Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 11/10/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Funcionários da Santa Casa protestam contra o atraso no pagamento de salários
Gestão Iris recebe recursos do Estado para UTIs, mas não repassa a hospitais
Nova gestão da Santa Casa garante reabertura de todos os serviços
CEI da Saúde se reúne para escolher presidente e relator
Pacientes aguardam remédio
Goiás tem 52 mamógrafos em operação pelo SUS
Paciente terá direito assegurado a acompanhante em consultas


TV SERRA DOURADA
Funcionários da Santa Casa protestam contra o atraso no pagamento de salários
https://www.youtube.com/watch?v=4cbcY2_RtnY

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JORNAL OPÇÃO

Gestão Iris recebe recursos do Estado para UTIs, mas não repassa a hospitais

Por Alexandre Parrode

Relatório técnico da Secretaria estadual de Saúde constata divergência de 75 leitos na capital, pelos quais o município recebe, mas não oferece à população
A gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) tem atrasado, sem qualquer justificativa, os repasses destinados ao pagamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) a hospitais privados conveniados. É o que constatou um relatório técnico realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgado nesta quarta-feira (11/10) pela vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB).
Ao todo, o Estado cofinancia 162 leitos de UTI na rede privada da capital ao teto máximo de R$ 1,1 mil por cada um deles. Assim, de janeiro a setembro de 2017, foram repassados R$ 1,9 milhão mensal para a Prefeitura de Goiânia.
No entanto, como denunciou a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg), apenas os valores carimbados do Ministério da Saúde (R$ 478 por leito) foram recebidos. Com o valor defasado, a associação decidiu, inevitavelmente, reduzir a oferta de leitos de UTI já nas próximas semanas.
Ante o impasse, a Secretaria de Estado de Saúde decidiu fazer uma análise criteriosa sobre o destino das verbas que são repassadas às prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Vale destacar que a capital é a única que recebeu a complementação em dia — ou seja, não há motivo algum para o atraso aos hospitais.
“Pelo contrário, o valor repasado possivelmente está acima do valor efetivamente executado, ou seja, há sobras de recursos”, escrevem os técnicos Neusilma Rodrigues, Daniela da Silva Teixeira e Cleudes Bernardes da Costa. Isso se dá porque os valores do Protocolo de Cooperação entre os Entes Públicos (PCEP) foram da série histórica (quando os prestadores ofertavam mais leitos) e hoje há retenção na oferta, devido falta de págamento e inclusive hospitais fechados, como o Santa Genoveva.
Ainda de acordo com os dados, há uma divergência de 75 leitos pelos quais a Prefeitura de Goiânia recebe complementação do Estado, porém estes não são oferecidos à sociedade. A constatação foi feita por meio de visita a hospitais conveniados e cruzamento de dados feitos pela SES-GO.
“A falta de leitos de UTI tem se agravado desde o ano passado e agora vemos que a Secretaria Municipal de Saúde recebe o dinheiro, mas não repassa a complementação do Estado para os hospitais. Onde está esse dinheiro? E pior, por que a prefeitura recebe e não oferece os leitos? É um desrespeito, um absurdo”, criticou a vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB).
Após o relatório, o Estado de Goiás decidiu acionar judicialmente as prefeituras que não estão fazendo o repasse do cofinanciamento.
Dados
O relatório mostra ainda que, de todos os 596 leitos de UTI SUS habilitados, apenas 430 realmente estão sendo disponibilizados pelos prestadores. 166 leitos cadastrados como SUS não estão sendo ofertados à regulação do acesso de pacientes. Isso corresponde a 27,75% do total e se dá pelos atrasos de pagamento que vêm acontecendo há pelo menos dois anos, registra.
Resposta
O Jornal Opção encaminhou, por e-mail, solicitação de nota-resposta à Secretaria Municipal de Saúde.
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Nova gestão da Santa Casa garante reabertura de todos os serviços

Em nota, hospital filantrópico afastou possibilidade de greve de funcionários, após paralisação de serviços na manhã desta segunda-feira (9)
No dia em que funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisaram as atividades do hospital filantrópico por conta do atraso no pagamento de salário, a administração da unidade informou que deve voltar em breve ao seu total funcionamento, prejudicado desde o meio do ano por problemas financeiros.
Em nota encaminhada ao Jornal Opção, a assessoria de comunicação da Santa Casa afirmou que, desde a última segunda-feira (2/10), a unidade já mantém 125 pacientes internados em seus leitos e o objetivo é ocupar a totalidade dos leitos, que chega a 270, além de reabrir todos os serviços da Santa Casa.
Sobre a paralisação dos funcionários, a gestão dos hospital informou que a situação já foi controlada ainda na segunda-feira e reafirmou o compromisso de pagar os funcionários após o repasse do Sistema Único de Saúde (SUS), que ocorre por volta do dia 10 de cada mês.
Na nota, a unidade também afirma que possui como meta “melhorar o fluxo de caixa do hospital para viabilizar o pagamento da folha mesmo antes dos repasses mensais do Ministério da Saúde” e faz um “apelo ao diálogo e à corresponsabilidade para a superação das dificuldades”.
Nova gerência
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é mantida pela Sociedade Goiana de Cultura da Igreja Católica e quase que a totalidade dos atendimentos é feita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Sendo administrado de forma interina pelo Dr. José Antonio Lobo desde o final de agosto — quando o então superintendente técnico José Alberto Alvarenga pediu demissão do cargo —, o Santa Casa está agora sob nova gerência. Assumiu na última segunda-feira (3), com a promessa de melhorar a situação da unidade, a ex-secretária estadual de Saúde, a médica Irani Ribeiro de Moura.
Ainda de acordo com a nota encaminhada ao Jornal Opção, logo após sua posse, a nova superintendente-geral se reuniu com representantes dos funcionários do hospital, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, para ouvir a pauta dos mesmos e apresentar as mudanças na administração da unidade e as metas a serem cumpridas.
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O POPULAR

CEI da Saúde se reúne para escolher presidente e relator

* O vereador Clécio Alves (PMDB) marcou para hoje a primeira reunião para a escolha do presidente, vice e relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, que vai apurar os atos e possíveis ações irregulares praticadas na Secretaria Municipal de Saúde a partir e 2010 até hoje.
* A portaria que institui a CEI foi assinada ontem pelo presidente da Câmara Municipal, Andrey Azeredo (PMDB), e determina prazo de 90 dias. prorrogáveis, para os sete membros titulares e quatro suplentes apurarem os fatos apontados por Clécio Alves no requerimento protocolado no dia 13 de setembro.
* Entre os fatos que justificam a instalação da CEI, Clécio alega que "a saúde em Goiânia está um caos, já há muito tempo e o problema só vem se agravando. Diariamente chega ao nosso conhecimento denúncias de atos que só pioram a prestação do serviço aos usuários, como fechamento de Cais, de UTIs, problemas com a Central de Regulação, demora e até omissão no atendimento".
* O vereador lembra ainda que "existe também a questão da falta de pagamento dos terceirizados, que prestam serviço à SMS e não recebem, apesar da verba estar sendo repassada pelo Ministério da Saúde".

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Pacientes aguardam remédio

CÂNCER – Desde que medicamento parou de ser entregue pela Secretaria Estadual de Saúde, a partir de maio, 2 dos 11 pacientes que dependiam dele morreram. Não há previsão de entrega
Onze portadores de câncer em Goiás tiveram o fornecimento de um medicamento especial – o Ibmtinibe – suspenso em maio deste ano e tiveram de voltar à Justiça para que conseguir o fornecimento novamente. Em julho, a média hematologista Danielle Leão Cordeiro de Farias, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), fez um alerta para a possibilidade de óbitos pela falta do remédio. Desde então, dois pacientes j á morreram.
No relatório, a médica solicita à Central de Medicamentos Juarez Barbosa que seja mantido o fornecimento da Ibrutinibe a oito pacientes tratados no HC/UFG, que sofrem de leucemia ou linfoma. "Todos os pacientes estavam em uso da medicação há cerca de seis meses e todos estavam com ótimo controle da doença. Entretanto, após a interrupção do fornecimento, há cerca de 1 mês, estão evoluindo com piora clínica e laboratorial. Há pacientes com risco de óbito pela ausência da medicação" , diz no relatório de julho.
Por fim, a médica solicita a retomada do fornecimento e que haja controle rigoroso para evitar a falta do remédio no futuro. Desde então, os pacientes ficaram sem o remédio. É o que conta a lavradora Gasparina Carreiro da Silva, de 59 anos. Ela cuida do marido, o lavrador Nilson Carreiro, de 64, que sofre com um linfoma que começou no intestino e espalhou-se pelo corpo. "Ele sofre desde 2011 com câncer e apresentou uma melhora muito grande no tempo em que tomou a medicação. O corpo dele fica cheio de caroço quando ele não toma o remédio. Surge caroço no olho, na bochecha e na axila."Stéfany Matias, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, disse que a Secretaria Estadual de Saúde afirmou, há mais de um mês, que havia adquirido o Ibrutinibe, mas que até agora os pacientes não havia retomado o tratamento com a medicação.
MORTE
Uma das pacientes que recebia o remédio e fazia tratamento no HC/UFG era Edith Vieira de Souza, de 67 anos. Ela faleceu em julho, dois meses depois de parar de usar o Ibrutinibe. Ela tinha leucemia e teve outras complicações. A dona de casa Adelina Souza da Silva, sobrinha dela, contou que Edith precisava do remédio, mas acabou morrendo de uma pneumonia forte.
Outro paciente que morreu sem o remédio foi Raimundo José Pires. O POPULAR tentou contato com o filho dele, mas o número do telefone de contato estava desativado.
A comerciante Sandra Bueno Cavalcanti, de 43 anos, que cuida do pai, Joaquim Bueno Cavalcanti, de 86, aguarda a medicação nos próximos dez dias para o pai. É que uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Goiás, na Cidade de Goiás, foi julgada procedente e a justiça concedeu liminar determinando que a Secretaria Estadual de Saúde forneça o Ibrutinibe para o paciente em até 10 dias.
Joaquim tem linfoma no pulmão há seis anos. "Ele está há alguns meses sem o remédio e a médica disse que o câncer está crescendo de novo, que o tratamento regrediu", contou a filha. A esperança dela é a de que o remédio chegue logo na Central de Medicamentos Juarez Barbosa, em Goiânia, para ela retomar o tratamento do pai.
A assessoria de imprensa da Frasco que dura 1 mês custa até R$ 50 mil
Secretaria Estadual de Saúde explicou que o Ibrutinibe não faz parte da lista de medicamentos especiais estabelecida pelo Ministério da Saúde e que por isso seu fornecimento se dá apenas mediante decisão judicial.
A Secretaria de Saúde fornece o medicamento para cinco pacientes, via mandado de segurança. A assessoria informa ainda que está em andamento um processo de aquisição do medicamento, em fase de emissão de empenho.
O drama dos pacientes foi mostrado em julho pelo POPULAR, que mostrou que oito pessoas faziam o tratamento com Ibrutinibe há seis meses, depois de ganharem ações na justiça e que pela primeira vez o fornecimento da medicação estava em atraso.
O Ibrutinibe é uma medicação que bloqueia o crescimento e mata as células cancerígenas, sendo indicado para pacientes com leucemia e linfomas.
O frasco com 120 comprimidos custa entre R$ 39 mil e R$ 50 mil, em farmácias convencionais, vendido mediante receituário especial.
O paciente precisa tomar quatro comprimidos ao dia. O frasco dura um mês. O alto custo da medicação inviabiliza o tratamento para a maioria dos pacientes.
De acordo com Stéfany Matias, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), os pacientes precisam buscar na Justiça o fornecimento do remédio pela Secretaria Estadual de Saúde.
É que o remédio não faz parte da lista de 113 medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), estabelecido por uma portaria do Ministério da Saúde. Por causa disso, não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde nem por planos de saúde. "Somente via judicial", explica Stéfany.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Goiás tem 52 mamógrafos em operação pelo SUS

A estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás contava com 94 mamógrafos, mas / somente 52 estão em JL m operação, distribuídos em 22 municípios do Estado. Os órgãos de saúde garantem que o número tem sido suficiente para realizar todos os atendimentos, mas muitas mulheres ainda precisam se deslocar quilômetros de suas cidades para terem acesso ao equipamento, o que dificulta o acesso.
Os aparelhos são geridos por gestores municipais. Em todo Estado, são 343 médicos ginecologistas e obstetras e 12 mastologistas que atendem pelo SUS, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. A superintendente de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde Goiás, Evanilde Fernandes Costa Gomide, lembra que o acesso ao diagnóstico varia de acordo com a região e o número de mamógrafos e profissionais.
Municípios pequenos não têm estrutura para terem um aparelho exclusivo. "Mesmo o município que não comporta um mamógrafo, está pactuado com outro que oferece o serviço, mas a mulher precisa se deslocar", destaca Evanilde. O acesso é feito via sistema de regulação do SUS para que a paciente possa ser encaminhada pelo médico. "A porta de entrada para o exame, que é de alta complexidade, é pela rede de atenção primária, através da consulta nas unidades básicas de saúde", explica.
Enquanto a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia partir dos 40 anos, uma vez que 25% dos casos acontecem entre os 40 e 50 anos, os exames de rastreamento pelo SUS só são realizados na faixa a partir dos 50 anos e a cada dois anos, quando não existem sintomas aparentes ou histórico familiar da doença. Isso segue diretrizes do Ministério da Saúde. Tudo depende da avaliação médica. No ano passado, foram mais de 73 mil mamografias em Goiás.
A importância do rastreamento genético familiar na prevenção
Quando existe histórico familiar de câncer de mama ou quando a paciente desenvolve a doença com menos de 40 anos de idade, o melhor a fazer é procurar um geneticista para um estudo genético que investigue as possíveis alterações nos genes. A UFG conta com um moderno laboratório de mapeamento genético. A geneticista Thaís Bonfim Teixeira, pós-graduada em Oncogenética, explica que a investigação é recomendada quando há casos de câncer de mama em parentes de primeiro, segundo ou terceiro grau, quando há histórico familiar de câncer de ovário ou uma grande incidência de qualquer tipo de câncer na família.
"Tentamos identificar qual alteração genética eleva o risco da doença", destaca Thaís. Para isso, é feito o sequenciamento dos genes da pessoa. Thaís explica que, caso o paciente tenha uma mutação, o risco de irmãos e filhos terem também é de 50%. Por isso, os familiares também são convocados a fazer o exame. Para as mulheres que apresentarem resultado positivo de mutação, é indicado o início precoce da prevenção, com consulta médica, mamografia e ressonância da mama.
"Em um ambiente multidisciplinar, também é discutida a opção pela retirada da mama, como fez a atriz Angelina Jolie, diante do risco de ter a doença, em razão da mutação", explica a geneticista. A mulher com a mutação também deve passar por uma avaliação dos ovários, com ultrassom, a partir dos 35 anos. Quando ela tiver todas as gestações que quiser, é indicada a retirada dos ovários.
Para Thaís Bonfim, de 15% a 20% dos casos de câncer de mama podem ter origem familiar, pela alteração de algum gene. Segundo ela, a pessoa deve saber que o teste genético não diagnostica a doença, apenas avalia a predisposição da pessoa. Sabendo do risco maior, há formas de se prevenir e fazer um acompanhamento mais intenso, com exames preventivos e intervenções redutoras deste risco. "Antes, havia mais preconceito em tomo da pessoa com câncer. Hoje, com a internet, há mais informação e orientação, o que aumenta o número de casos diagnosticados".
Os equipamentos estão em 22 cidades goianas, a maioria em Goiânia, Anápolis e Aparecida
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CÂMARA DOS VEREADORES/GOIÂNIA

Paciente terá direito assegurado a acompanhante em consultas

Projeto de lei que garante o direito de pacientes a terem um acompanhante durante as consultas médicas foi aprovado em segunda e última votação durante a sessão plenária desta terça, 10. O autor é o vereador Tiãozinho Porto (Pros). Caso seja sancionada, a informação sobre a nova lei deverá estar visível em todos os locais que fazem consultas médicas.
O acompanhante poderá prestar informações necessárias ao atendimento sempre que o paciente tiver impossibilitado de falar, mas será proibido de impedir ou dificultar a atuação dos profissionais de saúde e de acompanhar qualquer outro procedimento médico, que não seja a consulta, se não tiver solicitação ou liberação do profissional responsável. “O acompanhante pode dar informações importantes ao médico no momento da consulta porque, dependendo do estado físico ou emocional do paciente, este pode estar impossibilitado de prestar esclarecimentos, que são fundamentais para um diagnóstico preciso”, justificou Tiãozinho.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação