Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/07/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES


Medicina com diplomas falsos
Polícia apura se líder de grupo que falsificava diplomas também vendia gabaritos
Brasil deve produzir equipamentos de radioterapia a partir de 2018
Ministro da Saúde diz que falas sobre médicos foram 'retiradas do contexto'


TV ANHANGUERA/GOIÁS
Polícia apura se líder de grupo que falsificava diplomas também vendia gabaritos
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/policia-apura-se-lider-de-grupo-que-falsificava-diplomas-tambem-vendia-gabaritos/6021798/

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O POPULAR

Medicina com diplomas falsos
FRAUDE PF desarticula grupo que vendia certificação a estudantes que faziam curso na Bolívia e não conseguiram revalidar diploma no Brasil. Eles pagavam de R$ 100 mil a R$ 110 mil a falsários
Rosana Melo

Um esquema fraudulento de venda de diplomas do curso de Medicina foi descoberto pela Polícia Federal, que deflagrou ontem a Operação Diploma Fácil. Foram presos temporariamente o suspeito de ser o líder da organização criminosa, um estudante de Medicina no Paraguai, de apenas 23 anos, morador de Acreúna. a 153 quilômetros de Goiânia: e um intermediário, de 27, que trabalha na construção civil na capital.
Também foram identificados um homem que emprestava a conta corrente para que os falsários recebessem o dinheiro da venda de diplomas e uma mulher que se passava como representante de instituições de ensino. Um dos oito compradores de diplomas também pode ser indiciado como membro da organização criminosa. A Polícia Federal acredita que ele ganhava dinheiro oferecendo aos colegas o documento falsificado.
O delegado Carlos César Pereira de Melo, da Polícia Federal do Sergipe, contou ontem que investiga o esquema criminoso desde abril de 2016, quando um cliente dos falsários conseguiu registro junto ao Conselho Regional de Medicina de Sergipe usando o diploma falso de uma universidade de Santa Catarina. Assim que a fraude foi descoberta pelo CRM sergipano, o registro foi cancelado. O conselho foi comunicado pela faculdade particular catarinense que o aluno nunca havia cursado Medicina naquela unidade. Segundo ele, os compradores pagavam entre R$ 100 mil e R$ 140 mil por um diploma de Medicina, sob a promessa dos criminosos de que os certificados seriam "esquentados" nas universidades que os teriam expedido, o que não acontecia. Foram apreendidos diplomas falsificados em nome de duas instituições de Santa Catarina.
A clientela das criminosos era de pessoas que haviam se formado em Medicina na Bolívia ou que não conseguiu concluir o curso naquele país, nem fazer a revalidação do diploma no Brasil . "Esses alunos souberam dessa possibilidade de faze rum a espécie de convalidação do diploma, que na verdade era falsificação. e vieram atrás dessa facilidade, sofrendo o prejuízo'', comentou o delegado. Um dos compradores chegou a pagar duas parcelas de R$ 50 mil pelo diploma falso.
PRISÕES
As prisões foram efetuadas em Goiânia e em Acreúna, onde a Polícia Federal apreendeu diplomas de universidades estrangeiras e uma caderneta onde haviam apontamentos sobre valores recebidos. "São diferentes rubricas que es tão anotadas. Vamos investigar do que se trata"'.
Segundo o delegado, o principal alvo, chefe da organização criminosa, também cobrava entre R$ 60 mil e R$ 200 mil para fazer o vestibular de Medicina no lugar de outro candidato e ainda fraudava vestibulares, vendendo o cartão resposta a candidatos que usavam ponto eletrônico.
"Isso ainda vamos investigar. É o que o intermediário, preso na operação também, nos contou. Ele tem colaborado com as investigações", disse.
O líder e o intermediário, cujos nomes não foram divulgados. tiveram as prisões temporárias decretadas por cinco dias. A organização criminosa já era alvo de investigação das superintendências regionais da Polícia Federal em Goiás, Sergipe e na Bahia.

Oito compradores são identificados

Os compradores dos diplomas falsos de Medicina podem ser indiciados pela Polícia Federal caso apresentem o documento junto aos Conselhos Regional de Medicina na tentativa de conseguir registro profissional ou se utilizarem o diploma falso para qualquer fim. Eles podem ser indiciados por uso de documento falso, cuja pena pode chegar a 5 anos de reclusão.
Na investigação da Operação Diploma Fácil, desencadeada ontem pelas superintendências da Polícia Federal de Goiás e de Sergipe, foram identificados até agora oito compradores. Pelo menos seis tentativas de registro junto aos CRMs foram realizadas.
Os integrantes do grupo criminoso que vendia os diplomas falsos já moraram e estudaram na Bolívia, onde ainda teriam contatos para arregimentar os clientes entre estudantes de Medicina.
Eles responderão pelos crimes de falsificação de documento particular, já que as universidades que tiveram os certificados falsificados são particulares, uso de documento falso e associação criminosa As penas somadas podem chegar a 13 anos de reclusão.

Esquema foi descoberto em tentativa de obter registro

A organização criminosa que vendia diplomas de Medicina tentou burlar, fornecendo informações falsas, os conselhos regionais de medicina de Goiás, Bahia e Sergipe, onde um portador de diploma falso conseguiu o registro.
Os falsários faziam uma lista de aprovados em Medicina de diversos anos e de várias instituições e mesclavam com os nomes dos falsos concluintes do curso e encaminhavam ao CRM.
“Se o funcionário do CRM não tivesse o cuidado, verificaria o nome de vários médicos de verdade e poderia deixar passar os nomes dos falsos médicos, concedendo-lhes o registro”, comentou o delegado Carlos César Pereira de Melo, da Polícia Federal de Sergipe.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que todos os registros de médicos são efetuados após a análise minuciosa da autenticidade da documentação apresentada, inclusive junto às universidades que emitem os diplomas. Suspeitas de fraude são encaminhadas às autoridades policiais.
Em nota ao POPULAR, o Cremego parabenizou a PF pela operação de combate à falsificação e venda de diplomas de medicina, deflagrada em Goiás e em outros Estados e “rechaçar veementemente qualquer tentativa de exercício irregular da profissão”.
Pelo menos uma tentativa de registro junto ao Cremego teria sido detectada pela PF em relação à organização criminosa desarticulada na Operação Diploma Fácil.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil deve produzir equipamentos de radioterapia a partir de 2018

O Brasil deverá passar a produzir, a partir de fevereiro do ano que vem, equipamentos de radioterapia no país. A previsão foi dada hoje (20) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou da entrega de um equipamento de radioterapia no Hospital Universitário de Brasília (HUB) . "Isso vai baratear o custo de manutenção, que hoje é em dólares, com técnicos vindos do exterior e peças vindas do exterior. Teremos técnicos no Brasil e peças com preço em moeda nacional para a manutenção desses aparelhos".
O Ministério da Saúde e a empresa Varian Medical Systems iniciaram em março de 2016, em Jundiaí (SP), a construção da primeira fábrica de aceleradores lineares da América Latina. Quando foi anunciado, em 2015, a previsão era que a fábrica entrasse em funcionamento no até o final de 2018.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente são 283 aparelhos de radioterapia no Brasil. Os aceleradores lineares são usados para tratamento de pacientes com câncer.
Demanda
De acordo com a pasta, em 2016 foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e papanicolau. Em 2017, desde janeiro até o momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos.
A demanda, no entanto, é crescente. Somente no Distrito Federal, a fila para ter acesso à radioterapia é de mais de 800 pacientes, o que é "acima do razoável", segundo o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena Pereira da Fonseca.
Por lei, o paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.
"Esperamos avançar muito rapidamente na oferta de serviços até para cumprir a Lei dos 60 dias, que não temos podido cumprir por falta de infraestrutura", diz o ministro. "Mas estamos avançando o mais rápido que podemos para poder ofertar às pessoas mais serviços e serviços mais perto das pessoas, possibilitando novas instalações onde o cidadão viaje menos para ser atendido".
Radioterapia em Brasília
Com a construção do bunker, espaço destinado para instalação do aparelho, e a aquisição do acelerador linear, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 4,3 milhões no HUB. Este será o segundo acelerador linear do hospital, que atenderá exclusivamente pacientes do SUS no Distrito Federal. O acelerador tem capacidade para realizar 43 mil sessões de radioterapia por ano, ampliando o atendimento em até 25%. Após a conclusão da obra e início da operação do equipamento, a pasta deve repassar verba de custeio anual de R$ 1,8 milhão à unidade.
O equipamento integra o Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, que desde 2014 que previa a instalação de 80 aparelhos em todo o país. A pasta ampliou esse número para 100 equipamentos.
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ISTO É

Ministro da Saúde diz que falas sobre médicos foram 'retiradas do contexto'

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, tentou nesta quinta-feira, 20, restabelecer a relação com entidades médicas, gravemente estremecida desde a semana passada, quando afirmou no Palácio do Planalto que profissionais deveriam parar de fingir que trabalhavam. Barros retornou ao assunto, pediu que a classe não se sentisse ofendida, atribuiu a polêmica a uma "generalização" e ao uso de frases "retiradas do contexto".
"Me referi exclusivamente a profissionais que não cumprem o horário. Houve uma generalização da minha fala. A todos os que trabalham, não se sintam ofendidos", disse. O pedido para que os médicos não se sentissem ofendidos foi feito duas vezes: em discurso durante evento em Brasília e durante entrevista após a cerimônia.
Questionado se errou ao fazer os comentários da semana passada, Barros rebateu, dizendo que em seu discurso havia até mesmo um avanço. "Comecei dizendo que precisamos pagar salários melhores para exigir o cumprimento da carga horária", declarou. "Um ministro reconhecer que não está pagando adequadamente os médicos, acho que é um grande avanço e assim que deve ser visto."
A tentativa de colocar panos quentes surge em meio a uma mobilização iniciada no fim de semana para pedir o afastamento de Barros. Grupos de WhatsApp foram formados em vários Estados do País para organizar uma marcha em protesto contra o ministro.
A situação piorou na segunda-feira, 17, quando, em um encontro, o ministro sugeriu que entidades médicas assinassem um documento afirmando haver consenso. Nesta quarta-feira, 19, uma nova reunião foi realizada, desta vez apenas com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O presidente da entidade, Carlos Vital, afirmou não se convencer com a justificativa de que a fala foi tirada do contexto. "Esta é a terceira vez que ele fala sobre o assunto", disse.
Agenda positiva
Em um esforço para rechear a agenda positiva do governo, o Palácio do Planalto realizou, em menos de uma semana, duas cerimônias para anunciar investimentos com recursos que já estavam previstos no orçamento da Saúde.
Na semana passada, a pauta era o investimento de R$ 1,7 bilhão em atenção básica, com a compra de ambulâncias e liberação de recursos para manutenção e expansão do programa Saúde da Família. Neste pacote, estão previstos também recursos para saúde bucal.
Nesta quinta-feira, 20, foi a vez de divulgar o investimento de R$ 334 milhões para financiar novas equipes de saúde bucal e equipar unidades odontológicas.
Os dois investimentos são feitos a partir de recursos obtidos a partir da renegociação de contratos para compra de medicamentos e vacinas. O anúncio em capítulos, no entanto, não atingiu o objetivo. Nos dois eventos, a fala de Barros sobre o cumprimento da jornada de trabalho de médicos que atuam na rede básica de saúde roubou a festa.
Na cerimônia desta quinta-feira, ele dedicou parte de seu discurso para fazer um pedido acanhado de desculpas. "Peço para que médicos do Brasil que cumprem a jornada não se sintam ofendidos. Ninguém mais do que eu quer o diálogo com a categoria médica", disse.
Na semana passada, foram convocados para cerimônia integrantes de conselhos municipais de saúde. Nesta quinta-feira, foi a vez de representantes de conselhos regionais de odontologia.
Denúncia contra Temer
Barros disse que as cerimônias em capítulos em nada estão relacionadas com a votação no Congresso Nacional em torno do presidente Michel Temer. "A base parlamentar está decidida. Os partidos já fecharam questão e se posicionaram sobre o tema", afirmou. "Os anúncios decorrem de uma ação administrativa."
Mais tarde, porém, ele admitiu que o tema integra a agenda positiva. Os anúncios agradam sobretudo prefeituras. No caso da saúde bucal, a verba poderá ser usada com liberdade pelas administrações municipais. "As compras serão feitas localmente", disse o ministro.
Questionado se isso não poderia aumentar os riscos de uso irregular dos recursos, rebateu. "Para isso que existem os órgãos de controle e os conselhos de saúde", afirmou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação