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DESTAQUES
Pessoas jurídicas devem quitar a anuidade do Cremego até 31 de janeiro
Cremego edita nova resolução que proíbe médicos de se associarem com empresas
Pessoas em vulnerabilidade ganham tratamento
CREMEGO
Pessoas jurídicas devem quitar a anuidade do Cremego até 31 de janeiro
Os hospitais, clínicas e demais instituições de saúde (pessoas jurídicas) inscritas no Cremego têm até 31 de janeiro para quitar a anuidade de 2017 sem multa.
O Cremego alerta às pessoas jurídicas que fiquem atentas ao prazo de vencimento, pois devido a uma falha técnica por parte do banco emissor dos boletos, quando é digitado o código de barras, a data de vencimento informada é 31 de março de 2017. Essa data deve ser desconsiderada na hora do pagamento, que deve ser efetuado até a próxima terça-feira.
Caso haja o agendamento automático para 31 de março, o pagamento será considerado em atraso e serão aplicados multa de 2% e juros de 1% ao mês. A contribuição é anual e devida por todas as empresas e médicos ativos inscritos no Cremego.
Para emitir a 2ª via de anuidade, basta acessar o site do Cremego (www.cremego.org.br), clicar no ícone Anuidade e preencher os campos para emissão do documento.
Os valores das anuidades a serem pagas foram definidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por meio da Resolução nº 2.150/2016, publicada no Diário Oficial da União no dia 18 de outubro de 2016 e que entrou em vigor neste ano. Além da anuidade, o boleto de pessoa jurídica vem acrescido da taxa de renovação do certificado de 2017, cujo valor é de R$ 128,00.
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O HOJE
Cremego edita nova resolução que proíbe médicos de se associarem com empresas
Conselho goiano é o segundo no país a publicar medida que vista coibir direcionamento de pacientes
Desde dezembro do ano passado, está em vigor a Resolução 98/2016, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), que proíbe profissionais da medicina de prescrever medicamentos, órteses, próteses e materiais, bem como utilizar métodos diagnósticos, baseados em recompensas, como o recebimento de gratificações, pagamentos de inscrições em eventos e viagens ou qualquer outra forma de vantagem de empresas ou organizações.
Não é segredo para ninguém que alguns médicos se associam a empresas fornecedoras ou fabricantes de próteses e medicamentos, que pagam o profissional "por fora" para que ele indique aquele determinado tipo ou marca de insumo. As taxas recebidas por médicos que se associam a essa prática, segundo se especula, ficam divididas da seguinte forma: 20% para o médico e 10% para o hospital. Isto é, são 30% a mais sobre o valor do equipamento. Tal prática foi alvo de extensa matéria publicada na edição 2030 do Jornal Opção .
O atual Código de Ética Médica é claro ao vedar o exercício da medicina "com interação ou dependência de farmácia, indústria farmacêutica, óptica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação, promoção ou comercialização de produtos de prescrição médica, qualquer que seja sua natureza", mas recentes e reiteradas denúncias envolvendo médicos brasileiros e fabricantes de órteses e próteses forçam conselhos pelo país a considerar a nova resolução. Goiás é o segundo a promulgar. O primeiro foi São Paulo.
Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO), que é também conselheiro do Cremego, Luiz Humberto Garcia de Souza, alerta que todos já deveriam estar cientes do risco do direcionamento de paciente para marcas. No caso específico dos cirurgiões plásticos, ao prescrever próteses mamárias, cintas modeladoras e outras órteses e próteses, o importante é "apresentar ao paciente as melhores opções existentes no mercado, podendo, citar e justificar sua preferência, mas sem jamais, impor determinado produto".
Para o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, a nova resolução, editada após uma solicitação da própria entidade, dá maior transparência à relação entre médicos e a indústria farmacêutica e de órteses, próteses e materiais, e deve evitar problemas como os denunciados na Máfia das OPMEs, que levou à prisão de médicos em vários estados.
Helou observa que a resolução deixa as normas ainda mais claras para médicos e diretores técnicos e clínicos de hospitais, que passam a ser corresponsáveis pela correta utilização dos materiais.
"É louvável a iniciativa do presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, e dos conselheiros que elaboraram e aprovaram o documento, que traz maior segurança aos pacientes que vão se submeter a tratamentos e aos médicos e hospitais que atuam de forma ética", completou
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Pessoas em vulnerabilidade ganham tratamento
Há dois anos, a dentista Daniele Poiatti dedica parte de seu tempo na clínica Esculpere para ajudar moradores de rua e dependentes químicos, devolvendo sorrisos àqueles que perderam tudo
Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com o Ministério da Saúde -, apontavam que, em 2013 55,6% dos brasileiros não procuraram um dentista nem mesmo para consulta de rotina e quase metade não teria o hábito de escovar os dentes ao menos duas vezes ao dia e fazer uso do fio dental. Em meio a esse quadro alarmante, desde 2014, a odontóloga e proprietária da clínica Esculpere, Daniele Poiatti, desenvolve um trabalho especial para devolver o direito de sorrir a moradores de rua e usuários de entorpecentes na "Comunidade Terapêutica Reconstruindo Vidas".
Especialista na realização de tratamentos e cirurgias estéticas bucais, Daniele decidiu dedicar também parte de seu tempo a reconstruir sorrisos de pessoas em situação de vulnerabilidade, cuja saúde bucal acaba se deteriorando ainda mais rapidamente, tanto pelos hábitos ruins do brasileiro em relação aos cuidados com a higiene, como pela falta de acesso a condições mínimas aliada muitas vezes ao uso de substâncias tóxicas. "São extrações, restaurações, reposições de falhas dos elementos dentários", detalha a odontóloga sobre os tratamentos que oferece a seus pacientes especiais.
De acordo com a PNS, pelo menos 11% da população brasileira já perdeu todos os dentes.
Diante desse dado e do grande número de moradores de rua só na Capital, Daniele explica que a seleção de seus pacientes é feita pelo diretor da comunidade, de acordo com a história de cada um, mas de forma aleatória.
A partir daí a odontóloga e sua equipe avalia o caso e adota a melhor solução buscando resultados como o do paciente identificado como Kennedy. "Ele nunca sorria, estava sempre cabisbaixo.
Depois que colocamos a prótese e corrigimos as falhas, ele começou a sorrir e todos nós nos emocionamos muito. Ele tem mais dois irmãos, todos viciados em drogas. Depois do tratamento ele deixou a comunidade, voltou para a casa da mãe e agora está trabalhando", relembra Poiatti.
Usuário de drogas por mais de 20 anos, Kennedy lembra com pesar de sua situação antes da transformação operada por sua passagem pela comunidade e o tratamento que devolveu seu sorriso. "Eu vivia com minha família, triste e arruinado.
Estava no fundo do poço", afirma. Mas mais do que voltar a sorrir, os cerca de 20 pacientes já atendidos pela Dra. Poiatti dentre os acolhimentos feitos pela comunidade redescobriram-se como membros da sociedade, deixando as ruas e buscando reatar laços familiares e inserção profissional.
Para a odontóloga, essa é a grande recompensa do trabalho que desenvolve em parceria com a Comunidade.
É o que aconteceu com Kennedy, que muito embora tenha que lidar com limitações de raciocínio colaterais ao uso abusivo de entorpecentes se viu de volta ao convívio social após ser acolhido e receber o tratamento dentário.
"Hoje tenho segurança, trabalho, vou à igreja e até paquero um pouco às vezes, graças à Deus", conta com gratidão à odontóloga.
Como explica o diretor da Comunidade Terapêutica Reconstruindo Vidas, Antônio Carlos, o trabalho que já atendeu cerca de 150 pessoas nos dois anos de existência só é possível graças à atuação de profissionais como a Dra. Daniele Poiatti. "A comunidade se mantém exclusivamente de doações. As ajudas são bem vindas desde auxílio financeiro e alimentício a trabalho voluntário como aulas, atendimento médico e visitas aos internos", ressalta.
Para ele, a parceria entre a clínica Esculpere e a Comunidade é crucial. "A seleção dos atendimentos se faz pelo grau de comprometimento da saúde bucal, ou seja, casos graves e urgentes têm prioridade.
A parceria é inestimável já que resgata a auto-estima e a confiança de pessoas que se encontram até então à margem da sociedade, totalmente excluídas", finaliza.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação