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DESTAQUES
Dois médicos são indiciados por morte de garoto após atendimento em UPA
Mosquitos modificados combatem dengue
Reorganização prevê atendimento humanizado nas unidades básicas de saúde
Nota de repúdio contra a insegurança nas unidades de saúde de Goiânia
PORTAL G1/GOIÁS
Dois médicos são indiciados por morte de garoto após atendimento em UPA
Segundo Polícia Civil, os profissionais, que atuam em unidade de saúde de Inhumas, vão responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Pai cobra punição.
Dois médicos foram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela morte do garoto Lucas Gabriel de Menezes Lopes, de 11 anos. Segundo a Polícia Civil, os profissionais Murillo Isaac de Almeida e Túlio Michel Saadou foram negligentes no atendimento do paciente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. O caso dele se agravou e ele acabou sendo transferido para o Hospital Materno Infantil (HMI), na capital, mas morreu logo em seguida.
O G1 não conseguiu contato com os dois médicos até esta publicação. A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Inhumas, por e-mail, na tarde de terça-feira (23), mas ainda não obteve retorno.
Lucas morreu na madrugada de 29 de dezembro do ano passado. Já o inquérito foi concluído na terça-feira. De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso, três dias antes da morte, o menino se queixou de dores de cabeça e nas articulações, além de apresentar febre. Por conta disso, os pais dele o levaram à UPA de Inhumas.
No dia 26 de dezembro, ele foi atendido por um dos médicos, que o diagnosticou com uma cefaleia, aplicou remédio para dor na veia e prescreveu um anti-inflamatório, liberando-o logo em seguida, apesar das reclamações do garoto , disse o delegado ao G1.
No outro dia, porém, os sintomas persistiram. Ele retornou a UPA e o mesmo profissional o encaminhou para o atendimento com o colega, que também estava de plantão. Na nova análise, ele suspendeu o anti-inflamatório, solicitou um hemograma e novamente o liberou mesmo com as queixas de dores ainda mais fortes , afirmou Teófilo.
Já na manhã do dia 28, os pais levaram outra vez o garoto à unidade de saúde tendo em vista que ele havia piorado. Novamente, ele foi avaliado e liberado pelos médicos. Mais tarde, sem nenhuma melhora, a família então o levou a um hospital particular.
Ali ele já estava em estado muito grave. Os médicos então recomendaram uma transferência para o Hospital Materno Infantil, em Goiânia. Porém, antes, ele teve que ir outra vez para a UPA para ser encaminhado. Ele deu entrada no HMI, mas morreu na madrugada do dia 29 , afirma o delegado.
A assessoria de imprensa do HMI informou, em nota enviada ao G1, que Lucas deu entrada na unidade com febre, dor de cabeça, vômito e manchas vermelhas pelo corpo. Devido à gravidade de seu estado de saúde, o garoto foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, onde passou por exames e procedimentos clínicos padrões em tentativa de que seu quadro fosse estabilizado . No entanto, ele não resisitiu.
Negligência
O delegado destacou que os dois médicos foram ouvidos no decorrer da investigação e tentaram se justificar, mas mostraram algumas contradições. O responsável pelo caso disse que entendeu que os profissionais foram culpados pela morte do menino.
Tendo em vista as provas testemunhais e documentais robustas, é possível verificar que os sintomas apresentados pela vítima foram ignorados pelos médicos. Eles não tomaram as precauções que eram exigidas, não agiram com o zelo que poderia evitar a morte do menino , destaca.
Em nota enviada ao G1, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que não recebeu qualquer comunicado da Polícia Civil sobre o caso, mas já iniciou uma apuração a partir de informações veiculadas pela imprensa.
A causa da morte de Lucas ainda consta como a esclarecer . Os dois médicos, que respondem em liberdade, podem pegar de 1 a 3 anos se forem condenados.
Família lamenta
O pai de Lucas, o cobrador Lúcio Alves Lopes, de 41 anos, foi quem procurou a polícia após a morte do filho. Eles resolveram denunciar o caso buscando uma punição para os médicos. Ele relatou ao G1 que a família está arrasada .
A gente é tratado igual cachorro. Meu filho era uma criança. A gente aqui só tem a UPA e quando chega lá é tratado desse jeito. Meu filho não estava bem, tanto que faleceu. A gente fica indignado porque é uma dor que não vai passar , afirma.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Mosquitos modificados combatem dengue
Fiocruz substitui 90% de Aedes aegypti por espécie modificada em projeto-piloto. Bactéria que atua no mosquito é natural e existe em outros insetos
O projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conseguiu chegar a 90% de sucesso na substituição de mosquitos Aedes aegypti comuns por outros que não conseguem transmitir dengue, zika e chikungunya.
O projeto-piloto, que faz parte do programa internacional Eliminate Dengue: Our Challenge, liberou mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia na localidade Ponto Final, no bairro de Jurujuba, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A bactéria é natural e existe em outros insetos, e no Aedes aegypti tem a capacidade de impedir a transmissão das doenças.
A bactéria é retirada da mosca da fruta e inoculada no ovo do Aedes aegypti para que o mosquito se desenvolva com a Wolbachia em seu organismo de forma intracelular. Os mosquitos modificados são liberados no ambiente e, com o tempo, a população de insetos é naturalmente substituída, de forma gradual, pelos que não têm condição de transmitir os vírus. "Significa que 90% dos mosquitos daquela área têm redução na capacidade de transmitir as doenças. O mosquito continua lá, mas não vai transmitir dengue, zika e chikungunya", disse o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, que lidera o projeto no Brasil.
A substituição dos mosquitos ocorre com o cruzamento entre eles, segundo o pesquisador, com a transmissão da bactéria pela fêmea aos seus filhotes. "Para os mosquitos com Wolbachiase estabelecerem, a gente precisa que, por um tempo, a gente faça a soltura e eles vão procriando e cruzando com os mosquitos do campo e isso faz com que a bactéria seja passada para os seus descendentes e vá aumentando em número até chegar a um tempo quem que não precisa mais soltar", acrescentou.
O projeto também está sendo desenvolvido em Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, onde, segundo o Moreira, vem obtendo resultados semelhantes aos registrados em Niterói. "Fizemos liberações de mosquitos de agosto de 2015 até janeiro do ano passado. Desde de janeiro, a gente parou de soltar mosquitos e faz o monitoramento. Toda semana vai a campo, coleta os mosquitos nas armadilhas e vê se estão positivos para a Wolbachia. A gente viu que a porcentagem foi aumentando ao longo do tempo e hoje cerca de 90% dos mosquitos estão positivos. Pensando que faz mais de 15 meses que não soltamos mosquitos ali, é um grande sucesso", destacou.
Jurujuba e Tubiacanga foram escolhidas para mostrar que a técnica é eficaz em diferentes ambientes. "Tubiacanga é mais urbana e Jurujuba tem mais floresta perto. A gente queria mostrar que os mosquitos com Wolbachia conseguiam se estabelecer em diferentes situações", disse Moreira.
Expansão
De acordo com o pesquisador, os mosquitos modificados estão sendo liberados em mais dois locais de Niterói: São Francisco e Charitas, e a ideia é expandir, em junho, para os bairros Cafubá, Jacaré, Jardim Ibuí, Piratininga, Santo Antônio e Camboinhas, na Região Oceânica do município. Pelos cálculos da Fiocruz, a iniciativa ajudará a proteger mais 32 mil habitantes dessas doenças.
Para o segundo semestre, a intenção é espalhar os mosquitos em mais áreas da Ilha do Governador, chegando também a outros bairros do Rio, que ainda serão escolhidos. De acordo com o pesquisador, devem ser beneficiados mais de 2 milhões de habitantes. "Tudo é feito juntamente aos municípios. A gente tem parceria com as secretarias e o plano é feito em comum acordo pensando também na incidência de dengue, na presença de mosquitos, o processo que ocorre na cidade e na cobertura do Programa de Saúde da Família", disse.
Segundo a Fiocruz, o protocolo da fase de expansão do Projeto no Brasil foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) após rigorosa avaliação sobre a segurança para a saúde e para o meio ambiente.
O projeto tem apoio do Ministério da Saúde e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com contrapartida da Fiocruz. Cabe às secretarias de Saúde de Niterói e do Rio de Janeiro, como parceiros, fornecer pessoal e logística. O projeto também tem recursos internacionais da Fundação Bill & Melinda Gates, via Universidade Monash (Austrália), e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
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GOIÁS AGORA
Reorganização prevê atendimento humanizado nas unidades básicas de saúde
Os dez municípios que integram a Regional de Saúde Pireneus terão as unidades básicas de saúde reorganizadas para um atendimento mais humanizado e ampliar o acesso da população aos serviços. Nesta terça-feira, dia 23, foi lançado no auditório do Centro Administrativo de Anápolis o Processo de Tutoria da Atenção Primária à Saúde na Região Pirineus.
A tutoria constitui a fase prática do Projeto Mais Saúde para Goiás , realizado pela SES-GO em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e com as secretarias municipais de Saúde. Lançado no final de 2015, o projeto visa o fortalecimento gradual e contínuo da atenção primária à saúde por meio da capacitação dos profissionais sobre diversos temas e da multiplicação de conhecimentos.
Para a realização da tutoria, cada município elege uma unidade piloto. Neste local, a equipe de profissionais, com a assessoria do Conass, da Regional de Saúde e da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Spais), faz o mapeamento da população que utiliza a unidade e reorganiza todo o processo de trabalho. A superintendente de Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Evanilde Fernandes, informa que esta fase do Mais Saúde para Goiás é realizada em aproximadamente seis meses. Depois, o mesmo processo é replicado e efetivado nas demais unidades de saúde do município.
Em nível nacional, o Mais Saúde para Goiás é denominado Planificação da Atenção Primária à Saúde . A assessora do Conass, Ângela Leite, informa que além de Goiás, o projeto é desenvolvido em São Paulo, Rio Grande do Sul, Maranhão, Rondônia, Piauí e Espírito Santo e no Distrito Federal.
Ações da Tutoria
A Regional de Saúde Pirineus é a segunda do Estado a receber a tutoria. Esta etapa do projeto está sendo desenvolvida com êxito nos municípios que integram a Regional Entorno Sul, com sede em Luziânia.
Nas unidades de saúde da Regional Entorno Sul, a efetivação da tutoria possibilitou a execução de iniciativas simples, ampliando a humanização do atendimento. Entre as atividades destacam-se o remapeamento da área por meio de visitas de casa em casa; a realização de novos cadastros da região abrangente da unidade; atendimento com hora marcada; implantação do prontuário familiar; classificação de prontuário; classificação de risco das famílias; estruturação do grupo de pacientes com diabetes e do grupo pré-natal de primeira vez.
Na Regional Pirineus, a tutoria na atenção primária será desenvolvida em sintonia com a média e alta complexidade. A coordenadora da Política Nacional de Humanização da Spais, Salete Paulino, antecipa que a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis foi selecionada e será preparada para acolher as demandas das áreas de maternidade e pediatria da atenção básica da região. Ela diz que um levantamento prévio, realizado pelos profissionais de saúde, constatou que há uma quantidade significativa de mães adolescentes e de bebês prematuros.
A Regional de Saúde Pireneus é composta pelos municípios de Abadiânia, Alexânia, Anápolis, Campo Limpo, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Pirenópolis e Teresópolis de Goiás.
Comunicação Setorial da Secretaria da Saúde de Goiás
Mais informações: (62) 3201-3784 / 3201-3816 / 3201-381
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SINDSAÚDE
Nota de repúdio contra a insegurança nas unidades de saúde de Goiânia
O Sindicato dos Trabalhador@s do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) vem a público, por meio dessa nota, manifestar seu repúdio contra as agressões que uma servidora da saúde sofreu de um sobrinho de uma paciente que aguardava para ser atendida na UPA do Jardim Curitiba, em Goiânia.
Segundo os servidores da unidade, o homem se exaltou ao procurar a recepção da unidade e ter o acesso negado do prontuário de sua tia. Foi aí que ele iniciou as agressões contra a enfermeira que tentava o conduzir até a portaria da UPA. “Neste momento, ele me agarrou pelo cabelo e pescoço e me arrastou até a porta dos consultórios”, contou a servidora que está traumatizada por conta desse episódio.
O Sindsaúde lamenta que casos como esse tenham se tornados frequentes na rede pública de Saúde em Goiânia. O mais lamentável é que poucas ações tenham sido colocados em prática pelo Poder Público para proteger o exercício da profissão desses trabalhador@s.
Como se não bastasse a falta de infraestrutura e da escassez de profissionais para atender a alta demanda da capital, os trabalhador@s da Saúde ainda são obrigados a conviver com o medo e a insegurança que cercam essas unidades.
Em 2015, o Sindsaúde elaborou um dossiê contendo o histórico das péssimas condições de trabalho e de infraestrutura nas unidades de saúde da Capital. O documento solicitava uma fiscalização do Conselho Nacional de Saúde e do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DENASUS) nas unidades de Goiânia.
Até onde se sabe a fiscalização nunca foi feita. E a realidade continua praticamente a mesma, com pouco investimento na infraestrutura, desvalorização e descumprimento de direitos trabalhistas e péssimas condições de assistência.
O Sindsaúde espera que casos como este não volte a acontecer e cobra uma ação rápida e efetiva da prefeitura de Goiânia, para garantir segurança e condições adequadas de trabalho para que esses profissionais possam prestar um atendimento digno à população.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação