ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pacientes reclamam da dificuldade para conseguir autorização para exames e consultas em GO
Família pede ajuda para pagar cirurgia de menino em Goiânia
Artigo – A diretoria da ANS deve pedir o boné
Dispositivo indica em poucos minutos se paciente tem hepatite C
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Pacientes reclamam da dificuldade para conseguir autorização para exames e consultas em GO
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-reclamam-da-dificuldade-para-conseguir-autorizacao-para-exames-e-consultas-em-go/6914194/
…………….
Família pede ajuda para pagar cirurgia de menino em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/familia-pede-ajuda-para-pagar-cirurgia-de-menino-em-goiania/6914201/
…………
O POPULAR
Artigo – A diretoria da ANS deve pedir o boné
Desmoralizada pela tunga que tentou impor a vítimas dos planos de saúde, ela deve ir embora, mas não já
Os diretores da Agência Nacional de Saúde poderiam salvar suas biografias indo para casa. Basta que anunciem sua disposição de deixar os cargos no primeiro dia de mandato do novo presidente. Não devem fazê-lo agora porque seriam substituídos por farinha do mesmo saco. Na sua composição oficial, o presidente da ANS foi nomeado graças aos bons ofícios do senador Romero Jucá. Seu colega Eunício Oliveira nomeou três, e Ciro Nogueira ficou com um.
Em junho passado a ANS baixou uma norma que entraria em vigor em dezembro, aumentando em até 40% o valor da coparticipação de 24 milhões de vítimas no custeio de procedimentos médicos. Os diretores que aprovaram a medida e depois a revogaram devem ir embora antes do fim de seus mandatos porque expuseram o mafuá que orienta suas decisões.
A medida foi combatida, mas até aí seria o jogo jogado. Semanas depois, a presidente do Supremo Tribunal Federal bloqueou-a. Defendendo-se, Rodrigo Aguiar, um dos diretores da agência, disse: “A ANS foi criada para proteger o sistema de saúde suplementar. Obviamente, na nossa regulação, a gente considera a vulnerabilidade do consumidor, mas a gente não é um órgão de defesa do consumidor”.
Em tese, “a gente” poderia até ter razão, mas um estudo do Ministério da Fazenda acertou na mosca quando viu a “possibilidade de formação de conluio entre as firmas para influenciar o resultado” e condenou a “dificuldade de acesso a informações de custos resultantes da competição dos agentes”. Em apenas 24 palavras, matou a charada.
Os custos hospitalares, viga mestra dos pedidos de reajuste das operadoras, são hoje uma grande caixa-preta. Felizmente, assustou grandes corporações que oferecem planos de saúde aos seus empregados e disso resultou no surgimento de empresas que fiscalizam as contas hospitalares. A maior delas infelizmente mantém seus dados sob sigilo para o público.
Mesmo assim, a repórter Cristiane Segatto pescou casos exemplares: em 18% de casos de diagnósticos de sinusite, coisa que pode ser resolvida com uma radiografia (R$ 33, na média), fizeram-se tomografias (R$ 240). Em 30 mil contas emitidas entre 2013 e 2017 acharam-se cobranças pelo uso de um equipamento hospitalar durante um período superior ao da internação do paciente. Valor do truque: R$ 24 milhões.
Em 2015 alguns hospitais fizeram 100% de suas 364 cirurgias de quadril usando um material que encarecia em 64% o custo do procedimento. O uso do material seria razoável em 10% dos casos.
As operadoras acabam mal faladas porque vivem numa cultura de preguiça, sem discutir publicamente os custos hospitalares. Basta lembrar que há dezenas de hospitais onde os pedidos de ressonâncias magnéticas superam a taxa com que trabalha o Hospital Sírio-Libanês.
Os diretores da ANS devem ir para casa porque baixaram a norma e recuaram. Se a norma era sadia, como disseram por mais de um mês, não deveria ter sido revogada. Se o foi, não deveria ter sido baixada, muito menos defendida com argumentos de segunda classe.
Depois de ter dito que “a gente não é um órgão de defesa do consumidor”, o doutor Rodrigo Aguiar comandou o recuo reconhecendo que “a resolução causou grande apreensão na sociedade, que não a recepcionou da forma positiva.” Disse a coisa e seu contrário.
Engana-se quem acredita que o jogo terminou. A ANS informou que fará uma nova rodada de audiências públicas para discutir a questão. As operadoras e suas guildas não trabalham com essa mercadoria. Elas gostam do escurinho de Brasília. Expor os custos hospitalares, nem pensar.
Elio Gaspari – Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles “A Ditadura Encurralada”
…………………………….
DIÁRIO DA MANHÃ
Dispositivo indica em poucos minutos se paciente tem hepatite C
Os resultados obtidos pelo aparelho são transmitidos por rede sem fio diretamente para um aplicativo de celular que poderá ser utilizado por profissionais da saúde
Um aparelho eletrônico que indica em poucos minutos se uma pessoa tem hepatite C foi desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.
O estudo, feito pelo engenheiro João Paulo de Campos da Costa, teve como motivos a baixa precisão e o elevado custo da maior parte dos exames convencionais para identificar a doença.
O indivíduo infectado com o vírus da hepatite C (denominado VHC), tem no sangue o anticorpo que combate a doença, o anti-VHC. O novo equipamento detecta se o paciente contém esse anticorpo a partir do sangue extraído, realizando procedimentos em laboratório até que uma gota do composto final seja pingada sobre um pequeno sensor eletroquímico que contém uma proteína do VHC.
"Caso a pessoa possua os anticorpos contra o vírus, eles irão 'se ligar' com a proteína viral, gerando uma reação que diminui a corrente elétrica que passa pelo aparelho. É justamente essa redução na corrente que nos indica a infecção da pessoa", disse Costa em comunicado do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC.
Segundo ele, o aparelho é mil vezes mais sensível na detecção do anti-VHC se comparado aos modelos de exames convencionais que, algumas vezes, não são capazes de identificar pequenas quantidades de anticorpos. O dispositivo exibe o diagnóstico em, no máximo, 10 minutos.
O dispositivo foi desenvolvido durante o mestrado de Costa no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC. O estudo foi feito no âmbito do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP.
Os resultados obtidos pelo aparelho são transmitidos por rede sem fio diretamente para um aplicativo de celular que poderá ser utilizado por profissionais da saúde. Intuitivo e com simples funcionamento, o aplicativo ainda é capaz de armazenar o exame do paciente em um cartão de memória e enviá-lo, via e-mail ou redes sociais, como WhatsApp e Facebook, ao médico responsável que irá interpretar o diagnóstico e definir o melhor tratamento da pessoa infectada.
Para auxiliar o médico no tratamento mais específico de cada paciente, o sistema desenvolvido por Costa também pode ser programado para quantificar os anticorpos encontrados no soro sanguíneo, e até mesmo atuar no diagnóstico de outras doenças crônicas virais, como o HIV e outros tipos de hepatite.
Ainda não há previsão de comercialização, mas, segundo Costa, o dispositivo pode ser facilmente produzido em escala industrial. Outra vantagem do aparelho é a portabilidade. Isso porque é possível levar o exame até pessoas com dificuldades de locomoção ou acamadas, que não conseguem se deslocar ao hospital mais próximo, ou mesmo a populações residentes em áreas de difícil acesso.
………………..
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação