Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/09/16

 ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

Família luta para obter leito de UTI para mulher com problemas renais, em Goiás
Carta dos Leitores – Riscos da Bichectomia
Jovem de 20 anos morre após procedimento de bronzeamento natural
Siamesas passam por cirurgia de urgência euma sobrevive
Pacientes da rede municipal de saúde passa a ter direito a ter um acompanhante
HGG será referência em transplantes
Depois de quase 30 anos, acidente ainda impressiona
Governo federal anuncia repasse de R$ 1 bilhão para serviços de saúde
Governo propõe Prêmio de Incentivo a servidores da Secretaria da Saúde
Mais Médicos deve substituir 4.000 cubanos até dezembro
Einstein diz exigir 'ética irrepreensível' ao explicar afastamento de médicos


TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Família luta para obter leito de UTI para mulher com problemas renais, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/familia-luta-para-obter-leito-de-uti-para-mulher-com-problemas-renais-em-goias/5306765/

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O POPULAR

Carta dos Leitores – Riscos da Bichectomia
Em relação à matéria publicada ontem neste jornal, intitulada “Novo contorno facial”, a SBCP-GO esclarece à comunidade que a bichectomia não está livre de riscos e sua indicação e execução devem ser cuidadosamente avaliadas. Criada e desenvolvida há mais de 40 anos dentro do arsenal da cirurgia plástica, a “conta e risco” por sua execução certamente ficam debitados a quem sai da cavidade oral e se aventura em local rico em vasos sanguíneos, nervos e no campo subjetivo da estética. A cirurgia requer os mesmos rigores dispensados a qualquer tratamento médico, sob pena de prejuízos estéticos e funcionais imediatos e futuros, como hemorragias, lesões nervosas e deformações.
Luiz Humberto Garcia de Souza/Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás
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Jovem de 20 anos morre após procedimentode bronzeamento natural
Técnica consiste em usar fitas para fazer a marca de biquíni e bronzeadores específicos em clínicas de estética

A estudante de Direito Nara Farias Preto, de 20 anos, morreu após passar por um procedimento de bronzeamento natural em uma clínica de Brasília.
Segundo o Correio Braziliense, a jovem deu entrada no Hospital da Forças Armadas (HFA) na tarde desta terçafeira (13), reclamando de dores e fraqueza.
Ela teria se submetido ao tratamento estético no último sábado (10) e, de acordo com os familiares, Nara não conseguiu dormir por duas noites e passou a reclamar das dores. No hospital, os médicos constataram que a jovem estava com insolação e desidratada. A estudante sofreu duas paradas cardíacas e faleceu na madrugada desta quarta-feira (14).
O bronzeamento natural consiste no uso de fitas para fazer a marca de biquíni e de bronzeadores específicos aplicados nas clínicas. As clientes, então, ficam expostas ao sol por cerca de 1h30.
Em Goiânia, o tratamento é bastante utilizado e já existe há mais de 10 anos.
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Siamesas passam por cirurgia de urgência e uma sobrevive
Irmãs nasceram ligadas pelo coração e pelo fígado. Uma delas não suportou ao procedimento cirúrgico e faleceu na madrugada de ontem
Pedro Nunes/pedro.nunes@opopular.com.br
Débora e Ana Júlia. Esses foram os nomes escolhidos pelos pais para as gêmeas siamesas que nasceram no dia 2 de maio, com 34 semanas, em Goiânia. Ligadas pelo tórax e pelo abdômen, tendo o coração e o fígado compartilhado, as irmãs vinham sendo preparadas pela equipe do Hospital Materno Infantil (HMI) para a cirurgia de separação, mas, no último domingo, Ana Júlia teve uma piora no quadro clínico, considerado grave na unidade de saúde.
“Ela apresentou um quadro infeccioso pulmonar muito severo, o que fez com que seu estado de saúde piorasse e, por serem interligadas, estava prejudicando a outra bebê. Por essa razão decidimos separá-las”, explica o cirurgião pediátrico Zacharias Calil. “Se não tomássemos uma conduta de urgência nós perderíamos as duas naquele momento”, completa. Ana Júlia não resistiu ao procedimento cirúrgico e faleceu na madrugada de ontem, após seis horas na sala de cirurgia, que envolveu 15 profissionais de saúde.
A irmã, Débora, sobreviveu e, no momento, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do HMI. Até a divulgação do último boletim médico, às 17 horas de ontem, ela respirava com a ajuda de aparelhos e seu estado de saúde era considerado gravíssimo, porém estável. Ainda não há previsão de alta. Novos procedimentos cirúrgicos não estão previstos para que ela se recupere. A bebê, no entanto, necessita de doação de sangue O positivo.
3 perguntas para Zacharias Calil
Responsável pela cirurgia de separação das irmãs siamesas fala sobre a condição das gêmeas e a necessidade do procedimento.
1 – Por que a urgência?
Porque uma apresentou um quadro infeccioso muito severo, ela praticamente evoluiu para óbito naquele momento e por isso nós optamos pela cirurgia imediatamente.
2 – Foi uma cirurgia que durou mais de seis horas. Qual foi a maior preocupação?
Era com o coração. Todos os exames de imagem mostravam que o coração estava unido. Era uma preocupação muito grande porque poderia passar o sangue de uma para outra naquele momento com possível contaminação da irmã que poderia apresentar o mesmo quadro.
3 – Qual era a condição delas?
As pacientes têm de ter condições clínicas para serem operadas. Precisam estar com condições, pelo menos, de sangramento. Outra preocupação é que o fígado era único. Então tínhamos de ter um tempo de coagulação ideal para operar e não perder as duas com o sangramento. Tivemos um tempo de quase seis horas para preparar as duas. Uma emergência, sem o preparo prévio, poderia acarretar na morte das duas.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pacientes da rede municipal de saúde passa a ter direito a ter um acompanhante

Lei aprovada em Goiânia prevê que acompanhante firmará compromisso de responsabilidade

Foi aprovado, nesta quarta-feira (14/9), o projeto de lei do vereador Zander Fábio (PEN), determinando que pacientes internados nas unidades públicas do município terão direito a um acompanhante durante o tratamento. A medida também será aplicada nos casos de internação para tratamento intensivo.
De acordo com o autor da proposta, o acompanhante deverá firmar um compromisso de responsabilidade sobre possíveis danos decorrentes de ações que impeçam os procedimentos médicos. Em contrapartida, o projeto determina que não será permitida a estadia simultânea de dois ou mais acompanhantes para o mesmo paciente.
Fábio defende sua proposta afirmando que a Constituição Federal prevê que o município seja responsável pelas lacunas deixadas pelos legisladores federais e estaduais nesses casos.
Ele reiterou também que a Carta Magna garante a presença de acompanhante para pessoas acima dos 60 anos e para mulheres em trabalho de parto e pós-parto no Sistema Único de Saúde. A proposta foi aprovada em segunda e última votação na Câmara Municipal de Goiânia. Agora, o projeto será encaminhado para o prefeito Paulo Garcia a fim de ser sancionada ou vetada.
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HGG será referência em transplantes

Hospital é um dos melhores do País e se prepara para realizar 60 operações por ano
O Hospital Alberto Rassi (HGG), reaberto pelo governador Marconi Perillo e cuja gestão é compartilhada com uma Organização Social (OS), está se transformando em uma unidade de referência na realização de transplantes de rins, fígado e pâncreas, seja de doadores vivos ou com diagnóstico de morte encefálica. Essa é a proposta da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio de sua Superintendência de Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatoriais, que pretende aumentar a quantidade desse tipo de procedimento na unidade.
"Criamos uma nova superintendência exatamente para trabalhar na evolução dos já excelentes serviços da Central de Transplantes de Goiás, além de atuar para ampliar e qualificar o acesso dos usuários do SUS à assistência hospitalar, no processo que chamamos tecnicamente de regulação", explica o secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela.
A SES está investindo na reestruturação da Central de Transplantes, com maior espaço para a disseminação das informações que ainda trazem dúvidas à população, implantação de fluxos e protocolos atualizados e similares aos dos grandes centros transplantadores do País.
Transplante de rins, fígado e pâncreas
O HGG é um hospital credenciado pelo Ministério da Saúde para a realização de transplantes renais e possui equipes de múltiplos especialistas, além do aparato técnico necessário para avançar ainda na realização de transplantes de rins, fígado e pâncreas. "Nosso projeto está na fase de padronização de procedimentos e pretendemos, no médio prazo, instituir as parcerias e ações necessárias para que o HGG seja uma referência estadual em transplantes, especialmente os abdominais, como rins, fígado e pâncreas ", explica Deusdedith Vaz, do Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatoriais.

Profissionais são preparados para a mudança
Transplantes são opção de sobrevivência a pacientes renais crônicos
Os profissionais de saúde do HGG estão sendo sensibilizados para a importância da doação de órgãos, com o propósito de incentivar a doação entre vivos. Em janeiro deste ano, uma mãe doou um dos rins para a filha, que vinha de Itaberaí fazer hemodiálise em Goiânia. A cirurgia foi um sucesso e contou com médicos do HGG e da equipe de captação da Central de Transplantes, incluindo nefrologistas, urologistas e anestesistas.
O HGG sempre foi parceiro da Central de Transplantes, atuando em consonância com as campanhas de doações de órgãos e com equipes que se credenciaram para a logística da captação e transplantação de órgãos. Os serviços de Nefrologia e Urologia do HGG estão funcionando normalmente, sem nenhum impedimento para a realização de transplantes.
Ao contrário do que foi informado ao Diário da Manhã na matéria "Burocracia sem dor" da última terça-feira, dia 13/09, nenhum paciente deixou de ser atendido. O preparo dos pacientes para transplantes de rins é realizado exclusivamente pela equipe de nefrologistas, atendendo aos critérios técnicos, e nunca houve recusa do hospital para a realização do procedimento. Pelo contrário, sempre incentivou e trabalhou para que tivesse sempre todos os recursos necessários para os transplantes.
Gestão compartilhada permitiu retomada de transplantes
A partir da gestão da Organização Social, em 2013, o hospital voltou a realizar estes procedimentos, já que ficou mais de seis anos sem realizar nenhum tipo de transplante. Apesar de toda estrutura oferecida pelo HGG, apenas cinco transplantes foram realizados no hospital nos últimos quatro anos.
Para melhorar essa produtividade, a direção do hospital apresentou um novo modelo operacional através do credenciamento de uma equipe autônoma que teria contratualmente a obrigação de realizar 60 transplantes por ano. O novo modelo foi aprovado pelo Governo de Goiás/Secretaria de Estado da Saúde e está em fase de tramitação administrativa.
Sobre a determinação da Procuradoria Geral do Estado para o cumprimento de carga horária presencial de 20 horas semanais, a gestão do Hospital Alberto Rassi acata e apoia a medida. Para atender ao novo formato de trabalho de acordo com o Ofício Circular 68/2016/SES, haverá adequações para atender qualquer flexibilização necessária, desde que a carga horária contratual seja cumprida de forma presencial, sem haver prejuízo aos pacientes.
Saiba mais
Números da Central de Transplantes de Goiás:
357 pacientes esperam por transplante de rim;
6 por transplante conjugado pâncreas-rim;
729 por transplante de córnea;
4 por coração.
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JORNAL OPÇÃO
Governo federal anuncia repasse de R$ 1 bilhão para serviços de saúde
Ministro da Saúde anunciou que o repasse custeará serviços em santas casas, hospitais filantrópicos, unidades de pronto atendimento e expandirão oferta de medicamentos
Ministro afirmou que a verba não terá impacto no orçamento e foi obtida com cortes de gastos dentro da pasta
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quarta-feira (14/9) o repasse de R$ 1 bilhão para oferta de 1.401 novos serviços em santas casas e hospitais filantrópicos, custeio de 99 unidades de pronto atendimento (UPAs) e expansão da oferta de medicamentos e tecnologias.
De acordo com o ministro, o valor foi obtido graças a medidas de gestão voltadas à maior eficiência dos gastos públicos – como economia em contratos e aluguéis e extinção de cargos dentro da própria pasta – e não têm impacto no orçamento.
Ministro da Saúde promete avaliar situação do Hospital Araújo Jorge
As portarias para o custeio das UPAs serão publicadas nas próximas semanas e os repasses, segundo Barros, começam a ser pagos em outubro – um total de R$ 182 milhões ao ano. Com isso, todas as unidades que funcionavam sem a contrapartida do ministério passam a receber valores mensais.
Para o financiamento dos 1.401 novos serviços em santas casas e instituições filantrópicas, serão destinados R$ 371 milhões ao ano. As habilitações e credenciamentos, de acordo com o ministério, beneficiam 216 hospitais. A meta do governo é que os pagamentos sejam feitos até dezembro.
Já o anúncio de ampliação na oferta de medicamentos e vacinas se refere à oferta de mais 7,4 milhões de insumos no Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda segundo a pasta, o setor também vai receber um aporte de R$ 222 milhões para a produção no Brasil da vacina meningocócica.
“Estamos fazendo mais com menos recursos”, reforçou Barros, ao detalhar que a estratégia do governo consiste em reduzir o tamanho da máquina, desaparelhar o ministério e aumentar a eficiência por meio da implantação de sistemas mais avançados.
Santas casas
O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas, Edson Rogatti, lembrou que o país regista mais de 2,1 mil hospitais filantrópicos e que o setor responde por mais de 50% do atendimento via SUS – sobretudo internações de média e alta complexidade, transplantes e tratamentos oncológicos.
“Há muito tempo, esperamos ser ouvidos”, disse. “Foram anunciadas hoje várias medidas para o setor filantrópico, coisa que a gente não via nunca” completou, ao destacar que os repasses darão mais fôlego às santas casas e entidades filantrópicas.
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O HOJE
Depois de quase 30 anos, acidente ainda impressiona
Vítimas, filhos e netos recebem benefícios e atendimentos por parte do Governo
WILTON MORAIS
Após 29 anos do acidente radiológico, com o Césio- 137, em Goiânia, o Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara), atende 130 famílias que foram atingidas pela radiação. Segundo o diretor geral do Cara, André Luiz de Souza, atualmente a antiga fundação Leide das Neves, auxilia pessoas dos grupos de um a três da classificação dos níveis de contato com a radiação. O órgão possui 97 pessoas no grupo um, englobando pacientes, filhos e netos e no grupo dois, são 85 pessoas, sendo eles filhos e netos.
"As vítimas do acidente recebem no Cara, atendimento hospitalar, odontológico, psicológico e de assistência social.
Em geral, a abrangência do auxílio é destinada tanto para a vítima direta quanto para seus filhos", conta o diretor.
"As pessoas atendidas hoje, são na maioria os filhos das vítimas do Césio, sendo assim doenças crônicas, hipertensão e arritmia são os principais problemas de saúde que as pessoas possuem", revela.
A época do acidente mais de 120 mil pessoas estavam próximas a radiação, havia em Goiânia jogos Olímpicos que proporcionou susto aos visitantes. Depois da tragédia dessas, 240 tiveram algum numero de radiação registrada e após trocarem de roupas o numero caiu para 120 que tiveram a contaminação no corpo. Conforme o diretor, muitas pessoas procuram algum tipo de aposentadoria devido ao acidente, porém, muitas são negadas no Cara ou na justiça.
Pré conceito Para o diretor, o preconceito contra as vítimas do acidente deve ser quebrado. "Ninguém vai pegar radiação por estar ao lado de uma das vítimas, existe uma preocupação na secretaria em desmitificar a questão, as amostras, fotos e até mesmo os vídeos expostos aqui no Cara não estão irradiadas", diz o direto do Cara.
Para a mãe e paciente do Cara, Silvia Nunes Borges que teve sua casa demolida, em 1987, quando tinha apenas 8 anos, o pré-conceito contra as vítimas é algo a ser considerado e proveniente de quem não possui conhecimento. "Morei cinco anos no Pará, quando falo que fui vítima do Césio- 137 as pessoas se assustam, parecem nem acreditarem" conta Silvia Nunes Borges. "Isso não é só no estado do Pará, aqui em Goiânia tem pessoas que olham com esse olhar", conclui.
Aposentadoria Atualmente 540 pessoas são aposentadas pelo Estado, outras 250 adquiriram o beneficio pormeio do Governo Federal, já outras 127 pessoas recebem as duas aposentadorias.
A informação é do Centro de Assistência aos Radioacidentados.
"Esse numero tende a oscilar devido a morte e interferência judiciária, quando o beneficio é concedido a alguém que recorreu a justiça, recebem o beneficio antes do Cara possuir conhecimento", explica o diretor.
"Quando o cidadão vem ao Cara, ele apresenta o motivo do requerimento de aposentadoria ou beneficio, não existindo registro de envolvimento com o Césio, a maioria recorre à Justiça", conta Souza. Segundo o Diretor, o Cara está buscando dialogo com a Justiça.
"Os nossos médicos são peritos em acidentes radiológicos, diferente da maioria dos peritos previdenciários que apenas analisam os laudos, é necessário conhecimento e identificar a necessidade e o direito caucionado pelo acidente.
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE GOIÁS
Governo propõe Prêmio de Incentivo a servidores da Secretaria da Saúde
A Governadoria encaminhou à Assembleia Legislativa mensagem alterando a Lei nº 14.600, de 1º de dezembro de 2003, a qual institui o Prêmio de Incentivo aos servidores em efetivo exercício nas Unidades Assistenciais. A matéria, constante do processo nº 2759/16, será avaliada pela Comissão Mista e, em seguida será remetida a duas votações em Plenário.
No que se refere à sua ementa, a alteração proposta objetiva conferir maior equidade e equilíbrio na distribuição da vantagem ao servidor da Secretaria de Estado da Saúde, confirmando, ainda, modificação efetuada pela Lei nº 16.939, de 12 de março de 2010, que estendeu o benefício a todos os servidores em exercício naquela Pasta.
Já no que tange ao parágrafo 1º do artigo 1º da citada Lei nº 14.600/2003, a nova redação limita o valor total do prêmio a ser pago mensalmente a, no máximo, 50% da produção das unidades da rede própria de saúde do Estado, considerada aquela apresentada e aprovada no Sistema Datasus, do Ministério da Saúde, devido à Secretaria de Estado da Saúde. Atualmente, o percentual destinado ao pagamento do Prêmio de Incentivo pode chegar a 100% do somatório da produção das unidades.
Consoante informado pelo Titular da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento, "grande parte dos valores arrecadados pelas unidades da rede própria têm sido destinados para pagamento de pessoal em detrimento de investimentos na melhoria da saúde pública".
No mais, ainda conforme a justificativa do Governo para apresentar a proposta, o secretário da Segplan relata que "nos posicionamos para que os recursos provenientes da produção das unidades próprias da rede de saúde sejam destinados de forma mais equilibrada, tanto para concessão do Prêmio de Incentivo como para custeio de outras despesas correntes e/ou investimentos da Secretaria de Estado da Saúde”.
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FOLHA DE S. PAULO
Mais Médicos deve substituir 4.000 cubanos até dezembro
Natália Cancian
Apesar de o presidente Michel Temer ter sancionado uma lei que permite prorrogar a participação de médicos estrangeiros no Mais Médicos por mais três anos, parte destes profissionais deve começar a ser substituída nos próximos três meses.
A tendência é que cerca de 4.000 médicos cubanos que vieram ao Brasil em 2013 e cujos contratos vencem este ano sejam substituídos. Até então, o governo analisava uma possível renovação dos contratos desse grupo.
Um acordo inicial para substituição desses médicos foi definido na última semana pelo Ministério da Saúde, representantes do governo cubano, como a vice-ministra da Saúde Marcia Cobas, e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), responsável por intermediar a vinda dos profissionais.
Na ocasião, segundo participantes da reunião, Cobas afirmou que os médicos precisavam retornar ao país por terem vínculos com o sistema de saúde cubano. Os novos profissionais do país deve chegar ao Brasil até dezembro.
A ideia, no entanto, é que haja exceções nessa troca: caso daqueles que se casaram com brasileiros durante seu período no Mais Médicos.
Em julho, a Folha mostrou que esses médicos têm buscado visto permanente para ficar no país, mas temiam não poder trabalhar por não terem o diploma revalidado.
Agora, a ideia é que eles possam solicitar a prorrogação da participação no programa por mais três anos. Os casos, no entanto, devem ser analisados um a um.
Não há número oficial de quantos estejam nessa situação –o ministro da Saúde, Ricardo Barros, já disse que a estimativa é que sejam cerca de mil médicos.
Para o presidente do Conasems (conselho de secretários municipais de Saúde), Mauro Junqueira, que esteve no encontro, a substituição dos cubanos atende a um pedido dos municípios, que temiam interrupção no atendimento em meio às eleições. Por isso, a troca só deve ocorrer a partir de novembro.
"Havia médicos que já sairiam em agosto e setembro", afirma. "Só de ter a garantia de que haverá médicos por mais três anos já nos atende."
A decisão deve ser anunciada pelo Ministério da Saúde e a Opas até a próxima semana. Até lá, negociam sobre um possível reajuste no valor dos contratos. O governo brasileiro estuda um aumento em torno de 10% para 2017.
Ao todo, 18.240 profissionais atuam no Mais Médicos. A maioria é de cubanos (11.429). Além deles, ao menos 1.339 intercambistas já solicitaram a renovação.
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Einstein diz exigir 'ética irrepreensível' ao explicar afastamento de médicos
O hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, afirmou nesta quarta-feira (14) que a instituição sempre exigiu de seus profissionais uma conduta ética irrepreensível e que sempre prezou pela transparência em todas as suas relações.
"Cabe destacar que as práticas médicas na Cardiologia estão dentro de padrões estabelecidos internacionalmente. No entanto, além das práticas médicas corretas, a instituição exige e sempre exigirá conduta ética irrepreensível de todos que estejam envolvidos na prestação de serviços para a sociedade", disse, em nota, a instituição.
O hospital disse ainda que sempre prezou pela ética e pela transparência em todas as suas relações e que a sua direção segue "rigorosos padrões de compliance para assegurar que os princípios que constituem os alicerces da instituição sejam sempre respeitados".
Como a Folha revelou nesta terça (13), a instituição demitiu um integrante da cúpula do setor de cardiologia e decidiu denunciar à polícia dois de seus médicos sob suspeita de ligação "espúria" com um fornecedor do hospital. Esses médicos são suspeitos de receber pagamentos e favorecer uma empresa fornecedora de próteses cardíacas.
Os cardiologistas denunciados, Marco Antonio Perin e Fábio Sandoli de Brito Júnior, estão entre os principais nomes do país na área e comandavam juntos o Centro de Intervenção Cardiovascular do Einstein até junho passado. Perin foi demitido, e Brito Júnior, afastado do comando do centro que reúne tratamentos por meio de cateterismo para doenças cardíacas e circulatórias. Entre as intervenções no centro estão a angioplastia e o implante de stent –que, pela tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), custam a partir de R$ 5.000.
De acordo com a polícia, fichas médicas de pacientes deverão ser solicitadas à direção do hospital já nesta quarta (14), assim como outros documentos de interesse na investigação. O número de ex-pacientes a serem ouvidos ainda não está definido porque vai depender da quantidade de intervenções realizadas pelos médicos no hospital. Segundo informações disponíveis na plataforma Lattes (banco de dados de pesquisadores), Perin trabalhava no Einstein desde 1992; Brito Júnior, desde 1997.
INVESTIGAÇÃO

As primeiras denúncias, anônimas, chegaram à direção do hospital em maio passado e já tratavam do suposto envolvimento dos médicos. Essas denúncias traziam "diversas provas sobre o envolvimento espúrio", segundo comunicado do hospital obtido pela reportagem e protocolado nesta segunda (12) na polícia paulista.
A Polícia Civil de São Paulo vai convocar ex-pacientes do hospital Albert Einstein que tenham sido submetidos a cirurgias cardíacas sob o comando de médicos suspeitos de ligação com empresa fornecedora de próteses. Os investigadores querem saber se alguma dessas pessoas recebeu implante de prótese cardíaca sem necessidade. Um grupo de médicos do IML (Instituto Médico Legal) do Estado poderá ajudar a polícia nessa apuração.
A empresa supostamente envolvida no esquema, a CIC Cardiovascular, teve um aumento de 541% nas vendas de stents para o hospital entre 2012 e 2013 e, desde então, teve "clara preferência" dos médicos -segundo representação do Einstein à polícia.
As suspeitas contra os cardiologistas foram levantadas por investigação interna do próprio Einstein após receber denúncias de "envolvimento espúrio" entre profissionais do hospital com fornecedores. Análise de e-mails corporativos dos médicos encontrou informações sobre repasses de dinheiro na conta pessoal deles de até R$ 200 mil, além de viagens e presentes.
À Folha, em entrevista anterior, Brito Jr. disse não ter envolvimento com fornecedores. "Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Nunca recebi nada [de fornecedor]", afirmou. Disse ainda que explicou ao hospital seu posicionamento. "Continuo trabalhando no Einstein todos os dias. Fazendo angioplastia, cateterismo. Continuo normalmente trabalhando lá."
Perin foi procurado novamente nesta terça, mas também não quis se pronunciar, assim como já havia ocorrido na segunda-feira (12). A CIC não se manifestou.

O que está sendo investigado
Se médicos marcaram cirurgias desnecessárias para beneficiar a empresa Se eles deram preferência aos produtos da fornecedora em troca de dinheiro
O que os médicos dizem
Perin disse ao hospital que ele e mais dois médicos emprestaram dinheiro a uma amiga, sócia da CIC, e que o valor foi devolvido por depósitos. Afirma que declarou o empréstimo em seu imposto de renda Brito Júnior disse que nunca recebeu recursos de fornecedores
Cronologia
MAIO
Diretores do Einstein recebem denúncia anônima sobre suposto envolvimento de médicos com fornecedores Equipe é montada para fazer investigação interna; e-mails corporativos são analisados Grupo detecta troca de mensagens dos médicos com fornecedora; um dos assuntos é o repasse de valores para contas particulares -"como sempre", diz um e-mail
JUNHO
Perin vai a delegacia para dar esclarecimentos como testemunha Perin é demitido e Brito Júnior é afastado da chefia, mas continua trabalhando no hospital
SETEMBRO
Hospital protocola representação contra os médicos na Polícia Civil
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação