Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 06/04/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES


Exames confirmam que pediatra da rede municipal morreu com H1N1, em Goiânia
MEC suspende novos cursos de medicina por cinco anos
Suspensão da abertura de novos cursos de medicina tem o apoio do Cremego
Em 1 semana, casos sobem 80%
H1N1 deixa goianos em pânico

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Exames confirmam que pediatra da rede municipal morreu com H1N1, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/exames-confirmam-que-pediatra-da-rede-municipal-morreu-com-h1n1-em-goiania/6639436/

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VALOR ECONÔMICO

MEC suspende novos cursos de medicina por cinco anos

Faculdades bem avaliadas também não podem ampliar vagas

O governo vai suspender a publicação de editais para abertura de novos cursos de medicina pelos próximos cinco anos. Segundo o ministro da Educação, José Mendonça Filho, a medida também impedirá a ampliação de vagas nas faculdades já existentes, inclusive aquelas bem avaliadas.
O ministro diz que a medida será tomada por meio de duas portarias a serem publicadas hoje no Diário Oficial da União (DOU) e a justificativa é assegurar a "qualidade necessária" dos cursos. "Com respaldo do presidente da República, teremos uma moratória de cinco anos para que possamos reavaliar todo o quadro de educação médica no Brasil", disse. A iniciativa atinge cursos privados e públicos, federais e estaduais.
O secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Henrique Sartori, disse que não há vagas de residência para todos os formandos em medicina e não há equipamentos e laboratórios em número suficiente. Segundo ele, as faculdades passarão a receber visitas de fiscais, subordinados a um grupo de trabalho ainda a ser criado, e serão avaliadas sistematicamente – esse controle funcionará pelos cinco anos que dura a suspensão de novos cursos. Terão que apresentar propostas de orientação e reformatação dos cursos.
"A suspensão dá o freio de arrumação para repensar e refletir a formação dos alunos, mas novas escolas de medicina continuarão a ser instaladas mediante a pactuação já realizada", ressalvou.
Desde a adoção do programa Mais Médicos, em 2013, novos cursos de medicina são autorizados por meio de editais públicos. Enquanto vigorar a suspensão, até 2023, 67 escolas de medicina serão abertas, por autorizações já concedidas. Serão 39 novas escolas autorizadas em editais passados, a partir de 2014, e mais 28 novos cursos permitidos no edital de 2018 (cujo prazo termina em 30 de abril).
O ministro disse que o país já teria atingido o número de médicos por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "Isso se faz necessário até porque as metas traçadas em relação à ampliação de vagas no Brasil já foram atingidas. Cumprimos todos os parâmetros estabelecidos pela OMS com relação a médicos formados e habitantes", afirmou.
Procurada, a OMS informou que não faz recomendações sobre o número de médicos necessários por habitante. Apenas divulga estatísticas levantadas em diferentes países. De acordo com a OMS, Cuba, por exemplo, tem em torno de sete médicos a cada 1 mil pessoas.
No Brasil, números do MEC mostram que a distribuição de médicos pelo país é desigual. Enquanto no Norte há 1,2 médico a cada 1 mil habitantes, no Sudeste a relação é de 2,8.
A distribuição atual de cursos de medicina tendiam, de acordo com o MEC, a contribuir para a diminuição da disparidade. Mas o Sudeste continua líder na oferta de cursos (ver quadro ao lado).
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, estava ao lado do ministro ontem e negou que a suspensão de novos cursos tenha como objetivo proteger o mercado dos médicos já formados. "Isso é bem distante de um corporativismo. Essa é uma ação corporativa no sentido de preservar valores absolutos como a prática médica qualificada", disse. Disse que o país conta atualmente com 454 mil médicos registrados nos conselhos de medicina. "Isso vai projetar um número de médicos per capita que não é compatível com países de primeiro mundo, inclusive", disse.
A medida foi anunciada no fim da gestão de Mendonça Filho, que está de saída para disputar as eleições. Perguntado se o governo pode voltar atrás na medida, ele não descartou. "Espero que seja mantida. Mas se uma lei pode ser reavaliada, imagine uma portaria", disse. Ele será substituído pelo atual secretário de Educação Básica, Rossieli Soares.
'Falta critério para avaliar o que é um curso bom ou ruim'
O médico Raul Cutait, do Hospital Sírio-Libanês, será um dos integrantes do grupo de trabalho que o Ministério da Educação vai instituir para criar um modelo de avaliação dos cursos de medicina e definir as diretrizes a serem seguidas pelas instituições de ensino. "Há uma falta de critério padronizado para avaliar o que é um curso bom ou ruim", disse Cutait.
Segundo ele, o maior problema dos cursos de medicina criados nos últimos cinco anos é o corpo docente. Em sua visão, não há quantidade suficiente de profissionais gabaritados para ministrar aulas e acompanhar os últimos anos dessas graduações. A maior parte desses cursos ainda não formou nenhuma turma.
Hoje, há diferentes formas de avaliação dos cursos, como a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem), criada em 2015; a prova do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo; e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia recém-formados de todas as graduações.
"É preciso um acompanhamento mais criterioso que pode ser, por exemplo, por série e não só no fim do curso", disse o professor Mario Scheffer, que fez um estudo sobre o mercado de médicos no Brasil e é membro da Associação Brasileira da Saúde Coletiva (Abrasco).
Mais de 100 novas graduações de medicina foram autorizadas nos últimos cinco anos como parte do programa Mais Médicos, iniciado em 2013, para reduzir o déficit desses profissionais fora dos grandes centros urbanos. O governo atual argumenta que esses cursos, aprovados por meio de editais para grupos privados, carecem de qualidade acadêmica.
Mas não são apenas os novos cursos que apresentam problemas. Há graduações de instituições públicas e privadas que começaram a funcionar antes de 2013 e apresentam desempenho baixo.
Dos 176 cursos de medicina avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) realizado em 2016, 17 tiveram conceito 2, levando em consideração um ranking que vai de 1 a 5. Desses 17, oito pertencem a instituições particulares e nove a faculdades públicas.
Críticos da moratória de cinco anos para abertura de novos cursos de medicina anunciada ontem argumentam que o governo já poderia fechar graduações consideradas ruins, em vez de "punir" com a restrição de novas vagas até os cursos bem conceituados.
O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) considera a moratória "reserva de mercado". Em nota, a entidade afirmou ontem que é "inaceitável que a medida tenha como fundamento que associações de classe, cuja função é meramente fiscalizar as atividades profissionais em seus segmentos, gozem da prerrogativa de pressionar o governo em relação a assuntos que não são de sua alçada, apresentando sugestões que são típicas de proteção de mercado para aqueles que já se formaram".
A portaria do MEC atende a um pleito da Associação Médica Brasileira (AMB) que alega, entre outras razões, que já há número suficiente de médicos no país. Segundo a entidade, com a abertura de cerca de 100 escolas de medicina nos últimos cinco anos, mais de 30 mil médicos se formam por ano.
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CREMEGO

Suspensão da abertura de novos cursos de medicina tem o apoio do Cremego

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifesta total apoio à Portaria nº 328, do Ministério da Educação, publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União e que suspende por cinco anos a criação de novos cursos de medicina e a ampliação de vagas nos já existentes no País. O MEC também publicou a Portaria nº 329, que orienta os Conselhos de Educação dos Estados e do Distrito Federal, que têm autonomia para autorizarem a criação de novas escolas, a também seguirem a moratória.
A suspensão da abertura de novos cursos de medicina no Brasil, anunciada em novembro passado pelo Governo Federal, foi concretizada na quinta-feira com a assinatura das portarias durante reunião do presidente Michel Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho. A medida vale para instituições públicas federais, estaduais e municipais e privadas.
O presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, enfatiza que o Conselho entende que a quantidade de vagas ofertadas atualmente em faculdades de medicina de todo o País – cerca de 31 mil, sendo aproximadamente 1,5 mil delas apenas em Goiás – é mais do que suficiente para suprir a demanda de médicos nos Estados. Para ele, falhas na distribuição territorial destes profissionais, como as apontadas no recém-divulgado estudo Demografia Médica no Brasil 2018, devem ser sanadas de outra forma e a graduação de mais médicos não é uma delas.
Desde o ano passado, Leonardo Mariano Reis vem alertando que muitas escolas médicas abertas nos últimos anos não oferecem a estrutura física e didático-pedagógica necessária para a formação de profissionais qualificados para o atendimento da população. Defendendo a melhoria do ensino médico, o Cremego instituiu, em 2017, o exame para formandos e recém-formados em medicina.
A primeira prova foi aplicada no dia 16 de dezembro. O exame será realizado anualmente e objetivo é avaliar a qualidade do ensino médico e contribuir com as escolas na identificação e correção de possíveis falhas. A participação na prova é facultativa, mas o Conselho defende e trabalha para que esse exame seja obrigatório em todo o País e apenas os aprovados possam exercer a medicina.
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O POPULAR

Em 1 semana, casos sobem 80%

H1N1 Boletim da Secretaria Municipal de Saúde aponta a confirmação de 27 casos de SRAG na capital, seis a mais do que o informado pela secretaria estadual na última segunda-feira

Em Goiânia, foram confirmados até ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) 27 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de Influenza A/H1N1, um aumento de 80% em relação ao último boletim da pasta, do dia 28 de março. A diferença é de seis casos em relação ao boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás, que foi atualizado na segunda-feira e registrou 21 casos graves na capital e 44 em todo o Estado.
Até o momento, foram registrados cinco óbitos por H1N1, sendo dois em Goiânia, dois em Trindade, na Vila São Cottolengo, e um em Jaupaci. No início da semana, relatório da SES contabilizava três óbitos. Foi confirmado posteriormente a morte pela H1N1 do pediatra Luiz Sérgio de Aquino Moura, de 57 anos. A SMS não soube dizer qual era o outro caso que consta no boletim municipal.
Ao todo, o relatório registrou 219 casos de SRAG atendidos na capital, sendo 146 de pacientes que moram em Goiânia. O número representa um aumento de 60% dos casos da capital, em relação ao relatório do último dia 28. Os registros da síndrome podem ser por outros tipos de vírus respiratórios.
A gerente de vigilância epidemiológica da SES, Magna Carvalho, pontuou que a Saúde não conhece 100% dos casos de H1N1, uma vez que notificações e monitoramentos são dos casos graves que evoluem para SRAG. "É claro que deve ter mais casos de H1N1. Mas os esforços são concentrados nos graves. Pode ter mais gente com Infiuenza e não estão de fato no boletim", explicou.
Além disso, nos casos de H1N1 que não são graves a notificação não é compulsória. Magna afirma que a SES só sabe e inclui na estatística os casos que chegam a ela. Assim, mesmo casos de SRAG podem, por vezes, não ser informados à secretaria pelo servidor da saúde, em especial por parte da rede privada, de acordo com ela.
A gerente pontua ainda que um caso suspeito não significa que seja H1N1. A doença é Influenza. Pode ser outra", disse, explicando que por vezes o sintomas se confundem com outros vírus respiratórios. "É quase impossível o médico dizer que é H1N1 sem ter o exame. "
ADOENÇA
Professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Marcelo Rabahi explica que qualquer tipo de Influenza tem característica de ser mais agressiva do que um resfriado comum. O pneumologista esclarece que a Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) é pneumonia, mas nem toda pneumonia vai evoluir para SRAG.
Conforme explicou, a Influenza causa uma lesão na parte interna da traqueia, dos brônquios e dos alvéolos pulmonares. Esta lesão provoca uma reação do corpo, que gera uma substância que fica na entrada do pulmão e acaba obstruindo o local por onde o oxigênio passa para o sangue. Por isso o paciente sente falta de ar. A lesão também faz com que o paciente perca a capacidade de defesa. Assim, na fase final, de recuperação da SRAG, o paciente pode contrair uma pneumonia bacteriana e ficar grave.
Para diferenciar a Influenza de um resfriado o médico explicou que a preocupação deve ser com febre alta e falta de ar. Diferente da dengue, por exemplo, a Influenza ataca o pulmão.
Pediatra vítima de H1N1 teve causa de morte registrada como pneumonia, que soma 69 óbitos
O pediatra Luiz Sérgio de Aquino Moura, que morreu após ser contaminado pelo vírus Influenza A/H1 N1, teve causa de morte registrada como pneumonia. De 12 de março até o início da manhã de ontem, 69 mortes por pneumonia foram registradas na Central de Óbitos, em Goiânia, sendo duas por H1N1, oito bacterianas e outras 59 especificadas somente como pneumonia. Dados do Data Sus, do Ministério da Saúde, mostram que em março e abril do ano passado houve 42 casos de óbito por pneumonia na capital. Apesar de serem dados do Sistema Único de Saúde (SUS), estatísticas da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) apontam
que entre 80% e 90% da população goiana utilizao serviço público.
A pneumonia pode ocorrer em decorrência da contaminação pelo vírus da Influenza A, que gera a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Entre os óbitos que deram entrada como pneumonia no Serviço de Verificação de Óbito (SVO) está o de José Nilton Pereira da Rocha, que morreu na última quarta-feira. Ele estava internado em uma área de acesso restrito no Cais do Setor Leste Vila Nova, na capital.
O material biológico de José Nilton foi coletado e encaminhado para exames no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiro (Lacen), do Estado.
Houve aindao caso de Wendy Oliveira Hosoyo, bebê de 2 meses que morreu na quarta-feira no Cais Campinas e cuja causa de morte é apontada como pneumonia.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, afirmou que sem comparativos com outros anos, o dado de óbitos por pneumonia é vazio. Segundo Flúvia, é preciso observar ainda se as mortes são de residentes em Goiânia ou se há pacientes do interior. A superintendente informou que não conseguiu confirmar as informações no sistema, uma vez que ficou fora do ar durante a tarde, após a chuva, (ivânia Cavalcanti)
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DIÁRIO DA MANHÃ

H1N1 deixa goianos em pânico

Só em Goiânia, 11 casos de óbitos foram confirmados e 12 em Trindade

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou ontem, mais duas mortes em Goiânia causada pelo vírus H1N1, dentre eles o médico pediatra Luiz Sérgio de Aquino Moura (57), que faleceu no domingo, na UTI do Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). O resultado foi obtido por meio de exame denominado PCR, preconizado pelo Ministério da Saúde para determinar as causas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocado pelo vírus H1N1. Com isso, em Goiânia já somam onze casos em pacientes que evoluíram com SRAG, sendo seis deles classificados como SRAG não especificada, ou seja, não foi identificado a etiologia da infecção e dois foram classificados com SRAG causado por outro vírus respiratório, o metapneumovírus, e dois óbitos por influenza A (H1N1). Na Vila São Cottolengo, em Trindade, já foram mais doze vítimas fatais. Demais suspeitas estão sendo investigadas.
Com a divulgação dos casos de H1N1 confirmados e principalmente os óbitos, a população está em pânico. Após a divulgação da mudança no calendário da campanha da vacinação contra o vírus, muitas pessoas estão recorrendo a clínicas particulares para adquirir a vacina. Algumas pessoas estão evitando locais aglomerados e até mesmo sair de casa.
VACINA
A vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é trivalente, protegendo contra três tipos do micro-organismo: o H3N2, H1N1 e o B.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza A que estava prevista para o dia 16 de abril, foi adiada para o dia 23 de abril, sendo que no dia 12 de maio será o Dia D, onde haverá uma mobilização nacional. A campanha está prevista para encerrar no dia 1º de junho. De acordo com a Secretaria de Saúde, o motivo da mudança é devido ao atraso da entrega das vacinas em todo País.
Inicialmente, a vacina será disponibilizada somente para o grupo de risco, que são: pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, profissionais da saúde, professores de escolas públicas ou privadas, indígenas, puérperas, portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais, quem está com sintomas de H1N1 e funcionários do sistema prisional. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é vacinar 90% dos grupos prioritários.
Apesar da Secretaria de Saúde informar para a população que não há motivo para pânico, e que a campanha será realizada no período antes do pico de transmissão do vírus, que comumente ocorre nos mês de julho, muitos não querem arriscar e estão indo em busca das vacinas contra Influenza A/H1N1, H3N2 e B em clínicas particulares. Com o aumento da procura, algumas clínicas não estão conseguindo atender a demanda.
O Laboratório Padrão recebeu nesta semana 350 doses da vacina Tetravalente, que já se esgotou, mas o reabastecimento será feito ainda hoje. Serão entregues mil doses da vacina Trivalente. Segundo a médica infectologista e coordenadora do setor de vacinas do Padrão, Priscila Saleme, os fornecedores estão reabastecendo conforme o previsto e não há falta de vacinas. Os valores das vacinas variam de R$ 60 a R$ 120.
A estudante Ana Cláudia Macedo, 23 anos, decidiu não aguardar o início da campanha de vacinação e optou em comprar a vacina. A estudante alega que com tantos casos sendo divulgados não é possível se tranquilizar, e sua maior preocupação é a filha de 1 ano e 7 meses que ainda não foi imunizada. Com os casos de mortes sendo divulgados, ela prefere evitar sair de casa e só sentirá aliviada quando a filha for vacinada. " Mesmo sem condições financeiras vou comprar a vacina, estamos vivendo um momento de caos na saúde, as filas estão enormes até mesmo na rede privada, demora para começar a campanha de vacinas e enquanto isso,muitas pessoas morrendo", relata.
CRONOGRAMA DE VACINA
– 23/4 a 4/5: Idosos e Trabalhadores da saúde
– 7 a 11/5: Gestantes, puérperas e crianças
– 12/5: Dia "D" TODOS OS GRUPOS
– 14 a 18/5: Comorbidades
– 21 a 25/5: Professores
– 28 a 01/6: todos os grupos
– Indígenas: durante todo o período de campanha
– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: a critério dos municípios.
SINTOMAS
Os sintomas da Gripe H1N1, no início, são muito semelhantes àqueles uma gripe comum, porém, mais acentuados. O paciente pode apresentar também sensação de garganta seca, rouquidão, pele quente e úmida e olhos lacrimejantes.
Nas crianças, a febre pode se apresentar com temperaturas mais altas, acompanhadas muitas vezes de quadros de bronquite e de sintomas gastrointestinais. Já nos idosos, as temperaturas febris não costumam ser muito altas.
Saúde alerta para falsas notícias sobre H1N1 divulgados nas redes sociais
A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) alerta para falsas notícias (fake news) que têm circulado na internet, grupos de whatsapp e mídias sociais, causando pânico na população. A gerente de epidemiologia da SES-GO, Magna Maria de Carvalho, esclarece que o Estado de Goiás não está em situação de epidemia, mas em situação de alerta."É importante esclarecer para as pessoas que fazem uso das redes sociais, que existem várias notícias circulando com informações falsas, gerando um pânico desnecessário e muitas vezes prejudicial, pois faz com que as pessoas corram para rede privada de vacinação, formando filas e permanecendo em aglomerações que são propícias para a transmissão de doenças", orienta.
Uma dessas falsas notícias informou, por exemplo, a morte de crianças em um hospital particular de Goiânia. Essa unidade, por sua vez, divulgou nota esclarecendo que nenhuma criança havia falecido no hospital, com suspeita de H1N1, e que todos os profissionais que atuam na unidade estão saudáveis.
Magna orienta ainda que é importante tomar medidas de precaução como evitar levar crianças pequenas, gestantes ou idosos a locais onde há aglomerações; lavar sempre as mãos com água e sabão ao voltar da rua ou sempre que tiver contato com muitas pessoas; usar lenços de papel ao tossir e espirrar; e, diante de qualquer sinal de alarme como febre alta, falta de ar e dor no corpo procurar, imediatamente, auxílio médico.
EM APARECIDA
Assim como todas as cidades do Estado de Goiás, Aparecida de Goiânia também está em alerta com a Gripe H1N1 e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que já vem se preparando desde o início do ano para a situação. A coordenadora médica da pasta, Kátia Michelle Bomfim ressalta que todas as unidades de saúde da cidade estão abastecidas com os materiais necessários e os profissionais da área foram capacitados sobre as principais medidas de proteção contra a doença. Além disso, as ações educativas serão reforçadas nas unidades de saúde para informar a população sobre cuidados e hábitos de higiene.
De acordo com dados atualizados da SMS, Aparecida de Goiânia registrou, neste ano, três casos confirmados, 18 suspeitas de contaminação de H1N1 e nenhum óbito ocasionado pela doença. Segundo a coordenadora, não se pode falar em epidemia na cidade. "A população deve ficar atenta sim, tomar todas as medidas de prevenção e observar a intensificação dos sintomas comuns da gripe, pois nem toda síndrome gripal é H1N1 e nem todas irão se agravar", afirma Kátia Michelle. Outra medida tomada pela SMS foi o pedido de ampliação de leitos especializados junto as instituições parceiras e ao Estado de Goiás.
A coordenadora explica que qualquer paciente com sinais normais de gripe deve procurar ajuda médica. "Não precisa ser, necessariamente, em uma Unidade de Urgência. Indicamos procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que também tem equipe médica apta a fazer o tratamento", explicou. No entanto, ela destaca que os pacientes com sintomas mais graves como falta de ar, dor torácica, prostração, parada ingesta de líquidos e alimentos e febre alta persistente precisam procurar uma Unidade de Urgência para fazer o diagnóstico e tratamento adequados.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação