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DESTAQUES
Homem invade hospital e mata paciente em Nerópolis, GO
Secretária pode responder por improbidade em caso de falta de repasse para UTIs
Cinco médicos que podem substituir Fátima Mrué na Secretaria da Saúde de Goiânia
Câmara discute UTI’s de Goiânia
CEI da Saúde começa a investigar falta de leitos em UTIs
Clínica São Matheus é Acreditada ONA pelo IBES!
Regra amplia diagnóstico de morte cerebral e facilita doação de órgãos
Anúncio – Suspensão da liminar: uma vitória da Enfermagem e dos usuários do SUS
Internações custam R$ 9,23 mi
A insensatez juvenil perante a aids
Iris participa de evento que marca reabertura do Ciams do Novo Horizonte
ANS quer limitar valor pago por usuários em planos de saúde com coparticipação
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Homem invade hospital e mata paciente em Nerópolis, GO
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/homem-invade-hospital-e-mata-paciente-em-neropolis-go/6236163/
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JORNAL OPÇÃO
Secretária pode responder por improbidade em caso de falta de repasse para UTIs
Por Larissa Quixabeira
Relatório mostra que repasses do Estado e do governo federal para Prefeitura de Goiânia estão em dia, mas hospitais conveniados reclamam de atrasos no pagamento
O presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, vereador Clécio Alves (PMDB), falou em possível ato de improbidade por parte da secretária Fátima Mrué e antecessores no caso da falta de repasses a hospitais conveniados com a prefeitura para a oferta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Em entrevista ao Jornal Opção nesta segunda-feira (23/10), o vereador comentou o relatório entregue à comissão pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás, que comprova que o órgão municipal recebe os recursos em dia os subsídios dos governos federal e estadual para pagar os hospitais contratados.
“O relatório é gravíssimo, traz documentos que mostram que a prefeitura recebe por mais de 100 leitos de UTI que deveriam ser ofertados, mas não estão sendo, enquanto pessoas estão morrendo nas filas. O não repasse da verba do Ministério da Saúde aos conveniados é crime de improbidade, é crime contra a vida. De forma nenhuma esse dinheiro pode ter outra destinação”, afirmou Clécio Alves.
Segundo o vereador, existe indícios de que a prática se arrasta desde gestões anteriores e toda a documentação será apresentada ao Ministério da Saúde e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
No início deste mês, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), ameaçou diminuir a oferta de leitos de UTI em vista da dívida da prefeituras com diversas empresas em Goiânia. A secretária de Saúde, Fátima Mrué, chegou a afirmar durante sessão penária da Câmara Municipal na semana passada que a prefeitura não recebe o subsídio do Estado para as UTIs desde 2014, o que foi refutado pelo Governo de Goiás.
“O secretário Leonardo Vilela (Saúde) entregou para a CEI toda a documentação comprovando que os repasses estão rigorosamente em dia. Quando a secretária de Goiânia foi convocada ela faltou com a verdade”, disse Clécio. Ele informou ainda que Mrué deve ser convocada a prestar depoimentos ao colegiado “quantas vezes forem necessárias”.
Aliado do prefeito Iris Rezende (PMDB), Clécio Alves afirma que a comissão pretende ir a fundo nas investigações de qualquer irregularidade. “Não vamos aceitar essa situação que hoje vive a Saúde de Goiânia. Não é por questão política, de ser da base ou da oposição. Precisamos cuidar da vida humana e a secretária é hoje a responsável pela situação que vive o goianiense”, defendeu.
Além disso, a partir da próxima semana, os vereadores passarão a visitar unidades de saúde da capital para averiguar o atendimento que tem sido prestado. “Vamos apurar se os profissionais estão trabalhando, se as pessoas estão sendo atendidas, mas também verificar as condições de trabalho em diversas unidades de saúde. Vamos sempre em horários diferentes, para chegar de surpresa e ver o que realmente está acontecendo”.
São integrantes da CEI da Saúde os vereadores Elias Vaz (PSB), relator, Dr. Paulo Daher (DEM), vice-presidente, Dra. Cristina Lopes (PSDB), Carlin Café (PPS), Jorge Kajuru (PRP) e Anderson Bokão (PSDC).
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Cinco médicos que podem substituir Fátima Mrué na Secretaria da Saúde de Goiânia
Iris Rezende decidiu mantê-la, mas não deixou de fazer sondagens, porque percebe que a oncologista não suporta pressão
O prefeito de Goiânia, Iris Re¬zen¬de, não tem como manter Fátima Mrué na Secretaria da Saúde por muito tempo. A oncologista não su¬porta pressão de vereadores e médicos (é a secretária mais detestada pe¬los profissionais da saúde dos últimos anos). Decidiu não demiti-la, por enquanto, mas consultou aliados, co¬mo o médico Áureo Ludovico, sobre quatro médicos: Zacharias Calil (ligado a Ronaldo Caiado), Paulo Daher (vereador pelo DEM), Sílvio Fernan¬des (ligado ao senador) e Robson Azevedo (experiente como gestor e líder classista).
Corre por fora a pediatra Ivani Ribeiro, que tem experiência como gestora. Ela teria a simpatia de Jorcelino Braga, espécie de guru de Iris Rezende.
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O HOJE
Câmara discute UTI’s de Goiânia
Relatório aponta que 100 leitos habilitados para o SUS deixam de ser ofertados, ficam vagos ou são ocupados por pacientes de planos de saúde
Os membros da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde da Câmara Municipal de Goiânia reuniram-se nesta sexta-feira (20) com o secretário Estadual da Saúde, Leonardo Vilela e a equipe técnica da pasta para conhecer a rede de atenção aos atendimentos de alta complexidade e o serviço oferecido pelas UTI’s na Capital.
Vilela entregou aos vereadores Clécio Alves (PMDB), que preside a comissão; Paulo Daher (DEM), vice; Elias Vaz (PSB), relator e os demais integrantes: Jorge Kajuru (PRB); Cristina Lopes (PSDB), Anderson Sales-Bokão (PSDC), Carlin Café (PPS) e Priscila Tejota (PSD), relatórios sobre o monitoramento da rede de urgência e informações sobre os leitos de UTI, além do protocolo de cooperação entre os gestores municipal e estadual. Ele afirmou que os documentos são públicos e que deseja colaborar com a CEI para normalizar a oferta de leitos de UTI.
O relatório é fruto de monitoramento in loco de técnicos da SES, que iniciaram a tarefa no final de 2016 e continuaram este ano. O secretário justificou que a ação partiu após “reiteradas vinculações em mídia com queixa dos usuários com dificuldades de acesso e indisponibilidade de leitos, à época com a fila de espera de 88 pacientes, apesar de que no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) informar existirem vagas. Precisávamos encontrar onde estava a discrepância”.
Foram visitados 25 hospitais que possuem UTI’s, tanto da rede pública como da conveniada e os achados preliminares mostraram que o número de leitos cadastrados no Ministério da Saúde é superior ao número verificado para pacientes do SUS.
“Foi observado que os leitos cadastrados como SUS não estavam, em sua maioria, ocupados por pacientes do SUS, mas utilizados por pacientes oriundos de planos de saúde ou vagos”, diz o relatório. Apenas 69,97% dos 596 leitos habilitados pelo CNES eram de pacientes do SUS. 179 cadastrados como da rede pública eram ocupados por outros pacientes.
Outro problema apresentado aos vereadores foi de que por mês está havendo 429 internações a menos do que deveriam ser feitas destinadas para pacientes do SUS. “A principal justificativa foi de irregularidade de pagamento do cofinanciamento dos leitos de UTI. A diária de R$ 478 oriundos de recursos da união está regular, mas é insuficiente para custear os serviços de alta complexidade”, diz o documento que acrescenta que o Estado cofinancia 224 leitos ao teto de R$ 1,1 mil.
Leonardo Vilela respondeu aos integrantes da CEI da Saúde que os “recursos estaduais referentes ao financiamento de leitos de UTI em Goiânia não estão em atraso”. Ele afirmou que o “relato dos prestadores é de atraso desde 2016 do pagamento de cofinanciamentos por parte do gestor municipal, o que não se justifica, uma vez que os recursos foram repassados até março de 2017”.
Ele adicionou que os prestadores de serviços de UTI estão parando de atender e muitos até mesmo querem se desabilitar, mas o município não o faz, pois pode perder as verbas. Também a atualização do cadastro junto à CNES não está sendo feita pelo gestor municipal, impossibilitando que o Estado e Goiânia venham a conseguir mais vagas junto ao MS.
Outra questão que despertou a atenção dos vereadores é a seleção de perfil clínico do paciente por parte dos prestadores de serviços de UTI, para pacientes com menor gravidade e que irão gerar menor custo e maior lucro. Também o pagamento em duplicidade de serviços, bem como pagamentos que excedem o limite mensal da capacidade produtiva de determinada UTI, além de divergências entre valores pagos e valores acordados.
Visitas a Cais
Os vereadores acordaram que farão visitas a algumas unidades de saúde para colher informações dos pacientes, servidores e corpo técnico a fim de verificar a veracidade de denúncias que recebem ou que são veiculadas pela imprensa, de falta de atendimento, de remédios, de infraestrutura. Os vereadores lembraram que a CEI da Saúde vai investigar não somente os casos de leitos em UTI’s, mas outras questões relativas à pasta, desde 2010.
Os parlamentares aprovaram requerimento para convocação de proprietários de UTI's que terão de explicar as razões pelas quais não estão disponibilizando os leitos para pacientes do SUS, apesar de serem cadastrados junto ao Ministério da Saúde para realizar o atendimento. (Redação com assessorias)
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CÂMARA MUNICIPAL
CEI da Saúde começa a investigar falta de leitos em UTIs
Os vereadores que compõem a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde realizaram a primeira diligência nesta sexta-feira. Os parlamentares se reuniram com técnicos e com o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela. O órgão estadual elaborou um relatório que aponta falhas na gestão municipal.
O vereador Elias Vaz (PSB), relator da Comissão, criticou a falta de controle da prefeitura em relação aos serviços contratados. Há denúncias de que hospitais credenciados não estariam recebendo do município pelos serviços realizados. A CEI também suspeita que hospitais estariam escolhendo os pacientes que seriam internados, dando preferência para aqueles cujo tratamento gera menos despesa.
O superintendente de Acesso a Serviços Hospitalares da Secretaria de Saúde do Estado, Cleudes Bernardes da Costa, explicou que, entre as irregularidades detectadas pela Pasta estão a falta de equipamentos e equipes qualificadas em UTIs, além da ocupação de leitos contratados pelo SUS por pacientes de planos de saúde.
Para Elias Vaz, a responsabilidade pelas dificuldades e irregularidades detectadas deve ser compartilhada entre a prefeitura de Goiânia e os hospitais que não disponibilizam os serviços contratados.
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IBES
Clínica São Matheus é Acreditada ONA pelo IBES!
Fundada em Goiânia em 1969, a Clínica São Matheus funciona atualmente em duas unidades e oferece à população e aos médicos goianos todo o suporte em diagnóstico por imagem, além de exames laboratoriais, biópsias e punções.
Na Clínica São Matheus, os clientes contam com uma moderna infraestrutura e uma equipe de médicos especialistas que alia medicina, tecnologia, conforto, segurança, qualidade e agilidade na realização de exames e no bom atendimento aos clientes.
Os laudos são sistematicamente processados e revisados por médicos especialistas e o Núcleo de Segurança do Paciente da Clinica São Matheus segue as metas da Organização Mundial de Saúde para a assistência segura, tudo visando oferecer o melhor atendimento aos clientes.
Confira os pontos fortes que certificaram a instituição no nível Acreditado:
Pioneirismo regional em atuação de diagnóstico por Imagem.
Ambiência da estrutura física funcional.
Envolvimento da instituição em ações sociais junto à comunidade
Programas de sustentabilidade ambiental – “Programa Reciclar”
Metodologia de identificação do paciente com checagem fotográfica.
Práticas de agendamento e atendimento ao paciente através de totens interativos.
Processos de segurança e certificações de qualidade do serviço terceirizado de laboratório de Análises clínicas e Anatomia Patológica.
Parabéns a equipe da Clínica São Matheus!
Saiba Mais em: http://www.clinsaomatheus.com.br/
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PORTAL BENÍCIO
Regra amplia diagnóstico de morte cerebral e facilita doação de órgãos
Diego Junqueira e Dinalva Fernandes
As novas regras para a doação de órgãos no Brasil, que entraram em vigor nesta quinta-feira (19), vão facilitar os procedimentos para transplantes no País, segundo especialistas.
Eles divergem, no entanto, quanto ao fim da exigência de que somente neurologistas podem atestar a morte encefálica – a partir de agora, médicos de outras especialidades podem confirmar o óbito.
O Decreto 9.175 de 2017 retirou da legislação sobre transplante de órgãos a chamada "vontade presumida", estabelecida na lei 9.434 de 1997 – segundo a qual todo brasileiro era considerado um potencial doador de órgãos, exceto se registrassem o contrário no documento de RG.
Na prática, o texto traz poucas mudanças, já que alterações feitas na legislação em 2001 condicionavam a doação de órgãos à autorização expressa da família.
"Essa lei [de 1997] era revolucionária e atá trazia a questão da vontade presumida. Houve campanha forte e uma emenda na norma, em 2001, modificou ela por completo, retirando a possibilidade de vontade presumida", diz o professor de biodireito da Universidade Presbiteriana Mackenzie Carlos Eduardo Nicoletti Camillo.
Ao retirar de vez a expressão, a legislação ficou mais clara, diz o presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), o médico nefrologista Roberto Ceratti Manfro.
– Na prática, já não se praticava isso, mas na portaria anterior não tinha ficado bem explicitado.
Companheiro
A principal mudança do novo decreto, segundo os entrevistados, é a possibilidade agora de o companheiro da pessoa com morte encefálica poder autorizar a doação de órgãos. Antes, somente pais, filhos ou irmãos do falecido poderiam liberar a doação.
O professor de bioética afirma que, antes mesmo do decreto, companheiros já poderiam autorizar a doação, por interpretação da Constituição de 1988. Ele admite, no entanto, que a redação anterior poderia dar espaço para má-interpretação. "O decreto deixa claro o que sempre foi possível", diz.
Manfro, da ABTO, lembra que a decisão para aproveitar um órgão doado deve ser tomada rapidamente pelo médico. Com a garantia de que o companheiro pode autorizar o procedimento, esse processo fica ainda mais seguro.
– Havia situações em que um companheiro não podia autorizar, mas o filho podia. O companheiro não poder participar da decisão é injusto. A pessoa teoricamente poderia ter dito para o companheiro que quer ser doadora, mas não para o filho. O decreto evita esse tipo de conflito.
O ponto de discórdia entre os especialistas é a mudança com relação ao neurologista, que anteriormente era o único médicohabilitado para atestar a morte encefálica – abrindo caminho, assim, para a doação dos órgãos. A neurocirurgiã do Hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Vanessa Holanda vê a mudança como algo perigoso.
– O recomendado é que o exame para detectar a morte encefálica seja feito por, pelo menos, um neurologista ou neurocirurgião e um intensivista [médico que cuida de pacientes em estado crítico que precisam de cuidados intensivos]. Por isso, é necessário que haja investimento para formar devidamente outros profissionais para atestar essas mortes.
A especialista diz acreditar que pouco deve mudar nos grandes centros, os quais devem continuar atestando as mortes com profissionais capacitados. Mas afirma que a mudança pode ajudar em locais remotos, que não dispõe de especializados.
– Acredito que a mudança é para facilitar a demanda de doação de órgãos em locais que não têm neurocirurgião, neurologista ou intensivista. Mas é importante priorizar a formação do profissional para que essa confiança nos profissionais não seja quebrada. Se um caso for diagnosticado erroneamente, vai colocar todo o sistema em risco.
Para o presidente da ABTO, não há risco para o médico de outra especialidade atestar a morte encefálica. Este inclusive foi um pedido do Conselho Federal de Medicina, que possui um protocolo para o procedimento.
– Em determinadas situações ou regiões, não há a disponibilidade desse tipo de especialista [o neurologista]. Mas um médicotreinado que siga o protocolo do CFM é capaz de fazer o diagnóstico.
Manfro diz ainda que, no Brasil, a morte encefálica é confirmada por dois procedimentos: o exame clínico (que agora pode ser feito por médico de qualquer especialidade) e o exame de imagem, que identifica atividade elétrica cerebral.
– O diagnóstico se mantém totalmente seguro e vai facilitar [a doação de órgãos] nos locais onde não existe esse tipo de profissional.
Vice-campeão em doações
O Ministério da Saúde afirma que o Brasil possui o maior sistema público de transplantes no mundo e que, atualmente, cerca de 95% dos procedimentos do País são financiados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.
Um único doador por salvar várias vidas. Podem ser doados coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões de doadores mortos. Já de doadores vivos, é possível retirar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea.
O Brasil possui, de acordo com o Ministério da Saúde, 27 centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, além de 14 câmaras técnicas nacionais, 506 centros de transplantes, 825 serviços habilitados, 1.265 equipes de transplantes, 63 bancos de tecidos, 13 bancos de sangue de cordão umbilical públicos, 574 comissões Intra-hospitalares de Doação e Transplantes e 72 organizações de Procura de Órgãos.
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VEJA
Anúncio – Suspensão da liminar: uma vitória da Enfermagem e dos usuários do SUS
O Conselho Federal de Enfermagem, firme na missão constitucional de regular e fiscalizar a profissão, anuncia a derrubada da liminar que impedia o pleno e livre exercício das atividades da enfermagem, numa agressão às nossas prerrogativas. Atendendo o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região reestabeleceu o atendimento integral de Enfermagem à população, prejudicado pelo corporativismo no processo judicial movido pelo Conselho Federal de Medicina.
A solicitação de exames de rotina e complementares é realidade consolidada no Brasil desde 1997, quando foi editada a Resolução Cofen 195/97 (em vigor). A consulta de enfermagem, o diagnóstico de enfermagem e a prescrição de medicamentos em protocolos são competências dos enfermeiros estabelecidas na Lei 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto 94.406/1987 e pela Portaria MS 2.436/2017.
Somos profissionais da Enfermagem e defendemos a assistência multidisciplinar para assegurar o direito à Saúde. Não queremos invadir as competências das demais profissões, porém não aceitamos que seja cerceado o pleno exercício da profissão. Defendemos o nosso direito de trabalhar dentro das prerrogativas legais e de forma compartilhada com a equipe de saúde.
Agradecemos pelo apoio incondicional de todos os profissionais de Enfermagem que foram às ruas para impedir que o corporativismo de uma profissão se sobreponha ao direito da população brasileira à Saúde.
A ação movida pelo CFM não reflete o posicionamento dos médicos que efetivamente atuam na Atenção Básica e que trabalham diariamente em conjunto com enfermeiros e outros profissionais de Saúde, para assegurar o atendimento integral à população.
Somos 500 mil enfermeiros e 2 milhões de profissionais de Enfermagem. Somos parceiros de médicos, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, educadores físicos, fonoaudiólogos, farmacêuticos, biólogos, biomédicos e de todos os profissionais que lutam para tornar realidade o sonho de uma Saúde pública gratuita, universal e de qualidade.
SOMOS CUIDADO SOMOS PROTAGONISTAS SOMOS A ENFERMAGEM
O corporativismo não pode estar acima da saúde pública
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O POPULAR
Internações custam R$ 9,23 mi
O sustento era tirado nas ruas, vendia água, picolé, bali-nha e o outros produtos no sinal. De pé, na calçada, à espera da nova leva de clientes, o expediente terminou mais cedo e Noêmia Ferreira de Oliveira, de 50 anos, perdeu a oportunidade de trabalho que tinha. Foi atropelada por um carro no dia 11 de maio de 2016, na Avenida Gonzaga Jaime, na Vila Redenção. Recolheu a mercadoria que ficou espalhada, viu que a perna afundou muito, pegou algumas garrafinhas de água para amenizar adore o celular: "Socorro".
Cinco operações, três sequelas na perna, 20 dias internada e mais de um ano sem andar normalmente, por conta de um carro que queria desviar do trânsito "lento" pela calçada. Somente no ano passado, casos como o da comerciante custaram R$ 9,23 milhões com internações para a saúde pública em Goiás, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Isso sem contar próteses e reabilitações. O cálculo considera a média de seis dias de internação, tempo que não foi nem o suficiente para a perna de Noêmia desinchar.
"É um longo período de ocupação de leito e que poderia ser usado para outras doenças, como câncer e hipertensão, que às vezes não encontram leito de urgência porque estão ocupados", lamenta a coordenadora de Vigilância das Violências e Acidentes da SES, Maria de Fátima Rodrigues. Ela explica que o valor médio de internação é de R$ 1,47 mil sem contar as cirurgias que são mais complexas e exames. "Causa outros custos. Há casos de membros da família terem depressão e outras doenças associadas ao problema."
E a produtividade para. O custo para Noêmia, que ajudava familiares que precisavam dela, como o pai de 90 anos, foi alto. Teve de contar com a solidariedade das pessoas próximas, foram meses usando fraldas, na cadeira de rodas, sem poder ir nem na cozinha de sua casa e com pouco dinheiro. Hoje, consegue ficar de pé, mas não por muito tempo, e o médico não liberou a volta para o trabalho.
A renda, que era de R$ 3 mil, caiu para um salário. Depende do INSS, da indenização que recebe do DPVAT, de doações e, como comerciante que não pode exercer a profissão na rua, começa a fazer da internet um local para um futuro recomeço. Vende o que for possível, de móveis a picolé. Pensa em empreender.
ATENDIMENTOS
Somente no Hospital de Urgências Otávio Lage (Hugol), de janeiro de 2016 a junho de 2017, foram 8.760 atendimentos de urgência e emergência às vítimas de acidentes; 62% deles ocorreram com motocicletas, 28% com outros veículos e 10% dos casos eram de atropelamento. No hospital, o perfil do acidentado mais frequente é de jovem do sexo masculino gravemente ferido, com politrauma. Para ele, a internação é de 42 dias, são 739 atendimentos de profissionais de diversas áreas, 46 procedimentos, entre eles uma transfusão – sem custo calculado – e oito cirurgias.
"São 17 atendimentos por dia, é muita coisa. Tem uma família toda por trás e isso é caro emocionalmente para o resto da vida, com sequelas não só para as vítimas. Por isso, o acidente de trânsito é preocupação constante e foram desenvolvidos programas dentro e fora do Hugol para alertar a população sobre a gravidade, porque a maior parte é evitável", pontua o diretor geral Hélio Ponciano Trevenzol, que cita o aumento da população e dos veículos como consequência para o número de traumatizados. Em Goiás, a frota já chega a 3,74 milhões de veículos. Destes, 1,1 milhão são motocicletas.
Além da luta para diminuir os casos de acidente de trânsito, há a batalha pela reinserção, quando a vítima sobrevive. "Tem o impacto social de uma pessoa que não vai produzir e vai precisar de um cuidador", expõe o supervisor multiprofissional da internação do Crer, Eduardo Martins Carneiro. Por lá, 60% dos pacientes sofreram acidente de trânsito. Há reabilitação e cursos de capacitação para auxiliar na melhora, na transformação dessas vidas e até na volta ao mercado de trabalho.
Uma série de internações, fisioterapia, acompanhamento psicológico e a fase de aceitação. O vendedor Vitor Hugo de Queiroz, de 21 anos, passa por essas fases, depois de 40 dias na UTI e mais de 116 dias de internação. Ele bateu o carro em um poste em janeiro de 2016, depois de deixar um amigo em casa. Passou por oito cirurgias, cinco só no rosto. "A maior vontade nem é voltar ao normal é voltar a trabalhar e ter uma renda", afirma.
Em todo o processo, tem apoio dos avós, com quem mora, mas ainda se recupera, tem encurtamento na perna e ainda aguarda avaliação para saber se precisará de mais uma cirurgia. Parte do perfil da maioria das vítimas de acidente, reconhece que estava em alta velocidade e o pneu estava careca. Perdeu o carro, que comprou com ajuda da avó, estava com a carteira provisória. Mesmo diante das lutas, revela que quer voltar a dirigir, "mas que será diferente".
Tem uma família toda por trás e isso é emocionalmente caro para o resto da vida, com sequelas não só para as vítimas"
Hélio Ponciano, diretor-geral do Hugol
Indenizações a 2,4 casos por hora em Goiás
Na volta do trabalho para casa, o caminho para o operador de caU center Khell Marques, de 23 anos, era o mesmo todos os dias. Só que no dia 5 de junho a rotina mudou. Um carro, ao fazer uma conversão proibida, atropelou Khell e sua irmã, que estava de carona na moto. Eles foram socorridos, sobreviveram, mas com as diversas fraturas que ele sofreu ainda não se recuperou totalmente. "Fiquei parado, os movimentos da minha mão não são os mesmos e não sei como será."
Com a fisioterapia, espera conseguir retomar suas atividades no trabalho em breve. Enquanto isso, recebe pelo INSS e pagou despesas com o seguro DPVAT, o que tem ajudado a enfrentar o problema. Mas a renda familiar caiu pela metade, já que a esposa, pouco depois, também se acidentou. Casos como o de Khell com a indenizações do seguro somam 2,4 por hora em Goiás. A média diária é de 57,8.
No Brasil, esse número chega a 1061 casos por dia e quase 44 por hora. O Seguro DPVAT pagou 10,47 mil indenizações às vítimas de acidentes de trânsito apenas no primeiro semestre deste ano no Estado, segundo dados do boletim estatístico da Seguradora Líder, responsável pela operação do seguro, e incluem casos de morte, invalidez permanente e despesas médico-hospitalares.
"Na cobertura por morte, houve um acréscimo em comparação com 2016 de 35%", afirma o vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro de Goiás (Sincor-GO), Roney Almeida Macedo, sobre o dado que preocupa. A maioria das indenizações (54%), como pontua, é para casos de acidentes com motocicletas, que têm como vítimas principalmente jovens (18 a 34 anos) e homens.
PREVENÇÃO
"Na arrecadação do DPVAT, 45% dos recursos vão para o SUS para atendimento e 5% para o Denatran para campanhas e ações preventivas de maneira geral. Goiás tem feito muito bem isso com esse objetivo de educação. Mas a questão que dificulta é que a cultura da imprudência ainda sobressai", diz.
Roney lembra que desde 1998 há o atendimento gratuito aos cidadãos goianos vítimas da violência no trânsito e sem a necessidade de intermediário. As indenizações, que chegam a R$ 13,5 mil, fazem diferença especialmente para os casos de famílias de menor renda.
A educadora de trânsito do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) Regina Lúcia Siqueira da Costa afirma que para diminuir todos os impactos causados pelos acidentes o foco é a convivência no espaço público. "Trabalhar a empatia e se colocar sempre no lugar do outro é a solução. Fazemos a educação e fiscalização, cursos de qualificação e reciclagem pensando nisso."
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DIÁRIO DA MANHÃ
A insensatez juvenil perante a aids
Percepção de pouco risco de doenças faz jovens não se protegerem durante o sexo. Brasil tem registrado uma média anual de 41,1 mil casos de aids
A ampla divulgação de que a aids é uma doença que tem tratamento eficaz dá às pessoas, principalmente aos jovens, a falsa sensação de proteção e faz com que elas não se protejam corretamente contra essa e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A afirmação é da infectologista do Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Tânia Vergara.
A especialista alerta que essa percepção de "pouco risco de morte" por aids é equivocada e não pode ser confundida com uma segurança de exposição indiscriminada ao vírus. "A cura da aids não é uma realidade ainda. E se não se trata corretamente essa doença, que tem um potencial alto de mortalidade, ela vai ocorrer. O desenvolvimento natural da doença sem controle é para a morte".
Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2007 a junho de 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maioria (52,3%) dos casos ocorre em pessoas na faixa etária de 20 a 34 anos. Nos últimos cinco anos, o Brasil tem registrado uma média anual de 41,1 mil casos de aids.
A infectologista da SBI explica que, embora os tratamentos para aids sejam eficazes, a pessoa infectada fica dependente do uso diário de medicação. "Então, é uma falsa noção de que se tratar ele vai ficar bem", disse. Segundo Tânia Vergara, o tratamento exige acompanhamento médico regular e tem efeitos colaterais.
Sífilis e hepatites
A única forma segura e eficaz de se prevenir contra as ISTs é com o uso da camisinha, segundo a especialista, que ressalta que as pessoas lembram da aids, mas se esquecem de outras doenças como sífilis e hepatites virais. "Estamos em uma grande epidemia de sífilis há dois anos", destacou. Segundo Tânia, mesmo contraindo a sífilis várias vezes, manifestada por feridas, corrimentos ou verrugas ano genitais, as pessoas continuam se expondo à infecção por não se protegerem.
No período de 2010 a junho de 2016 foram notificados no Sinan 227.663 casos de sífilis adquirida. Entre 2014 e 2015, houve um aumento de 32,7% nos registros da doença. Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878. Naquele ano, observou-se que 55,6% desses casos eram da faixa etária de 20 a 39 anos.
Segundo Tânia Vergara, a desproteção também está relacionada à ideia de que o prazer é a coisa mais importante. "O sexo é muito ligado à emoção, tem muito instinto ligado a isso. E não aprendemos que linguagem usar para as pessoas entenderem [a importância da prevenção contra as ISTs]", disse. Ao mesmo tempo, segundo ela, se fala muito pouco sobre sexualidade com os jovens. "Está cada vez mais na escura. Estamos precisando falar o que está acontecendo", ressaltou.
No caso das hepatites virais, de 1999 a 2015, foram notificados no Sinan 514.678 casos confirmados no Brasil. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes à hepatite A; 196.701 (38,2%) de hepatite B; 152.712 (29,7%) de hepatite C; e 3.660 (0,7%) de hepatite D.
No Brasil, a taxa de incidência da hepatite A foi maior nos anos de 2004 e 2005. A taxa de detecção das hepatites B e C apresenta tendência de aumento, sendo que a hepatite B apresentou maiores taxas em relação à hepatite C em todo o período. As menores taxas são observadas para a hepatite D.
Testes
A orientação da infectologista é que pessoas que não têm o hábito de usar preservativos nas relações sexuais façam exames regularmente para identificar eventuais infecções e impedir sua disseminação. "Mas o exame não é curativo. O exame só diagnostica a doença, não previne que se pegue. A importância do exame é para se tratar mais cedo e reduzir a cadeia de transmissão", alerta.
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Iris participa de evento que marca reabertura do Ciams do Novo Horizonte
Fechada desde 2013, urgência da unidade atenderá a população local e absorverá os serviços prestados pelo Ciams Jardim América durante a construção da terceira UPA da Capital
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, participaram ontem do evento que marcou a reabertura da emergência do Centro integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) do Novo Horizonte. Na ocasião, o prefeito explicou que o espaço foi ampliado e totalmente equipado para recebera população.
"A partir de agora, a unidade vai oferecer tratamentos complexos na área da saúde. A população do Novo Horizonte e dos bairros vizinhos vão contar com uma estrutura que trará tranquilidade às famílias. Em qualquer eventualidade, seja durante o dia ou à noite, as pessoas terão atendimento médico imediato", afirmou o prefeito.
Fechada desde 2013, a urgência da unidade de saúde atenderá a população local e absorverá os serviços prestados pelo Ciams Jardim América durante o período de construção da terceira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Goiânia. "Estamos estruturando a área da saúde de tal forma que em um futuro muito próximo a população vai se sentir realizada. A secretária Fátima Mrué está debruçada sobre projetos importantes que vão garantir assistência médica com qualidade para todos", pontuou.
O local conta, a partir de agora, com 16 leitos de observação rápida. 12 de enfermaria, dois de reanimação e um de Isolamento. Em média, a unidade de saúde terá capacidade para atender diariamente 200 pacientes em estado grave.
De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), além da emergência, o Ciams Novo Horizonte oferece também serviços de vacinação, planejamento familiar, pré-natal, atendimento ambulatorial de Atenção Primária e de especialidades, além de consultas com ginecologista e clínico geral. "Com a reabertura da emergência, a unidade está preparada para realizar os atendimentos de urgência emergência 24 horas por dia, sete dias por semana", disse Fátima Mrué.
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ANS quer limitar valor pago por usuários em planos de saúde com coparticipação
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer limitar o valor que os planos de saúde podem cobrar pela coparticipação, quando o usuário paga uma parte do procedimento autorizado pela operadora. A proposta está em uma minuta de resolução normativa sobre planos de coparticipação e franquia divulgada pela agência junto com a reabertura de uma consulta pública sobre o assunto.
O documento sugere que a coparticipação não ultrapasse 40% do valor do procedimento. Também estabelece a isenção da cobrança do percentual em até quatro consultas com médicos generalistas – pediatria, clínica geral, médico de família, geriatria, ginecologia – no período de 12 meses e em exames preventivos como mamografia, colonoscopia, glicemia de jejum, teste de HIV, entre outros.
Em abril e maio deste ano, a ANS recebeu contribuições sobre o tema, que levaram à elaboração da minuta. No entanto, por causa de mudanças na direção da agência, os gestores decidiram abrir mais uma etapa de participação pública antes da atualização das normas para planos de coparticipação e franquia. Por causa da nova fase de manifestações, a proposta de minuta de resolução normativa ainda deve passar por alterações.
Com as mudanças, o objetivo da ANS é atualizar regras para o setor, vigentes desde 1998, e dar mais transparência aos usuários que contratam estes serviços. As contribuições podem ser apresentadas por qualquer pessoa até o dia 25 de outubro e serão acrescentadas às colaborações recebidas na consulta feita em abril e maio deste ano. Os interessados em participar devem utilizar o formulário online.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, aproximadamente 50% dos 48 milhões de beneficiários dos planos de saúde no Brasil possuem em seus contratos um dos dois mecanismos de regulação: a coparticipação ou a franquia. Na coparticipação, além de um valor mensal fixo, o usuário tem um custo adicional sempre que realiza um procedimento, como consulta, exame, entre outros. Com isso, espera-se uma mensalidade mais baixa que os planos tradicionais.
Por sua vez, a franquia consiste em estabelecer um limite financeiro até o qual a operadora não tem obrigação de custear o procedimento. "Digamos que um determinado contrato estabeleça que, durante um período de 12 meses, como é a forma mais recorrente, o usuário vai custear o seu próprio tratamento até o valor de R$ 2 mil. Então ele vai em alguns médicos, realiza alguns exames e paga do seu próprio bolso. A partir do momento em que se atingiu R$2 mil, a operadora é quem passa custear as consultas, exames e demais procedimentos", explicou Aguiar. Nesse tipo de contrato, o usuário acaba sendo estimulado a moderar o gasto com os serviços de saúde, já que em um primeiro momento é ele quem paga a conta.
Segurança jurídica
Segundo o diretor da ANS, por serem muito antigas, as regras que envolvem esses contratos partem de premissas genéricas. "A dinâmica do mercado vem mostrando a necessidade de termos uma maior segurança jurídica sobre esses mecanismos, especialmente o de coparticipação, que gera muitas dúvidas e responde por 66% desses tipos de contratos. A normatização atual não apresenta quase nenhum parâmetro. Não contém, por exemplo, qualquer limite financeiro na cobrança da coparticipação. O que existe é uma orientação. Para a ANS, valores acima de 30% são considerados fatores restitivos severos da utilização dos serviços de saúde. Mas isso não está normatizado", explica.
Aguiar afirma que tanto a isenção de cobrança de coparticipação em alguns procedimentos como a criação de um limite de percentual são assuntos polêmicos sobre os quais a população pode opinar através da consulta pública. "A coparticipação é geralmente cobrada em cima do valor do procedimento. Entretanto, há procedimentos que podem custar milhares de reais. E, nesse caso, qualquer percentual aplicado resultará em um valor muito alto. E aí entra outra discussão. Deve-se estabelecer um limite percentual ou um limite de valor monetário específico?", pondera.
A nova regra também deve fortalecer processos que garantam a transparência. Hoje, já existem algumas regras com este intuito. Desde 2016, por exemplo, as operadoras de planos de saúde são obrigadas a dar aos usuários acesso detalhado aos serviços que ele utilizou: com quais médicos se consultou, quais exames realizou, etc. Ainda assim, a ANS avalia que há um déficit informacional envolvendo estes contratos, o que cria dificuldades para se saber o que está sendo comercializado.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação