Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/05/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


• Pacientes reclamam de critérios de prioridade na vacinação contra H1N1 em Goiânia
• Servidora nega envolvimento com desvio de vacinas contra H1N1 em Catalão
• A doença que nos mata
• “Jeitinho” levou à falta de vacinas em Goiás
• Europa pode ter surto do vírus Zika nos próximos meses, alerta OMS

TV ANHANGUERA/ GOIÁS

Pacientes reclamam de critérios de prioridade na vacinação contra H1N1 em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/pacientes-reclamam-de-criterios-de-prioridade-na-vacinacao-contra-h1n1-em-goiania/5033484/

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Servidora nega envolvimento com desvio de vacinas contra H1N1 em Catalão
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/servidora-nega-envolvimento-com-desvio-de-vacinas-contra-h1n1-em-catalao/5033824/

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O POPULAR

A doença que nos mata

Amanhã termina a campanha nacional de vacinação contra o vírus H1N1, mas foi outra doença que ficou exposta ao longo deste processo: a corrupção que extrapola o poder e se esparrama entre os cidadãos.
Num momento histórico em que a população sai às ruas clamando por moralidade na política, numa luta legítima e louvável, soam anacrônicas as razões alegadas pela Secretaria de Estado da Saúde para que Goiás ficasse abaixo da meta de imunização.
O Ministério da Saúde enviou 1,5 milhão de doses, 100 mil além do necessário para que todo grupo de risco fosse vacinado. Porém, o estoque acabou antes que 80% das pessoas com maior chance de desenvolver a doença fossem imunizadas.
Segundo as autoridades de saúde, houve massiva vacinação de pessoas fora do grupo prioritário, algumas das quais teriam apresentado laudo falso de doenças crônicas. Ainda que o temor com o H1N1 possa justificar a correria por vacinas, e que todos tenham direito, é lastimável a forma como se tentou furar a fila organizada pelos serviços públicos de saúde diante da escassez.
Diante da suspeita de concessão de privilégios durante a campanha, roga-se pela investigação detalhada e punição daqueles que manejam recursos públicos como se fossem privados, em favor de si e dos seus.
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“Jeitinho” levou à falta de vacinas em Goiás
Com cobertura abaixo da meta, secretaria admite que pode ter imunizado quem não precisava
Sarah Teófilo

Próximo ao fim da campanha nacional de vacinação contra o vírus H1N1, previsto para amanhã, a quantidade de pessoas do grupo prioritário vacinadas em Goiás ainda está abaixo da meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS). O órgão federal enviou 1,5 milhão de doses, 100 mil acima do suficiente para vacinar 100% do grupo prioritário, e todas já foram distribuídas.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), vários motivos explicam o não alcance da meta, como a vacinação de pessoas fora do grupo prioritário e a apresentação de laudo falso de doenças crônicas. Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Maria Cecília Martins Brito afirma que houve uma situação atípica esse ano. “Houve um alarde e o que acabamos tendo foi uma corrida pelas vacinas como salvadoras da pátria, acabaram sendo tratadas como mercadoria”, avalia.
A corrida pela vacina fez com que pessoas que não eram do grupo prioritário buscassem a todo custo doses para si mesmas e para seus familiares. “Podemos ter vacinado pessoas que não precisavam”, admite Maria Cecília. De acordo com a superintendente da SES, a secretaria recebeu denúncias de que servidores da Saúde chegaram a ser ameaçados por moradores que pediam vacinas.
Outro problema diz respeito à vacinação de profissionais de saúde, que têm direito de ser vacinados como grupo prioritário. A ampla abrangência da categoria, no entanto, acabou fazendo com que um grande número de trabalhadores se beneficiasse das doses, entre eles até professores de educação física. Por causa disso, o número de imunizados chegou a 103% na capital.

Problema também envolveu servidores

Dentro dos grupos prioritários, os trabalhadores da Saúde e pessoas com doenças crônicas ultrapassaram 100%. Outros segmentos, por outro lado, até ontem estavam abaixo de 80%. Já o imbróglio envolvendo servidores da área é apontado como problemático pela superintendente de Vigilância em Saúde, Maria Cecília Martins Brito.
Inicialmente o Ministério da Saúde informou que os trabalhadores estavam no grupo prioritário, sem mais detalhes. No último dia 11, porém, o órgão enviou uma mensagem orientando a vacinar apenas trabalhadores de unidades de saúde (hospitais, Cais e clínicas). “Esse ofício veio tarde”, diz Maria Cecília. Agora, a intenção é focar em crianças, idosos e gestantes.
Além disso, existe a provável apresentação de laudos falsos atestando doenças crônicas. Diretora-geral do Cais do Jardim América, Valéria Nunes avalia que muitas pessoas levaram documentos falsos para conseguir as vacinas. “Tem alguns que a gente vê que tem coisa errada, mas nunca instruíram a gente a questionar”, reclama ela.
Maria Cecília explica que servidores já relataram famílias inteiras que chegaram aos postos de saúde com a mesma doença.

Prefeituras negam desvios e dizem que seguiram orientação do MS

Em virtude de boatos sobre utilização incorreta de vacinas em municípios goianos, a reportagem do POPULAR entrou em contato com algumas prefeituras para ter informações sobre as campanhas locais. Em Itaberaí, por exemplo, a secretária municipal de Saúde, Fernanda Marinho, negou que tenha havido desvio de doses: “Não tenho conhecimento disso aqui”.
O prefeito de Edéia, Elson Tavares, disse que antes do início da campanha algumas farmácias compraram a vacina e por isso pessoas fora do grupo prioritário foram vacinadas. “Mas na gestão pública, vacinamos somente aquelas do grupo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS).”
A secretária de Saúde de Itauçu, Divina Lúcia, também afirmou que no município somente pessoas do grupo prioritário foram vacinadas, seguindo orientação do MS. "Fomos criteriosos."
De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, Goiás recebeu todas as doses até o dia 13 de abril e o que cabia ao governo federal foi feito, restando a Estados e municípios observarem se a vacinação ocorria da forma correta.

Foco agora é idoso, gestante e criança

Com a proximidade do fim da campanha de vacinação, muita gente tem corrido aos postos de saúde para tentar receber a imunização, mas encontra uma barreira: a orientação agora é vacinar somente os grupos que estão abaixo da meta de 80%. Em Goiânia, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou que vacinaria desde ontem somente idosos, crianças e gestantes.
Patrícia Pereira foi uma das pessoas que ficaram revoltadas com a medida. Ela foi ao Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) do Jardim América buscar vacina para a filha de 5 anos e 2 meses, que possui doença crônica. As vacinas para crianças, entretanto, são até 4 anos e 11 meses, por isso ela não se encaixa no grupo prioritário. “Minha filha teve pneumonia no começo do mês. Ela tinha que ser vacinada”, lamenta a mãe. De acordo com ela, esta foi a quinta vez que tentou a dose para a filha, sendo que, em todas as outras vezes, o produto já havia acabado.
Diretora-geral do Cais do Jardim América, Valéria Nunes entende que todos têm direito à imunização, mas que segue normas enviadas pela Secretaria Municipal de Saúde. A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, explicou que, com as 20 mil doses recebidas na última sexta-feira, teve que estabelecer prioridade para alcançar a meta dos outros grupos.
A vacina também já não pode ser encontrada em clínicas particulares. Nos laboratórios Atalaia e nos postos de vacinação da Unimed, o restante das doses são usadas somente em crianças de 6 meses a 3 anos. O responsável pelo centro de vacinação da Unimed, José Garcia Neto, informou que não há previsão para mais vacinas e que a Unimed adquiriu 12 mil doses este ano.

Sem vacina, é preciso cuidado
Luciana Barreto Médica infectologista

É realmente preocupante que a cobertura do grupo de risco esteja abaixo da meta de 80%. Quando atingimos este valor, quer dizer que o vírus irá circular menos nesta população. Sem atingi-lo, ela está suscetível.
O poder público deveria ter feito uma programação melhor, porque 80% do grupo prioritário realmente deveria ter sido vacinado.
Agora, não dá para prever se nos próximos meses a circulação do vírus vai ser maior ou não, até porque ele começou, de forma atípica, mais cedo esse ano. Geralmente vai até agosto, e depois diminui. Apesar da meta não ter sido atingida de maneira homogênea, muitas pessoas foram vacinadas, contribuindo para uma tendência de queda no número de casos de gripe de agora em diante. Sem vacina, o resta tomar aqueles cuidados básicos: lavar as mãos, evitar aglomerações e, se surgirem sintomas, procurar logo assistência médica.
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AGÊNCIA BRASIL
Europa pode ter surto do vírus Zika nos próximos meses, alerta OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu nesta quarta-feira (18) alerta sobre um potencial surto do vírus Zika na Europa durante os próximos meses – período em que a região registra o fim da primavera e o início do verão. O risco em todo o continente foi classificado pela OMS entre baixo e moderado.
Entretanto, localidades onde há circulação do mosquito Aedes aegypti, como a Ilha da Madeira, em Portugal, e a costa Nordeste do Mar Negro, têm mais chance de registrar surtos – lugares com risco moderado ou alto.
“A OMS pede que países europeus, sobretudo os que tem alta e moderada probabilidade de registrar transmissão local do vírus Zika, sigam as recomendações para prevenir ou conter rapidamente um surto da doença”, informou a OMS por meio de nota.
As recomendações para países com risco moderado ou alto de surtos de Zika incluem:
– Fortalecer atividades de controle do vetor para prevenir a introdução e a propagação de mosquitos;
– Capacitar profissionais de saúde para a detectar precocemente a transmissão local do vírus e reportar os primeiros casos e complicações em até 24 horas após o diagnóstico;
– Garantir ferramentas para testar pacientes para a doença ou protocolos para envio de amostras de sangue ao exterior;
– Estimular a população a reduzir focos do mosquito;
– Permitir que pessoas em situação de risco, sobretudo grávidas, se protejam contra a infecção, incluindo proteção contra a transmissão do vírus por via sexual;
– Mitigar os efeitos do Zika e suas complicações.
“Todos os outros países devem focar em adotar estratégias de controle do vetor de acordo com a possibilidade de transmissão local do vírus, detectando casos importados do Zika precocemente e providenciando orientação médica a viajantes que se dirigem ou que vêm de países afetados, inclusive sobre a transmissão sexual do vírus”, concluiu a OMS. (EBC)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação