Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/11/17


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

PF faz operação contra fraude em licitações para a compra de próteses médicas em 9 estados e no DF
Pacientes reclamam de falta de atendimento em unidades de saúde de Goiânia
Bebê que precisava de atendimento especializado é transferido em Goiânia
Audiência sobre vagas de UTI em Aparecida de Goiânia
Vagas em UTI
Comenda Nabyh Salum
Proposta de política de cuidados para idosos é colocada em consulta pública
Sem receber, médicos pedem demissão e crise na Saúde de Goiânia se amplia
Gestão Iris terá que explicar pagamento de curso em SP de R$100 mil a servidoras
Projeto de lei do Senado garante funcionamento de Santas Casas

 

PORTAL G1/TOCANTINS

PF faz operação contra fraude em licitações para a compra de próteses médicas em 9 estados e no DF
Policiais cumprem mandados de prisão, condução coercitiva e de busca e apreensão. Esquema de corrupção fraudava materiais de alto custo.
A Polícia Federal realiza a operação Marcapasso na manhã desta terça-feira (7) para investigar um esquema de corrupção que fraudava licitações no Tocantins. Segundo a polícia, o objetivo era a aquisição de órtese, prótese e materiais especiais de alto custo para o sistema de saúde.
Cerca de 330 policiais federais cumprem mandados judiciais, sendo 12 mandados de prisão temporária, 41 de condução coercitiva contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão nos estados do Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas.
Segundo a PF, a investigação começou quando os sócios da empresa Cardiomed foram presos em flagrante por terem fornecido à Secretaria Estadual de Saúde produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais que estavam com prazos de validade de esterilização vencidos. O G1 tenta contato com a defesa da empresa citada.
Ainda conforme a PF, depois das prisões foi descoberto um esquema de corrupção destinado a fraudar licitações do Estado do Tocantins, por meio do direcionamento de licitações.
As investigações apontam que o esquema beneficiava empresas, médicos e empresários do ramo, e ainda funcionários públicos da área de saúde.
As pessoas investigadas poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, associação criminosa, dentre outros.
O nome da operação faz alusão a um dos itens mais simbólicos e conhecidos da área de cardiologia, o marca-passo. A polícia disse que esse era um dos equipamentos que integravam editais “fraudados” nas licitações.
Prisões
As prisões dos dois sócios da Cardiomed aconteceram em maio do ano passado. Na época, a empresa estava sendo investigada por fraudar etiquetas de validade de materiais cirúrgicos. Por causa da suposta adulteração nos produtos, as cirurgias no Hospital Geral de Palmas ficaram suspensas.
A empresa foi denunciada pela Secretaria de Saúde depois que funcionários do Hospital Geral de Palmas (HGP) perceberam que os lacres de validade dos produtos estavam adulterados. Segundo a secretaria, a empresa fornecia produtos vencidos, mas falsificada a etiqueta colocando outra data de vencimento.
Os materiais eram usados em pacientes que faziam procedimentos no coração, como angioplastias, cateterismos e implantes de marca-passos, no maior hospital público do Tocantins, o HGP.
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TV ANHANGUERA/GOIÁS
Pacientes reclamam de falta de atendimento em unidades de saúde de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-reclamam-de-falta-de-atendimento-em-unidades-de-saude-de-goiania/6270432/

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Bebê que precisava de atendimento especializado é transferido em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/bebe-que-precisava-de-atendimento-especializado-e-transferido-em-goiania/6270423/

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TV ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Audiência sobre vagas de UTI em Aparecida de Goiânia
https://www.youtube.com/watch?v=OZTP0X7_dpQ

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Vagas em UTI

Por iniciativa do deputado Marlúcio Pereira, audiência pública foi realizada na manhã desta segunda-feira na Assembleia Legislativa para debater o tema. O debate mobilizou representantes da área.
A Assembleia Legislativa, sediou durante a manhã desta segunda-feira, 6, por iniciativa do deputado Marlúcio Pereira (PSB), audiência pública para debater a questão das vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia. O evento foi realizado no Auditório Solon Amaral, da Casa de Leis.
Compuseram a mesa da audiência, além do deputado Marlúcio Pereira, Cleudes Bernardes da Costa Baré, titular da Superintendência de Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatoriais (SUPRASS); Haikel Yasper Helou, presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG); Ricardo Furtado Mendonça, diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo); e o secretário municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Luiz Edgard Toline.
Marlúcio destacou em sua fala, que a situação da falta de vagas na UTI é vivenciada há 25 anos. “Já estou no sexto mandato e a situação das UTIs continua a mesma história. A Casa de Leis não pode ficar de braços cruzados”, afirmou o deputado.
O parlamentar enfatizou que teve acesso a dados preocupantes, com números expressivos. “O Estado fez um trabalho de ampliar leitos dos hospitais e aplicar também em UTIs. Foram detectados UTIs com equipamentos desabilitados. Há leitos ocupados por pacientes particulares, sendo que são leitos separados para o SUS”, afirmou Marlúcio.
Já o titular da Suprass, Cleudes Baré, abordou sobre as mudanças realizadas à frente da Secretaria. “Fomos informados que aqui havia uma baixa ocupação de leitos. Relatamos isso ao secretário de Saúde e pedimos para que pudéssemos fazer uma avaliação in loco para descobrirmos, através de um Grupo Condutor, quantos leitos estavam cadastrados”, explicou.
Segundo Baré, após a inspeção foi detectado que dos 772 leitos, 166 não eram utilizados pelos usuários SUS. “Durante o período de 60 dias foram feitas avaliações dentro dessas unidades hospitalares. Trabalhamos com muito afinco para levar essas informações ao secretário estadual de Saúde que, a partir dali, buscou soluções junto ao Ministério Público Estadual.”
O secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Luíz Edgar Tolini, falou de suas experiências na área da saúde naquele município. “Esse não é um problema novo, ele existe desde sempre. Desde a criação do SUS vivemos isso. UTI não vai dar vida aos pacientes, mas dá um tratamento digno às pessoas. Fui plantonista no Hugo e fiz bloqueio em pacientes sentados no chão. Hoje a realidade é outra. Temos que mudar isso. Saúde pública não tem preço, tem custo”, disse.
Haikel Helou destacou a importância da audiência por se tratar de um tema fundamental para a sociedade, no entanto, que é pouco discutido. Hospital morre em silêncio. Muitos hospitais acabaram em Goiânia e as pessoas não percebem. Uma das maiores dificuldades para explicar para as pessoas é que hospitais são negócios, não é sacerdócio”, afirma.
Por último, Ricardo Furtado tratou sobre as mudanças que ocorreram no Hugo durante os últimos anos. “Esse hospital, que foi criado para atender urgências e emergências, estava atendendo casos simples como dores abdominais. Após passar por uma grande mudança, o Hugo, que hoje é gerenciado por uma organização social, cresceu e aumentou seu número de leitos. De 235 leitos passou para 407. Somos o maior hospital do Estado”, relatou o dirigente.
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Comenda Nabyh Salum
Alego entregou a honraria pela primeira vez a cinco médicos goianos de destaque. Por iniciativa do deputado Helio de Sousa, a sessão teve lugar no Plenário, na noite desta segunda-feira, 6.
A Assembleia Legislativa realizou sessão especial de entrega da Comenda Nabyh Salum para cinco médicos goianos. Por iniciativa do deputado Helio de Sousa (PSDB), a solenidade foi realizada na noite desta segunda-feira, 6, no Plenário Getulino Artiaga.
A honraria foi entregue pela primeira vez e homenageia médicos que se destacam no exercício da profissão no Estado de Goiás.
Helio de Sousa, autor do projeto que criou a Comenda, abriu os discursos. “Meus amigos, hoje, a Alego presta uma homenagem a um médico que com certeza deixou sua história. O doutro Nabih Salum é merecedor destas homenagens. Fui procurado pela Associação Medica de Goiás para que pudéssemos fazer esta homenagem, nós conseguimos criar a Comenda Nabih Salum, que a partir de agora, anualmente, vai prestar homenagem a cinco médicos que prestam relevantes serviços ao Estado. Esta Comenda traduz o sentimento da nossa categoria. O doutor Nabih Salum era um grande amigo de todos e um médico de currículo importantíssimo. Ele representa um homem que veio à Terra fazer o bem”, afirmou.
Agradecimentos
A filha de Nabih Salum, Rosana Gouveia, fez seu discurso logo depois.“Quem conheceu meu pai sabe que a Medicina sempre foi uma profissão e uma paixão a qual ele se dedicou incansavelmente. Ele foi um médico visionário e sonhador, e batalhou para a valorização da classe médica. Tenho certeza que Nabih Salum está feliz por dar nome a esta Comenda que homenageará esses profissionais”, disse.
O presidente da Associação Médica de Goiás, José Umberto Vaz de Siqueira, contou a biografia do doutor Nabyh Salum e agradeceu ao parlamentar tucano pela criação da Comenda.
“Quero agradecer, doutor Helio, a criação da comenda e pelo que o senhor tem feito pela classe médica. Esta comenda é uma forma de eternizar a memória de Nabyh Salum. Pude conviver com ele por alguns anos e ver o ser humano impar que ele era e embora eu tenha passado pouco tempo em sua companhia pude aproveitar cada momento que estivemos juntos”, afirmou.
O médico Waldemar Naves do Amaral falou em nome dos homenageados. “Estar aqui hoje é uma dupla honraria por representar os homenageados e por receber a honraria. Conheci Nabyh quando eu era aluno de medicina, tinha acabado de perder meu pai, e ficamos muito amigos. Tive o prazer de conviver com aquele que tinha inteligência impar e a capacidade de ver através dos montes. Ele foi muito mais bombeiro que incendiário durante sua vida, cumprindo de forma impar o ditado popular. Sem duvida, Nabyh ‘ciscou pra dentro’. Quero agradecer ao deputado Helio de Sousa por ter criado esta Comenda de forma grandiosa”, afirmou.
Homenageados
Etevaldo Marçal da Silva
Geraldo Paulino Santana Filho
Waldemar Naves do Amaral
Ary Monteiro do Espírito Santo
Anis Rassi
Mesa da solenidade
Compuseram a Mesa dos trabalhos o diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás, Rafael Cardoso; o presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, Fernando Antônio Honorato da Silva e Souza; o diretor presidente da Indústria Química do Estado de Goiás, Antônio Faleiros Filho; o secretário geral da Federação Brasileira dos Hospitais, Adelvânio Francisco Morato; o presidente da Associação Médica de Goiás, José Umberto Vaz Siqueira; o presidente da Associação dos Hospitais Privados, Haikal Helou; E ainda, o presidente do Conselho Regional de Medicina no Estado de Goiás, Leonardo Mariano Reis; e o conselheiro federal por Goiás do Conselho Federal de Medicina, Salomão Rodrigues.
Nabyh Salum
O médico Nabyh Salum nasceu em 5 julho de 1933, em Três Corações (MG). Diplomado médico em 1960, pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (RJ), fez pós-graduação em Radiologia e Medicina Nuclear.
Participou da fundação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Academia Goiana de Medicina, da Sociedade Goiana de Radiologia, do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás, além da Unimed Goiânia. Foi professor concursado da Faculdade de Medicina da UFG por 36 anos. Foi conselheiro do Conselho Regional de Medicina durante 10 anos e membro do Conselho Fiscal da Associação Médica Brasileira. Dirigiu o Hospital das Clínicas da UFG em 1984, e foi diretor e presidente da Clínica São Mateus. Nabyh Salum morreu em 2016.
De acordo com a Lei, sancionada pelo Governador Marconi Perillo, a homenagem será concedida anualmente a cinco personalidades, preferencialmente por ocasião das festividades alusivas ao Dia do Médico, comemorado no dia 18 de outubro. A entrega será feita em sessão solene realizada na sede do Poder Legislativo do Estado de Goiás. A indicação dos homenageados será por indicação da Associação Médica de Goiás (AMG), da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), da Associação dos Hospitais de Alta Complexidade de Goiás, do Sindicato dos Médicos e da Academia Goiana de Medicina.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Proposta de política de cuidados para idosos é colocada em consulta pública

O Ministério da Saúde vai lançar uma linha de cuidado específica para pessoas idosas visando ao envelhecimento saudável. A proposta de política pública será colocada em consulta pública a partir de quarta-feira (8) para receber opinião de profissionais, de usuários do Sistema Único de Saúde e de organizações da sociedade civil.
Os interessados terão 15 dias para enviar suas contribuições por meio da página do órgão ( portalsaude.saude.gov.br ). A partir das sugestões, o ministério irá consolidar o documento, que servirá como orientação para equipes de saúde da família e unidades de atendimento em todo o país. A população-alvo é a da faixa etária acima de 60 anos.A promessa da nova política é promover um tratamento aos idosos não focado somente na doença, mas em um conjunto de fatores como o quadro clínico, a existência de alguma dificuldade que reduza sua autonomia, os hábitos alimentares e físicos e o contexto social do paciente. Esse método é chamado de avaliação multidimensional.
´Teremos uma visão mais individualizada, mais direcionada para cada idoso. Teremos equipes multidisciplinares com acompanhamento para ações de promoção, prevenção a doenças, tratamento e reabilitação´, disse o secretário de atenção à saúde do ministério, Francisco Figueiredo, durante anúncio da proposta hoje (6) em Brasília.As informações de cada avaliação serão registradas em prontuário eletrônico e em uma caderneta, fornecida ao paciente. O ministério anunciou a distribuição de 3,9 milhões de unidades neste ano e 1,5 milhão em 2018. As 4,5 milhões de cadernetas cobrem 15% das pessoas nessa faixa etária no país.
Para funcionar, a nova política depende que sua implementação seja assumida pelos gestores estaduais e municipais de saúde e pelos profissionais e unidades de atendimento. Uma das sugestões do documento que será colocado em consulta pública é definir indicadores para monitorar se as orientações estão sendo aplicadas na ponta. Capacitação
Uma das ações previstas na nova estratégia é a realização de cursos divulgando a nova abordagem no cuidado dos idosos. Segundo a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do ministério, Elizabete Bonavigo, entre 2016 e 2017, 14 mil médicos e técnicos já participaram de atividades de formação, e a perspectiva é que mais 10 mil passem por essa qualificação até 2019.A Agência Brasil solicitou ao Ministério da Saúde o número total de profissionais do SUS para mensurar que percentual esse número representa, mas a informação não havia sido fornecida pelo órgão até a publicação da presente reportagem.
Pirâmide etária Segundo o ministério, a estratégia de envelhecimento saudável tem como objetivo atender a uma demanda que vem crescendo com a mudança do perfil demográfico da população brasileira. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), há hoje 29,3 milhões de idosos no país, o que representa 14,3% da população.
A estimativa é que, até 2030, esse universo chegue a 41,5 milhões de pessoas, o equivalente a 18% dos brasileiros. Nesse ano, essa participação deve ultrapassar a de crianças de 0 a 14 anos.
´A nossa preocupação é na questão da pirâmide etária, que mudará completamente. É um sucesso das políticas públicas o fato da população viver mais, mas pessoas com mais de 60 anos terão maiores necessidades de saúde´, pontuou Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), durante anúncio do projeto.As necessidades maiores dos idosos estão relacionadas à maior vulnerabilidade dessa faixa etária. Atualmente, 30% desse grupo têm algum tipo de dificuldade que compromete sua autonomia. No caso das doenças crônicas, a ocorrência de diabetes é de 25% entre as pessoas de 60 a 69 anos, chegando a 27% naqueles com mais de 70 anos. Já a hipertensão é registrada em 57% das pessoas na faixa de 60 a 69 anos, alcançando 64,2% no grupo acima de 70 anos.
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JORNAL OPÇÃO
Sem receber, médicos pedem demissão e crise na Saúde de Goiânia se amplia

Por Marcelo Gouveia

Jornal Opção apurou que desde a última semana pelo menos dez profissionais credenciados à Secretaria Municipal de Saúde rescindiram contrato
A crise instalada na Saúde de Goiânia não só parece estar longe de ter fim, como também deve piorar a partir dos próximos dias. Isso porque médicos credenciados à rede municipal têm optado por descontinuar os contratos com a gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB). Conforme apurado, ao menos dez profissionais já teriam resolvido aderir à debandada. Um médico ouvido pela reportagem diz que o número é maior e já atinge mais de 70 profissionais.
Um dos principais motivos apontados pela categoria é a falta de pagamento por parte da secretaria. Os salários referentes ao mês de setembro, com vencimento no último dia 31 de outubro, ainda não teriam sido efetuados pela administração e os profissionais não estariam dispostos a tolerar qualquer tipo de atraso.
As péssimas condições de trabalho vivenciadas nas unidades de saúde do município também fazem parte das reivindicações dos médicos. “Quem tem a mínima condição está saindo, porque não suporta a falta de medicação e de condições mínimas de trabalho. Pacientes estão morrendo nas nossas mãos e a gente não pode fazer nada”, desabafou à reportagem um dos médicos credenciados à rede, que preferiu reduzir a carga horária pela metade, deixando de atender em uma das unidades de saúde onde trabalhava.
Além dos atrasos salariais recorrentes e das condições de trabalho, recentes visitas, sem aviso prévio, de vereadores da capital a unidades de saúde teriam acirrado os ânimos e contribuído para os pedidos de exoneração. Desde a última semana, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada na Câmara de Goiânia para investigar problemas na saúde pública da capital tem frequentado centros de saúde para fiscalizar o atendimento à população.
Alvo de visita surpresa da CEI na última semana, o Ciams Novo Horizonte é uma das unidades que mais deve sofrer com a baixa de profissionais. A urgência da unidade foi reaberta recentemente para suprir a demanda do Ciams do Jardim América, fechado para reforma pela gestão Iris. No local, os vereadores constataram a ausência de três médicos escalados para o plantão de emergência e vários pacientes sem atendimento.
Segundo relatou à reportagem um dos médicos que prestavam atendimento no Ciams Novo Horizonte, a unidade, na teoria, funciona com escala diária de seis médicos, sendo que três atendem durante o dia e três no período noturno.
Até onde se sabe, ao menos cinco médicos já teriam desistido de trabalhar na unidade, que, conforme constatado por vereadores, já enfrenta situação caótica.
O Jornal Opção enviou à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) uma série de questionamentos quanto à debandada dos médicos credenciados e demais questões abordadas pela reportagem, mas, até a publicação desta matéria, não houve retorno por parte da pasta.
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Gestão Iris terá que explicar pagamento de curso em SP de R$100 mil a servidoras

Por Larissa Quixabeira

Autorização do gasto foi publicada no DOM. Vereadores questionam legalidade do investimento e relevância da especialização em momento de crise financeira
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) terá que prestar esclarecimentos à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal, que investiga irregularidades na Saúde de Goiânia, sobre o pagamento de R$ 54 mil por ano para mestrado de duas servidoras municipais.
Requerimento aprovado em reunião na manhã desta segunda-feira (6/11) pelos vereadores do colegiado pede explicações sobre o gasto que soma R$ 108 mil ao ano, por um período de dois anos
Segundo documentos obtidos pela CEI a despesa foi autorizada pela secretária Fátima Mrué e publicada no Diário Oficial do Município. O dinheiro é para pagar cursos em Direito da Saúde a duas funcionárias, pelo Instituto Superior de Educação Santa Cecília, na cidade de Santos, em São Paulo.
“Queremos saber por que elas receberam esse benefício, quais foram os critérios utilizados e se o procedimento é legal. O incentivo que o serviço público oferece ao funcionário é uma licença, não o pagamento do curso. O custo total é de R$ 108mil enquanto a secretaria deixa de custear serviços básicos para a população alegando falta de dinheiro”, afirma o vereador Elias Vaz (PSB), relator da CEI.
Também foi aprovado requerimento de pedido de sindicância, para saber por que 133 médicos estão lotados na Superintendência de Regulação do Município enquanto faltam profissionais nas unidades de saúde. Em diligência na última quarta-feira (1/11), os vereadores encontraram apenas quatro médicos trabalhando.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a matéria será atualizada assim que obtiver resposta.
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O HOJE

Projeto de lei do Senado garante funcionamento de Santas Casas
Lei 13.479 cria créditos para reestruturação e capital de giro para hospitais filantrópicos e sem fins lucrativos que atendem pelo SUS

Com um histórico recente de dificuldade financeira, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia completou 81 anos em 2017 com o desafio de dar continuidade ao trabalho filantrópico responsável por cerca de 50 mil atendimentos mensais. O hospital, que possui 300 leitos, realiza quase todo o seu atendimento pelo SUS: o equivalente a 92% da demanda.
A nova superintendente da Santa Casa, doutora Irani Ribeiro, assumiu o comando da instituição no início de outubro com a missão de reestruturar o hospital. Para dar conta da tarefa, Irani se reuniu, na semana passada, com a senadora Lúcia Vânia (PSB), relatora do projeto de lei que cria um programa de financiamento para as Santas Casas de todo o país.
“A senadora Lúcia Vânia está trazendo um projeto que vai permitir que as portas desta casa continuem abertas à população que precisa, por não ter outro lugar onde possa receber o atendimento que procura aqui”, diz a nova superintendente do hospital.
A Lei 13.479 cria créditos para reestruturação e capital de giro (com carência para pagar e juros baixos) para hospitais filantrópicos e sem fins lucrativos que atendem pelo SUS.
“Nós tivemos o cuidado de elaborar esse projeto em parceria com o Ministério da Saúde, olhando todos os gargalos do plano anterior, que foi inteiramente frustrado. Esse projeto é mais simples e busca dar fôlego para que as Santas Casas possam prestar esse grande serviço à comunidade”, comenta Lúcia Vânia.
A Lei nº 13.479, sancionada em 5 de setembro, vai beneficiar vários municípios brasileiros onde a única unidade hospitalar presente é uma Santa Casa. O fechamento desses hospitais pode, no limite, gerar problemas sociais muito sérios em razão da falta de atendimento da população.
A lei assegurou que o crédito beneficie hospitais que prestem serviço ao SUS no porcentual mínimo de 60%. Caso contrário, haverá aumento nas taxas de juros pactuadas nos contratos firmados no âmbito do Pró-Santas Casas em 6% ao ano.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação