo de vida útil muito curto após a retirada do corpo e precisam seguir rígidas normas de conservação; para finalizar, existe a legislação brasileira, que pune com prisão de dois a oito anos, mais multa, quem trafica órgãos.
As restrições religiosas também costumam ser um entrave. Muitos acreditam que o familiar deve “voltar inteiro”, “do jeito que veio” e, para tal argumento, a equipe lembra que, mais que um órgão, Jesus doou a vida pela humanidade e que, textualmente, nenhuma religião se opõe à doação e aos transplantes.
A aparência do corpo também é motivo de preocupação e a equipe precisa tranquilizar a família, explicando que a aparência não muda com a retirada dos órgãos, apenas alguns pontos, imperceptíveis durante o velório.

Tabu
Todo esse esclarecimento não é garantia de doação e os profissionais se deparam com as situações mais inusitadas. Há quem concorde em doar todos os órgãos, menos o coração; há quem só autorize a retirada das córneas e há quem queira saber quem vai receber o órgão. Nas duas primeiras situações, o desejo da família é completamente respeitado. A possibilidade de conhecer o receptor, porém, é descartada. “Informamos, no máximo, o sexo do receptor e a idade. Dependendo do caso, informamos a cidade. Nada além disso, pois não seria ético e poderia criar problemas futuros”, esclarece a Coordenadora Técnica da Central de Transplantes, Leila Márcia de Faria.
Apesar das campanhas de conscientização e incentivo, a doação de órgãos ainda não é muito abordada nas famílias. O assunto ainda é um tabu e é a principal causa de não doação. Mesmo quando a família aceita ouvir a equipe e compreende a importância do que pode vir a ser feito, a recusa é comum, com o argumento de que o morto nunca falou sobre o assunto e ninguém quer correr o risco de desrespeitar quem já se foi. “A primeira atitude de quem quer doar é falar sobre isso com a família e os amigos”, afirma Leila.
A decisão só pode ser tomada pelo pai, mãe, filho, marido ou esposa. Na falta desses, se outro membro da família fizer muita questão de doar, é preciso procurar o Ministério Público, que deverá conceder a autorização. Se houver divergência entre o desejo do pai e da mãe, por exemplo, a captação não é realizada e nada é feito às escondidas. “Tivemos um caso de uma mãe que queria doar, mas o pai não concordava. Como ele estava no Maranhão e teria que se deslocar, ela disse para fazermos e ele nem ficaria sabendo. Não concordamos. Não podemos concordar com isso”, afirma a psicóloga Flávia Martins. Ela completa dizendo que a doação é um processo para a família se sentir bem, mesmo em um momento de dor.
O zelo com os argumentos atinge um nível impensado para quem não lida diretamente com a situação. Ao contrário do que se imagina, o argumento de que “a doação salva vidas” ou “ajuda quem está precisando” nunca é usado durante a entrevista familiar. A experiência comprova que a melhor abordagem é a que trata a doação como um direito. De acordo com a psicóloga, é muito complicado atribuir a uma família que está sofrendo o peso de fazer outra feliz. “É uma situação na qual não cabe coação, chantagem emocional nem nada do tipo”, lista Flávia Martins. Ela lembra de uma mãe que disse que não concordaria com a doação pois, “se Deus não tinha ouvido o apelo dela, ela não iria ajudá-lo a ouvir o apelo de outra mãe”. A mãe insistiu que queria o filho dela de volta e não dar uma nova chance ao filho de outra.
Em situações como essas, não cabem rótulos como “egoísta”, “insensível” ou qualquer outro equivalente. O que vale é entender que não é fácil para ninguém. A família que perde, a equipe de entrevista que aborda, todos são e estão vulneráveis, numa situação instável, que requer equilíbrio entre direitos e deveres.
Outro equilíbrio delicado é o que diz respeito à durabilidade do órgão e ao tempo da Entrevista Familiar. Segundo a Coordenação da Central, nenhuma entrevista dura menos de duas horas e já houve casos em que ela durou três dias. As famílias têm tempo para pensar e há troca de contatos. A partir de determinado ponto, a Central não procura a família e espera que ela mantenha contato. “Não podemos pressionar. Deixamos claro que o tempo é importante, mas não pressionamos. Há um momento em que a gente entende que a resposta é não“, explica a psicóloga Flávia Martins.

Morte encefálica e coma
A morte encefálica é uma situação irreversível, na qual o cérebro para de funcionar definitivamente e, consequentemente, de comandar o corpo. O funcionamento dos diversos órgãos, músculos e tecidos acontece de maneira artificial, com uso de aparelhos e medicamentos. O corpo pode ser mantido vivo dessa forma por um tempo limitado, que varia de um organismo para outro.
O coma é reversível e se caracteriza por um menor nível de consciência, muito semelhante a um sono profundo. As células cerebrais continuam vivas e, com isso, os neurônios fazem as reações elétricas. É uma situação reversível e a duração do coma varia de um indivíduo para o outro. O coma induzido pode ser suspenso com indicação e intervenção médica; já do coma espontâneo o paciente precisa despertar naturalmente.
O diagnóstico de morte encefálica segue um protocolo que determina a realização de diversos exames, com um intervalo mínimo de seis horas, entre a primeira e a segunda bateria de testes.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação