Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25 A 27/04/15 (PARTE 1)

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Goiás ainda sofre com falta de UTIs
• Médicos e servidores voltam ao trabalho, mas não é o fim do caos
• Samu de Catalão está irregular
• Cartas dos Leitores – Viroses
• Aplicação na prática é realidade
• Longe dos 90% exigidos pelo TJ
• Endocrinologistas: o que eles podem fazer por sua saúde?
• En¬tre¬vis¬ta | Válney Luiz da Rocha – “O Crer tem uma OS transparente e que traz muita economia ao Estado”


O HOJE

Goiás ainda sofre com falta de UTIs

O desespero de famílias, em busca de leitos em unidades de tratamento intensivo, infelizmente ainda é frequente

Jéssica Torres
Casos de famílias na busca desesperada por UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) na rede pública de Goiânia infelizmente ainda são frequentes no noticiário em Goiás. Não há espaço para todos entre o número de leitos oferecidos pelo governo do Estado e a rede municipal da capital.
De acordo com dados do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil (CNES), do Ministério da Saúde, existem em Goiás, contando leitos de UTI, internação, enfermaria, obstetrícia, clínico, de observação, reanimação, especialidades diversas, seja em unidades públicas ou conveniadas, 5.689 leitos SUS. Em Goiânia estão 3.497 desses leitos, ou seja, a maior parte se encontra na capital.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), no momento, há 669 leitos de UTI pelo SUS em todo o Estado. Considerando a população de Goiás, o ideal seria 851. De acordo com o SES, o aumento do número de leitos depende de gestões compartilhadas entre o Estado, os municípios e o Ministério da Saúde e do credenciamento de hospitais privados ao SUS, entre outros fatores.
Em junho do ano passado, o governo do Estado prometeu criar 40 novas vagas de UTIs infantil, porém ainda não aconteceu. A SES informa que a demanda será atendida à medida que os hospitais em construção forem inaugurados e colocados em funcionamento e que, atualmente, além dos leitos da rede própria da SES e conveniados, continuam locados dez leitos de UTI neonatal do Hospital Vila Nova.
Para incentivar o credenciamento, a Secretaria de Estado da Saúde explicou em nota enviada à redação, que complementa o valor da diária, que pode chegar a R$ 1.100,00. Na rede própria, segundo a SES, houve aumento do número de leitos de UTI no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) e no Hospital Geral de Goiânia (HGG).
Rede conveniada
Para piorar, hospitais particulares, conveniados à rede pública, estão cada vez mais desinteressados em abrigar leitos para o SUS, devido ao baixo valor pago pelo serviço. Segundo o presidente da Associação dos Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG), Haikal Helou, hospitais particulares ameaçam a qualquer momento suspender o atendimento ao SUS. “Infelizmente todos os dias famílias se frustram ao verem seus parentes morrerem por falta de UTIs, e isso nos preocupa, por isso estamos tentando entrar em um acordo com o governo ”, diz.

Medidas são propostas pelo MP
O coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP-GO, Érico de Pina Cabral, esteve na semana passada com o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, e integrantes das Secretarias Municipais de Saúde de Goiânia e Aparecida de Goiânia para tratar de medidas emergenciais para a ampliação do atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todo o Estado, com especial atenção para a Região Metropolitana da capital.
Entre as medidas apresentadas está a implementação de 20 leitos de UTI no Hospital Vila Nova, em Goiânia. Outro ajuste acordado foi a intensificação das providências para o desenvolvimento do serviço de atendimento domiciliar semi-intensivo, a ser desenvolvido em conjunto pelo Estado e os municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Quando implementado, este serviço possibilitará a redução na ocupação dos leitos de UTI e a disponibilização de cerca de 30 vagas somente em Goiânia e outras 10 em Aparecida de Goiânia.
Por fim, foi apontada a necessidade de maior participação da regulação estadual na intermediação das vagas demandadas pelos municípios do interior, o que deverá ser definido por meio do desenvolvimento do projeto de integração dos sistemas de regulação municipais com a regulação estadual, utilizando um mesmo sistema e em um só quadro de vagas. O desenvolvimento deste arranjo está em fase final de estudo.

Drama que vira tragédia

Carolyne Alves da Silva, uma jovem de 17, foi mais uma das dezenas de vítimas que morrem a espera de uma vaga de UTI, e de um drama a sua história acaba virando uma tragédia para toda sua família que lutou, mas não consegui salvar a vida de seu ente querido. No mês passado, ela morreu no Hospital Municipal de Itumbiara, a espera de um leito de UTI, após complicações de uma crise epilética. A família acredita que ela poderia ter sido salva se tivesse sido transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva.
A adolescente deixou uma filha de três meses. “Depois ela deu entrada no hospital dando convulsão e logo ela foi induzida ao coma”, afirma a tia Marineusa Rodrigues da Silva.
Segundo o diretor clínico do hospital, Hernani Oliveira Rodrigues, o quadro da garota foi considerado grave e a unidade solicitou uma das dez vagas de UTI que a rede municipal tem em convênio com um hospital particular, mas todas estavam ocupadas. Por isso, o hospital municipal também fez a solicitação de transferência para Goiânia. Ele explica que, na espera, o estado de saúde da adolescente se agravou. (27/04/15)
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Médicos e servidores voltam ao trabalho, mas não é o fim do caos

10% dos servidores ficarão parados, enquanto a maior parte volta ao trabalho em atendimento à determinação da Justiça, sob pena de multa diária de R$ 30 mil

Cynthia Costa
Justiça esfria greve da saúde, após determinar que atendimentos sejam retomados. Servidores decidiram, em assembléia realizada na manhã de ontem, que irão atender à decisão. 90% dos trabalhadores irão voltar a seus postos, mas usuários ainda reclamam do caos no atendimento.
Durante a assembléia, servidores definiram que irão acatar a decisão da Justiça, até porque, se descumprirem a determinação, serão obrigados a pagar multa diária de R$ 30 mil. Mesmo assim, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), promete entrar na Justiça pedindo a suspensão da liminar e manter 10% da categoria paralisada.
Segundo a presidente do Sindsaúde, Flaviana Barbosa, o secretário municipal de Saúde, Fernando Machado sinalizou que a única reivindicação a ser atendida, em 2016, será o abono especial. “A reunião foi feita no final da tarde de ontem e fomos informados que não há como discutir prazos por causa das dificuldades financeiras”. Flaviana confirmou que o sindicato irá entrar na justiça na segunda-feira a fim de derrubar a liminar.
A reportagem de O Hoje tentou contato com o secretário municipal de saúde, Fernando Machado, mas ele não atendeu às ligações.

Médicos
Os médicos que também estavam em greve encerraram o movimento na noite de anteontem. A paralisação já durava cinco dias. Em assembleia da categoria, os médicos acertaram com representantes do Paço Municipal e do Ministério Público do Estado a recomposição do adicional por insalubridade que havia sido reduzido no projeto de reforma administrativa da Prefeitura.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (Simego), Rafael Cardoso Martinez, em assembleia, os médicos avaliaram que é possível negociar com a prefeitura sem paralisação nesse momento. “Antes, a negociação não existia e agora, como ela está acontecendo, decidimos continuar atendendo à população”. Se não houver novos avanços na pauta, Martinez revela que será feita nova análise e a categoria pode voltar a parar.
Este adicional, de acordo com o presidente do Simego, representa cerca de 10% do vencimento dos profissionais que atuam no município. Para ele, embora nem todas as reivindicações do movimento grevista tenham sido atendidas, a proposta do Paço, que inclui também pagamento da data-base de 2015 parcelada, manutenção de quinquênios e o auxílio-alimentação aos profissionais credenciados, foi um avanço.

Usuários reclamam
Rita Clara Leite, 65 anos, moradora do Jardim América, conta que chegou ontem por volta de 13h em busca de atendimento no Cais do setor. “Estou sentindo dor pelo corpo, ânsia de vômito, coceira e notei manchas vermelhas pelo corpo desde terça-feira. Como os funcionários do Cais estavam em greve, só hoje vim à procura de atendimento”. A mulher disse que o resultado do exame de sangue, que confirmaria a suspeita de dengue, estava previsto para ser entregue às 16 hs. “Estou esperando para poder me consultar com o médico, mas até agora, nada ainda”. Já era por volta de 16h30.
O comerciante Marcos Goulart, 30 anos e morador do Setor Nova Suíça, também estava à procura de atendimento por suspeita de dengue. “Cheguei às 14h, fiz o exame e voltei em casa porque me disseram que ficaria pronto às 16h”. Ele conta que ainda não havia saído o resultado, mas não acreditava que seria tão demorado.
A dona de casa Sueide Ferreira Gomes, 35 anos e residente no Faiçalville Três, estava com o marido e o filho no mesmo Cais e os dois estavam com sintomas de dengue há seis dias. Ela comentou que havia chegado às 16h e o exame de sangue ficaria pronto por volta de 17 hs. “Vim aqui por acaso, não sabia que eles já tinham voltado a atender. Agora, esperamos o resultado do exame para saber se é dengue”.
A reportagem entrou em contato com a dona de casa mais tarde e ela confirmou que o resultado saiu no horário previsto. “Mesmo assim, ainda esperamos cerca de uma hora e meia para meu esposo ser atendido pelo médico”. (25/04/15)
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O POPULAR

Samu de Catalão está irregular

Uma ação civil pública foi proposta pelo MP de Goiás contra o município de Catalão, o prefeito Jardel Sebba, e o secretário de Saúde, Antônio Abadio, exigindo que promovam, com urgência, a regularização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sob pena de multa diária pessoal a ambos. (27/04/15)
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Cartas dos Leitores – Viroses

As doenças chamadas popularmente como viroses são sempre negligenciadas pelos gestores públicos, mas também pela sociedade em geral.
Impressiona a apatia dos gestores públicos em buscar, através de saúde de ponta, a prevenção contra as viroses. Exames de rotina, de baixo custo seriam o início de todo esse processo. Mas parece haver uma contradição em não querer resolver este assunto. Parece haver uma vontade em gastar o dinheiro público com tratamentos medicamentosos caros e internações hospitalares também de alto custo.

Gustavo Safatle Barros
Setor Bueno – Goiânia (27/04/15)
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Aplicação na prática é realidade

Mesmo sem fiscalização, fumantes não são aceitos com naturalidade em ambientes livres de fumaça
Janda Nayara

Quase cinco meses após a chamada Lei Antifumo entrar em vigor, a fiscalização em Goiânia atua apenas de forma educativa e não se tem previsão de autuação. No entanto, donos de bares e os próprios clientes têm feito o papel de fiscais, garantindo a aplicação da lei apelando à consciência dos fumantes.
Aprovada em 2011, mas regulamentada em 2014, a Lei 12.546 proíbe o ato de fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja fechado apenas parcialmente por parede, divisória, teto ou toldo. A norma prevê multas de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão para os estabelecimentos que cometerem a infração.
O coordenador de planejamento e educação da fiscalização de alimentos da Vigilância Sanitária de Goiânia, Ricardo Wagner Rodrigues, expõe as dificuldades de fiscalização e reforça que é preciso um envolvimento de diversos órgãos. “Esta lei é bem mais abrangente e não depende apenas dos fiscais de alimentos para efetivação, como muitos pensam. É preciso a participação da Agência de Meio Ambiente, do Procon municipal e até da Polícia para os casos em que for necessário”.
Rodrigues diz que os fiscais têm orientado os empresários a sinalizarem seus estabelecimentos e que a notificação, quando necessária, é feita também de forma educativa, dando o prazo necessário para a adequação. Para ele, é importante focar principalmente na conscientização da população. “A lei prevê multa para o empresário, mas este setor já está sensibilizado. É preciso focar na comunidade, como foi feito em São Paulo por quase dois anos, antes da norma entrar em vigor”.
O Procon Goiânia também não aplicou nenhuma autuação. Segundo o diretor do órgão, Miguel Tiago, estratégias para a orientação da população estão sendo traçadas. “O consumidor que se sentir prejudicado pelo desrespeito à lei pode procurar o Procon para denunciar, mas por enquanto vamos procurar o estabelecimento apenas para cobrar e orientar. Não planejamos autuar e não dá para falar em prazos”, afirma.
Engatinhando
Depois que a lei entrou em vigor, apenas uma reunião entre as partes envolvidas foi realizada há poucas semanas. Coordenadora estadual do Programa de Controle ao Tabagismo da Superintendência de Vigilância e Saúde, Selma Tavares de Oliveira explica que um novo encontro está programado para traçar estratégias educativas. “Vamos aproveitar o Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, para por essas ações em prática por macrorregiões. Essa é a ideia neste primeiro momento. O primeiro papel é informar para garantir que a sociedade seja nossa aliada”.
Selma também reforça o exemplo de São Paulo, apresentado em seminário realizado em novembro. Porém, o município exemplo utilizou-se do prazo entre a aprovação da lei e sua regulamentação. (26/04/15)
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Longe dos 90% exigidos pelo TJ

O POPULAR percorreu unidades de saúde e constatou dificuldade em atendimentos

Enquanto em algumas unidades havia superlotação, em outras a greve se mantinha e os pacientes eram orientados a buscar outros locais de atendimento
Pedro Nunes

Nem todas as unidades de saúde pública de Goiânia seguiram a determinação da Justiça de manter um quantitativo mínimo de 90% dos servidores. Um dia após a decisão, a reportagem do POPULAR percorreu três Centros de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) e encontrou dificuldades nos atendimentos. A multa está estipulada em R$ 30 mil por dia desobedecido.
Ao que parece, a notícia sobre a ordem judicial não chegou ao Cais Jardim Curitiba. Por lá a greve continuou e apenas casos de emergência foram atendidos. A orientação para quem precisou de consulta, ontem, era para procurar o Cais Campinas. A dona de casa Divina Rosa, de 64 anos, levou a filha, Irene de Jesus, na unidade, mas logo no portão foi informada da greve. “Só se for urgente.”
No Cais Chácara do Governador todos que precisaram de ajuda médica foram atendidos, porém, com muita lentidão. “Está difícil porque poucos médicos e enfermeiros vieram trabalhar”, disse uma das atendentes.
Eliana Maria dos Santos levou o sobrinho, Leomar dos Santos, de 19 anos, ao local. O rapaz estava com dores no peito. “Depois de ter ficado o dia todo esperando atendimento, agora esperamos a ambulância para levar o meu sobrinho para um local que tenha UTI, porque o caso dele é grave”, contou a tia.
O secretário Municipal de Saúde, Fernando Machado, ressaltou que uma varredura será realizada para averiguar a situação das unidades. “Vamos monitorar o cumprimento da decisão e queremos, ao menos, que sejam atendidos 100% dos casos mais graves, que incluem os de dengue.”
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, por outro lado, argumentou que, aos poucos, as unidades se adequarão novamente. “Estamos nos organizando para voltar à regularidade”, garantiu.

Más condições continuam
Aqueles que atenderam à ordem judicial foram envolvidos pelos mesmos problemas de antes da greve: más condições de trabalho e superlotação.
O Cais Jardim Guanabara é um exemplo dessa situação. Ontem foram mais de 300 atendimentos e faltaram remédios, soro para hidratação, leitos e até lençóis para os pacientes. Dos seis médicos escalados para o trabalho, quatro compareceram, enquanto os outros protestavam.
Além disso, a sala de hidratação dos pacientes diagnosticados com dengue estava com a lâmpada queimada. “Temos dificuldade para achar a veia do paciente”, relatou uma enfermeira que preferiu não se identificar.
Espera
A pediatria da unidade virou um leito comum. O filho de 4 anos da dona de casa Thaynara Matos de Sousa estava nesse espaço junto com outros pacientes mais velhos. Ela teve que esperar cerca de duas horas para conseguir atendimento.
“Meu filho está com bronquite asmática. Estamos esperando uma vaga em um hospital que também tenha tubo de oxigênio porque dizem que ele precisa ser internado, mas até agora não tive nenhuma confirmação de vaga para o meu filho”, contou a mãe, visivelmente emocionada.
Antes disso Thaynara procurou uma Unidade de Atenção Básica de Saúde, mas não conseguiu uma consulta para o filho. “Em um postinho perto da minha casa não há médicos. Não sei mais o que fazer”, relatou. Mais de 300 pessoas foram atendidas na unidade até às 18 horas de ontem.
(25/04/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Endocrinologistas: o que eles podem fazer por sua saúde?

Endocrinologia é uma área de trabalho bastante vasta e inclui atuação com problemas de crescimento e obesidade

Cristiano Martins Da editoria de Cidades
O endocrinologista é o médico que cuida dos transtornos das glândulas endócrinas, órgãos que secretam substâncias no sangue, conhecidas como hormônios. A Endocrinologia visa reconhecer e tratar os problemas com esses hormônios, ajudando a restabelecer o equilíbrio do organismo. O campo de atuação do endocrinologista é extremamente vasto, visto que os hormônios regulam praticamente todas as funções orgânicas, e portanto as alterações hormonais podem provocar diversas doenças, envolvendo o organismo como um todo.
Para se tornar um especialista em Endocrinologia, o candidato deverá ser formado em Medicina e ter dois anos de residência na especialidade ou cinco anos de trabalho comprovado, além de ser aprovado em concurso anual para receber o título de especialista promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

u Obesidade
A obesidade é o excesso de gordura no corpo. Ela pode ser medida pelo Índice de Massa Corporal (IMC) dividindo-se o peso (Kg) pela altura ao quadrado (m²). As pessoas que apresentam valores acima de 30 são considerados como obesos, o que significa que o excesso de gordura no corpo está representando um grande risco para a saúde. A gordura concentrada no abdômen é a mais prejudicial, e está fortemente associada ao desenvolvimento de aumento do açúcar no sangue (diabetes), aumento da pressão arterial, aumento do colesterol no sangue, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, entre outras. O diagnóstico da causa da obesidade e o tratamento orientado pelo especialista diminuem seus riscos e complicações.

u Diabetes
O diabetes mellitus é o excesso de açúcar (glicose) no sangue. A insulina é um hormônio produzido em um órgão que fica dentro da barriga, conhecido como pâncreas, e deve levar a glicose do sangue para dentro das células. O diabetes é causado pela ausência ou mau funcionamento da insulina. Se a glicose ficar continuamente alta no sangue, pode se acumular nos olhos, nervos, rins e vasos, provocando cegueira, dores nas pernas, perda do funcionamento do rim, aumento do risco de infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral e amputação dos pés. Quem está com açúcar alto no sangue pode sentir muita sede, urinar muito, perder ou ganhar peso de forma inexplicável, visão embaçada, tonteira e cansaço. Mas cuidado, muitas vezes quem tem diabetes não apresenta nenhuma queixa. Por isto, fique atento se você apresenta excesso de peso, tem pessoas na família com diabetes, não pratica atividade física, tem o estilo de vida estressante ou já teve diabetes quando grávida, pois aumentam muito o risco de desenvolver a doença. Se você apresenta algum desses fatores de risco, sintomas ou elevações do açúcar nos exames de sangue, você pode estar ou ficar diabético! Procure um endocrinologista, especialista no assunto, para orientá-lo.

u Tireoide
A tireoide é uma glândula localizada no pescoço abaixo do “pombo-de-adão” (gogó). Ela produz hormônios – o T3 e o T4 – que funcionam como um “combustível” fundamental para o bom funcionamento de todos os órgãos. A diminuição dos hormônios da tireoide é chamado de hipotireoidismo, e o aumento de hipertireoidismo. A tireoide também pode apresentar nódulos, que devem ser avaliados cuidadosamente pelo endocrinologista. Sintomas como aumento do volume do pescoço, queda excessiva de cabelos, alterações no padrão da menstruação, nervosismo, insônia ou sonolência, alterações no ritmo intestinal, coração acelerado ou desacelerado, perda ou ganho de peso, rouquidão, fraqueza muscular, cãibras, dificuldade de subir escadas, rosto e olhos inchados, excesso de frio ou de calor, podem revelar distúrbios

u Crescimento
Uma criança saudável tem um crescimento normal. O crescimento deficiente ou excessivo pode significar distúrbios genéticos, metabólicos, nutricionais ou hormonais. O endocrinologista deve fazer a devida investigação e orientá-lo quanto ao melhor tratamento.

u Colesterol e triglicerídeos
A alimentação inadequada, o excesso de peso, a falta de exercício e algumas doenças genéticas e metabólicas podem levar ao aumento do colesterol e triglicerídeos em adultos e crianças. O tratamento e a orientação adequados previnem futuras complicações cardiovasculares (como o infarto agudo do miocárdio, o derrame cerebral e a amputação de pernas).

u Distúrbios da menstruação
Diversos problemas hormonais se expressam com mudanças do ciclo menstrual. A falta de menstruação ou menstruação excessiva e abundante, ou mais de uma vez no mês, necessitam de investigação e tratamento adequado.

u Distúrbios da puberdade
Crianças que desenvolvem as características sexuais mais cedo, como crescimento das mamas, aparecimento de pelos pubianos e axilares e odor axilar, apresentam distúrbios hormonais e necessitam de uma avaliação quanto a origem do problema. Os adolescentes que não desenvolvem essas características, ou as desenvolvem muito tarde, também necessitam de uma avaliação do especialista.

u Menopausa
A diminuição e/ou parada de funcionamento dos ovários, assim como a sua retirada, leva a uma série de sinais e sintomas da menopausa que podem comprometer a qualidade de vida e a saúde da mulher. Ondas de calor excessivas, ganho de peso, ressecamento vaginal, incontinência urinária, diminuição da memória, dores nas costas e nas juntas, cabelos secos e quebradiços, ressecamento da pele, unhas frágeis, aumento do risco de infarto do miocárdio, derrame cerebral, osteoporose e fraturas ósseas. A reposição hormonal, com hormônios sexuais femininos, pode amenizar os sintomas, o desconforto, e os riscos causados pela menopausa.  A avaliação do especialista é importante para avaliar quem pode, quem deve e que tipo de tratamento (hormonal ou não) cada mulher deve ter.

u Osteoporose e outras doenças do metabolismo ósseo
A osteoporose é caracterizada pelo enfraquecimento e piora da qualidade do osso. Portanto, pode ser a causa de fraturas, provocando dores, diminuindo a altura e causando dependência para comer, se alimentar, se lavar. Acomete mais os idosos, principalmente as mulheres na menopausa, pessoas magras, que não fazem atividade física, que fumam e abusam de álcool. Alguns remédios (como corticoide e anticonvulsivantes), insuficiência renal, dieta pobre em cálcio e imobilização prolongada aceleram esse processo. Outras doenças ósseas são causadas por problemas hormonais, como problemas do hormônio da paratireóide (hiperparatireoidismo e hipoparatireoidismo) e falta de vitamina D (raquitismo e osteomalacia) É importante uma avaliação cuidadosa com um endocrinologista, para indicar o tratamento mais adequado das diversas alterações do metabolismo ósseo.

u Ginecomastia ou crescimento excessivo das mamas
O desenvolvimento de uma ou das duas mamas pode acontecer de forma esperada em algumas etapas da vida, porém podem não regredir ou significar algum problema ou variação hormonal.

u Excesso de pêlos e/ou acne (espinhas)
Mulheres com excesso de pêlos em localizações não habituais, como na face, nas costas, no peito ou no abdômen (hirsutismo); muita acne; aumento da musculatura; excesso de estrias grossas e violáceas pelo corpo, podem estar com produção excessiva de hormônios masculinos.

u Doenças da hipófise
A hipófise é uma glândula localizada no cérebro, que produz vários tipos de hormônios que coordenam e regulam as diversas outras glândulas espalhadas pelo organismo As pessoas com problemas na hipófise pode ter produção de leite pelas mamas (fora do período da amamentação), mudanças no rosto, aumento do número do sapato, dores de cabeça e distúrbios da visão. O paciente pode se queixar também, de  um cansaço excessivo, sensação de falta de energia, mudanças de humor e irritabilidade, diminuição da vontade de ter relações sexuais, dificuldade de ter ereção e alterações no peso. Uma avaliação hormonal e hipofisária adequada diagnostica o problema para o adequado tratamento.

u Doenças da glândula suprarrenal
Existem vários hormônios que são produzidos pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima e em contato com os rins. Alterações no seu funcionamento podem estar associadas ao ganho de peso, estrias grossas e avermelhadas, pêlos excessivos, pressão alta ou baixa, puberdade precoce, baixa estatura, parada ou atraso de crescimento na criança, escurecimento da pele, entre outros.

u Andropausa
É a diminuição da produção dos hormônios masculinos (testosterona) quando o homem envelhece. Diferentemente da mulher, essa diminuição não ocorre abruptamente, mas os sintomas podem progressivamente aparecer, comprometendo sua qualidade de vida, como: cansaço, falta de energia, diminuição dos músculos e da força muscular, osteoporose, falta de interesse por relação sexual, dificuldade de ereção, depressão, diminuição da memória e bem estar. Muitas vezes, necessitam da ajuda do especialista para fazer reposição deste hormônio.
Em todos os casos citados é importante que, identificados os sintomas, seja consultado um endocrinologista. Para saber se o médico é endocrinologista, associado à SBEM é só acessar o site www.endocrino.org.br/associados/busca-medicos/. (26/04/15)
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Continua…