ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Vândalos danificam equipamentos em centro de saúde em Goiânia
• Suspeita de negligência em morte de mulher com câncer é apurada em GO
• Conselho Federal de Medicina publica novas regras para cirurgia bariátrica
• Espera por perícia já dura 4 meses
• Gêmeas siamesas da Bahia passam por cirurgia de separação em Goiânia
• País tem 3,5 mil casos suspeitos de microcefalia
• Pacientes querem droga sintética
• Ipasgo suspende temporariamente limitação de consultas
• Planos, consultas, exames e remédios: saúde ficará 20% mais cara neste ano
• Com caroço no pescoço, homem espera por consulta há 10 meses
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Vândalos danificam equipamentos em centro de saúde em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/vandalos-danificam-equipamentos-em-centro-de-saude-em-goiania/4735221/
(13/01/16)
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Suspeita de negligência em morte de mulher com câncer é apurada em GO
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/suspeita-de-negligencia-em-morte-de-mulher-com-cancer-e-apurada-em-go/4728721/
(08/01/16)
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AGÊNCIA ESTADO
Conselho Federal de Medicina publica novas regras para cirurgia bariátrica
Brasília – O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou no Diário Oficial da União (DOU) resolução com mudanças nas regras para tratamento da obesidade mórbida por meio da cirurgia bariátrica. O novo texto indica o procedimento para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35kg/m2, e não mais acima de 40kg/m2, e para pacientes com IMC maior que 35kg/m2 que também sejam portadores de comorbidades, doenças agravadas pelo sobrepeso e que melhoram quando a obesidade é tratada de forma eficaz.
A nova resolução do CFM aponta 21 doenças associadas à obesidade que podem levar a uma indicação da cirurgia, dentre elas depressão, disfunção erétil, hérnias discais, asma grave não controlada, diabetes, hipertensão, ovários policísticos.
As regras alteram o anexo da Resolução CFM 1.942/2010, que trazia como indicações para a cirurgia IMC acima de 40kg/m2 ou IMC acima de 35kg/m2, desde que portadores de comorbidades tais como diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, osteo-artrites e outras . A resolução publicada hoje amplia o rol dessas doenças.
O texto também faz mudanças relacionadas à idade mínima para a cirurgia. De modo geral, o procedimento é voltado para maiores de 18 anos. Antes, jovens entre 16 e 18 poderiam fazer a cirurgia, caso o risco-benefício fosse bem analisado. Agora, de acordo com o CFM, além dessa análise e outras regras anteriores, devem ser observadas novas exigências, como a presença de um pediatra na equipe multiprofissional e a consolidação das cartilagens das epífises de crescimento dos punhos.
Para menores de 16 anos, a bariátrica só será permitida em caráter experimental e dentro dos protocolos do sistema Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/Conep). Pacientes com mais de 65 anos poderão fazer a cirurgia desde que respeitadas as condições gerais descritas na resolução e após avaliação do risco-benefício. (13/01/16)
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O POPULAR
Espera por perícia já dura 4 meses
Mesmo com 30% do atendimento normal, beneficiários e pessoas que querem solicitar assistência não conseguem atendimento
Há quatro meses, o despachante Helder Ferreira tenta incluir a filha Fernanda Faria Antunes Ferreira, 35 anos, no benefício da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Mas ainda não conseguiu por conta da greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A família de Fernanda já marcou a perícia por quatro vezes, sem sucesso. Helder conta que a busca pela inclusão para filha na Loas começou quando a mãe da menina ficou desempregada. A primeira ida ao INSS foi marcada par o início de setembro, coincidindo com o começo da greve. Desde então, já remarcou por três vezes, mas ainda não conseguiu realizar o procedimento essencial para garantir o benefício no valor de um salário mínimo.
A dificuldade maior para o caso, segundo Helder, é que nem todos os médicos peritos têm acesso ao sistema da Loas. "Eu estou ansioso que o serviço volte logo ao normal para que ela comece a receber", diz o despachante.
A situação do vigilante Rubens de Jesus Pereira, de 25 anos, é um pouco mais confortável que a da família de Helder. Afastado do trabalho devido a um transtorno bipolar, ele está com a perícia vencida, mas continua recebendo o pagamento normalmente. "Agendei a perícia para 6 de janeiro. Por conta da greve, remarquei para daqui 15 dias. O que não pode é deixar de procurar o órgão na data marcada", relata.
Com a greve, o tempo de espera pela perícia aumentou significativamente. As remarcações são constantes. “As remarcações e os casos graves deveriam ser prioridade, mas o INSS não está fazendo uma triagem”, reclama o delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social em Goiás (ANMP), Thiago de Oliveira Matos Monteiro.
De acordo com o INSS, quem ficou sem os benefícios financeiros por conta da greve poderá receber os valores retroativos à primeira data de perícia agendada, mas não deu mais detalhes sobre como o segurado deve proceder para ter o retroativo. Por nota, diz que, com base nos registros constantes nos seus sistemas, "o instituto adotou medidas administrativas para garantir a continuidade do pagamento para aqueles beneficiários que tentaram e não conseguiram agendar perícia médica para prorrogação do benefício".
Telefone
O INSS diz ainda que a Central de Atendimento, via 135, está à disposição para orientar os segurados. O número também pode ser usado para realizar os reagendamentos necessários.
Mas, para os grevistas, se o médico não constatar que precisava do benefício, não há garantias de que o retroativo será pago.
Os grevistas estão mantendo o funcionamento de 30% dos atendimentos agendados via central telefônica. O POPULAR esteve, esta semana, em uma agência do órgão no centro de Goiânia, e constatou que parte do público está sendo atendida. Quem não consegue atendimento, tem o horário remarcado.
De acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, a carreira médica pericial previdenciária é responsável por 66 tipos de atividades diversas. Entre as principais atividades para o cidadão está o reconhecimento do direito ao benefício por incapacidade (auxílio-doença e outros) solicitado pelo cidadão junto ao INSS.
Balanço parcial é de 70 mil avaliações afetadas em Goiânia
Enquanto o INSS estima que 1,3 milhão de perícias tenham deixado de ser realizadas em todo o Brasil desde o início da paralisação, no dia 4 de setembro, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) fala em mais de 2,2 milhões. Apenas em Goiás, o balanço parcial da gerência executiva da região de Goiânia (que atente o Sul e Sudoeste do Estado) contabiliza 70 mil perícias prejudicadas até o momento. O INSS possui outras duas regionais no Estado, a de Anápolis/Região Norte e a do Entorno do Distrito Federal.
Segundo o INSS, de setembro a dezembro, 910 mil perícias médicas foram realizadas. Foram concedidos mais de 591 mil benefícios por incapacidade, das espécies auxílio doença, aposentadoria por invalidez e Benefício de Prestação Continuada. O INSS calcula que do início da paralisação até o dia 28 de dezembro, cerca de 818 mil pedidos de concessão de benefícios, das espécies citadas, estavam represados.
Enquanto a greve segue, os profissionais que aderiram à paralisação reclamam do corte de pontos. Os descontos estão ocorrendo desde o mês de novembro e, segundo o delegado da ANMP em Goiás, Thiago de Oliveira Matos Monteiro, há casos de médicos que não receberam salário, mesmo cumprindo com 30% dos atendimentos.
O salário inicial dos médicos peritos do INSS é de R$ 11,383 mil, com jornada de 40 horas, podendo chegar a R$ 16,222 mil.
Associação diz que governo federal “fechou as portas de negociação”
A greve dos médicos peritos previdenciários, que já dura mais de quatro meses, segue sem previsão de solução. Isso significa que as constantes remarcações no agendamentos vão aumentar ainda mais o tempo de espera.
De acordo com o delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Socia (ANMP) em Goiás, o médico perito Thiago de Oliveira Matos Monteiro, o governo federal fechou as portas de negociação. A categoria estuda agora os próximos passos para o movimento.
Monteiro diz que a categoria teve três reuniões com o governo federal. Na última delas, no início do mês de dezembro, a principal reivindicação dos peritos, que é efetivação das 30 horas semanais já existentes na prática, foi negada. O governo propôs somente a criação de um grupos de trabalho para a reestruturação da carreira. A proposta foi levada à categoria, mas acabou rejeitada 94% dos médicos em assembleia.
"Metade dos nossos salários é por conta de gratificações. É uma concessão que podemos perder a qualquer momento", justifica. O delegado diz ainda que a categoria não aceitou a proposta porque, no ano de 2013, o governo já tinha feito essa mesma oferta, mas não cumpriu.
Os grevista exigem ainda: recomposição Salarial de 27%, realização de concurso público, o fim da terceirização da perícia, a reposição das perdas inflacionárias e reformas estruturais da carreira.
Monteiro diz há atualmente 4.300 médicos atendendo 20 milhões de assegurados. Segundo o delegado, o governo criou um plano de expansão das agências do INSS sem a quantidade de profissionais necessários, sobrecarregando o sistema.
Ele cita Pirenópolis, Alexânia e Itaberaí como exemplo de cidades onde a agência do INSS funciona sem perito médico. “Não temos médicos suficientes e a população, muitas vezes doente, precisa se deslocar para as capitais.” (13/01/16)
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Gêmeas siamesas da Bahia passam por cirurgia de separação em Goiânia
Bebês são unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando o fígado e uma membrana do coração
As gêmeas siamesas Júlia e Fernanda Neves, de cinco meses, passam por cirurgia de separação na manhã desta quarta-feira (13), no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. As bebês, naturais de Itamaraju (BA), são unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando o fígado e uma membrana do coração.
Elas chegaram em Goiânia em agosto de 2015, acompanhadas pelos pais Valdenir Neves e Lindalva Nascimento de Jesus, para serem monitoradas de perto pela equipe multiprofissional do HMI, liderada pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Durante esse período, ficaram hospedadas na Casa do Interior de Goiás, e na última segunda-feira (11), foram internadas para se prepararem para o procedimento.
Cerca de 15 profissionais, entre cirurgiões pediátricos, anestesistas, ortopedistas, médicos intensivistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões vasculares, pediatras, enfermeiros, cardiologista, entre outros, estarão envolvidos no procedimento cirúrgico que deve durar aproximadamente oito horas.
A cirurgia das gêmeas Júlia e Fernanda é considerada bem parecida à das gêmeas Maria Clara e Maria Eduarda, realizada em setembro de 2015. “Do ponto de vista anatômico, é muito semelhante. Já no ponto de vista fisiológico, esse caso oferece menos risco pois as gêmeas não possuem nenhuma doença de base, como a hipertensão arterial, por exemplo. E isso é um fator que as favorece”, detalha Zacharias. Para o pai Valdenir, o medo existe, mas ele se diz confiante. “O HMI tem toda a infraestrutura necessária para a realização da cirurgia. Eu quero o bem para minhas filhas e acredito que tudo vai dar certo”, destaca.
Referência
Esta será a 16ª separação de gêmeos siameses a ser realizada no HMI. O primeiro caso registrado foi em 1999, das gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve e compartilhavam rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. O HMI é a única unidade hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) apto a realizar a separação de gêmeos siameses. Referência em casos de média e alta complexidade, o hospital já registrou 33 casos de siameses, tornando-se destaque mundial através das lentes da Discovery Channel, que acompanhou o caso de Arthur e Heitor.
Ajuda
O HMI e o Hemocentro de Goiás (Hemogo) pedem que a população doe sangue O positivo para as meninas, uma vez que é esperado que as gêmeas siamesas consumam 1.000 ml de sangue na cirurgia de separação, além do que poderão utilizar durante o período de recuperação. Outros tipos sanguíneos também são bem-vindos. As doações podem ser feitas na sede do Hemocentro, localizado na Avenida Anhanguera n° 5.195, Setor Campinas, entre 8h e 17h, em nome de Maria Clara e Maria Eduarda. (13/01/16)
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País tem 3,5 mil casos suspeitos de microcefalia
Já são 3.530 os casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus zika, segundo o último informe epidemiológico divulgado ontem pelo Ministério da Saúde (MS). Os casos foram registrados em 724 municípios de 21 unidades da federação.
Em Goiás, estão sendo investigados sete casos de microcefalia registrados em sete município. As mortes de 46 bebês com microcefalia possivelmente relacionada ao vírus zika também estão sendo investigadas. Todos os óbitos ocorreram na região Nordeste. O boletim traz os resultados de investigação de quatro óbitos, ocorridos no Rio Grande do Norte. O trabalho foi realizado nos Estados Unidos e confirmou a relação da doença com o vírus zika.
Os casos de microcefalia em recém-nascidos em investigação são aqueles registrados a partir de 22 de outubro de 2015 até 9 de janeiro desde ano. (13/01/16)
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Pacientes querem droga sintética
Judiciário estadual em Goiás teve 30 ações de pessoas que querem a fosfoetanolamina para tratamento de câncer. Decisões não têm efeito
Pacientes com câncer ingressaram com 30 ações junto ao Poder Judiciário do Estado de Goiás, nos últimos quatro meses, para conseguirem a fosfoetanolamina sintética. A substância é estudada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e suspostamente capaz de combater a doença, mas ainda não é considerada um medicamento. Outros processos tramitam no Judiciário Federal.
A situação deve seguir judicializada até que seja comprovada a eficácia dos testes clínicos. Na última semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, mandou o Instituto Nacional de Câncer (Inca) elaborar, no prazo de 15 dias (a partir de 1º de fevereiro), parecer técnico sobre a efetividade da substância, produzida há mais de 20 anos no Instituto de Química da USP, na cura do câncer.
Para autorizarem o fornecimento da substância, juízes têm analisado comprovações de que tratamentos tradicionais não melhoram o quadro de saúde do paciente. Além disso, geralmente, exigem relatório médico que transcreva o uso da fosfoetanolamina.
As decisões do Judiciário goiano não surtem efeito concreto, já que a substância só é fornecida pela USP e a venda dela é proibida. “O Estado não tem como comprar. Somente a USP fornece via decisão judicial”, afirma o farmacêutico e bioquímico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) Roney Pereira Pinto. “Não adianta ter a decisão e não ter a substância”, diz o defensor público de Goiás Márcio Rosa Moreira, que, no mês passado, atendeu a outras 30 pacientes que queriam a droga.
Advogado se mobiliza por voluntariado
O advogado Paulo Marcos de Campos Batista propôs, desde o mês passado, 11 ações na Justiça Federal em Goiás para pedir o fornecimento de fosfoetanolamina a pacientes que tenham câncer. Quatro delas já foram deferidas. Em todos estes casos ele atuou voluntariamente. “Minha profissão nunca me deu muita oportunidade de atuar de maneira social”, diz ele, que é especialista em advogar para empresas.
Paulo se sensibilizou com a luta dos pacientes após uma tia dele, de 54 anos, ser diagnosticada com câncer de mama. Ele também dedica parte de seu tempo para mobilizar colegas de profissão para a causa. “Estou fazendo mobilização em redes sociais para que outros advogados façam trabalho voluntário, nestes casos”, sugere ele.
Como a União é responsável solidária pelo custeio dos tratamentos de saúde, o advogado propõe as ações no Judiciário Federal, em vez de recorrer à Justiça estadual, para obter a substância produzida na Universidade de São Paulo (USP). Em 2015, 2,5 mil pessoas só conseguiram tratamento convencionais contra o câncer em Goiás após decisão judicial. Representa um salto de 8,7% em relação a 2014, informa a Secretaria Estadual de Saúde.
Câmara do TJ alerta para insegurança
A Câmara de Saúde do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) reafirma que o uso da fosfoetanolamina não é seguro, já que não possui registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passou apenas por alguns estudos preliminares. A informação foi repassada pelo presidente do Comitê Executivo de Saúde do Judiciário goiano, juiz Eduardo Perez Oliveira.
A principal função da câmara, de acordo com o magistrado, é emitir pareceres para orientar decisões de processos que envolvam questões de saúde, caso os magistrados tenham interesse. “O posicionamento da câmara é de que ainda não existem estudos que demonstrem a eficácia da substância”, reforça Oliveira.
Chefe da Defensoria Pública da União em Goiás (DPU-GO), o defensor Pedro Paulo Gandra Torres diz que mais estudos sobre a substância são necessários para assegurar o direito à saúde da população. “Era uma substância que até há pouco tempo não era conhecida, embora fosse produzida há mais de 20 anos”, acentua. Ele emenda que o debate sobre a droga sintética está aumentando. “Hoje já está um debate mais amplo. Está no nível adequado”, pondera.
Mais expectativa e vontade de viver
Unidade de saúde em Goiânia diagnosticou cerca de 16 mil novos casos de câncer em 2015. Pacientes e familiares persistem na luta pela vida
Cleomar Almeida
Na árdua batalha contra uma das doenças que mais matam no mundo, pacientes e familiares se esforçam para não sucumbir. Em Goiás, cerca de 16 mil novos casos de câncer foram registrados, cm 2015, só no Hospital Araújo Jorge, referencia cm tratamento especializado na capital c que atende a 80% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 0 total de diagnósticos representa salto de lOAn cm relação a 2014 c a escalada da doença provoca mais expectativa pela fosfoetanolamina, droga estudada como aposta para o tratamento.
Enquanto ataca pacientes, a doença abala familiares e, ao mesmo tempo, exige de todos persistência. O industriário Rcginaldo Barbosa, de 41 anos, é esposo da administradora Luciany Rita dos Reis Batbosa, de 42. Com tumor no cérebro, ela é uma das que conseguiram na JUSTIÇA FEDERAL cm Goiás uma decisão para recebera fosfoetanolamina. "A nossa esperança da liberação da substância, mas toda a nossa força vem de Deus", afirma ele. Os dois tem um casal de filhos, de 13 c 11 anos de idade, c criaram um grupo para reunir pacientes cm Goiânia.
Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostra que os diversos tipos de câncer provocram 76,3 mil internações de pacientes, cm Goiás, desde 20 (veja quadro abaixo). A internação c apenas uma parte do tratamento c precede, na maioria das vezes, a uma cirurgia para a retirada do tumor.
0 aposentado Mário Roncato, de 80, mora no Canadá há 40 anos e voltou para Goiânia para acompanhar a sobrinha, de 58 anos, no tratamento contra câncer no ovário. "Fico surpreso porque não vejo aqui no Brasil manifestações a favor da substância ou para que tomem medidas mais urgentes. H mais falado lá fora, para nós, que aqui. H uma luta grande e o tempo não espera", acentua. (10/01/16)
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Ipasgo suspende temporariamente limitação de consultas
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) suspendeu até o dia 25, a portaria que fixou a limitação de consultas para os segurados do plano de saúde. A informação foi divulgada no site do instituto .
Cerca de 243 médicos credenciados foram afetados pela portaria que estabelece o limite de 30 consultas semanais e 120 mensais. Antes eles tinham apenas uma cota mínima para atingir, realizando 60 consultas ao mês.
O Ipasgo alegou que as novas regras são uma "medida de gestão" e negam qualquer tipo de crise financeira.
As regras teriam efeito a partir de 1° de janeiro. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e o sindicato da categoria criticam a medida .
Segue o comunicado abaixo na íntegra:
Devido a problemas detectados em nossos sistemas nos dois primeiros dias de entrada em vigor, a Direção do Ipasgo informa que os efeitos da Portaria Normativa 14-2015/PR estarão suspensos até o próximo dia 25. Durante este período, tal sistema permanece aberto, sem qualquer tipo de limitação, visando garantir o acesso dos usuários do Instituto às consultas. Toda e qualquer dúvida sobre os procedimentos de marcação e realização de consultas pode ser sanada através de nossos canais de comunicação, especialmente no 0800-62-1919.
É importante ressaltar que as limitações previstas no sistema ainda não foram colocadas em prática, permanecendo liberada a emissão de guias, por parte da rede prestadora, aos nossos usuários.
O Ipasgo confia no bom uso dos serviços contratados e pede compreensão e desculpas por transtornos vividos por alguns usuários neste curto período, esclarecendo que todas as medidas vem sendo adotadas nos últimos anos para preservar o equilíbrio administrativo e financeiro da estrutura, que vem sendo revertido em melhorias na qualidade do atendimento aos nossos 605 mil usuários. (07/01/16)
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CORREIO BRAZILIENSE
Planos, consultas, exames e remédios: saúde ficará 20% mais cara neste ano
O consumidor deve preparar o bolso porque os preços dos serviços de saúde subirão – e muito – em 2016. Estudo encomendado pela Confederação Nacional de Saúde (CNS) aponta que a inflação médica chegará a pelo menos 20%. A carestia será puxada, principalmente, pela alta do dólar, pois boa parte dos medicamentos, insumos e equipamentos são comprados em moeda estrangeira. Com o aumento, empresas e médicos repassarão parte dos custos para consultas, exames e tratamentos. "Não haverá escapatória", diz o presidente da CNS, Tércio Egon Paulo Kasten. O alerta vale, inclusive, para os planos de saúde, que, sistematicamente, têm sido reajustados acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou 2015 em 10,67%, o nível mais elevado em 13 anos.
A inflação da saúde sofre pressões de todos os lados. Além do dólar, destaca Kasten, clínicas, laboratórios e hospitais terão de arcar com as despesas inerentes às novas tecnologias. Segundo ele, as empresas precisam renovar a compra de aparelhos, produtos farmacêuticos, órteses e próteses para realizar tratamentos cada vez mais avançados. "Ainda temos que bancar os gastos com mão de obra, que é especializada e bem remunerada", frisa. Esses custos são repassados aos convênios médicos, que não se acanham em corrigir as mensalidades cobradas da clientela. A perspectiva do mercado é de que os planos de saúde individuais, controlados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aumentem pelo menos 15%. Já os planos coletivos, que têm reajustes livres, ninguém se arrisca a projetar.
Kasten explica que o aumento dos preços dos serviços a ser repassado aos planos de saúde será negociado com as operadoras. Por lei, há previsão de reajuste anual. Ou seja, a atualização das mensalidades dos convênios já está contratada. O presidente da CNS ressalta, porém, que os tratamentos particulares devem ser os mais afetados pela inflação, porque as empresas têm autonomia para definir os valores. "Os custos do setor de saúde são elevados em todo o mundo. Ainda estávamos mais baratos em relação a vários países. Mas perdemos competitividade. Já não é mais interessante para um estrangeiro se tratar no Brasil do ponto de vista financeiro", afirma.
Discurso pronto
O encarecimento dos serviços de saúde pressiona a renda dos brasileiros desde o ano passado. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse item teve alta de 10,87%. Portanto, acreditam especialistas, esse será o piso para os reajustes propostos pelos convênios neste ano. Antecipando-se às discussões, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), ligada às operadoras, mostra que, nos 12 meses encerrados em setembro de 2015, as receitas dos convênios aumentaram 12,8% e as despesas, 14,9%.
Salário não acompanha
A assessora de relações exteriores Marcela Cunha, 31 anos, não esconde a preocupação. Ainda que ela tenha um plano diferenciado, graças à mãe, que é médica, pelo qual paga R$ 400 por mês, teme um aumento exagerado. "Infelizmente, não dá para depender de sistema público de saúde (SUS). Como filha de médicos, fico envergonhada de morar em um país que não prioriza a saúde, onde as pessoas têm dificuldades para fazer exames básicos", frisa. Marcela também reclama dos preços dos remédios. "Está tudo muito caro. Temos pelas pessoas mais pobres", ressalta.
Para a fisioterapeuta Ana Maria da Silva Moura, 53, passou da hora de os governos darem mais atenção à saúde. Com a carestia que se vê hoje, será difícil manter um plano de saúde, ir ao médico e comprar remédios. "Tomo complexo vitamínico, remédios para a osteoporose e relaxante muscular, pois trabalho muito com o braço. No último ano, tudo ficou pelo menos 30% mais caro", ressalta. Ana afirma que o período de suplício vai começar, pois o convênio médico que atende as cinco pessoas da família vai aumentar. "Meu marido já está em pânico. Mas não temos alternativa. Não podemos abrir mão do convênio", emenda.
Na avaliação do técnico em segurança do trabalho Hugo dos Santos, 30, a inflação da saúde está dando sinais de descontrole e punindo, sobretudo, os mais pobres e a classe média. "Não há salário que acompanhe os reajustes", diz. Ele afirma que fez um convênio médico há menos de um ano e paga R$ 547 por mês. O reajuste será em abril. "Nunca tive plano de saúde antes. Mas, no passado, o joelho e o ombro começaram a doer. Fui até um hospital público e não consegui ser atendido. Como estou trabalhando, resolvi investir num plano. Mas, mesmo para agendar exames, é preciso esperar entre 20 e 30 dias", assinala. (11/01/16)
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PORTAL G1/GOIÁS
Com caroço no pescoço, homem espera por consulta há 10 meses
Com vários casos de câncer na família, ele teme estar com a doença. Secretaria de Saúde informou que vai agilizar vaga com oncologista, em GO.
O aposentado João Fernandes, de 50 anos, espera há 10 meses por consulta com um oncologista, em Goiânia. Ele está com um caroço de 1,5 centímetro de diâmetro no pescoço e teme que seja câncer. Após cinco meses de espera, ele conseguiu o primeiro atendimento. Agora entra no décimo mês aguardando vaga para consultar com o especialista.
João Fernandes tem um histórico de câncer na família. A mãe, um irmão, um tio e uma sobrinha morreram em virtude da doença. Ele diz que sofre em pensar que pode estar perdendo tempo de tratamento, caso o caroço seja realmente um tumor. "Dor, angústia, sofrimento, tanto pra mim quanto pra minha família", disse.
A família descobriu o nódulo há 2 anos e procurou imediatamente a assistência médica pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O aposentado chegou a fazer os primeiros exames, a pedido de um clínico geral, mas ainda não conseguiu consulta com um médicooncologista.
Ele está preocupado e diz que precisa urgentemente do diagnóstico. "Você vê sua vida acabando minuto por minuto. Por isso é que eu estou correndo atrás, para que eu consiga antes que eu chegue numa situação desta", desabafa.
Segundo a família, o pedido de vaga está na Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital, mas o aposentado não consegue informações por meio da central de atendimento do órgão.
A SMS informou que o Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) do Bairro Goiá fez a solicitação de consulta com especialista e esclarece que vai agilizar o pedido com urgência, respeitando a disponibilidade de vagas na Rede Municipal de Saúde. (09/01/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação