Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 02 A 05/09/16 – Parte 1

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

Mãe doa córneas da filha que morreu em acidente, em Goiânia
Médicos fazem ato para alertar sobre a cegueira, em Goiânia
Médico esclarece dúvidas sobre a doação de órgãos
Editorial – Contra o déficit na saúde
Déficit de médicos afeta Centros de Saúde da Família em Goiânia
Médico da máfia das próteses pede dica de como enrolar paciente
Governo suspende venda de plano de saúde de Goiânia
Projeto que proíbe atendimento privilegiado a pacientes particulares vai a votação
Desafios da saúde em Goiânia entram na pauta das urnas
O problema é que faltam clínicos gerais
Alta de ICMS encarece medicamentos em 12 Estados
Setembro Dourado: cura do câncer infantil chega a 70% dos casos com diagnóstico
Artigo – WhatsApp, Justiça e saúde
Cuidado com o Dr. Aplicativo
Sífilis, gonorreia e clamídia já superam casos de aids
Agulhas contra Parksinson

 

TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Mãe doa córneas da filha que morreu em acidente, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/mae-doa-corneas-da-filha-que-morreu-em-acidente-em-goiania/5282844/

………………………………………..
Médicos fazem ato para alertar sobre a cegueira, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/medicos-fazem-ato-para-alertar-sobre-a-cegueira-em-goiania/5282838/

…………………………………………….

Médico esclarece dúvidas sobre a doação de órgãos
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/medico-esclarece-duvidas-sobre-a-doacao-de-orgaos/5282405/
……………………………………………

O POPULAR

Editorial – Contra o déficit na saúde

Levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgado semestre passado aponta a falta de médicos como o principal problema do Sistema Único de Saúde (SUS).
O instituto ouviu 2.773 pessoas de todas as regiões do país, das quais 57,9% usaram ou acompanharam familiares para atendimento nos 12 meses anteriores à pesquisa. Dentre os que não utilizaram o sistema público, a falta de médicos foi apontada como principal problema por 58,8% deles.
Embora de abrangência nacional, a pesquisa traduz de certa forma o sentimento reinante em Goiânia. Nas 61 unidades com Programa de Saúde da Família, há o déficit de 24 profissionais e mais de 400 agentes de saúde, aponta reportagem nesta edição. É nesta estatística que o serviço público manifesta omissão.
Os responsáveis pela atenção primária da Secretaria de Saúde se defendem apontando para o limite de equipes autorizadas pelo Ministério da Saúde.
A transição de poder sempre acrescenta instabilidade aos gestores públicos, sobretudo aqueles em descompasso com o poder em Brasília. Mas a superação de diferenças é gesto humanamente esperado. (05/09/16)
…………………………………………………..
Déficit de médicos afeta Centros de Saúde da Família em Goiânia
Falta de profissionais prejudica atendimento nos CSF. Acompanhamento primário em alguns bairros fica somente em determinadas quadras
Nayane Samara, de 26 anos, moradora do Recanto das Garças, tem que se deslocar para o Setor Cristina, em Trindade, por falta de médico no CSF do bairro
Sarah Teófilo sarah.teofilo@opopular.com.br
Os Centros de Saúde da Família (CSF) de Goiânia vivem uma realidade difícil com a falta de médicos e outros profissionais da saúde básica. Nas 61 unidades, há o déficit de 24 profissionais e mais de 400 agentes de saúde. Divididos por regiões da cidade, é nos postos que usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm atendimentos básicos, como pré-natal, acompanhamento de hipertensos e acesso a medicamentos. No entanto, com a falta de médicos, as equipes ficam incompletas e atendem bairros em partes.
Em alguns centros, os médicos atendem quadras específicas e  quando faltam ao serviço o colega não pode atender seus pacientes.
O CSF Parque dos Buritis está há cinco meses sem o médico da equipe que atende à tarde três bairros da região. Por enquanto, Nayane Samara, 26 anos, moradora do Recanto das Garças, tem que se deslocar para o Setor Cristina, em Trindade, para conseguir atendimento aos filhos de 3 e 5 anos.
Mesmo indo pela manhã ao posto de saúde, a jovem não consegue ser atendida porque a equipe só atende outros bairros ou quadras. “Eles falam que não recebem se você é de outra equipe.”
No Cerrado VI, o CSF foi inaugurado em 2012 para atender a população da região, o que não tem sido feito em plenitude. Dos dois consultórios para dentistas, um está vazio e o outro possui duas cadeiras odontológicas com aparência nova, mas empilhadas. A estrutura da farmácia existe, mas está vazia. O local possui uma médica, que durante as férias em julho e a licença-maternidade de seis meses no ano passado, não foi substituída. A equipe atende as quadras 15 a 19 e 24 a 35. “Eles só atendem os prédios do governo. Nunca vi um posto enorme daquele e sem nada”, disse Avanildes Ribeiro, 70 anos, se referindo ao programa federal “Minha Casa, Minha Vida”.
A manicure Elaine Cristina da Silva, de 28 anos, descobriu estar grávida e procurou o CSF, mas foi orientada a buscar o teleconsulta. Agora no terceiro mês de gestação conseguiu o primeiro atendimento no Jardim Guanabara, a 28 quilômetros de onde mora;
Os moradores relatam que quando precisam de atendimento vão ao Cais do bairro Goiá. Os irmãos Darlan de Sousa Santos, de 24 anos, teve dengue no final do ano passado, foi ao local e não conseguiu sequer soro para hidratação oral. Um telefone da unidade estaria cortado.
Secretaria busca aumentar equipe de profissionais nas unidades
Gerente de atenção primária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, a médica Francine Leão dizque o município está com o limite de equipes autorizadas pelo Ministério da Saúde e que desde setembro do ano passado solicita aumento para o órgão.
Sobre o CSF do Cerrado VI, ela explicou que não há déficit de funcionários. “A equipe foi para atender determinada área, mas aquela é uma região em expansão. Pode ser esta a questão”, afirmou.
Sobre o atendimento restrito, a médica disse que há um protocolo com um teto de quantidade de pessoas por equipes. “Planejamos Goiânia inteira. Não tem só Cerrado como local difícil. A gente prioriza os com maior demanda”, disse, afirmando que a população pode recorrer ao teleconsulta.
Em nota, a SMS informou que tenta solucionar os déficits existentes em todas as redes. Conforme a pasta, a vigência do último concurso acabou em julho e por ser período eleitoral não é possível abrir novos processos seletivos. Mesmo que especificamente no caso do Cerrado VI a reportagem tenha visto que não dá atendimento odontológico, o órgão disse que não há déficit de profissionais de saúde bucal.
Em relação a não substituição da médica da unidade durante período de férias e licença maternidade, a SMS disse que ofertou vaga, mas não houve interessado. Já Francine disse que não é possível substituir nestes casos por risco da profissional perder os direitos ao ser desvinculada.
Problema prejudica vacina e farmácia
A eventual falta de salas de vacinas e farmácias é outro problema enfrentado pela população que recorre aos Centros de Saúde da Família (CSF). Dos 61 postos, 23 não possuem salas de vacina, sendo a falta de profissionais é o problema em outros três.
A gerente de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Grécia Pessoni, explica que tenta remanejar funcionários para as regiões onde há maior demanda. Por mais que haja recomendação do Ministério da Saúde para sala em toda unidade básica, o Programa Nacional de Imunização fala que as unidades sejam em locais estratégicos.
Dos 61 centros existentes em Goiânia, apenas 25 possuem farmacêuticos. Secretaria prioriza áreas afastadas Grécia explica que a maioria dos frascos de vacina são multidoses, e que se a demanda de um local é pequena, há o risco de se perder doses, já que muitas vacinas depois de abertas duram 6 horas. Seis postos onde a demanda é pequena, por exemplo, a vacinação ocorre uma vez por semana.
Também tendo que lidar com a falta de profissionais, as farmácias das UBSs não entregam todos os medicamentos. Desde 2014 passou a ser obrigatória a permanência de um farmacêutico em unidade com farmácia.
A gerente de assistência farmacêutica da SMS, Gisela Santana, explicou que a rede possui 133 farmacêuticos, e que número não é suficiente para cobrir todos os postos.
Dos 61 CSFs, 36 funcionam sem os profissionais e só 25 possuem a lista completa de medicamentos. A gerência busca colocar farmacêutico em áreas de mais difícil acesso.
Conforme Gisela, a legislação é nova e ainda não houve tempo para adequação. A SMS está negociando com o Conselho Municipal de Farmácia, que fiscaliza, para propor um prazo maior de adequação. Com a lei, as farmácias não podem entregar medicamento algum, nem mesmo remédios para hipertensão ou para dor. (05/09/16)
……………………………………………..
PORTAL G1/DF

Médico da máfia das próteses pede dica de como enrolar paciente
Grupo lucrava ao fazer cirurgias desnecessárias no DF, diz Polícia Civil.Esquema movimentou mais de R$ 30 milhões em 5 anos, diz investigação.

Escutas telefônicas obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal e reveladas pelo Fantástico mostram a conversa entre um médico e um fornecedor de órteses e próteses sobre como continuar enrolando um paciente e faturar mais. Eles são investigados por suspeita de integrarem uma organização criminosa que lucrava com a prescrição de cirurgias sem necessidade. De acordo com a polícia, o esquema movimentou mais de R$ 30 milhões nos últimos cinco anos. As pessoas e empresas citadas negam irregularidade (veja os posicionamentos no fim desta reportagem).
A conversa é entre o médico Juliano Almeida e Silva e o empresário Micael Bezerra Alves, um dos sócios da TM Medical, empresa que fornecia as próteses. A companhia é suspeita de oferecer materiais superfaturados, vencidos ou de baixa qualidade.
Médico: Eu estou tentando melhorar aqui, entendeu? O que mais a gente pode colocar aqui?Fornecedor: É…Médico: O que mais a gente pode colocar aqui? Botei bipolar, botei brill, dois drill, botei mostático, botei motorização, equipo de ligação. O que mais?Fornecedor: Essa cânola. O que que é? Debridação?Médico: É a canolazinha que vem no kit da assectomia. Aí é só para enrolar mesmo.
Os dois fazem parte do grupo de 13 pessoas presas na operação, que também apreendeu R$ 220 mil e US$ 90 mil. Os áudios vão mostrando que os médicos têm um profundo envolvimento e um desejo sempre de ganhar dinheiro , disse o promotor Maurício Miranda sobre as escutas.
De acordo com as investigações, os médicos envolvidos no esquema encaminhavam os pacientes para fazer as cirurgias principalmente no hospital Home, na Asa Sul. Um dos funcionários, Antônio Márcio Catingueiro Cruz, fazia contato com um representante da fornecedora, Micael Alves. Segundo a polícia, o dinheiro pago pelos planos de saúde era dividido entre o grupo.
Após uma série de denúncias divulgadas pelo Fantástico desde janeiro de 2015, os suspeitos foram obrigados a mudar de estratégia, diz a polícia. A partir de então, passaram a utilizar o pagamento em espécie para tentar de alguma forma evitar o rastreamento , contou o delegado que investiga o caso, Adriano Valente.
Vítimas
A estimativa é de que pelo menos 60 pessoas tenham sido vítimas do golpe só neste ano. No entanto, a polícia informa que dezenas de pessoas têm procurado as delegacias desde a última quinta-feira (1º), quando foi deflagrada a primeira fase da operação Hyde – em alusão ao médico que virou monstro na literatura e no cinema.
Uma delas é a mulher que relata quase ter morrido por causa de um fio-guia (por onde passam cateteres) deixado no pescoço dela. A polícia investiga se ela foi alvo de tentativa de homicídio. Ao G1, ela tinha relatado que se sentia usada pelos médicos. Não me viram como uma paciente. Não me tratavam como uma vida e sim como algo que estava gerando lucro.
Outra vítima, que perdeu os movimentos do corpo, afirma que o grupo tem brincado com a vida das pessoas . Isso é muito triste porque a gente não pode contar com uma pessoa que diz que se formou para poder ajudar, para poder estar ali, melhorando a vida de uma pessoa com dores ou com outros tipos de problema , lamentou. Para mim, são monstros.
Repercussão
Presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho disse que, se as denúncias forem comprovadas, os médicos devem ser punidos severamente. Essa prática de indicar procedimentos desnecessários e superfaturados expõe pacientes a risco e aumenta os custos de operação. Isso é ruim quando acontece no sistema público e também é quando ocorre no sistema privado, na medicina suplementar, pois o usuário acaba pagando um preço elevado.
O Conselho Regional de Medicina informou que vai abrir sindicância para apurar a denúncia do ponto de vista ético e profissional. Se confirmados os indícios, um processo contra os médicos envolvidos pode ser instaurado.
No sábado (3), a Justiça liberou 5 dos 13 envolvidos. São eles os médicos Henry Campos, Leandro Flores, Rogério Gomes Damasceno e Wenner Costa Catanhêde e a empresária Mariza Martins. Eles conseguiram habeas corpus e devem responder ao processo em liberdade.
Próteses e órteses
Próteses são dispositivos usados para substituir total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido. Órteses são utilizadas para auxiliar as funções de um membro, órgão ou tecido do corpo. De uso temporário ou permanente, as órteses evitam deformidades ou o avanço de uma deficiência médica. Um marca-passo, por exemplo, é considerado uma órtese implantada.
Esquema nacional
A fraude envolvendo órteses e próteses nacionalmente denunciada pelo Fantástico, da TV Globo virou tema de uma CPI na Câmara dos Deputados. Em janeiro do ano passado, o programa mostrou que médicos indicavam cirurgias e o uso de próteses a pacientes mesmo quando não era necessário. Em troca, recebiam comissões de até R$ 100 mil das empresas fornecedoras.
"Na maior parte das vezes, os dispositivos médicos implantados são usados em situação de urgência e emergência. Muitas vezes o paciente não tem condição de avaliar o melhor caminho , disse o então ministro da Saúde, Arthur Chioro, em julho de 2015.
Um grupo de trabalho criado pelo ministério apurou que o mercado de produtos médicos movimentou 19,7 bilhões em 2014. Desse total, R$ 4 bilhões são relativos aos chamados dispositivos médicos implantados, que englobam órteses e próteses. A venda desses aparelhos aumentou 249% entre 2007 e 2014.
Chioro disse que a ausência de padronização, protocolos e um banco de preços criava margem para comportamentos oportunistas de especialistas, que têm total controle da escolha dos aparelhos.
O relatório encontrou diferenças de preços de implantes em regiões do Brasil e também no comparativo com outros países. Um marca-passo na região Norte, por exemplo, custa R$ 65 mil. No Sul, o preço cai para R$ 34 mil. Entre o Brasil e a Alemanha, a diferença no valor de implantes de cóclea é de quase seis vezes.
Nos hospitais, foi percebido que o médico ganha com comissão paga pelas empresas de dispositivos médicos. A prática é proibida pelos conselhos de medicina. Também foi apontado que hospitais comercializam esses produtos com margem de faturamento de 10% a 30%.
VERSÃO DOS ENVOLVIDOS
Rogério Damasceno: o advogado do médico, Pedro Ivo Veloso, diz que as suspeitas são completamente infundadas .
Juliano Almeida e Silva: em nota, o médico afirma que os trechos divulgados na escuta estão descontextualizados e que não participa de qualquer procedimento duvidoso.
Johnny Wesley Martins: a defesa do médico declara que ele não operou nenhum dos pacientes vinculados à denúncia e que não é sócio da TM Medical.
Hospital Home: a defesa do hospital afirma que o estabelecimento age dentro da legalidade, que não tem qualquer pagamento de forma ilícita, seja partindo do hospital ou para o hospital.TM Medical: a fornecedora informa que não foram utilizados materiais da empresa em nenhuma das cirurgias denunciadas.
O advogado do sócio da TM Medical Micael Bezerra Alves não foi localizado. (04/09/16)
………………………………………….
JORNAL OPÇÃO

Governo suspende venda de plano de saúde de Goiânia

Por Larissa Quixabeira

A partir da próxima sexta-feira (9/9), quatro planos da operadora América Planos de Saúde não poderão ser comercializados. Medida não afeta atendimento aos clientes
Em medida preventiva de monitoramento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu nesta sexta-feira (2/9) suspender o direito de comercialização de planos de saúde de oito operadoras em função de reclamações relativas à cobertura assistencial, como recusa e demora no atendimento. Um das operadoras suspensas pelo órgão é a goianiense América Planos de Saúde. A medida passa a valer a partir da próxima sexta-feira (9/9).
A medida faz parte do monitoramento periódico ANS pelo Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento. Se melhorarem o serviço prestado e tiverem redução do número de reclamações, as operadoras poderão ter a comercialização liberada no próximo ciclo, daqui a três meses. Na América Planos de Saúde, a venda de quatro modalidades de planos de saúde foram suspensas. Ao todo, a decisão suspende 23 planos de oito operadoras em todo o País.Confira a lista.
Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram cobertura indevidamente podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil. Segundo a ANS, se melhorarem o serviço prestado e tiverem redução do número de reclamações, as operadoras poderão ter a comercialização liberada no próximo ciclo, daqui a três meses.
O Jornal Opção procurou a América Planos de Saúde, mas não conseguiu contato com a empresa até o fechamento da matéria.
Os clientes que já são beneficiários continuam a ter assistência regular a que têm direito, ficando protegidos com a medida, uma vez que as operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber clientes.
Pelo site da ANS, os beneficiários podem consultar o programa de monitoramento por operadora e conferir o histórico das empresas, além de verificar, em cada ciclo trimestral, se a empresa teve planos suspensos ou reativados.
Para dar mais transparência e possibilitar a comparação pelos consumidores, a ANS disponibiliza ainda um panorama geral com a situação de todas as operadoras, com a classificação das empresas nas quatro faixas existentes (que vão de 0 a 3).
Toda as denúncias e reclamações são recebidas pela ANS via canais de atendimento. Do período de 1º de abril a 30 de junho de 2016 foram mais de 13 mil reclamações, desse total, 11.445 queixas foram consideradas para análise pelo programa de Monitoramento da Garantia do Atendimento.
São excluídas as reclamações de operadoras que estão em portabilidade de carências, liquidação extrajudicial ou em processo de alienação de carteira, que já não podiam mais ser comercializados porque as empresas estão em processo de saída ordenada do mercado. (Com informações ANS) 02/09/16
……………………………………

Projeto que proíbe atendimento privilegiado a pacientes particulares vai a votação
Por Alexandre Parrode

Sabe quando você liga para um consultório para marcar uma consulta e é questionado se é “convênio” ou “particular”? E geralmente quando busca atendimento por meio de um plano de saúde a data tende a ser muito mais distante que se fosse pagar pela consulta à vista? Pois isso pode mudar.
Um projeto de lei de autoria do deputado estadual Humberto Aidar (PT) quer proibir o “atendimento privilegiado” a pacientes particulares em todo o Estado de Goiás. O PL 1515/2016 está na pauta da sessão marcada para esta terça-feira (6/9) e já foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia.
“A marcação de consultas, exames e quaisquer outros procedimentos serão feitos de forma a atender às necessidades dos consumidores […] Vedada a utilização de agendas com prazos de marcação diferenciados quanto ao tempo de marcação entre o paciente coberto por plano ou seguro privado de assistência à saúde e o paciente atendido após pagamento à vista, chamando de atendimento particular”, versa a proposta.
Na justificativa, o petista, que classifica a conduta como “ilegal e discriminatória”, afirma que o objetivo de médicos e profissionais de saúde ao fazer tal diferenciação é “coagir” pacientes cobertos a pagar, com recursos próprios, por consultas, exames e procedimentos, que deveriam ser pagos pelo plano ou seguro contratado.
Para entrar em vigor, a lei precisa de ser aprovada em duas votações na Assembleia e, também, da sanção do governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB). 05/09/16

…………………………………….

 
Desafios da saúde em Goiânia entram na pauta das urnas

Candidatos a prefeito na capital precisam lidar com realidade que apresenta queda no número de médicos e vagas de internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Demanda da sociedade faz com que prefeitáveis priorizem saúde | Foto: Divulgação
Augusto Diniz

Quando a Lei Orçamentária Anual (LOA) para a Prefeitura de Goiânia foi aprovada em dezembro de 2015, a previsão de recursos totais da capital era de R$ 5,2 bilhões. Desse total, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem prevista na fatia desses recursos o valor de R$ 1,1 bilhão, que representa 21,15% do total de receitas estimadas para 2016 na cidade.

Além desses recursos, outros R$ 2,4 milhões estavam previstos para serem aplicados na capital por meio de emendas orçamentárias destinadas aos vereadores para projetos de reformas de sete unidades de saúde de Goiânia. O exigido por lei de aplicação de recursos no setor é de no mínimo 15%. Mesmo assim, a saúde é apontada pela população como a segunda maior demanda na carência de atenção pública que precisa de melhorias e mais investimentos visando reduzir o déficit no atendimento.

Pela prestação de contas apresentada pelo prefeito Paulo Garcia (PT) para o primeiro quadrimestre do ano, houve redução de 8,8% nas despesas do Executivo municipal, que tem com folha de pagamento um gasto de 47,99% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Município. O teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54%, com o prudencial de até 51,30%.

Ainda há gastos com a dívida consolidada da Prefeitura, que comprometem 17,98% da RCL de Goiânia. A aplicação de recurso na saúde na capital entre janeiro e abril de 2016 foi de R$ 601 milhões, o que representa 18,84% do orçamento da Prefeitura nos quatro primeiros meses do ano. O prefeito Paulo Garcia destacou, na prestação de contas, que esse percentual ficou 3,84 pontos acima do exigido por lei, os 15%.

Na ocasião, em 27 de junho, o prefeito declarou que a saúde é o setor que mais tem recebido investimentos desde o início de sua gestão. Mesmo assim, a SMS registrou uma queda de 274 médicos entre 2011, quando a Prefeitura contava com 1.727 profissionais, e agosto de 2016, com realidade fechada em 1.453. Já o número de enfermeiros, de 2011 até o mês passado, caiu de 761 para 730 servidores.

Como foi noticiado na imprensa na semana passada, Goiânia passou de 345 leitos em 2012 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), dos 549 em todo o Estado — quando as vagas pelo SUS representavam 20% pertencente à rede pública de saúde —, para 454 em 2016, das 695 que existem em todas as cidades goianas, das quais 46% delas pertencem ao sistema público.
Nos mesmos números, os leitos gerais oferecidos pelo SUS em 2016, 3.701 vagas, ficam atrás do que foi registrado em 2013, quando existiam 3.761, mas ainda sim superior aos anos seguintes: 3.648 leitos em 2014 e 3.627 no ano de 2015.

Discussão

Como essa não é uma conta a ser vencida apenas com números, mas na eficiência e qualidade do serviço que consiga atender de forma capacitada, preparada e bem gerida toda a demanda na capital, a população vê os problemas na saúde de Goiânia como a segunda maior necessidade a ser resolvida, logo atrás da segurança pública.

Essa percepção, que veio a partir das pesquisas qualitativas realizadas pelo suporte dos candidatos a prefeito da capital e que se evidenciou nos levantamentos realizados pela imprensa, começou a mudar o discurso da maioria dos sete prefeitáveis.

Se antes a discussão girava, na pré-campanha, em torno quase que unicamente da sensação de insegurança, o medo da violência e a necessidade de atuar na segurança pública, apesar de algumas propostas ultrapassarem a barreira constitucional da área, de função primordial do Estado, os problemas existentes no atendimento da educação básica, as filas para conseguir consultas de especialidades médicas e a marcação de cirurgias pela rede pública ganhou força, principalmente nos debates realizados até aqui.

Quando a discussão que mais interessava aos candidatos era a da segurança pública, por um momento houve uma tentativa de polemizar a disputa eleitoral, visto que a corrida pela Prefeitura de Goiânia trazia em sua lista candidatos monotemáticos frente a outros aparentemente mais preparados. Mas até o debate pré-eleitoral se focou apenas na sensação de impunidade e medo da população nas ruas da capital.

Quando o tema da saúde entrou na pauta dos candidatos em debates e atos de campanha, outros temas acompanharam a discussão, como o transporte público, a mobilidade, a promoção de atividades esportivas e de lazer, que começaram a ser abordadas como fatores que auxiliam a melhoria da saúde e da segurança pública na cidade.

E as propostas de aumento do número de médicos, busca pela oferta de mais serviço de especialidades, vagas, exames, internações, cirurgias começaram a surgir no debate eleitoral. Mas, até o momento, nada dá conta dessas ideias.

Novas unidades e contratação de médicos aparecem nas propostas

Desde que a propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na televisão começou em Goiânia, no dia 26 de agosto, os candidatos puderam se aproximar do eleitor, seja três vezes por dia em blocos de dez minutos ou nas inserções (pílulas) durante os intervalos comerciais. Na primeira eleição sem poder receber recursos vindos de doações privadas ou de pessoas jurídicas, teve prefeitável que chegou a não conseguir enviar à Justiça Eleitoral seu programa de rádio no primeiro dia de veiculação, como aconteceu com o vereador Djalma Araújo, da Rede Susten­tabilidade.

Desde quem defende a contratação de 600 médicos nos primeiros meses, como o caso do deputado estadual Francisco Jr. (PSD), aos que apresentam propostas de aumentar o número de equipes do Programa Saúde da Família (PSF), no caso da deputada estadual Adriana Accorsi (PT), as soluções apresentadas à população para a saúde não colocam em consideração a capacidade de ampliação dos gastos com folha de pagamento para servidores da Prefeitura de Goiânia.

Dos 47,99% do comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) registrado este ano no primeiro quadrimestre até os 54% como limites máximos permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), esses gastos com contratação de pessoal em toda a administração municipal não poderiam ultrapassar um crescimento de 6,01%.

Mas como conseguir aumentar o número de servidores, principalmente de médicos, que para serem mantidos na estrutura pública municipal, precisam ser valorizador e terem seus salários melhorados em tempos de crise financeira nos municípios?

Os números da prestação de contas da Prefeitura mostram que houve crescimento de 5,64% na arrecadação entre janeiro e abril de 2016. Ao comparar o período entre maio de 2014 e abril de 2015 com o mesmo tempo de 2015 a 2016, o Executivo municipal registrou evolução na Receita Corrente Líquida de 10,76%. Só que as despesas no mesmo período também subiram, em porcentagem menor, é verdade, mas a alta de gastos foi de 5,4%.

Arrecadação de impostos

Nesse cenário, ainda houve a queda de 6,09% na arrecadação de tributos na capital entre janeiro e abril deste ano. O primeiro quadrimestre evidenciou redução de 43,47% no Imposto Sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), 7,17% no Imposto Sobre Transmissão de Imóveis (ISTI), além de 5,7% nas demais receitas com tributos. Apenas o Imposto Predial e Territorial Urba­no (IPTU) e o Imposto Sobre Servi­ços (ISS) conseguiram aumentar o recolhimento em 14,93% para o primeiro e 4,03% no ISS.

E é para essa realidade que deverão ser aplicadas propostas como colocar médicos 24 horas nos postos de saúde da capital, apresentada pelo ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), a construção de uma Unidade de Pronto Atendi­mento (UPA) em cada região da cidade, de Adriana Accorsi, ou a de criação de um hospital da criança, um ortopédico e um dedicado ao idoso, do deputado federal Delega­do Waldir Soares (PR).

Alternativas

Adriana Accorsi fala que a solução é se espelhar no exemplo de Aparecida de Goiânia, a cidade que mais buscou recursos federais para realizar obras e manter serviços em funcionamento no município. O ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PSB) defende que o Programa Saúde da Família (PSF) seja prioridade do mandato, com atenção primordial à saúde básica. O restante dos serviços de saúde, como a manutenção de hospitais, consultas, especialidades médicas, cirurgias e outros serviços venham através de parcerias ou a contratação pelo menor preço de acordo com a demanda.

Já outros candidatos apostam na contratação de médicos, como no caso de Francisco Jr., Djalma Araújo, que aposta no setor de emergência e na reforma das unidades municipais de saúde com recursos da prefeitura, ou a disponibilização de uma equipe médica reserva para ser acionada caso outro profissional falte ao serviço, apresentada por Flávio Sofiati (PSOL).

Propostas

Com 21,15%, como é a previsão de aplicação para este ano na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do orçamento de 2016 da Prefeitura, parte dos candidatos defende a melhor gestão dos recursos. Djalma diz que é preciso cortar gastos na administração pública de uma forma geral, e mesmo assim apresenta a recomposição de perdas salariais dos profissionais, contratação de médicos de emergência, reforma dos postos de saúde e mudanças da qualificação dos postos de saúde com a capacitação para que eles sejam transformados em UPAs 24 horas.

Adriana Accorsi, diz estar preocupada com uma atenção dada com mais qualidade aos moradores de Goiânia, e tem nas suas propostas a criação de um hospital pediátrico, uma maternidade, abertura de mais leitos de UTI, compra de uma unidade móvel para atender aos finais de semana, mais equipes de PSF e uma UPA em cada região da cidade.

Flávio Sofiati, que quer voltar sua atenção principalmente para os bairros periféricos, propõe a construção de um hospital municipal, contratar uma equipe médica de reserva, mais médicos especialistas, oferecer farmácias nas unidades de saúde e colocar em ação o consultor de saúde integral para atender a população que mora nas ruas da capital.

Nas propostas de Francisco Jr. estão a ampliação do atendimento de alta complexidade na casa do paciente, estruturar a entrega de remédios pelos Correios, reequipar o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), construir dois Ambulatórios Municipais de Espe­cialidades Médicas (AMEs) e três UPAs, além da contratação emergencial de 600 médicos nos primeiros meses de gestão.

Três novos hospitais, um ortopédico, um da criança e outro do idoso estão nas soluções apresentadas por Delegado Waldir, que ainda aposta na colocação de pediatras e ginecologistas 24 horas nas unidades de saúde, buscar melhoria na oferta de médicos e remédios, também au­mentar a oferta de exames laboratoriais por meio de convênios.
Iris Rezende tem a intenção de atender idosos e pessoas com doenças crônicas na entrega de medicamentos em casa, além de fazer com que as unidades de saúde tenham médicos nas 24 horas de funcionamento.

Por último, Vanderlan Cardoso apresenta como soluções a construção de centros de referência no atendimento odontológico, criação de programas de prevenção e tratamento da obesidade, entrega de remédios de uso contínuo em casa, aumentar as equipes do PSF, oferecer estrutura de academias ao ar livre construídas em praças e contratar serviços na rede privada através de parcerias para que não haja demanda reprimida de serviços de saúde com consultas de especialidades médicas, cirurgias e exames laboratoriais.

Na ponta do lápis

Com propostas interessantes e outras caras de serem aplicadas, não houve a apresentação, nos planos de governo e ideias declaradas durante debates, entrevistas, sabatinas e propaganda eleitoral obrigatória de rádio e TV, a origem dos recursos e a viabilidade dessas soluções apontadas pelos candidatos para a saúde. Uns se espelham na experiência que tiveram como prefeito em cidades da Região Metropolitana, outros no trabalho parlamentar com destinação de emendas.

Mas ninguém apresentou ao eleitor até o momento como concretizar essas promessas dentro de um orçamento que até abril foi de R$ 601 milhões em quatro meses na saúde municipal para pagar os servidores, manter unidades em funcionamento, comprar material, medicamentos e resolver as demandas geradas pelo setor. 04/09/16

…………………

O problema é que faltam clínicos gerais

As autoridades brasileiras se acostumaram a dizer que o Brasil tem o maior sistema universal de atendimento público de saúde. Mas a qualidade do serviço prestado é um desastre total

Quando se fala de saúde pública no Brasil, se vai de encontro aos extremos: de um lado, exibem-se números espetaculares de atendimento. Do outro, percebe-se que esses números são escandalosamente muito mal trabalhados, como pode ser constatado em quase todos os grandes hospitais públicos e também nos postos de saúde espalhados pelas cidades de todo o país. E quando a saúde pública é colocada em discussão, nas campanhas eleitorais ou fora delas, a solução mais amplamente aceita, quase como unanimidade, e portanto talvez seja uma burrice simplista, é que é necessário investir mais dinheiro. Mas será que o Brasil gasta tão pouco assim que justifique uma situação calamitosa como a que se observa de norte a sul, leste a oeste? Não. O investimento realmente não é nenhuma maravilha, mas também não é nem um pouco desprezível.

De acordo com dados consolidados de 2012, o Brasil gastou o equivalente a 7,9% do PIB. Organismos internacionais afirmam que deveria ser mais, em torno de 12% ou 14%. Conclusão óbvia para as discussões: precisamos gastar mais se quisermos ter um sistema que realmente atenda as necessidades das pessoas.

O problema é quando se compara com o sistema público inglês. Eles gastam, em relação ao PIB, apenas 7,6%. Só que lá o sistema realmente funciona. A rede pública da Inglaterra é considerada a melhor de todo o mundo. Muito melhor do que em países igualmente de Primeiro Mundo e que torram bem mais. Não seria hora de o Brasil observar o que os ingleses fazem para ver se é possível repetir a fórmula em nosso SUS?

O segredo do sucesso do SUS inglês, que lá se chama NHS, de National Health Service, é o formato de seu funcionamento. Aqui, em qualquer postinho de saúde municipal, mães e pais levam suas crianças para serem atendidas por pediatras. E se não tiver um pediatra, lá se vai na ausência a proposta do SUS… Na Inglaterra, invariavelmente, esse primeiro atendimento será feito por um clínico geral.

Para os brasileiros, ser atendido por um clínico geral parece “quebra-galho”. Não é. A Clínica Médica é uma das 54 especialidades médicas registradas no Brasil, e geralmente esse profissional consegue solucionar a maioria dos casos do dia a dia, desde a “chiadeira no peito” da criança até as dores nas articulações dos idosos ou crises abdominais dos adultos. Somente quando o caso é realmente muito grave que o paciente deve ser encaminhado por um especialista.

Priorizar o primeiro atendimento do SUS para clínicos gerais representa uma melhor qualidade do gasto com o sistema. Hoje, para se abrir um postinho de atendimento qualquer, prefeituras precisam contratar um sem número de especialistas, alguns dos quais vão trabalhar com demanda pequena, enquanto outros vão rapidamente à estafa diante do número de atendentes. Pior ainda é quando falta um pediatra num posto desses. São horas e horas aguardando o deslocamento de um profissional substituto. Que já vai chegar ao posto de trabalho e encontrar uma demanda reprimida quase insuportável. É óbvio, portanto, que um sistema que funcione sem clínicos gerais tem tudo para se tornar tão gigantesco quanto incompetente.

O problema é que o Brasil conseguiu desenvolver um preconceito contra a Clínica Médica. E esse preconceito não é só da população, bombardeada pelas especialidades. Os mais velhos sentem saudades do “médico da família”, que atendia pai, mãe, filhos, avós e até fazia partos. Esse médico que atendia tanta gente, com tantas doenças e incômodos diferentes era um clínico geral. E é exatamente essa a ideia central do SUS inglês, valorizar esse profissional. Por aqui, eles estão em desuso. Lá, o piso inicial de um médico desses na rede pública de saúde é equivalente a 15 mil reais. No final da carreira, chega a 60 mil reais, um dos maiores rendimentos dentre todos os especialistas do sistema.

Se o Brasil não rediscutir o formato de atendimento médico do SUS, com a Clinica Médica, vai gastar sempre mais, e dificilmente conseguirá no futuro oferecer qualidade ao cidadão. Não é necessário manter um pediatra, um geriatra e um reumatologista no posto de saúde do bairro. Com clínicos gerais quase todos os problemas nessas áreas e em todas as outras áreas, vão ser imediatamente resolvidos. E, só depois, quando for o caso, convoca-se outro tipo de médico especialista. Acredite: na maioria das vezes, isso não será necessário.

Resta saber se além do fechado mundo da academia, os candidatos a prefeito estão dispostos a discutir o assunto. Ou se preferem a solução mais óbvia com o único propósito de conquistar o voto do eleitor descontente. Vai mais um hospital aí? Sirva-se. 04/09/16

…………………………….

AGÊNCIA BRASIL

Alta de ICMS encarece medicamentos em 12 Estados
Impacto médio sobre os preços é de 1,2%
 
Brasília – A necessidade de os governos estaduais reforçarem o caixa em tempo de crise está custando caro a pacientes de quatro regiões do país. Desde o fim do ano passado, 12 estados aumentaram o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre medicamentos, com impacto médio de 1,2% sobre os preços.

De acordo com levantamento da Interfarma, associação que reúne 55 laboratórios em todo o país, a alíquota passou de 17% para 18% nos seguintes estados: Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. O imposto subiu de 17% para 17,5% em Rondônia e de 19% para 20% no Rio de Janeiro, que cobra o maior ICMS do país sobre medicamentos.

Segundo a entidade, a carga tributária média sobre os medicamentos no Brasil corresponde a 34% do preço total, uma das mais altas do mundo. A alta do ICMS, de acordo com a Interfarma, resulta em redução de descontos nas farmácias porque a indústria farmacêutica está sendo impactada por outros custos que não foram totalmente repassados em 2015, como a alta do dólar e da energia elétrica.

Para o diretor de Acesso da Interfarma, o consumidor é punido duplamente, tanto ao comprar o medicamento como ao pagar imposto mais alto que não necessariamente é aplicado em saúde. “No caso do Farmácia Popular, que é um programa muito bem-sucedido, o governo federal gasta quase R$ 3 bilhões por ano com programa, mas paga, em média, 18% de ICMS para o estado, que não abriram mão do imposto. Quase R$ 600 milhões por ano vão para o tesouro dos estados, mas não voltam à saúde”, diz.

Distorções

Segundo Bernardo, a alta do ICMS agravou as distorções na tributação dos medicamentos, que pagam mais imposto que produtos menos essenciais. “Alguns estados cobram 12% de ICMS sobre automóveis e 17% sobre cerveja, enquanto reajustaram a alíquota sobre medicamento para 18%”, ressalta. “Até medicamentos veterinários são isentos de ICMS, mas os demais tipos pagam uma das cargas tributárias mais altas do mundo.”

O coordenador do curso de Economia do Ibmec [atenção editor, Ibmec não é sigla, é o nome da instituição], Márcio Salvato, destaca que a tributação sobre produtos essenciais, como comida, medicamentos e combustíveis, é um dos principais meios para qualquer governo arrecadar impostos. De acordo com ele, isso ocorre porque o consumidor tem pouca margem de manobra para reduzir o consumo desse tipo de produto em caso de aumento de preço, o que os economistas chamam de baixa elasticidade de preço.

“Os produtos com baixa elasticidade de preço representam um poderoso aumento de arrecadação porque os governos sabem que o paciente não pode deixar de consumir o remédio ou que nem sempre o motorista pode trocar o carro pelo ônibus e é obrigado a pagar mais imposto. Isso ocorre em todo lugar do mundo”, explica.

Pesquisa
Para o paciente, resta pesquisar muito para fugir dos preços altos. O profissional autônomo Luciano Rangel, 40 anos, mora em Brasília, mas costuma passar temporadas em Campinas (SP) e compara constantemente os preços dos medicamentos. O DF cobra 17% de ICMS sobre medicamentos, contra 18% em São Paulo. Segundo Rangel, o preço do frete, mais baixo em São Paulo, às vezes compensa a diferença de imposto. “Às vezes, é mais barato em Campinas. Depende da tabela de preços deles. Outras vezes, é mais barato em Brasília”, diz.

A servidora pública aposentada Inês Carranca, 91 anos, costuma gastar R$ 300 por mês em medicamentos e apelou para uma solução mais radical. De vez em quando, pede para a filha trazer dos Estados Unidos medicamentos que não precisam de receita. “Uma caixa com 200 comprimidos de ômega 3 custa baratinho nos Estados Unidos. Um creme para tratar um problema nas pernas custa quase R$ 200 aqui e R$ 60 lá”, declara.  04/09/16

…………………………

Setembro Dourado: cura do câncer infantil chega a 70% dos casos com diagnóstico

O câncer infantil figura atualmente como a segunda causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, perdendo apenas para causas externas, como acidentes e violência. Apesar disso, o índice de cura pode chegar a 70% dos casos se houver diagnóstico precoce. O alerta é da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica que promove a campanha Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa.

De acordo com a entidade, no Brasil, a taxa de cura do câncer infantil gira em torno de 50% dos casos – índice bastante distante de países como os Estados Unidos, onde a taxa é de 80%. A campanha destaca que o tratamento, nestes casos especificamente, vai muito além do papel exercido por hospitais e defende o empenho de diversos setores na luta contra a doença.

Câncer em crianças X câncer em adultos

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 12 mil novos diagnósticos de câncer infantil no Brasil a cada ano, com pico de incidência na faixa de 4 a 5 anos e um segundo pico entre 16 e 18 anos.

Os tipos mais comuns de câncer entre adultos são os carcinomas (como câncer de pulmão e câncer de mama), provocados, em parte, por fatores ambientais e estilos de vida. Já em crianças, os tipos mais comuns são leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas (câncer dos gânglios linfáticos), geralmente com origem em células que se desenvolveram em estágios iniciais da gestação.

Câncer infantil é doença familiar

A campanha defende ainda que o profissional de saúde que atende uma criança com câncer deve estender o tratamento a toda a família do paciente, uma vez que o câncer infantil é visto por especialistas como uma espécie de câncer familiar e não de um único indivíduo apenas.

A proposta é que a sociedade civil organizada exerça papel fundamental de dar apoio psicológico, principalmente aos que estão em outra cidade para o tratamento e o acolhimento da família e da criança.

“A luta pelo câncer infantojuvenil é de todos – governantes de todas as esferas, pais, educadores, profissionais da saúde, voluntários, cidadãos. Assim, quanto mais informações sobre a doença forem disseminadas na sociedade e cada um assumir o papel de promoção pela cura, alcançaremos a meta, pois não há prêmio melhor do que uma criança curada.”

Sinais a serem investigados

Os principais sinais de investigação em relação ao câncer infantil são:

– vômitos associados a dores de cabeça (sem náusea)

– desequilíbrio ao andar

– dificuldade na visão

– dores ósseas ou nas articulações

– movimentos limitados

– palidez insistente

– febre persistente

– emagrecimento

– fraqueza

– irritabilidade

– sudorese excessiva

– manchas roxas no corpo ou em pálpebras

– sangramento em geral

– diarreias crônicas

– dores frequentes nos dentes, não associadas a cáries

– dores abdominais prolongadas

– ínguas, gânglios ou nódulos indolores, com rápido crescimento, principalmente no pescoço, axila ou virilhas

– nódulos ou pintas na pele, que crescem ou mudam de cor

– secreção crônica drenada pelo ouvido

– desenvolvimento precoce de caracteres sexuais

– na região dos olhos, pupila branca ou totalmente dilatada, protrusão do globo ocular. 04/09/16

……………………………………
O HOJE

Hospital do Servidor deve custar R$ 67 milhões

As obras do Hospital do Servidor Público (HSP), em construção desde janeiro de 2015, devem ser concluídas em dezembro, com previsão de atendimento para o primeiro semestre do ano que vem. De acordo com a assessoria do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), o HSP já possui 70% de sua estrutura finalizada e, neste mês de setembro, será realizada a pavimentação dos estacionamentos.

De acordo com informações divulgadas pelo Ipasgo, o presidente do Instituto, Francisco Taveira Neto, visitou o HSP na última quarta-feira (31) para acompanhar o andamento das obras que já estão em fase de finalização, como o bloco de administração, dos consultórios e da estrutura da recepção de exames.

Acabamentos
A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) já se encontra em fase de acabamento. Pisos e forro já foram colocados, procedimentos que serão realizados também na UTI neonatal na próxima semana. Além disso, a área do centro cirúrgico já se encontra com o contrapiso finalizado.
A pintura nas 38 enfermarias e nos 40 apartamentos já foi iniciada, o forro e os revestimentos já foram concluídos nesses locais. Também foram finalizadas nessas áreas as instalações elétricas e hidráulicas. Nos corredores, ainda falta a conclusão do forro, mas o revestimento, bate-macas e rodapés já estão prontos.
As únicas áreas que ainda se encontram em fase bruta e inicial é o bloco de serviços de nutrição, que também abrigará a lavanderia. De acordo com informações do Ipasgo, as paredes e a cobertura estão sendo erguidas e as estruturas serão as últimas a serem concluídas. A montagem dos elevadores já começaram e os equipamentos de ar-condicionado serão montados em breve.

Benefícios
O HSP servirá a todos os usuários do Ipasgo atendimentos de alta, média e baixa complexidade. Atendimento ambulatorial em diversas especialidades, centro cirúrgico, UTIs neonatal, pediátrica e adulta, além de central de diagnóstico de imagem serão alguns dos serviços prestados.
Os hospitais credenciados serão desafogados com o funcionamento do HSP, que qualificará os serviços prestados por outros hospitais credenciados. Serão ofertados 211 leitos, dos quais 18 são destinados à quimioterapia, 22 para emergências, 25 serão para recuperação, 30 leitos em UTI, 40 em apartamentos de internação e 76 enfermarias.

Histórico
A assinatura da ordem de serviço que autoriza o início das obras foi assinada em dezembro de 2014 pelo governador Marconi Perillo. A construção teve início no mês posterior, em janeiro, e já ultrapassou o prazo de 18 meses estabelecido inicialmente para a conclusão das obras. O valor estimado para a construção dos quase 24 mil m² do HSP era de R$ 67 milhões.
O Hospital do Servidor Público terá oito blocos, um deles será divido em três pavimentos, além da construção do estacionamento. O HSP está localizado na Avenida Bela Vista, no Parque Acalanto, em Goiânia. 04/09/16

………………..

CONTINUA