ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anuncia fechamento de pediatria e obstetrícia
Prefeitura terceiriza exames de Raio X mesmo com equipamentos novos guardados
Sobe para oito o número de mortes por H1N1 em Goiás
Bebê de três meses morre com suspeita de H1N1 em Goiânia, diz família
Ministro da Saúde anuncia que vacina contra H1N1 chega a Goiás esta semana
Jackson Abrão Entrevista: Debate sobre saúde pública
Atenção ao H3N2
Fraude na fosfoetanolamina
Bebê morre suspeito de estar com gripe H1N1, em Goiânia
Unimed Goiânia desenvolve o segundo Ciclo do Programa de Integridade
Novo adesivo mede glicose e dispensa necessidade do uso de agulhas
MP recomenda destituição de presidente e Conselho Fiscal de administradora de hospitais de Anápolis
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anuncia fechamento de pediatria e obstetrícia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/santa-casa-de-misericordia-de-goiania-anuncia-fechamento-de-pediatria-e-obstetricia/6649954/
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Prefeitura terceiriza exames de Raio X mesmo com equipamentos novos guardados
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/prefeitura-terceiriza-exames-de-raio-x-mesmo-com-equipamentos-novos-guardados/6649930/
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Sobe para oito o número de mortes por H1N1 em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/sobe-para-oito-o-numero-de-mortes-por-h1n1-em-goias/6649914/
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Bebê de três meses morre com suspeita de H1N1 em Goiânia, diz família
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/bebe-de-tres-meses-morre-com-suspeita-de-h1n1-em-goiania-diz-familia/6648132/
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Ministro da Saúde anuncia que vacina contra H1N1 chega a Goiás esta semana
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/ministro-da-saude-anuncia-que-vacina-contra-h1n1-chega-a-goias-esta-semana/6649020/
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O POPULAR
Jackson Abrão Entrevista: Debate sobre saúde pública
https://www.opopular.com.br/editorias/videos/jackson-abr%C3%A3o-entrevista-debate-sobre-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica-1.1499960
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DIÁRIO DA MANHÃ
Atenção ao H3N2
Vírus que provocou surto de gripe nos EUA também circula no Brasil, mas não é possível afirmar que a incidência do H3N2 no Brasil será igual à que ocorreu nos Estados Unidos
Com a chegada do outono, é esperado que novamente o vírus Influenza, causador das gripes, comece a circular com mais intensidade no país. Além do vírus H1N1, também conhecida como gripe influenza tipo A ou gripe suína, alguns estados já registraram os primeiros casos de infecção pelo H3N2, um tipo do vírus Influenza que só nos Estados Unidos, infectou mais de 47 mil pessoas e provocou diversas mortes, principalmente de crianças e idosos.
Segundo o último informe epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, já são 13 os estados brasileiros que registraram 57 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, (SARS, na sigla em inglês), causado pelo Influenza A (H3N2), resultando em 10 mortes este ano, sendo três casos em São Paulo.
A circulação do H3N2 no Brasil não é novidade. Segundo a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a biomédica Regiane de Paula, o vírus H3N2 circula no país há bastante tempo. "O que acontece é uma sazonalidade, por isso em todo mês de setembro um grupo se reúne na Organização Mundial de Saúde (OMS) para entender qual é o vírus que está circulando, principalmente no hemisfério Norte, e isso replica um pouco no Brasil."
A diretora explicou que a imunização contra o vírus está na vacina da gripe. "A vacina já vem com uma composição que abrange esses tipos de life vírus [vírus vivo] que são específicos para a imunização, a vacina já tem o H1N1, o H3N2 e tem também influenza B".
Para a biomédica, não é possível afirmar que a incidência no H3N2 no Brasil será igual ao que ocorreu nos Estados Unidos. "Não podemos falar que vamos ter [o H3N2] exatamente da mesma maneira [no Brasil], lembrando que há um inverno muito mais intenso na América do Norte. Estamos em um país tropical, ainda não esfriou, mas estamos em mundo globalizado", ressalta.
Segundo Regiane de Paula, a vigilância epidemiológica dos estados e municípios e também o Ministério da Saúde usam como referência o que ocorreu no hemisfério Norte. "Durante 2014 e 2015 houve incidência do H1N1 e isso se manteve durante o ano de 2017. Agora, em 2018, também temos o H3N2, que está circulando nesse momento pelo estado de São Paulo e no Brasil".
Para a diretora, apesar disso não há nenhuma mudança significativa na incidência do vírus H3N2 no Brasil. "Ao compararmos os boletins epidemiológicos do ano passado com os dados desse ano, no estado de São Paulo, eles estão muito semelhantes", e que a Vigilância Epidemiológica está monitorando os dados, "nesse momento estamos monitorando como está a circulação desse vírus no estado", acrescentou.
Vacinação
O Ministério da Saúde ainda não marcou o início da campanha nacional de vacinação, mas segundo a assessoria de imprensa da pasta, deve ocorre entre abril e maio. Idosos acima de 60 anos, crianças com mais de 6 meses e menores de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas e professores da rede pública e particular serão convocados para a imunização. Os grupos alvoa da campanha são os mais vulneráveis.
Prevenção
As medidas de prevenção para o H3N2 são as mesmas que os outros tipos de influenza. "É seguir a etiqueta respiratória: colocar sempre o braço para tossir e/ou espirrar nas pessoas (porque ao tossir/espirrar nas mãos a pessoa pode tocar em superfícies e passar o vírus), fazer a lavagem das mãos, evitar locais fechados, principalmente população de risco e, aos primeiros sinais de sintomas, procurar um médico", destacou biomédica.
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Fraude na fosfoetanolamina
Análises feitas por pesquisadores revelam que não há traço da substância no produto, agora comercializado como suplemento alimentar
A fosfoetanolamina, a polêmica "pílula do câncer", que chegou a ser distribuída à população por força de lei sancionada por Dilma Rousseff em abril de 2016, até a sua suspensão pelo STF logo no mês seguinte, voltou à tona neste início de janeiro de 2018, agora como um caso de polícia. Diante de vários pareceres contrários, médicos e legais, à sua utilização contra diversos tipos de câncer por falta de eficácia comprovada, a fosfoetanolamina passou a ser comercializada como suplemento alimentar-o que não é proibido pela legislação. Ocorre que avaliações realizadas no Instituto de Química (IQ) da Unicamp consta taram que este produto não traz um traço sequer da substância. Laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), solicitado pela Polícia Civil e recém-divulgado, também constatou a inexistência de fosfoetanolamina em cápsulas de suplemento da empresa Quality Medicai Line.
O dito suplemento alimentar promete melhorar a qualidade de vida, o desempenho de células de defesa do organismo e o equilíbrio das funções metabólicas do corpo, embora implicitamente explore a esperança para a cura do câncer. 'Agora, o consumidor pode estar- sendo vítima de fraude a partir- de um mesmo produto", diz o professor Luiz Carlos Dias, coordenador do Laboratório de Química Orgânica Sintética do IQ. O docente foi responsável pelas análises de cápsulas do lote número 1701053, colocado à venda na internet por 99 dólares (mais de R$ 300) o frasco, adquirido e examinado a pedido do jornal Zero Hora e da RBSTV (Rede Brasil Sul), que em 3 de janeiro divulgaram reportagens que levaram a Polícia Civil a deflagrar a "Operação Placebo".
BREVE HISTÓRICO
Isolada pela primeira vezem 1936, no Canadá, a fosfoetanolamina passou a ser estudada no Brasil nos anos 90 pelo químico Gilberto Orivaldo Chierice, do Instituto de Química da USP de São Carlos. Depois de pesquisas com células cancerígenas in vitro e in vivo em pequenos animais, o pesquisador passou a promover, há alguns anos, a distribuição de cápsulas da substância a portadores de diversos tipos da doença.
Diante da repercussão da terapia e da oposição da comunidade científica, que não via indicativos conclusivos nas pesquisa s realizadas pelo grupo de Chierice, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) criou, em 2015, uma equipe de trabalho para realização de estudos que atestassem a segurança e eficácia da substância. Apesar dos pareceres contrários à fosfoetanolamina emitidos pelo MCn e por entidades ligadas à saúde, o governo Dilma promulgou lei autorizando seu uso. l ogo depois, em maio de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a lei, pondo fim à controvérsia envolvendo a chamada "pílula do câncer".
A partir de então, a substância começaria a ser comercializada como suplemento alimentar, pela empresa Quality Medicai Line, sediada em Miami (EUA) e constituída por sócios brasileiros, entre os quais dois ex-integrantes do grupo de Gilberto Chierice: o médico Renato Meneguelo e o bioquímico Marcos Vinícius de Almeida. A denúncia de que o suplemento não contém fosfoetanolamina, feita ao Grupo de Investigação (GDI) da rede de comunicação gaúcha, partiu de um ex-sócio da Quality, Humberto Silva de Luca, que deixou a empresa por desentendimentos.
Para confirmar a denúncia, o GDI solicitou as análises ao professor Luiz Carlos Dias devido à sua experiência anterior com a fosfoetanolamina. Os resultados, segundo o pesquisador da Unicamp, mostraram que as cápsulas do lote examinado não continham a substância: 96% do conteúdo era de excipientes usados para dar cor e consistência à mistura, comuns em medicamentos, mas desprovidos de quaisquer efeitos terapêuticos benéficos.
Os 4% restantes eram de fosfato de monoetanolamônio, derivado da reação química entre ácido fosfórico e monoetanolamina (matérias primas usadas na síntese da fosfoetanolamina) – tal substância já se revelara com efeito muito reduzido no combate ao câncer de pele, mas muito tóxica, pois ataca células sadias e doentes. "Para mim foi uma surpresa muito grande", afirma o docente, que manifesta profunda indignação e revolta diante da comercialização de um produto comprovadamente inócuo, que não contém sequer o componente que leva as pessoas a comprá-lo.
Após as reportagens no Zero Hora e na RSBTV, a Polícia Civil deflagrou a "Operação Placebo", contra uma organização suspeita dos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os policiais cumpriram diversos mandados de busca e apreensão, além do sequestro de cerca de 80 veículos e o bloqueio de 33 contas bancárias em Porto Alegre e cidades de sua Região Metropolitana.
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O HOJE
Bebê morre suspeito de estar com gripe H1N1, em Goiânia
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai investigar a morte para determinar se a causa foi por gripe H1N1
Um bebê morreu no último sábado (07) com suspeita de H1N1, em Goiânia. Eliel Bernardo Lacerda Cunha, de três meses de vida, estava internado no Hospital Infantil de Campinhas desde sexta-feira (06) e recebeu tratamentos contra uma suposta bronquiolite, segundo a família. O bebê teve o primeiro atendimento no dia 2 de abril e havia voltado para casa.
Natália da Cunha, mãe de Eliel, suspeitava de que o menino estava recebendo o tratamento para a doença errada, visto que ele não melhorava. Ela registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil (PC) após a morte do bebê com a denúncia de que o hospital foi negligente. Segundo ela, um pedido de Tamiflu no Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) foi negado mesmo após a confirmação de H1N1 e emissão de uma receita.
De acordo com Natália, após os exames realizados, uma médica olhou o Raio-X e não verificou o hemograma. Depois, o bebê começou a tossir sangue e outro médico afirmou que era normal. Conforme o comunicado da coordenação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde, o tratamento com Tamiflu começou apenas no dia 07, logo antes da morte de Eliel, porque ele não apresentava melhoras.
A morte do bebê ainda será investigada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para determinar se a causa foi por gripe H1N1. Eliel foi enterrado no domingo (08) e não houve velório. Os funcionários do cemitério vestiram uma roupa especial e máscaras com a intenção de evitar contaminação com o suposto vírus.
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A REDAÇÃO
Unimed Goiânia desenvolve o segundo Ciclo do Programa de Integridade
Goiânia – A Unimed Goiânia aderiu ao Programa de Integridade em 2015 e, recentemente, passou pelo segundo ciclo de análise de um conjunto de indicadores de suas práticas de compliance, concretizado pelo Instituto Ethos. Foram avaliados o Código de Conduta, as práticas de concorrência, o sistema de gestão de fornecedores, os mecanismos de denúncia, os patrocínios e as doações. No decorrer deste ano, as gerências irão desenvolver uma série de ações para melhorar esses indicadores.
No ciclo anterior, realizado no ano passado, a avaliação mostrou que foram alcançadas todas as metas propostas para os seis indicadores escolhidos, sendo que três deles foram superados. Nos indicadores Código de Conduta, Programa de Integridade e Sistema de Gestão de Fornecedores, a meta de passar para o estágio seguinte foi cumprida. Já na governança da organização, práticas anticorrupção e mecanismos de denúncia, a Cooperativa deu um salto para estágios mais avançados.
Entenda o programa:
A Unimed Goiânia está implementando políticas de compliance através do Programa de Promoção da Integridade do Sistema Unimed. Desenvolvido em parceria com a Unimed do Brasil e o Instituto Ethos, ele visa diagnosticar como a conduta íntegra é tratada pelas cooperativas para, em seguida, identificar e propor as principais práticas de prevenção e combate à corrupção a ser implantadas. A proposta se alinha à necessidade de estar de acordo com a Lei Anticorrupção nº 12.846.
Parceiro importante do Programa de Integridade, o Instituto Ethos foi criado em 1998 por um grupo de empresários e executivos da iniciativa privada e tornou-se um polo de organização de conhecimento, troca de experiências e desenvolvimento de ferramentas para auxiliar as empresas a analisar suas práticas de gestão e aprofundar seu compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável.
O instituto propõe-se a disseminar a prática da responsabilidade social empresarial, ajudando as instituições nas seguintes ações:
– compreender e incorporar de forma progressiva o conceito do comportamento empresarial socialmente responsável;
– implementar políticas e práticas que atendam a elevados critérios éticos, contribuindo para o alcance do sucesso econômico sustentável a longo prazo;
– assumir suas responsabilidades com todos aqueles que são atingidos por suas atividades;
– demonstrar a seus acionistas a relevância de um comportamento socialmente responsável para o retorno a longo prazo sobre seus investimentos;
– identificar formas inovadoras e eficazes de atuar em parceria com as comunidades na construção do bem-estar comum;
– prosperar, contribuindo para um desenvolvimento social, econômico e ambientalmente sustentável.
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JORNAL OPÇÃO
Novo adesivo mede glicose e dispensa necessidade do uso de agulhas
Dispositivo de baixo custo pode facilitar mais ainda o processo da medição, que é indispensável para quem sofre de diabetes
Um estudo publicado nesta segunda-feira (9/4) pela revista Nature Nanotechnology apresenta um novo adesivo que serve para medir o nível de glicose através da pele, o que pode fazer com que milhões de diabéticos não precisem usar agulhas para fazer as medições periódicas. A informação é da EFE.
O adesivo extrai a glicose do fluido entre as células epiteliais através dos folículos pilosos, aos quais tem acesso individualmente graças a sensores em miniatura que usam uma pequena corrente elétrica e recolhem a glicose em pequenos reservatórios para medi-la.
As leituras do nível da substância podem ser feitas a cada 10 ou 15 minutos ao longo de várias horas, segundo o estudo da Universidade de Bath, no Reino Unido.
Graças a um conjunto de sensores e reservatórios, o adesivo não precisa ser calibrado com uma mostra de sangue, o que torna desnecessária a perfuração dos dedos, comum no processo de medição de glicose.
Informe de baixo custo
A equipe criadora do adesivo espera que este possa se tornar um dispositivo de baixo custo que envie de maneira regular medições relevantes do nível de glicose a smartphones e relógios smart do usuário e alerte se é necessário tomar alguma medida.
“Uma grande vantagem” deste dispositivo, segundo os pesquisadores, é que cada sensor em miniatura pode operar em uma pequena área sobre um folículo piloso individual, o que aumenta a precisão das medições.
Para este estudo, a equipe testou o adesivo tanto na pele de porcos, onde demonstrou que podia ler de maneira precisa os níveis de glicose em todas as categorias observadas em pacientes humanos diabéticos, quanto em pessoas voluntárias, nas quais também foi possível monitorar as variações de açúcar no sangue ao longo do dia.
O próximo passo é melhorar o design do adesivo para otimizar o seu número de sensores, demonstrar sua total eficácia durante um período de 24 horas e realizar testes clínicos fundamentais.
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MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
MP recomenda destituição de presidente e Conselho Fiscal de administradora de hospitais de Anápolis
O Ministério Público de Goiás, atuando por meio da 9ª Promotoria de Justiça de Anápolis, expediu, na última semana, recomendação à Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa) para que destitua a presidente e todos os membros do conselho fiscal da instituição. A recomendação vem no âmbito da apuração de irregularidades na administração da entidade, que teve contas rejeitadas dos exercícios financeiros no período entre 2012 e 2016. A Fasa é a administradora da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis e Hospital de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo.
De acordo com o documento, de 1999 a 2015, data da última atualização de cálculo, a Fasa recolheu um valor inferior ao devido, ou mesmo deixou de recolher, o FGTS de seus empregados, gerando uma dívida de mais R$ 6 milhões. Embora a omissão tenha sido regularizada, os termos de parcelamento com a Caixa Econômica Federal geraram juros de mora, multa e atualização monetária, causando prejuízo patrimonial. Além disso, o patrimônio da instituição tem sido dilapidado pelo contínuo atraso do PIS/Pasep, que também resultou em outro termo de parcelamento com juros de mora e multas. Ainda com relação à irregularidades financeiras, o Ministério Público apurou que a administração da entidade tem atuado como uma “autêntica instituição financeira”, realizando adiantamentos de valores sem controle adequado, com devolução após longo período, sem incidência de juros e correção monetária. A má administração também foi atestada por auditoria independente contratada pela própria Fasa.
Assim, é apontado que as irregularidades têm afetado os serviços prestados pela Santa Casa de Misericórdia, a ponto de a Secretária Municipal de Saúde comunicar formalmente o MP sobre o descumprimento de contrato com a entidade para a realização de exames médicos e atendimento de pacientes portadores de câncer. Como resultado, o MP tem impetrado mandados de segurança individuais, na condição de substituto processual e na tutela de direitos individuais indisponíveis de pacientes prejudicados.
Outro fato inadequado apurado pela Promotoria é a existência de uma procuração, outorgada pela Fasa, que confere amplos e irrestritos poderes a Maria da Glória Fernandes Coelho na gestão administrativa da entidade. Na visão do MP, o documento usurpa as funções que deveriam ser desempenhadas pelo curador e pelo Conselho Fiscal da Fundação, caracterizando uma autêntica burla ao Estatuto Social da entidade.
Como resultado, a Promotoria recomendou aos membros do Conselho Curador da Fasa que promovam, no prazo de 30 dias, a destituição de sua presidente e de todos os membros do Conselho Fiscal, com a nomeação de outros membros, na forma do Estatuto Social, preferencialmente com formação jurídica ou em ciências contábeis. Recomendou-se também a revogação do instrumento procuratório que confere a Maria da Glória Fernandes Coelho poderes irrestritos na administração da fundação.
Para o Ministério Público, é imprescindível que ocorra a substituição dos responsáveis pela administração da entidade, notadamente pelo fato de que o atual corpo diretivo é diretamente responsável pela rejeição das contas e das demais irregularidades. Nesse sentido, o afastamento se justifica em razão de que, nos termos o artigo 21 do Estatuto Social da Fasa, a presidente do Conselho Curador é investida de atribuições executivas, sendo incumbida da administração geral da fundação.
A Promotoria observa ainda que a responsabilidade também recai aos membros do Conselho Fiscal, já que não existe qualquer informação ou comunicação de providências adotadas pelo órgão, que tem autonomia para deliberar sobre todos os assuntos inerentes à entidade, e que, de acordo com o artigo 22, inciso I do Estatuto, devem ser tomadas medidas administrativas necessárias para a adequação da instituição, sob pena de se incorrer em omissão dolosa.
Desta forma, os membros do Conselho Curador da Fundação deverão se manifestar sobre o cumprimento da recomendação em um prazo máximo de 10 dias. Em caso de desatendimento, falta de resposta ou a resposta ser considerada inconsistente, é alertado sobre a possibilidade de adoção de medidas administrativas e judiciais cabíveis, como a decretação de intervenção na fundação.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação