Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/11/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES


Fique de olho na hora de escolher procedimentos estéticos
Coluna Evidências
Cubanos começam a ir embora de Goiás
OSs novatas assumem gestões
Conselhos de medicina vão acelerar registro de recém-formados para participar do Mais Médicos
Mais Médicos registra 11,5 mil inscrições, mas menos de metade é efetivada
Médicos brasileiros recusam-se a ir onde estavam cubanos
Primeiros cubanos começam a deixar Brasil após fim da parceria com Mais Médicos
MPF inicia procedimento para apurar falhas na acessibilidade do portal do Mais Médicos


TV SERRA DOURADA

Fique de olho na hora de escolher procedimentos estéticos
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DIÁRIO DA MANHÃ

Coluna Evidências

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, será um dos palestrantes de hoje do 1º Congresso da Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem) de Goiás, que acontece no auditório da Cifarma, no Jardim Guanabara. Ele participará da mesa-redonda Carreira Médica e vai abordar o tema Marketing Médico.

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O POPULAR

Cubanos começam a ir embora de Goiás

Primeiros a deixarem o País voltaram para Cuba em voos na quinta-feira. Estão previstas mais quatro viagens até sábado. Estado tinha 198 profissionais cubanos
Alguns dos médicos cubanos que vinham atendendo em Goiás dentro do programa Mais Médicos embarcaram ontem, em Brasília, no primeiro voo de retorno ao seu país. O cronograma de saída dos 8,3 mil profissionais foi acertado no início da semana entre os governos do Brasil, de Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), responsável pela coordenação do programa. A assessoria de comunicação da OPAS não detalhou o número de médicos que embarcou ontem e vai embarcar nesta sexta-feira (23) e neste sábado (24) nos cinco primeiros voos previstos em direção a Havana. Na semana passada o Ministério da Saúde informou que 198 deles estavam atendendo em 93 municípios goianos.
A maioria deles se desligou de seus postos de trabalho na terça-feira. Municípios como Caldazinha, Aparecida de Goiânia e Nerópolis, na região metropolitana de Goiânia, Divinópolis de Goiás, na região Nordeste do estado, e Águas Lindas, no entorno do Distrito Federal, já estão com vagas abertas dentro do Mais Médicos. Daniel Infame Batista, que estava no último município, deixou Águas Lindas e prepara a documentação para retornar a Havana. Uma conterrânea, colega de profissão que preferiu não se identificar, foi embora ontem. "Dinheiro não influencia em nada", disse ela ao POPULAR. A médica, que trabalhou três anos na Venezuela e dois anos em Águas Lindas, afirmou que veio ao Brasil para ajudar as pessoas que mais precisam de atendimento e não têm acesso aos serviços de saúde.
A expectativa da OPAS é que até o dia 12 de dezembro deste ano todos os médicos cubanos vinculados ao Mais Médicos deixem o Brasil. Os primeiros voos estão saindo de Brasília, Manaus, São Paulo e Salvador. Os profissionais estavam distribuídos em cerca de 2,8 mil municípios em todo o país e em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Através de uma cooperação internacional entre Brasil e Cuba e a OPAS, eles começaram a atuar em 2013 em Unidades Básicas de Saúde (UBS) existentes em regiões de grande vulnerabilidade social.
O presidente eleito Jair Bolsonaro condicionou a continuidade do Mais Médicos à revalidação de diplomas dos profissionais no Brasil e ao pagamento a eles do salário integral. Os termos do acordo prevê que o governo brasileiro repasse à OPAS o valor total da bolsa e esta, por sua vez, transfere o montante para o governo de Cuba. Os profissionais médicos recebem apenas um quarto desse total. Para os profissionais brasileiros o Mais Médicos paga mais de R$ 11 mil. A manifestação do futuro presidente do Brasil levou Cuba a cancelar o programa.
Em Goiás, desde que a decisão foi anunciada, médicos cubanos optaram pelo silêncio. Alguns deles disseram ao POPULAR que foram orientados a não comentar o assunto. A OPAS informou que os profissionais são contratados pelo governo de Cuba e o organismo atua apenas como intermediária entre os dois governos. "Se isso ocorreu não foi orientação nossa", explicou a assessoria de comunicação da OPAS. Mariele Dias, que voltou para Cuba ontem, é uma exceção. Ela trabalhou tanto na sede do município de Cavalcante quanto na comunidade quilombola Kalunga. "Foi uma ótima experiência", disse ela antes do embarque no Aeroporto de Brasília.
Mais de 11 mil já se inscreveram no Brasil
O Ministério da Saúde registrou até ontem à tarde 11.429 inscrições no Mais Médicos para as vagas deixadas pelos médicos cubanos que participavam do programa. Cerca de 42% das vagas já foram preenchidas. São 3.648 médicos que já sabem em qual dos 2.824 municípios estarão trabalhando. O ministério não divulgou quantos médicos já foram definidos em Goiás.
No Estado, segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, mais de 1,5 mil médicos têm seus registros feitos por ano.
De acordo com o presidente, com o edital de preenchimento das vagas ociosas vai permitir que as unidades não fiquem sem médicos, porque existem vários profissionais interessados nas vagas deixadas pelos cubanos.
"O programa é bastante atrativo para os médicos de diversas idades, porque o salário também é atrativo para médicos com anos de formação e para os médicos recém-formados", afirmou.
De acordo com Reis, o Estado não terá problemas de déficit de vagas e, apesar dos problemas técnicos, a procura tem sido muito intensa. "Todo os municípios têm sido procurados, e quando as vagas já estão preenchidas, eles são redirecionados para outro", opinou.
A médica Taisa Costa, de 27 anos, que se formou no ano passado disse que está pleiteando uma das vagas no Estado porque trabalhar para o programa é bastante interessante para um médico. "Conheço alguns médicos que trabalham no programa e já tentei participar nos outros anos", comentou.
Para este edital, Taísa acha que foi feito de forma incorreta. A médica está tentando a inscrição desde terça-feira, mas não obteve êxito. "Este edital está sendo feito de forma bastante errada, deveria ser mais organizado", lamentou.

Prorrogação
O Ministério da Saúde anunciou na tarde de ontem a prorrogação do prazo para os pedidos de novas inscrições. Agora os médicos podem fazer a solicitação até o dia 7 de dezembro. Esta decisão foi tomada por conta da alta procura dos médicos e pelos ataques cibernéticos ao sistema de inscrição.
De acordo com o ministério, o sistema recebeu mais de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura das inscrições para o novo edital. O departamento de informática do SUS identificou que a maior parceladestes acessos foram feitas por robôs e máquinas programadas que estão promovendo os ataques ao site dos Mais Médicos.
Para o presidente do Cremego, Leonardo Reis, a prorrogação vai permitir com que alguns médicos que têm previsão de colarem grau na próxima semana também entrem no páreo, para tentar pleitear alguma das 202 vagas disponíveis. (Dayrel Godinho, estagiário do convênio GJC e PUC Goiás)

Médicos reclamam de abandono
Pressionados por Cuba a voltar, profissionais recrutados para trabalhar no Mais Médicos que gostariam de permanecer no País se queixam de abandono de autoridades brasileiras. Cerca de 1,4 mil deles se casaram com brasileiros e, com isso, têm a opção de ficar no Brasil com a situação regularizada. Se ficarem, porém, não têm garantia de trabalho.
"A partir de segunda-feira estaremos desempregados, sem saber ao certo o que será de nossas vidas", afirmou a médica cubana Esther Carina Mena. Na última terça-feira, um grupo de médicos cubanos enviou ao Ministério da Saúde uma carta pedindo informações sobre como proceder e se há garantia de que poderão continuar no programa. "Não recebemos resposta. Estamos por nossa conta e risco", disse Esther, que trabalhar em Içara (SC) desde 2014.
A promessa inicial do governo era a de que o grupo poderia participar de um edital destinado a profissionais formados no exterior, com publicação esperada para a próxima semana. Ontem, porém, o ministério disse que o edital foi adiado. A previsão é de que seja publicado só em dezembro, depois de concluída a seleção de brasileiros, que têm prioridade no preenchimento de vagas.
Casada há dois anos com um morador da Içara, Esther disse estar disposta a participar do edital. "Mas não sabemos se haverá vagas disponíveis", afirma ela, que já trabalhou em Honduras, Guatemala e Venezuela. "Desde formada, nunca fiquei desempregada Sabe o que vai ser ver toda essa população que atendia e não fazer nada? Não poder atender?"
A vaga ocupada por Esther já foi incluída no novo edital. Na mesma situação estão os demais cubanos que trabalham no programa "A escolha é: voltar para Cuba e ter emprego garantido ou ficar aqui, com a família que constituímos e não ter ocupação garantida."
Nesta semana, ministro Gilberto Occhi havia afirmado que cubanos receberiam assistência para ficar no Brasil. "O que isso significa, se nos é tirado o emprego?", disse um médico cubano ao Estado, sob condição de anonimato. "Já suspeitava que o apoio poderia ser só um discurso. Mas, agora, com o adiamento do edital, começo a ter certeza e a pensar mais seriamente em voltar para Cuba."
O médico Ramon Burgos, que desde 2014 trabalhava em Sorocaba, não voltará a Cuba porque se casou com uma brasileira e pretende usar essa condição para adquirir a cidadania. "Estou procurando um trabalho para meu custeio e para ajudar minha família, enquanto espero para fazer o Revalida (exame de validação do diploma de médico obtido no exterior)."
Governo
Em nota, o ministério afirmou que a decisão de permanência no País é individual. Logo após o anúncio de Cuba que deixaria o Mais Médicos, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), prometeu asilo político a todos os cubanos. (Agência Estado)
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OSs novatas assumem gestões

Entidades que vão administrar unidades de Goiânia e Trindade assinam contratos nesta sexta-feira (23) enquanto ainda conhecem unidades de Saúde que vão gerir
As organizações sociais Instituto Haver e Instituto CEM assinam nesta sexta-feira (23) o contrato emergencial para administrar por 180 dias os hospitais de urgência de Goiânia (Hugo) e o de Trindade (Hutrin) respectivamente. A transição acontece às pressas desde a última segunda-feira, quando as entidades aceitaram assumir as gestões das unidades. A OS que era responsável pelos dois hospitais, o Instituto Gerir, pediu a rescisão do contrato no mês passado, alegando atrasos no pagamento de repasses financeiros por parte do Estado.
Tanto a Haver quanto a CEM são entidades que não administram nenhuma unidade hospitalar e foram qualificadas como OS de Saúde recentemente, em março. A Haver, que vai gerir a partir de terça-feira (27) o mais importante hospital do Estado, o Hugo, foi aberta há quase dois anos. Em seu currículo, ela tem apenas um contrato, do mês de abril, de R$ 5 mil, com o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) para a "proteção e preservação do meio ambiente" no "gerenciamento de resíduos de serviços de Saúde".
O Ingoh é um dos maiores bancos de sangue de Goiás, administrado pelo médico Yuri Vasconcelos Pinheiro, presidente do Instituto Haver. Por nota, na última quarta-feira, a OS afirmou que realiza "atividades de formação e aprimoramento na área médica". Em seu site, há informações sobre palestras oferecidas sobre o tema "câncer de pele".
Durante a semana, representantes da Haver têm participado de longas reuniões de transição com integrantes da SES, da Diretoria Geral e Técnica do Hugo, além da diretoria administrativa da Gerir.
Trindade
Já o Instituto CEM existe desde 2010 como pessoa jurídica. Sua fundadora, a analista de sistemas Claudinéia Aparecida Ramos Magalhães, é de Sorocaba, São Paulo, e veio para Goiás acompanhar a transição. O site da OS tem poucas informações e estaria desatualizado, segundo a assessoria da entidade. Na parte "áreas de atuação" é dito que a CEM tem "foco na excelência" em gestão pública, saúde, meio ambiente e educação.
Desde esta quinta-feira (22), após notícias publicadas no POPULAR sobre o assunto, o site do instituto passou por algumas atualizações. Quando ele é aberto, aparece uma nova janela com uma mensagem informando que está sendo feito um reforço da "capacidade de linhas telefônicas, bem como teleoperadores" para atender a demanda de informações, que teria aumentado "em decorrência das notícias veiculadas em nosso Estado."
Outra mensagem avisa que alguns links podem não abrir ou não funcionar, mas que a entidade está trabalhando para publicar todas as informações solicitadas "o mais rápido possível". Representantes do Instituto CEM realizaram uma visita técnica no hospital de Trindade na última quarta-feira e nesta sexta-feira haverá uma reunião de transição.
Inicialmente, a assessoria da CEM informou que ela administrava duas unidades de saúde em Sorocaba, incluindo um hospital, e outra no Rio de Janeiro. Em seguida, foi informado que houve um equívoco e que a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) teria escolhido justamente OSs sem gestão em nenhuma unidade para evitar "vícios tradicionais".
Por nota, a SES-GO disse que "desconhece e rechaça" qualquer declaração sobre preferência de OSs na gestão de qualquer hospital. "São estritamente técnicos os critérios de escolha de OSs, das quais é exigida, além dos requisitos legais, a existência de quadros profissionais experientes".
Sobre a falta de experiência dos institutos Haver e CEM, a secretaria apontou que "todas as organizações sociais começaram sem experiência prévia". Ainda segundo a pasta, as assinaturas dos contratos serão realizadas neste sábado (24) cedo via sistema eletrônico, sendo um ato legal, interno e sem nenhuma formalidade.
Atrasos
Em outra nota, divulgada para toda a imprensa, a SES-GO informou que tem mantido diálogo com o Instituto Gerir e feito repasses necessários para a continuidade do funcionamento dos hospitais até o dia que a OS entregar as administrações das unidades, na meia-noite de terça-feira.
Reportagem desta quinta-feira do POPULAR mostra que o Instituto Gerir vai deixar a administração do Hugo e do Hutrin sem receber R$ 12.810.116,45 referentes a repasses dos meses de setembro e outubro. Também foi publicado que funcionários do Hugo relatam paralisações de serviços, como da limpeza.
A Saúde estadual reconhece que nos últimos dias têm havido "problemas pontuais, com paralisações de alguns serviços". Ela garante que nenhum atendimento de urgência e emergência deixou, nem deixará, de ser prestado.

Diretor técnico do CEM sai do cargo antes de gestão começar

Conhecido por ter tido entre seus pacientes celebridades, como o cantor Zezé Di Camargo e o narrador Galvão Bueno, o médico paulista especialista em voz, Luiz Alian Cantoni, é o diretor técnico do Instituto CEM, organização social que vai administrar o Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) a partir da próxima terça-feira (27). No entanto, ele afirmou para a reportagem que não faz mais parte da entidade, que teria até parado de funcionar.
A informação do cargo do médico na OS está tanto no site oficial do CEM, como no registro do profissional no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), onde ele consta como diretor técnico desde novembro de 2017.

"Fui convidado a fazer parte deste instituto há um ano, porém nunca fui acionado para algum trabalho ou fui remunerado pelo cargo. Há seis meses chegaram impostos do Cremego em meu nome e procurei a representante que me convidou e fui informado que nada foi feito com meu nome e que o instituto parou de atuar", disse o médico por mensagem escrita na rede social Facebook. Ele não respondeu a novas mensagens, nem atendeu ligações da reportagem, mas acrescentou que continua a pagar a anuidade do Conselho e que não tem mais relação com a OS.
Inicialmente, a assessoria do CEM informou que um novo médico de Goiânia seria diretor técnico da OS e que o site da entidade estaria desatualizado. Em seguida, o instituto informou que "não há nenhuma gestão de contrato" que necessite da função de diretor técnico.
"Diante da solicitação emergencial do Estado a equipe técnica que irá atuar no Hutrin será montada e anunciada oficialmente, todas as especialidades assim o serão", informa nota do instituto.
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O GLOBO

Conselhos de medicina vão acelerar registro de recém-formados para participar do Mais Médicos

BRASÍLIA –  O Conselho Federal de Medicina orientou os Conselhos Regionais a acelerarem a emissão de registros profissionais para que médicos que se formam neste ano de 2018 possam participar do edital do Programa Mais Médicos. A força-tarefa dos órgãos regionais é um dos motivos que deve levar o Ministério da Saúde a prorrogar o edital aberto nesta semana para o preenchimento de vagas para substituir os cubanos que estão deixando o programa.
A medida pode beneficiar mais de 20 mil médicos que devem se formar este ano. Alguns conselhos, como os da Bahia e de São Paulo já divulgaram que darão prioridade ao atendimento de recém-formados.
– Cada estado está procurando seguir a orientação estabelecida pelo CFM, em entendimento com o Ministério, porque a ideia é que todos os médicos, inclusive os que estão formando agora tenham a possibilidade de se candidatar – disse ao GLOBO o conselheiro do CFM Salomão Rodrigues Filho.
As unidades dos CRMs devem abrir em horário estendido e aumentar o número de funcionários dedicados à área de registro. Salomão explica que no início do ano os conselhos regionais já recebem das universidades uma lista de profissionais que devem se formar naquele ano e a data provável da formatura. O que será feita é a emissão do registro com base nessa lista para os formandos que solicitarem. Salomão explica que os alunos que estão nas listas estão em regime de internato e não são passíveis de reprovação.
– O critério é da universidade e ela já informa porque no sexto ano é só internato. Ela informa a data da colação de grau. E não há mais provas – afirmou.
O vice-presidente do CFM, Mauro Ribeiro, participou de uma reunião nesta manhã no Ministério da Educação para falar sobre a emissão dos registros. Ele explicou que o modelo atual já garante a emissão aos recém-formados assim que as universidades informam quem irá se graduar. Após a expedição do registro, os novos profissionais têm quatro meses para apresentar o diploma. Ribeiro diz ter informações que algumas faculdades anteciparam suas graduações justamente para poder enquadrar os recém-formados no edital.
O CFM já pediu a prorrogação de forma oficial. Ribeiro destaca que os problemas no sistema de inscrição do Mais Médicos justificam a ampliação do prazo, para além da questão da emissão de registros.
– No entendimento do CFM, o prazo tem que ser prorrogado. O site do Ministério do Saúde está sob algum tipo de ataque cibernético também. Então, o bom senso aponta que tem de haver uma dilação desse prazo-  afirmou.
Mais cedo, o ministro Gilberto Occhi (Saúde) afirmou que a prorrogação está em estudo . A tendência é que uma decisão seja anunciada ainda nesta quinta-feira.
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FOLHA ONLINE

Mais Médicos registra 11,5 mil inscrições, mas menos de metade é efetivada

Ministério da Saúde prorroga inscrições e chegada de novos médicos devido às falhas no sistema
Balanço do Ministério da Saúde aponta que, até as 17h desta quinta-feira (22), já foram registradas 11.429 inscrições para o edital emergencial do Mais Médicos . Deste total, porém, apenas 5.212 foram efetivadas.
A diferença ocorre porque, após o registro, o sistema verifica as informações cadastradas junto a outras bases de dados -caso, por exemplo, do registro no Conselho Federal de Medicina, necessário para que profissionais brasileiros ou com diploma revalidado possam atuar no país.
Caso haja dados irregulares, a inscrição não é aceita, e o profissional é impedido de escolher uma das vagas disponíveis. Do total daqueles que tiveram inscrições efetivadas, 3.648 já foram alocados para as vagas.
O total representa 43% das vagas abertas após o anúncio da saída de médicos cubanos do Mais Médicos . A decisão, comunicada por Cuba na última semana, é atribuída a declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que tem criticado a formação dos médicos cubanos e manifestado a intenção de alterar as regras atuais do Mais Médicos .
A situação levou o Ministério da Saúde a lançar um edital para ocupar as vagas. As inscrições foram abertas às 8h desta quarta-feira (21). Médicos, porém, têm relatado falhas e dificuldade em acessar o sistema que recebe as inscrições para o programa. Desde quarta, a página do Mais Médicos não é sequer carregada.
Nesta quarta, o Ministério da Saúde informou ter recebido mais de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura das inscrições, volume característico de ataques cibernéticos . O total também é mais que o dobro do número de médicos em atuação no país .
Segundo o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, diante do problema, as inscrições serão prorrogadas. Inicialmente, o cronograma previa que elas fossem encerradas no domingo (25), mas agora poderão ser feitas até 7 de dezembro, uma sexta-feira. Com isso, os médicos que já estiverem inscritos e alocados poderão se apresentar nos municípios entre esta sexta-feira (23) e o dia 14 de dezembro -o prazo antes era o dia 3 de dezembro.
Em nota, o Departamento de Informática do SUS diz que já identificou a maior parcela dos robôs e máquinas programadas que estão promovendo os ataques ao site do Mais Médicos. Questionada, a pasta não informou de onde vieram os ataques, mas diz que casos de inserção de dados falsos podem ser responsabilizados na esfera penal . O ministério afirma que a equipe de segurança isolou e protegeu a rede de novos ataques nesta quinta.
A corrida de médicos para as inscrições se explica porque, para agilizar o processo , profissionais podem selecionar e confirmar a vaga que desejam ocupar imediatamente após a inscrição. Conforme forem sendo preenchidas, as vagas deixam de ser disponibilizadas no sistema.
A medida representa uma mudança no modelo de seleção do Mais Médicos, que até então previa a possibilidade de que cada médico selecionasse mais de um município de seu interesse, para só depois ter a vaga confirmada.  Se uma cidade tiver dez vagas, os dez primeiros que acessarem atenderão ao número de unidades, e essa cidade não aparecerá mais para o 11º , disse o ministro Gilberto Occhi (Saúde), ao anunciar o edital.
Ao todo, são ofertadas 8.517 vagas, distribuídas em 2.824 municípios e 34 DSEIS (distritos sanitários especiais indígenas). As primeiras inscrições são direcionadas a médicos brasileiros e estrangeiros com diploma revalidado para atuar no Brasil. Caso as vagas não sejam preenchidas ou haja desistências, o ministério informa que pretende abrir um segundo edital no dia 27 deste mês para brasileiros e estrangeiros formados no exterior.
Segundo a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), médicos cubanos começam a deixar o país nesta quinta-feira (22). A saída será gradual e continua até 12 de dezembro. Profissionais, porém, têm sido orientados a deixar atendimento desde terça-feira (20).A situação preocupa municípios, que temem desassistência e que as vagas ofertadas no edital não sejam preenchidas. Além disso, haverá um intervalo entre a saída dos médicos cubanos e o início das atividades dos novos médicos.
Em meio ao impasse, o ministro da Saúde diz que a pasta estuda ofertar aos médicos a possibilidade de iniciarem o trabalho antes desse prazo.  Estamos querendo já suprir a possível ausência do médico cubano , afirmou à imprensa durante viagem a Petrolina (PE). Ele não informou, contudo, quais seriam as contrapartidas ofertadas nestes casos.
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BRASIL 247

Médicos brasileiros recusam-se a ir onde estavam cubanos

Dos dez primeiros médicos brasileiros que se inscreveram no Mais Médicos nesta quarta (21) para as 8.517 ocupar as vagas deixadas pelos cubanos, cinco deles escolheram atuar em capitais e municípios de regiões metropolitanas. Apenas um município escolhido é considerado de extrema pobreza. Outro está em área vulnerável e um terceiro em uma cidade com até 50 mil habitantes. Levantamento do pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) indica que pelo menos 285 cidades em 19 estados do Brasil devem ficar sem médicos dedicados à atenção básica em saúde na rede pública com a saída dos cubanos.
A informação sobre a opção dos médicos brasileiros é da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo . A recusa dos médicos brasileiros de atender a população das periferias das grandes cidades e das regiões mais pobres do país foi um dos motivo que levou o governo Dilma a lançar o Mais Médicos em 2013 e logo firmar o acordo com o governo cubano e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O Rio Grande do Sul é o estado com mais municípios afetados pela saída dos cubanos – são 92. Em seguida vêm São Paulo, com 49, Paraná, com 27, e Minas Gerais, com 24. O Conasems ainda não tem dados sobre o Amazonas, Amapá, Ceará, e Espírito Santo. O Distrito Federal não foi considerado no levantamento.
Até a manhã desta quinta, segundo o Ministério da Saúde, havia 6.394 inscritos no Mais Médicos.
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MAIS GOIÁS

Primeiros cubanos começam a deixar Brasil após fim da parceria com Mais Médicos

Cerca de 400 médicos que até então atuavam no programa começaram a deixar no país nessa quinta-feira (22).

Ao ver a pilha de malas acumuladas próximos à área de conexões do aeroporto de Brasília e as bandeirinhas de Brasil e Cuba, a advogada brasileira Maria do Socorro Thomaz, 56, começou a chorar. “Muchas gracias, viu?”, disse ao ver o grupo de médicos com adesivos que diziam “somos más que médicos” e placas com o nome da cooperação cubana no programa Mais Médicos.
“Já morei no interior do Acre e sei como é importante a presença do médico. Quem vai sofrer não é quem vive na capital, mas no interior do Norte e Nordeste. É uma tristeza isso.”
Após o anúncio do fim da participação de Cuba no Mais Médicos, cerca de 400 médicos que até então atuavam no programa começaram a deixar no país nessa quinta-feira (22).
A situação levou o aeroporto de Brasília a organizar um espaço à parte para dar conta da partida, do trânsito de caminhões com pertences e da longa fila de embarque.
Desde quarta, no entanto, médicos começam a chegar à capital federal de diferentes pontos do país. A maioria relata surpresa por ter que deixar o programa. “No posto, todos me perguntavam: mas por que está indo embora?, disse Rosilie Torres, 32, que trabalhava até segunda-feira na zona rural de Tupanatinga, no interior de Pernambuco.
No mesmo dia, conta, ela já começou a fazer as malas. Aos pacientes, disse que precisava voltar para ficar com a família. À reportagem, porém, relata que não esperava pela saída tão cedo. “Mesmo com as diferenças que vimos durante a campanha [eleitoral], achava que ia dar tempo de terminar o contrato”, afirma. Segundo ela, a unidade de saúde onde trabalhava deve agora ficar sem médico. “Só tinha eu para uma população de 4.268 pacientes”.
Apesar da surpresa pelo fim da participação no programa, a maioria dos médicos que esperava pelo embarque nesta quinta dizia apoiar a decisão de Cuba, que anunciou na última quarta o rompimento do contrato. “Sabemos que a decisão que Cuba tomou foi pelo bem nosso. Se você tivesse um filho e falassem mal dele, você faria o mesmo”, afirma o médico Yoendri Vera, 34, que trabalhava há dois anos em São Caetano, no interior de Pernambuco.
Para ele, as críticas à participação de médicos cubanos no Mais Médicos são injustas. “Ele [Bolsonaro] fala que é uma escravidão. Não acho. Sabemos que esse dinheiro vai para o governo de Cuba investir em novos médicos. Eu me formei e nunca paguei um peso [cubano] por isso”, disse.
A expectativa de Vera é chegar ainda na sexta-feira em Holguín, onde vive a família e a filha, de seis anos. “Só não a trouxe porque não tinha com quem deixar enquanto trabalhava. Mas o governo não proíbe trazer”.
Para a médica Sucel Galban, 30, as críticas do novo governo dificultam aos médicos continuar no país. “Foi uma ofensa. Ele [Bolsonaro] nos chamou de senhoras de branco [ao dizer que não tinham revalidação do diploma]. É doloroso que alguém pense desse jeito”, disse ela, pouco antes de emendar um grito “Viva Brasil! Viva Cuba!” -umas das poucas manifestações antes do embarque.
Ao contrário de 2013, quando aeroportos registraram protestos pela chegada dos médicos, a saída ocorre de forma tranquila. Na bagagem, além de malas, era comum ver caixas de eletrônicos aparentemente novos, em especial grandes televisores de tela plana. Alguns também levavam animais de estimação.
Segundo Torres, nos últimos dias, a maioria correu para tentar vender parte do que juntou no Brasil. “Mas não deu tempo e distribuí muita coisa”, conta.
Antes do embarque, médicos chegaram em ônibus organizados pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). Caminhões de frete também foram contratados para trazer parte dos pertences.
Segundo a Opas, a expectativa é que todos os médicos cubanos deixem o país até 12 de dezembro.
Abordados pela imprensa, que chegou a ter espaço reservado pelo aeroporto ao lado do espaço de check-in para acompanhar a saída, médicos elogiavam a experiência no programa.
“O acolhimento que tive foi excelente”, disse o médico Ysmani Fuentes, 30, que trabalhava em Brejo de Madre Deus, no Pernambuco. “É um pena sair de forma tão repentina do jeito que foi.”
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MPF inicia procedimento para apurar falhas na acessibilidade do portal do Mais Médicos
Profissionais reforçam que estão há mais de 24h tentando se cadastrar no programa. Ministério da Saúde afirma que site está sendo alvo de ataques cibernéticos; porém, plataforma já contabiliza mais de 6 mil inscritos
Hugo Oliveira

Falhas de acessibilidade no portal de inscrições para o programa Mais Médicos deverão ser apuradas. É o que determina o Ministério Público Federal (MPF), por meio de um Procedimento Preparatório (PP) expedido na quarta-feira (21), primeiro dia para realização do cadastro que pretende preencher 8.517 vagas atualmente ocupadas por cubanos no Brasil. O processo online, que segundo o edital, se estenderá até o próximo domingo (25), tem sido alvo de ataques cibernéticos desde a abertura da plataforma de inscrição, na quarta-feira (21), de acordo com o Ministério da Saúde (MS).
De fato, por volta das 9h desta quinta-feira (22), a reportagem tentou acessar o endereço divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), www.maismedicos.gov.br/, mas o site não carregou. Ao invés disso, os dois navegadores utilizados na empreitada apresentaram apenas uma mensagem de erro: “não é possível acessar esse site” e “a conexão foi redefinida” (vide imagens). Uma nova tentativa, sem sucesso, foi feita às 11h.
De acordo com o procurador Ailton Benedito, a instabilidade pode prejudicar a obtenção de vagas desejadas pelos profissionais. “[As falhas] podem prejudicar acesso e inscrição dos profissionais brasileiros, dentro do prazo assinalado, situação que pode inviabilizar o recrutamento pretendido pelo certame, em prejuízo, afinal, às políticas de atenção à Saúde de milhões de brasileiros”, assinalou.
Agora, “ações e omissões ilícitas de órgãos da união quanto a inscrições para o programa” devem ser apuradas. Benedito, determinou – por meio do documento – que o MS deve apresentar, em 24 horas, informações atualizadas sobre as providências adotadas para solucionar os erros de acessibilidade.
Tentativas
Médico de Goiânia, Thiago Abreu, 34, reclama que está tentando realizar inscrições há mais de 24 horas. “Tentei ontem durante o dia todo, desde as 8h. Desde então, continuei com intervalos de 2h, às vezes de 20 minutos, mas não consigo acessar a página. Agora mesmo estou aqui tentando, mas só aparece mensagem de erro”.
Ele que tenta participar do programa pela terceira vez, afirma ter tido dificuldades nas duas primeiras tentativas. “Tinham uma intenção de interiorização, mas um dos critérios para seleção do profissional era proximidade de residência com o município desejado. Como sou da Capital, não consegui me cadastrar para cidades mais distantes, que era o meu objetivo na época”, explica.
Agora, Thiago revela que o referido critério foi substituído por “quem acessar primeiro leva”. “O problema é que ninguém consegue entrar. Curiosamente, mais de três mil conseguiram fazer inscrição. Isso é muito irregular e estranho. Agora não sei pra onde vai ter vaga, tenho outro emprego e preciso ficar em Goiás, vamos ver como vai ser”.
“Plantada” em frente ao computador também desde as 8h de quarta-feira, a médica Larissa Garcia Neves, 36, também enfrenta as mesmas dificuldades de Thiago. “Quando abriram para as inscrições só conseguir preencher meu nome e CPF. Aí a página ficava fora do ar. Passei a madrugada praticamente toda, mas não consegui. Ouvi dizer que alguns colegas conseguiram se cadastrar entrando por meio da plataforma do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), mas estou tentando, sem sucesso”.
A intenção dela, que trabalha na equipe de estratégia da família na Unidade Básica de Saúde (UBS) Sebastião Lozi em Brazabrantes, era conseguir preencher a vaga pro mesmo local pelo Mais Médicos. “Já perdi a vaga. Agora vou continuar aqui, mas pelo programa, seria muito melhor. Não tive chance de tentar ainda, mas vou continuar, inclusive ainda estou com a página aberta aqui. Isso é muito desgastante. Da minha turma de Medicina, ninguém conseguiu. Agora o pessoal  quer acionar o MPF”.
Ataques Cibernéticos
Sem funcionar por mais de 24 horas, o site do Mais Médicos tem sido alvo de ataques cibernéticos, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). No momento em que a plataforma foi aberta para inscrições de profissionais interessados em substituir os 8.517 cubanos em serviço no Brasil, o sistema recebeu mais de 1 milhão de acessos simultâneos, que correspondem ao dobro do número de médicos existentes no País. Agora, o departamento de informática do Sistema único de Saúde (SUS) trabalha para resolver o problema.
Em nota, o referido ministério afirma que a maior parte dos “robôs e máquinas programadas que estão promovendo os ataques” já foi identificada. A expectativa é de que o serviço seja normalizado até o início da tarde desta quinta-feira (22). Porém, mesmo com os problemas, o MS já registrou 6.394 inscrições de médicos brasileiros ou que tiveram diploma revalidado no Brasil, das quais 2.812 foram efetivadas e 2.209 alocadas.
Segundo o órgão, interessados devem persistir nas tentativas e reforça que “eventuais responsabilidades pela inserção de dados falsos no sistema poderão ser apuradas na esfera penal”.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação